Benjamin
Quando cheguei da empresa, minha irmã estava na sala, conversando e rindo com Magge. Eu entrei e ambas continuavam rindo, como amigas intimas:
- Boa noite! Posso saber o que está acontecendo?
- Nada demais! – disse Jenny- Estávamos apenas conversando bobagens.
- Vou terminar de preparar o jantar! Com licença! – Disse Magge saindo da sala.
- Irmão, consegui falar com August hoje. Ele disse que a filha está na Casa das Virgens.
- Isso é bom, logo ela irá arrumar um marido.
- Eu quero que seja você! – Disse Jenny, como se estivesse pedindo bala e me pegando de surpresa. – Olha, não precisa se casar agora com ela. Eu só quero que a conheça, assim como quero conhece-la. August faz parte da família. Tenho certeza que se você não gostar dela, poderá indicar um bom marido.
- Você é maluca! Está completamente doida! – Disse eu caminhando em direção as escadas, e ouvindo os passos de Jenny vindo logo atrás.
- Irmão, você precisa se casar. Prometi isso para o conselho.
- Você e suas promessas! Eu posso muito bem escolher por mim mesmo, sabia?
- Eu sei, e por isso estou te dando algumas alternativas. Amanhã você pode ir jantar com uma das moças que eu conheci hoje, e assim será no resto da semana.
- Não!
- Já marquei com as moças. Elas são umas gracinhas, lindas e super sensuais tenho certeza que vai gostar.
- Graças a Deus hoje é terça...Você acabou de juntar gracinhas, lindas e sensuais em uma só frase? Meu Deus!! – Disse eu me sentando na cama e me deitando, como se estivesse morrendo. – Elas devem ser muito feias.
- Para com isso! Elas fazem seu tipo... Olha, só quero que possamos almoçar e ver o que está acontecendo.
- Vamos? Você vai estar junto?
- Sim! Quero te ajudar a escolher o melhor. Você pode estar deixando passar a mulher da sua vida e nem perceber, do jeito que é tapado.
- Posso escolher por mim mesmo.
- Quero ver você feliz!
- Você não tem vida pra cuidar?
- Não! Meus filhos estão bem grandinhos e meu marido sabe se virar sozinho. Tirei umas férias de casa, para ajudar você. – Ela respirou fundo, e se sentou ao meu lado na cama. – Só vamos comer com elas, se não gostar de nenhuma eu paro. Eu respiro fundo e concordo.
Liz
Marta estava furiosa comigo. Por isso, começou a me punir, me deixando sem comida e sem sair do quarto. Essa situação toda, não estava me deixando triste, pelo contrário, me alegrava o fato de não ter que encontrar nenhum homem e me deixava livre para planejar uma fuga.
Na casa havia vários comentários sobre uma mulher importante que veio na escola hoje e o alvoroço para ver de quem ela iria gostar mais.
De repente ouvi um barulho na porta, olhei rapidamente e vi Marta vindo em minha direção furiosa. Ela me olhou e disse:
- Você chegou agora, e se acha a mais importante de todas?! – Ela ergueu a mão e pegou em meus cabelos, e saiu me arrastando pela casa.
- Não, por favor! Eu não fiz nada...- disse eu suplicando para que ela não me machucasse, mas sem conseguir ser atendida.
- Vou te ensinar que aqui, você não é nada. – Disse ela me levando, enquanto todas as outras garotas da casa me olhavam sem entender nada. Vi Karoline rindo, junto com as outras garotas do quarto. Eu supliquei para que ela me soltasse o caminho todo. Mas ela fingiu que não me ouviu e me levou escada a baixo da casa. De repente ela abriu uma porta. Eu olhei rapidamente e era escuro. – Você vai ficar aqui, até que eu me lembre da sua existência! – Disse ela me jogando no quarto e fechando a porta em meio as minhas suplicas para que ela me deixasse sair. Ela fechou a porta, e eu fiquei ali encostada na porta chorando.
Eu não entendia o que estava acontecendo. Só sabia que ninguém iria me ajudar.
- O que eu fiz para merecer isso?! – Disse eu chorando. O quarto era escuro e por mais que forçasse as minhas vistas para conseguir enxergar, nada conseguia ver.
Assim que me acalmei, me levantei do chão e fui passando a mão pela parede, para ver se tinha algum lugar para me deixar ou fazer minhas necessidades. No canto esquerdo, encontrei um vaso, e próximo a ele, um colchão no chão com um cobertor. Me deitei e dormi.
De repente a porta se abriu, eu olhei assustada e vi um homem alto, grande e forte entrar. Não consegui ver seu rosto, por causa da claridade, mas já pude reconhecer de quem se tratava. Era o mesmo homem que vi conversando com Marta. Ele se aproximou, enquanto fiquei imóvel e colocou minhas mãos sobre a cabeça, e me beijou ardentemente. Com uma das mãos ele foi subindo pelo meu corpo, entrando por entre minha roupa. Seu beijo foi aumentando a intensidade e me deixando ofegante...
Benjamin- 1º encontro
A noite passou como relâmpago, o sono não veio, meus pensamentos estavam tão distantes e diversificados. Até naquele anjo que vi outro dia, pensei.
Estava me trocando quando, Jenny bateu na porta e entrou, me olhou sorridente e disse:
- Preparado para seu primeiro encontro?
- Não é meu primeiro encontro. E sim, só vou ir até a empresa resolver alguns negócios e volto para te buscar. – Ela sorriu e se aproximou para me ajudar com a gravata.
- A quanto tempo você não dorme direito? – Olhei no relógio e disse:
- Tenho que ir... Até mais tarde! – Dei um beijo em seu rosto e sai do quarto.
As horas passaram voando. Peguei minha irmã e fomos para a Casa das Virgens. Chegando lá fomos recebidos por Marta, que parecia estar ali para me tirar a paz. Minha cabeça nem estava mais no lugar. Vi varias moças descendo a escada e olhei para ver se via meu anjo novamente. Queria poder olha-la de perto, só para ter certeza de que não era um sonho. E como num flex estava relembrando dela, tentando descer as escadas naquele dia. Acabei dando um sorriso bobo, que achei ter passado despercebido quando vi Jenny me olhando:
- O que aconteceu?
- Nada! Lembrei-me de um contrato que deu certo. – Disse eu voltando para minha seriedade e frieza. Jenny e Marta não paravam de falar. Até que se aproximou uma moça morena, alta, olhos escuros. Belas curvas e usava um vestido verde. Com um leve decote nos seios. Marta a olhou e disse:
- Senhor Benjamin, essa é Anna. – Jenny sorriu e a cumprimentou como se fossem amigas a décadas.
- Anna querida, esse é meu irmão e chefe da máfia. – Ela sorriu para mim e se aproximou, me dando um beijo no rosto. Não correspondi. – Vamos dar uma volta?
- Na verdade... está quente lá fora, vamos comer? - disse eu, com minha voz rouca e grave.
- Claro! O que achar melhor! – Disse a moça. Ela pegou em meu braço e me conduziu até o jardim. Ficamos em baixo do pergolado, rodeados de flores. A mesa estava posta, com uma comida leve, vinho tinto e velas, como se alguém fosse acender durante o dia.
Anna e Jenny não paravam de falar. Falaram sobre a família de Anna e suas pretensões para a vida. Mas a jovem era muito superficial. Não tinha planos, nem ambições além do casamento. Estava à espera de um marido, que tivesse muito dinheiro para cuidar dela e de sua família.
Antes de comer a sobremesa eu enviei uma mensagem para minha secretaria Viviane, me ligar e para me tirar do encontro com alguma desculpa esfarrapada. O que acabou dando certo. Mas na hora de me despedir, a moça me agarrou, tentando esfregar seu corpo em mim, no intuito de me seduzir.
Sai de lá o mais rápido que pude, deixando Jenny para traz.
LizA noite passou muito rápido... Tive sonhos que seu eu contasse para alguém... alguém do internato iria me repudiar.A manhã chegou bem rápido, minha barriga roncava de fome, e não sabia que horas iria aparecer alguém para me socorrer. Estava com tanto medo de morrer nesse lugar escuro e frio.Já havia perdido o tempo, mas sei que estava perto da hora de comer, quando ouvi um barulho na porta. Eu estava no chão, enrolada na coberta torcendo para que Marta não brigasse comigo. A porta se abriu e eu juntei meu corpo, para me sentir segura, fechei meus olhos e esperei que Marta viesse me golpear com aquelas palavras terríveis. Mas ela não veio. Dessa vez, eu não vi o rosto de ninguém, apenas uma mão se estendeu para mim. Peguei lentamente e aquela mão amiga me ajudou a levantar.Quando sai e vi a claridade, meus olhos doeram, e assim que se acomodaram com o ambiente, vi uma mulher. Ela era linda, ruiva, alta, magra. Usava um sobretudo branco por cima de um vestido preto. Seus olhos er
Benjamin- Não quero mais nenhum encontro... acho que os dois que me arrumou, foram um fiasco e uma lição mais que suficiente... – Eu respirei fundo- Me diz..., sobre o que a garota estava falando?- Marta... – Ela respirou fundo, tomou um copo com vinho e disse- Passou dos limites... de todos os limites. Trancou a Liz em um quarto escuro, sem janela, sem cama e banheiro. Apenas um colchão, um cobertor e um vaso.- O que a garota fez?- Marta disse que a garota se recusou a tirar as fotos. Depois, porque Liz estava se aparecendo para as outras garotas, se sentindo a maioral. – Jenny olhou para o lado, colocou a mão no rosto e disse- O que não faz sentido, é que a garota acabou de chegar e não consegui ver uma foto dela no álbum. E ela deu muito trabalho para me deixar ver a garota. Só consegui vê-la hoje, por meio de ordens e gritos.Eu queria entender o que estava acontecendo. Mas não podia dar tanta bola, para essa garota...Ela estava suja..., mas... ainda parecia um anjo. Tentei e
BenjaminAssim que Liz saiu do hospital, Jenny a levou para fazer as malas e ficou responsável de convence-la. Fui para a sede da máfia, precisava falar com um amigo e pedir o apoio dele. Ao chegar lá, dei de cara com Nicolas, logo na entrada. Ele me olhou e disse:- Você está bem?- Você vai sair? Preciso falar com você...- Eu ia almoçar, mas peço algo para comer aqui, se for muito urgente.- Então vamos... – Subimos para o segundo andar do prédio de vendas de imóveis, que é de Nicolas. Lá, me sentei em minha cadeira e ele ficou me olhando, na duvida se perguntava o que havia acontecido ou não. – Acredito que não saiba o que aconteceu na Casa das Virgens?- Soube... Karoline. Eu queria me casar com ela, mas repensei tantas vezes até que desisti. Ela é muito bonita, mas acha que porque seu pai tem um pouco de poder, isso vale de algo. Soube que o pai dela está te procurando. Ele veio aqui algumas vezes.- Me ligou varias vezes também, mas não tenho tempo para falar com ele... – Virei
BenjaminEstava muito nervoso com isso... Jenny não podia ter me deixado responsável por essa garota. Não sei se consigo ficar perto dela, sem ter vontade de toca-la... Ahhhhh... de faze-la ser minha. Que vontade de pega-la nesse avião, e poder toca-la em cada parte de seu corpo... usar esse avião inteiro para que ela seja só minha.Pensar nessas posições e o que faria com ela me deixa louco... Excitado...meu corpo corresponde a pensamentos com ela. Estou cheio de desejos...- Você está se sentindo bem? – Disse ela me olhando, com aqueles olhos azuis e com um leve sorriso tímido.- Estou! – Disse eu tentando não olhar para ela. Ela abaixou os olhos, como se eu tivesse a aborrecido. – Você está bem?- Estou, é que... não é nada. Só estou cansada. – Ela se calou e ficou olhando para a janela. Voltei minha atenção para meu celular. Logo veio a aeromoça nos oferecer algo para comer. Fiz meu pedido, mas Liz recusou. Assim que a aeromoça saiu, ela foi se levantar. Deu dois passos, e o avião
Liz Após o banheiro e comer, chegou a hora de dormir. Me deitei na cama, rolei de um lado para o outro... As horas foram se passando e por mais que estivesse cansada, o sono não vinha. Me levantei e fui para a janela. Não fui para a sacada, pois estava muito frio. Mas fiquei ali olhando a vista. A lua estava um pouco escondida pelas nuvens, o que deixava essa noite linda.Era quase 3h quando ouvi alguém mexer na fechadura da porta. A luminária estava acessa, o que deixou o quarto um pouco claro. Olhei para porta para ver quem entraria... Benjamin... ele abriu a porta e me olhou. Ele estava usando uma calça de moletom, uma camiseta regata e meias nos pés. Ficou alguns segundos me olhando e depois disse:- Com licença! Vim...vim trazer o remédio que o medico te passou, é... pros pontos e para o braço.- Ah sim... obrigada! – Disse eu me aproximando para pegar o remédio que ele segurava em uma mão e na outra um copo com água.- Por que está acordada? – Perguntou Benjamin enquanto eu tom
Alguns dias depoisLizBenjamin parecia me evitar com o passar dos dias. Me entregou os remédios e me deu um despertador, pra poder acordar.Sempre que eu desci para o andar de baixo da casa, ele ia para o escritório e se trancava. Proibiu Bella se aproximar de mim… Bom, foi isso que ela disse. Segundo ela, ele não quer que ela fique fazendo fofocas em vez de trabalhar.Os dias tem se tornado monótonos. Sendo basicamente de acordar, comer, dormir, acordar e comer, dormir…Segunda Magge, não posso ficar andando muito longe, pois é perigoso, e está muito frio…Nesses dias, tentei ligar para meu pai, mas Magge me proibiu. Essa casa está ficando um tédio. Não posso fazer nada, nem sai, nem falar com ninguém.BenjaminSeiss diass… que tormento!Essa casa é tão grande, mas fica pequena, quando tenho que me afastar dessa garota. Ela vem com essa delicadeza, gentileza e sorriso que me deixa exci**. Quando ela joga o cabelo para o lado, me dá vontade de agarrar seu pescoço e beija-lo.Pode até
LizPassei dois na biblioteca lendo e na expectativa de entender Benjamin. Ele não saia do escritório para nada e pediu para ninguém o incomodar, pois estava cheio de reuniões. Acredito que essas reuniões eram para me evitar, nos afastar de todo o constrangimento que aquela situação poderia nos trazer.Na verdade, foi uma fuga para mim também, já que esse sentimento era novo e ainda não sei o que pensar.Hoje pela manhã, assim que acordei, tomei um longo banho, me arrumei e fui para a cozinha tomar meu café. Desci a escada em silencio para não chamar a atenção... Para não encontrar Benjamin.Ao chegar na cozinha, dei de cara com Benjamin colocando a mesa. Ele me olhou sério, como se minha presença o incomodasse e continuou colocando a mesa. Olhei para ele e não sabia o que fazer, ele parecia imerso em sua agonia constante de me ter por perto. Decidi sair da cozinha e ir para qualquer outro lugar, desde que fosse para bem longe dele. Assim que me virei para sair ele disse:- Bom dia! P
Benjamin- Benjamin? – Disse Heitor, me olhando assustado.- O que vocês fazem aqui? – Disse eu me aproximando de Liz, que parecia estar com medo.- Também lhe faço essa mesma pergunta. – Disse Heitor. Ambos se aproximaram e me abraçaram, mudando o semblante para um sorriso amigável. – Meu amigo, a quanto tempo não nos vemos...- Uns quatro anos? – Disse Bernardo, o irmão de Heitor. Apenas sorri, concordando. Peguei minha roupa e comecei a me trocar.- Meu amigo, viemos passar uns dias na casa de campo com minha família. Fica aqui perto...- Fico feliz em revê-los! – Disse eu, pegando na mão de Liz e tentando me retirar do local.- Espera! Se casou? – Disse Bernardo se aproximando novamente. – Ou uma put**** para nossa diversão. – Disse ele a olhando de cima a baixo.- É uma longa história... Essa é Liz! – Disse eu soltando a mão de Liz.- Prazer Liz! – Disse Heitor acenando com a cabeça. Papai está na casa de campo, o que acham de ir jantar conosco hoje? Tenho certeza que poderemos c