Capitulo 3

Benjamin

Quando cheguei da empresa, minha irmã estava na sala, conversando e rindo com Magge. Eu entrei e ambas continuavam rindo, como amigas intimas:

- Boa noite! Posso saber o que está acontecendo?

- Nada demais! – disse Jenny- Estávamos apenas conversando bobagens.

- Vou terminar de preparar o jantar! Com licença! – Disse Magge saindo da sala.

- Irmão, consegui falar com August hoje. Ele disse que a filha está na Casa das Virgens.

- Isso é bom, logo ela irá arrumar um marido.

- Eu quero que seja você! – Disse Jenny, como se estivesse pedindo bala e me pegando de surpresa. – Olha, não precisa se casar agora com ela. Eu só quero que a conheça, assim como quero conhece-la. August faz parte da família. Tenho certeza que se você não gostar dela, poderá indicar um bom marido.

- Você é maluca! Está completamente doida! – Disse eu caminhando em direção as escadas, e ouvindo os passos de Jenny vindo logo atrás.

- Irmão, você precisa se casar. Prometi isso para o conselho.

- Você e suas promessas! Eu posso muito bem escolher por mim mesmo, sabia?

- Eu sei, e por isso estou te dando algumas alternativas. Amanhã você pode ir jantar com uma das moças que eu conheci hoje, e assim será no resto da semana.

- Não!

- Já marquei com as moças. Elas são umas gracinhas, lindas e super sensuais tenho certeza que vai gostar.

- Graças a Deus hoje é terça...Você acabou de juntar gracinhas, lindas e sensuais em uma só frase? Meu Deus!! – Disse eu me sentando na cama e me deitando, como se estivesse morrendo. – Elas devem ser muito feias.

- Para com isso! Elas fazem seu tipo... Olha, só quero que possamos almoçar e ver o que está acontecendo.

- Vamos? Você vai estar junto?

- Sim! Quero te ajudar a escolher o melhor. Você pode estar deixando passar a mulher da sua vida e nem perceber, do jeito que é tapado.

- Posso escolher por mim mesmo.

- Quero ver você feliz!

- Você não tem vida pra cuidar?

- Não! Meus filhos estão bem grandinhos e meu marido sabe se virar sozinho. Tirei umas férias de casa, para ajudar você. – Ela respirou fundo, e se sentou ao meu lado na cama. – Só vamos comer com elas, se não gostar de nenhuma eu paro. Eu respiro fundo e concordo.

Liz

Marta estava furiosa comigo. Por isso, começou a me punir, me deixando sem comida e sem sair do quarto. Essa situação toda, não estava me deixando triste, pelo contrário, me alegrava o fato de não ter que encontrar nenhum homem e me deixava livre para planejar uma fuga.  

Na casa havia vários comentários sobre uma mulher importante que veio na escola hoje e o alvoroço para ver de quem ela iria gostar mais.  

De repente ouvi um barulho na porta, olhei rapidamente e vi Marta vindo em minha direção furiosa. Ela me olhou e disse:

- Você chegou agora, e se acha a mais importante de todas?! – Ela ergueu a mão e pegou em meus cabelos, e saiu me arrastando pela casa.

- Não, por favor! Eu não fiz nada...- disse eu suplicando para que ela não me machucasse, mas sem conseguir ser atendida.

- Vou te ensinar que aqui, você não é nada. – Disse ela me levando, enquanto todas as outras garotas da casa me olhavam sem entender nada. Vi Karoline rindo, junto com as outras garotas do quarto. Eu supliquei para que ela me soltasse o caminho todo. Mas ela fingiu que não me ouviu e me levou escada a baixo da casa. De repente ela abriu uma porta. Eu olhei rapidamente e era escuro. – Você vai ficar aqui, até que eu me lembre da sua existência! – Disse ela me jogando no quarto e fechando a porta em meio as minhas suplicas para que ela me deixasse sair. Ela fechou a porta, e eu fiquei ali encostada na porta chorando.

Eu não entendia o que estava acontecendo. Só sabia que ninguém iria me ajudar.

- O que eu fiz para merecer isso?! – Disse eu chorando. O quarto era escuro e por mais que forçasse as minhas vistas para conseguir enxergar, nada conseguia ver.

Assim que me acalmei, me levantei do chão e fui passando a mão pela parede, para ver se tinha algum lugar para me deixar ou fazer minhas necessidades. No canto esquerdo, encontrei um vaso, e próximo a ele, um colchão no chão com um cobertor. Me deitei e dormi.

De repente a porta se abriu, eu olhei assustada e vi um homem alto, grande e forte entrar. Não consegui ver seu rosto, por causa da claridade, mas já pude reconhecer de quem se tratava. Era o mesmo homem que vi conversando com Marta. Ele se aproximou, enquanto fiquei imóvel e colocou minhas mãos sobre a cabeça, e me beijou ardentemente. Com uma das mãos ele foi subindo pelo meu corpo, entrando por entre minha roupa. Seu beijo foi aumentando a intensidade e me deixando ofegante...

Benjamin- 1º encontro 

A noite passou como relâmpago, o sono não veio, meus pensamentos estavam tão distantes e diversificados. Até naquele anjo que vi outro dia, pensei.

Estava me trocando quando, Jenny bateu na porta e entrou, me olhou sorridente e disse:

- Preparado para seu primeiro encontro?

- Não é meu primeiro encontro. E sim, só vou ir até a empresa resolver alguns negócios e volto para te buscar. – Ela sorriu e se aproximou para me ajudar com a gravata.

- A quanto tempo você não dorme direito? – Olhei no relógio e disse:

- Tenho que ir... Até mais tarde! – Dei um beijo em seu rosto e sai do quarto.

As horas passaram voando. Peguei minha irmã e fomos para a Casa das Virgens. Chegando lá fomos recebidos por Marta, que parecia estar ali para me tirar a paz. Minha cabeça nem estava mais no lugar. Vi varias moças descendo a escada e olhei para ver se via meu anjo novamente. Queria poder olha-la de perto, só para ter certeza de que não era um sonho. E como num flex estava relembrando dela, tentando descer as escadas naquele dia. Acabei dando um sorriso bobo, que achei ter passado despercebido quando vi Jenny me olhando:

- O que aconteceu?

- Nada! Lembrei-me de um contrato que deu certo. – Disse eu voltando para minha seriedade e frieza. Jenny e Marta não paravam de falar. Até que se aproximou uma moça morena, alta, olhos escuros. Belas curvas e usava um vestido verde. Com um leve decote nos seios. Marta a olhou e disse:

- Senhor Benjamin, essa é Anna. – Jenny sorriu e a cumprimentou como se fossem amigas a décadas.

- Anna querida, esse é meu irmão e chefe da máfia. – Ela sorriu para mim e se aproximou, me dando um beijo no rosto. Não correspondi. – Vamos dar uma volta?

- Na verdade... está quente lá fora, vamos comer? - disse eu, com minha voz rouca e grave.

- Claro! O que achar melhor! – Disse a moça. Ela pegou em meu braço e me conduziu até o jardim. Ficamos em baixo do pergolado, rodeados de flores. A mesa estava posta, com uma comida leve, vinho tinto e velas, como se alguém fosse acender durante o dia.

Anna e Jenny não paravam de falar. Falaram sobre a família de Anna e suas pretensões para a vida. Mas a jovem era muito superficial. Não tinha planos, nem ambições além do casamento. Estava à espera de um marido, que tivesse muito dinheiro para cuidar dela e de sua família.

Antes de comer a sobremesa eu enviei uma mensagem para minha secretaria Viviane, me ligar e para me tirar do encontro com alguma desculpa esfarrapada. O que acabou dando certo. Mas na hora de me despedir, a moça me agarrou, tentando esfregar seu corpo em mim, no intuito de me seduzir.

Sai de lá o mais rápido que pude, deixando Jenny para traz.

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