Liz Os dias que se seguiram foram cheios de muito corre-corre. Muita gente chegando, jantares para me apresentar para alguns parentes, ensaios, café da manhã, me apresentar para sócios da máfia italiana, almoço, falar com Jenny sobre o meu casamento.Quase não vi Benjamin, pois ele estava ocupado ajudando Nicolas. Quando o via, ele estava sempre acompanhado por Jenny e era para discutir sobre casamento. Por mais que demonstrasse minha insegurança com o tamanho da festa, Jenny estava tão empolgada, que parecia não ouvir. Benjamin parecia estar com receio de dizer não para a irmã.Ver a empolgação dela, nos deixava envergonhados para opinar sobre o nosso casamento.O grande dia da Laura...O grande dia chegou. Acordei cedo para arrumar Laura. Deixei-a na banheira tomando café da manhã. Ela ainda estava muito chateada com Nicolas, ainda não se falavam e mal se aproximavam. Sempre que ele queria falar com ela sobre alguma coisa da festa, ela ficava irritada e sai de perto. Ele estava sen
LizAssim que chegamos no salão de festa, Laura e Nicolas estavam dançando uma valsa. Me aproximei de Jorge, que estava sentando em uma mesa próximo a pista de dança. Ele estava conversando com um senhor.... Acho que é meu avô. O nome dele é Grégory. Conforme fui me aproximando, percebi que eles não conversavam e sim discutia.- Ela é uma bastarda sim... – Disse Grégory. – Você deveria ter feito Laura se casar com o chefe da máfia Americana, e não essa bastarda. Como pôde deixar isso acontecer? Laura é sua filha.- Independente do ache, ela é minha filha. Posso não a ter criado pelas circunstancias, mas a amo como minha. Não fui eu que escolhi casar minhas filhas, foram elas. E não vai ser sua opinião que vai mudar isso o fato de Liz ser minha filha e se casar com quem quiser. Guarde para você sua opinião, não me interessa saber sobre isso. Quero vê-las felizes! – Disse Jorge, com aquela voz grossa e rude. O abracei por trás e disse:- Pai, o senhor me concede uma dança, depois que da
BenjaminArrumei minhas coisas e fiquei esperando pela Liz, que em meia hora desceu as escadas do hotel, apenas com uma mala de mão. Ela usava um vestido curto de alcinhas e uma sandália. Quando eu a vi, foi como se o mundo parasse apenas para vê-la descendo degrau por degrau. Parecia que ela queria me seduzir. Meu porco que estava frio como o Polo Norte, se tornou quente com o deserto do Saara. Minha pele estava arrepiada, e minha mente com desejos sórdidos... Ela se aproximou sorrindo, seus cabelos balançavam conforme ela andava em minha direção. Seus olhos olhavam para todos os lugares, e os meus somente para ela. Ela se aproximou e disse sorrindo:- Para onde vamos?- É surpresa... – Disse eu pegando sua mão e a levando para fora do hotel. – Acabei de falar com a minha mãe, segundo ela, Nicolas e Laura fizeram as pazes.- Isso é muito bom! – Disse eu, pensando no que faria essa noite.- Podemos passar em algum lugar para comer pizza?- Tem certeza? Se quiser podemos sim... Podem
Liz Eu estava dormindo, era uma madrugada de quarta-feira, dia 28 de fevereiro, quando fui acordada. Lúcia e Maria, ambas dormiam no dormitório ao lado. Elas sempre vinham para meu quarto quando sentiam medo, ou perdiam o sono. Elas são novas no internado e estão em fase de adaptação. Quando abri meus olhos e as vi, acendi a luminária do quarto e disse: - O que aconteceu? - Você precisa ver... – Disse Maria, me puxando pela mão e me levando até o corredor. - O que aconteceu? – Disse eu me levantando e as seguindo. – Vocês duas estão me assustando. – Quando chegamos no corredor, vi todas as meninas fora da cama e olhando para a janela. – O que está acontecendo aqui? Vocês deveriam estar dormindo. – Lúcia apontou para a janela e disse: - Chegou um carro na escola. – Isso realmente era novo. A madre Maria não recebia ninguém sem hora agendada, e fora de hora... realmente deveria ser algo sério. Cheguei perto da janela e vi um homem encostado no carro. No momento em que o vi, senti o
BenjaminAssim que terminei a reunião em minha empresa, fui direto para a Casa das Virgens.Assim que cheguei vi August saindo, desci do carro, para ver se conseguia cumprimenta-lo. Olhei para ele, enquanto ele desceu a escada e entrava no carro, e olhei para a porta. Lá estava uma moça... Ela era linda, seus cabelos loiros voavam com o vento, ela era branca como a neve. Seu rosto era delicado... tive desejos sombrios. Meu corpo respondeu rapidamente aos meus pensamentos. Dei um sorriso bobo, mas acho que ela não conseguiu me ver, pois o sol batia em seu rosto.- Foi uma alucinação? – Disse eu segurando a porta do carro. Logo, ela entrou e não a vi mais. Minha vontade era de correr para alcança-la, para ter certeza de que ela não era um anjo.Marta apareceu na porta, me deixando enojado. Não que ela seja feia, mas não era o anjo que eu vi na porta. Marta veio apressada ao meu encontro e disse:- Boa tarde Senhor! Que bom que veio, preparei belíssimas moças para você conhecer. – Revire
BenjaminQuando cheguei da empresa, minha irmã estava na sala, conversando e rindo com Magge. Eu entrei e ambas continuavam rindo, como amigas intimas:- Boa noite! Posso saber o que está acontecendo?- Nada demais! – disse Jenny- Estávamos apenas conversando bobagens.- Vou terminar de preparar o jantar! Com licença! – Disse Magge saindo da sala.- Irmão, consegui falar com August hoje. Ele disse que a filha está na Casa das Virgens.- Isso é bom, logo ela irá arrumar um marido.- Eu quero que seja você! – Disse Jenny, como se estivesse pedindo bala e me pegando de surpresa. – Olha, não precisa se casar agora com ela. Eu só quero que a conheça, assim como quero conhece-la. August faz parte da família. Tenho certeza que se você não gostar dela, poderá indicar um bom marido.- Você é maluca! Está completamente doida! – Disse eu caminhando em direção as escadas, e ouvindo os passos de Jenny vindo logo atrás.- Irmão, você precisa se casar. Prometi isso para o conselho.- Você e suas pro
LizA noite passou muito rápido... Tive sonhos que seu eu contasse para alguém... alguém do internato iria me repudiar.A manhã chegou bem rápido, minha barriga roncava de fome, e não sabia que horas iria aparecer alguém para me socorrer. Estava com tanto medo de morrer nesse lugar escuro e frio.Já havia perdido o tempo, mas sei que estava perto da hora de comer, quando ouvi um barulho na porta. Eu estava no chão, enrolada na coberta torcendo para que Marta não brigasse comigo. A porta se abriu e eu juntei meu corpo, para me sentir segura, fechei meus olhos e esperei que Marta viesse me golpear com aquelas palavras terríveis. Mas ela não veio. Dessa vez, eu não vi o rosto de ninguém, apenas uma mão se estendeu para mim. Peguei lentamente e aquela mão amiga me ajudou a levantar.Quando sai e vi a claridade, meus olhos doeram, e assim que se acomodaram com o ambiente, vi uma mulher. Ela era linda, ruiva, alta, magra. Usava um sobretudo branco por cima de um vestido preto. Seus olhos er
Benjamin- Não quero mais nenhum encontro... acho que os dois que me arrumou, foram um fiasco e uma lição mais que suficiente... – Eu respirei fundo- Me diz..., sobre o que a garota estava falando?- Marta... – Ela respirou fundo, tomou um copo com vinho e disse- Passou dos limites... de todos os limites. Trancou a Liz em um quarto escuro, sem janela, sem cama e banheiro. Apenas um colchão, um cobertor e um vaso.- O que a garota fez?- Marta disse que a garota se recusou a tirar as fotos. Depois, porque Liz estava se aparecendo para as outras garotas, se sentindo a maioral. – Jenny olhou para o lado, colocou a mão no rosto e disse- O que não faz sentido, é que a garota acabou de chegar e não consegui ver uma foto dela no álbum. E ela deu muito trabalho para me deixar ver a garota. Só consegui vê-la hoje, por meio de ordens e gritos.Eu queria entender o que estava acontecendo. Mas não podia dar tanta bola, para essa garota...Ela estava suja..., mas... ainda parecia um anjo. Tentei e