Capitulo 2

Benjamin

Assim que terminei a reunião em minha empresa, fui direto para a Casa das Virgens.

Assim que cheguei vi August saindo, desci do carro, para ver se conseguia cumprimenta-lo. Olhei para ele, enquanto ele desceu a escada e entrava no carro, e olhei para a porta. Lá estava uma moça... Ela era linda, seus cabelos loiros voavam com o vento, ela era branca como a neve. Seu rosto era delicado... tive desejos sombrios. Meu corpo respondeu rapidamente aos meus pensamentos. Dei um sorriso bobo, mas acho que ela não conseguiu me ver, pois o sol batia em seu rosto.

- Foi uma alucinação? – Disse eu segurando a porta do carro. Logo, ela entrou e não a vi mais. Minha vontade era de correr para alcança-la, para ter certeza de que ela não era um anjo.

Marta apareceu na porta, me deixando enojado. Não que ela seja feia, mas não era o anjo que eu vi na porta. Marta veio apressada ao meu encontro e disse:

- Boa tarde Senhor! Que bom que veio, preparei belíssimas moças para você conhecer. – Revirei os olhos, pois a meses ela diz a mesma coisa.

- Mais alguém chegou? – Perguntei vendo alguns carros estacionados ao lado direito da casa.

- Sim, temos alguns almoçando com nossas meninas. – Disse ela enquanto entravamos para a casa.

Ela me levou para a sala de vidro. Essa sala, nos podemos ver as moças nuas, mas elas não nos veem. Essa é uma forma de olha-las mais de perto, para ver se nos agrada. Entrei, e vários homens vieram me cumprimentar e puxar meu saco.

Algumas, moças entraram, mas não me agradou. Me levantei e sai. Marta me olhou e disse, me segurando na porta do saguão:

- Senhor, aconteceu alguma coisa?

- Marta, elas não fazem meu tipo...

- Mas, senhor?! – Disse ela me interrompendo- Elas são morenas, como o senhor gosta... Eu me lembro de sua noiva... – Na hora que ela disse isso, subiu uma raiva enorme em mim, eu queria pegar minha arma e matá-la – A senhorita Maria, ela era morena...- Ela continuou falando mais, meus pensamentos e meus olhos já não estavam mais nela.

Olhei para o topo da escada e lá tinha aquela loira, que a pouco vi e pensei ser um anjo. Ela estava descendo as escadas com cautela, na tentativa de não ser vista. Quando olhei para ela, ela parou de andar, e ficou me olhando. Seu olhar me deixou louco:

- Senhor, está tudo bem? – Disse marta, me fazendo olhar para ela novamente. - Quem está aí?

- Não é ninguém Marta, eu estava olhando para a casa em si. E pensando em como podemos melhorar. – Disse eu, enquanto Marta olhava para a escada. A bela moça... sumiu. Continuei falando com Marta, até me cansar dela e sair para minha reunião.

Liz

Subi para meu quarto, e lá fiquei. Deitada em minha nova cama. As outras moças não estavam lá, não às vi desde que cheguei. Fiquei sozinha.

Quando deu duas horas da tarde, não aguentei mais de fome e decidi descer para ver se encontrava alguma coisa para comer. Sei que tinha que esperar mais duas horas, mas não estava mais aguentando. Fui em silencio até chegar na escada que fica de frente para o saguão não tinha ninguém. Comecei a descer os primeiros degraus, e foi quando eu vi um homem, ele era alto, forte, cabelo preto bem cortado e penteado. Ele tinha uma barba, era bem aparada. Eu o vi, e era tão bonito. Ele falava com a Marta, que estava de costas para a escada. Eu estava torcendo para que ele não me visse. Mas, por alguns instantes fiquei ali hipnotizada por sua beleza. Ele era tão sério. Só vi um homem tão bonito quanto esse nos filmes. Pois no internato não podia entrar homem algum.

Acordei da minha hipnose, e fui tentar descer mais um degrau, foi quando ele me viu, olhou para mim. Eu senti meu corpo se arrepiar. Seus olhos me penetraram por inteiro. Era como se ele estivesse me tocando e me possuindo.

Nesse momento eu só tive duas escolhas. Continuar descendo ou voltar o mais rápido que eu podia. Ele ficou ali me olhando por alguns segundos. Foi quando ouvi a Marta dizer para ele:

- Senhor, está tudo bem? – Ele voltou seus olhos para ela, e eu corri para o quarto, o mais rápido que pude. Antes de subi, ouvi ela dizer- Quem está aí? – E ele dizer:

- Não é ninguém Marta, eu estava olhando para a casa em si. E pensando em como podemos melhorar...

- Aiiiii! Quase fui pega. E que voz era aquela? - Disse eu entrando no quarto e me sentando na cama. Ele tinha uma voz grave, meio rouca.

As horas seguintes foram uma tortura. Quando deu quatro horas, algumas moças entraram no quarto. Elas me olharam e continuaram falando sobre o dia dela, como se eu não estivesse ali.

- Eu adorei almoçar com o João novamente. Acho que ele vai me pedir em casamento. – disse uma moça morena, se exibindo para as outras.

- Acho que não Karolaine, ele está demorando muito. Você disse nos dois almoços passado. – Disse uma outro moça, de cabelos castanhos e olhos verdes.

- Pare de ser invejosa Lúcia! Você só recebeu um convite até agora. E ele nem voltou para te ver...

- Oi! Com licença! Desculpe incomodar, mas como que funciona isso? – Disse eu me levantando e me aproximando das outras moças. Todas as três começaram a rir da minha cara.

- Quem é você? Como não sabe como funciona? – Disse Karolaine.

- Meu nome é Liz. Eu acabei de chegar.

- Bom Liz, seja bem vinda. Vou te explicar rapidamente como funciona. – Disse Lúcia. –  Os homens vêm toda semana. Para algumas pode durar meses, outras anos para sair daqui. Eles escolhem uma moça, por meio do histórico e fotos. Passamos algumas horas com eles, e se ele gostar do que ouviu e de como você parecer ser nesse tempo, você pode ser chamada mais algumas vezes, e ser pedida em casamento.

- Entendi, e o que vocês fazem com ele?

- Nós não podemos sair dos muros da casa. Mas, podemos almoçar juntos, ou caminhar e conversamos. É como se fosse um encontro. Só não podemos ser beijadas, até que ele nos peça em casamento. -Disse Lúcia.

- Entendi!

- Ah, eles podem ter até três encontros com cada moça, se não te escolher no quarto, eles não podem nos chamar novamente, ou são obrigados a se casar. Isso vai depender muito de caso para caso, e se está aqui há muito tempo. Karoline acabou de terminar o terceiro almoço com ele, e se ele não a pedir da próxima vez, ela perdeu uma grande oportunidade de se casar.

- Quando será que vou vê-lo novamente?! - Disse Karoline, saindo do quarto e sendo seguida pelas outras duas.

Eu a segui também. Andamos até chegar no refeitório. Rapidamente o dia terminou. Fiquei pensando no que fazemos aqui? Digo, quando eles não veem nos ver. Eu só queria sair daqui logo.

 Marta passou no meu quarto após o jantar e me chamou para fora, para conversar:

- Me escute bem, eu quero saber a verdade.

- Sim, senhora!

- O que você estava fazendo fora do quarto hoje à tarde?

- Como assim?

- Eu sei que era você lá na escada hoje à tarde, por isso me diga logo e não minta para mim.

- Eu... eu... eu...- respirei fundo, e já não sabia o que dizer- Eu estava com fome, sai para procurar algo para comer. Eu estava sem comer desde ontem. Por favor, me desculpe. – Ela me olhou e sorriu. E quando achei que ela iria se retirar, ela me deu um tapa no rosto.

- Quando eu lhe der uma ordem, obedeça! – Disse ela me olhando, enquanto eu colocava a mão no rosto. – Sua merdinha! Não ouse me desafiar, só porque é filha do contador e se acha melhor do que todas nos... Eu não ligo para quem é seu pai. – Disse ela antes de sair andando. Meus olhos encheram-se de lagrimas, mas eu respirei fundo e engoli o choro.

- Vai ficar tudo bem! – Disse para mim mesma.

Voltei para minha cama, e tentei pegar no sono. Eu ainda usava o uniforme do internado, e estava meio desconfortável. Passou horas, até que consegui pegar no sono.

Benjamim

À noite, eu não conseguia dormir. Levantei-me depois de horas ali tentando dormir. Eu estava excitado, louco para pegar aquela loirinha e traze-la para minha cama e come-la de todos os jeitos possíveis. Fui para o banheiro... precisava aliviar minha masculinidade. Quando eu me lembrava dela olhando para mim...AHhh “gemi” já me dava muito tesão. “Eu estou ficando louco?!”

Quando me deitei novamente, me veio uma culpa. Senti-me um traidor, maldito, por estar pensando em outra, enquanto minha amada jazia em um cemitério.

Me levantei e peguei minha garrafa de Wisk... caminhei até a sacada daquele prédio. Bebi, até que o desejo de morrer, fosse abafado. Me lembrava de seu corpo, de sua boca... Ahhh... seu toque, algumas lagrimas desceram pelo meu rosto, mas as abafei com aquela garrafa. Me deitei e dormi, para poder sonhar com ela.

Liz

A manhã chegou bem rápido. Acordei e as outras garotas já não estavam mais no quarto. Me levantei rápido e arrumei a cama. E quando fui sair do quarto, Marta abriu a porta e entrou:

- Já deveria ter se levantado, aqui não é hotel.

- Me desculpe, eu dormi demais.

- Não quero saber, bela adormecida! Venha, precisa ir ao médico para fazer alguns exames. E hoje, eu mesma vou te levar. 

- Sim senhora! – Disse eu à seguindo. Marta me levou para a sala de um médico, que ficava no andar de baixo, próximo à sala dela. Ela me olhou e apontou, para que eu entrasse na sala. Eu bati na porta e ouvi:

- Pode entrar! -  Abri e entrei. O homem estava sentado, me olhou e disse – Anda! Eu não tenho o dia todo. Sente-se! – Me sentei, ele me deu uma fixa para preencher. – Preencha. -

Na ficha perguntava, minha idade, ano de nascimento, cidade, escolaridade, nome dos meus pais, alguns documentos pessoais. Depois tinha a ficha medica, alergias, doenças, medicamentos que já tomei e porquê?! Se já tive relação sexual, frequência e o nome do parceiro sexual. Preenchi o mais rápido que pude. E quando terminei entreguei para ele. Ele me olhou:

- Esqueceu de assinar! – Eu peguei novamente e entreguei a ele assinado- Vá até aquela sala e tire a roupa, vou te examinar. – Minha vontade era de falar que não. Estava completamente desconcertada.

- Isso é realmente necessário?

- Sim! – Disse ele. Eu me levantei e fui para a sala. Tirei a roupa e deitei-me na maca. Ele veio, palpou meus seios, olhou minhas costas, palpou minha garganta e abdômen, e tudo ele marcava em um papel. Contou quantas manchas de nascença eu tinha e seu lugar. Olhou meus dentes – Abra as pernas, vai ser rápido. – Abri e ele me examinou. Estava com os olhos cheios de lagrimas, tremendo e morrendo de raiva. Segurando o máximo que conseguia para não chorar. – Vista-se! – Disse ele enquanto saia da sala. Coloquei as minhas roupas o mais rápido que consegui. E sai da sala. Ele estava me esperando sentando. Me sentei e ele colheu o sangue, para fazer exames.

- Posso ir agora? – disse eu atordoada.

- Agora pode! – Disse ele assinando alguns papeis. Sai dali, com uma vontade de chorar. Mas assim que abri a porta, vi Marta me olhando com cara de deboche e segurando a risada.

- Gostou? – Ela sorriu- Vamos, você tem uma sessão de fotos. – Disse ela andando. A segui. Já estava com medo do que viria. Chegamos em um estúdio fechado. Uma mulher apareceu e disse:

- Bom dia, meu nome é Clarice. Preciso que fique aqui nessa tela branca e tire a roupa. – Eu a olhei e disse:

- Eu não vou tirar!

- Os homens gostam de saber o que estão levando para casa. – Disse ela, enquanto eu balançava a cabeça negando. – Vamos tirar algumas com roupa, até você ficar à vontade. – Ela me colocou em frente a câmera, tirou algumas fotos e se aproximou para me mostrar- Você é muito bonita. Sorria na próxima foto- Ela tirou mais fotos enquanto eu sorria, e veio me mostrar. – Sei que é desconfortável, mas precisa tirar a roupa.

- Eu não consigo! Me desculpe... – Disse eu saindo de perto dela. Marta me olhou, se aproximou e rasgou meu vestido.

- Aqui você faz o que mandam você fazer, e não o que quer. – Ela arrancou meu vestido, e jogou no chão. – Tire a foto dela Clarice. – Eu estava ali, tentando me encolher, chorei abundantemente nas fotos. E quando acabou, ela me deu um vestido transparente e me puxou pelo braço. Saímos da sala e Marta continuou me puxando pelo braço até uma sala vazia. Ela abriu a porta e disse- Entre! – eu entrei, com medo e ainda chorando. – Você é muito teimosa, vou te ensinar a não me desobedecer...

Benjamin

Fui para a Casa das Virgens, mais duas vezes para ver se a encontrava uma noiva. A minha pressa era, por causa da pressão que os sócios da máfia estavam fazendo. Eu era o chefe, e precisava me casar.

Hoje é dia 8 de abril e fiquei de me encontrar com minha irmã em um restaurante para almoçar. Eu já havia chegado, quando ela apareceu. Estava com um óculos maior que sua cara, o que me fez dar risada, no mesmo instante. Ela se aproximou seria e disse:

- Para de rir! – Me deu um tapa na cabeça e depois um beijo no rosto.

- Não tem como Jenny... Você podia contratar uma estilista para você!

- Me respeite! Eu sou sua irmã mais velha, e isso não é da sua conta. – Ela se sentou brava, e tirou os óculos. O garçom se aproximou, entregou o cardápio e saiu- O que está acontecendo com você?

- Como assim? Eu estou bem... – Disse eu sem entender.

- Você já deveria estar casado, onde está sua esposa? – disse ela seria.

- Vixe! O que está acontecendo? Quem te ligou para me pressionar?

- Olha não importa quem me ligou ou se me ligaram. Já faz um ano, que está enrolando todos... Sua noiva morreu, já faz dois anos, e esperamos que você saísse do luto, se é que esteve.

- Para com isso!

- Não adianta ficar bravo... Você deu sua palavra! O seu nome o mais temido do país, é inteligente, bonito e bilionário. Todos te conhecem pelas suas empresas...

- Eu vou arrumar uma mulher...

- Não! Eu vou arrumar uma mulher para você! – Disse ela me interrompendo. Eu olhei sério para ela, que continuava seria. Fizemos nosso pedido, pois o garçom se aproximou novamente.  Ela respirou fundo e disse – Eu já pedi a lista e a fotos das meninas da Casa, e já olhei a ficha de todas, só estou esperando elas terminarem de me enviar, que vou lá ver as que selecionei.

- Não acho que isso seja necessário. Sei bem escolher por mim mesmo. 

- Só estou pensando no seu bem...

- Para de bancar a maluca... Eu te proíbo de se meter na minha vida. Você deveria estar cuidando da sua casa e do seu marido. 

- Estou nem aí, não tenho medo de você! – Disse ela com sarcasmo. – Agora, mudando de assunto... Você soube da filha de August?

- Soube sim! Ele a trouxe para a Casa. 

- Quero conhecer ela. Ele sempre foi um grande paizão pra gente, como pode esconder uma filha assim.

- Ele deve saber o que faz e o  melhor para a filha dele, não acha? 

- Acho que vou falar com ele...

- Meu Deus, Jenny! Será que pode deixar o pobre homem e a familia dele em paz?!

- Se ele tem uma filha, ela é como nossa irmã e quero conhece-la. Acho que depois de tudo o que fizemos por ele, tenho esse direito. - Disse ela com tom de brava. Olhei para ela negando sua atitude. 

Passamos o resto do almoço, conversando e depois fui para minha emrpesa e a noite jantamos juntos.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo