Benjamin
- Não quero mais nenhum encontro... acho que os dois que me arrumou, foram um fiasco e uma lição mais que suficiente... – Eu respirei fundo- Me diz..., sobre o que a garota estava falando?
- Marta... – Ela respirou fundo, tomou um copo com vinho e disse- Passou dos limites... de todos os limites. Trancou a Liz em um quarto escuro, sem janela, sem cama e banheiro. Apenas um colchão, um cobertor e um vaso.
- O que a garota fez?
- Marta disse que a garota se recusou a tirar as fotos. Depois, porque Liz estava se aparecendo para as outras garotas, se sentindo a maioral. – Jenny olhou para o lado, colocou a mão no rosto e disse- O que não faz sentido, é que a garota acabou de chegar e não consegui ver uma foto dela no álbum. E ela deu muito trabalho para me deixar ver a garota. Só consegui vê-la hoje, por meio de ordens e gritos.
Eu queria entender o que estava acontecendo. Mas não podia dar tanta bola, para essa garota...
Ela estava suja..., mas... ainda parecia um anjo. Tentei evitar olha-la diretamente, mas passaria horas admirando sua beleza...
- Acho que precisamos tirar ela daqui, até resolver as coisas com a Marta.
- Não precisa... se tirarmos ela daqui, daremos brechas para as outras também. Vou desmarcar meus compromissos de amanhã, e podemos vir aqui para resolver isso. Se August descobrir, ele vai querer que a entreguemos para que ele mesmo possa matar.
- Ainda bem que ele está fora do país... Isso nos dá tempo de resolver tudo.
Liz
Passei o restante do dia ouvindo Karoline falar com as outras garotas, de como eu atrapalhei o almoço dela com o chefe. Outros momentos era, de como eu era intrometida... invejosa. Mas logo a noite chegou. Quando todas, foram dormir, me ajoelhei na beirada da cama e rezei, rezei até me cansar. Para que a penitência pelo meu pecado fosse perdoada.
Acordei com Karoline me olhando. Ela parecia estar furiosa, me olhou e disse:
- Por sua causa, Jenny não responde minhas mensagens...
- Que horas são? Acha que ela não tem o que fazer? – Disse eu me levantando da cama.
- Você se acha né garota?! – Disse ela se levantando da cama. – Acha mesmo que um homem como aquele iria olhar para uma branquela azeda como você.
- Eu não ligo para nada disso Karoline... Não ligo para ele, nem para você, nem para esse lugar. Eu não quero saber dele, nem de nenhum outro. – Sai esbarrando nela e fui para o banheiro.
Fiz minhas necessidades com tranquilidade, coloquei uma roupa e sai. Quando olhei para fora, as meninas do quarto estavam na escada conversando. Olhei e quando fui passar por elas, senti alguém pegar em meu braço. Ao me virar, senti duas mãos me empurrando. Cai escada a baixo. Rolando sem parar, até que parei no chão. Gritei:
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIII!
Benjamin
Não dormi bem a noite pensando no que podia ter acontecido para justificar tal ato de Marta. Liz tem cara de ser uma garota terrível, e ao mesmo tempo doce... Essa questão me deixou perplexo.
Meu coração está confuso, nunca pensei que chegaria o dia que veria outra mulher e sentiria atração. Isso me deixa atordoado e cheio de culpas, pois jurei que meu coração seria só dela... As horas passaram tão rápido. Logo pude ver o sol nascer... O despertador tocou às 7 horas. Tomei um banho e me arrumei. Desci para a cozinha e Jenny já estava tomando seu café. Ela me olhou sorrindo e disse:
- Dormiu bem?
- Dormi e você?
- Muito bem... Tome logo seu café para irmos. – Ela parecia ansiosa.
- Aconteceu alguma coisa?
- Nada... Notei seu olhar para Liz. Não achei que gostasse de loiras...
- Foi um olhar normal...- Disse eu tentando disfarçar. Coloquei uma xícara de café e tomei.
- Te conheço bem... Você nunca olhou daquele jeito para nenhuma outra garota. – Disse ela sorrindo maliciosamente.
- A garota...
- Liz! – Disse ela me interrompendo.
- Sim... Liz! Ela nem faz meu tipo, e ela é como se fosse uma irmã mais nova. É filha de August, que é como nosso pai.
- Nada impedi vocês dois.
- Vamos mudar de assunto... – Liz sorriu, como se estivesse vitoriosa.
Saímos de casa, e fomos direto para a Casa das Virgens. Chegamos lá e fomos recebidos por Marta logo na porta. Ela estava seria e com o semblante caído, como se fosse uma coitada. Isso já me irritou. Assim que o carro parou, ela correu para abrir a porta e disse:
- Bom dia Chefe! – Não respondi. Jenny parou para cumprimenta-la. Enquanto sai andando na frente para entrar. Assim que abri a porta... Vi Liz no topo da escada, com algumas garotas. Vi que ela se virou e de repente saiu rolando escada a baixo. Ela chegou ao chão e gritou de dor, enquanto as garotas no topo da escada riam. Marta apareceu em seguida e gritou dizendo:
- O que estão fazendo? – Todas se calaram. Eu me aproximei de Liz que estava no chão. Ela me olhou, enquanto eu a peguei em meus braços e a levei para o consultório médico.
- Doutor... – Disse eu entrando no consultório sem bater na porta. Olhei e não tinha ninguém. Marta e Jenny apareceram logo em seguida. – Onde está o médico dessa casa? Não o pago para ficar em casa.
- Senhor... ele...- Passei com Liz em meus braços esbarrando nela e fui para fora da casa. Meu estava perto. Quando o motorista me viu, já se aproximou, abriu a porta e eu entrei com Liz no carro, sem esperar Jenny.
Fomos direto para o hospital. Liz, ficou em silencio. Sua cabeça sangrava e ela segurava o braço, com dor. Peguei um lenço no bolso e me aproximei para limpar o sangue de sua testa, mas ela recusou minha ajuda. Pegou o lenço e pressionou sozinha a lesão. Fiquei olhando para ela no percurso todo até o hospital e não acreditando no que fizeram.
Chegamos no hospital, abri a porta e a peguei no colo. Ela ficou sem graça e disse:
- Eu consigo andar... – A deixei no chão e disse:
- Tudo bem... – Liz deu dois passos e vi que ela estava meio tonta, então a peguei novamente e a levei para dentro do hospital. Rapidamente uma enfermeira se aproximou e fez a fixa dela. Logo, veio um médico e fez alguns exames, deu ponto na testa, e disse:
- Assim que cicatrizar, não ficará cicatriz. Vou pedir para uma enfermeira leva-la para fazer um raio X do braço e uma ressonância da cabeça. O seu marido pode ficar esperando aqui.
- Ele não é meu marido... Ele é apenas um amigo. – Disse Liz tímida. O medico saiu acenando com a cabeça.
Ela ficou deitada na cama, e eu ao lado dela. Não me atrevi a olha-la. Ela parecia estar triste e envergonhada por estar ali comigo. Logo, apareceu uma enfermeira com uma cadeira de rodas e a levou.
Não demorou muito para ela voltar. Ela estava com o braço engessado, me olhou e disse:
- Desculpa a demora! Quebrei o braço... – Disse ela sendo levada para a cama pela enfermeira.
- Está se sentindo bem? – Disse eu, para quebrar o gelo.
- Estou sim... Estou me sentindo bem melhor, obrigada!
- Por que você não me esperou? – Interrompeu uma voz conhecida. Olhei e vi Jenny na porta do quarto nos olhando. Me levantei com o susto. Ela se aproximou e disse- Como você está, Liz? - O médico apareceu e disse:
- Ela está bem... Apesar da fratura no braço. Acabei de ver a ressonância da cabeça, e está tudo bem.
- Onde estou? – Disse Liz, olhando seria para o médico. O medico se aproximou e ela sorriu. – Estou brincando... Todos riram. Permaneci sério e intocável.
- Pode leva-la para casa, já assinei a alta. Vejo você novamente daqui quinze dias. – Disse o médico entregando uma receita para mim e saindo do quarto.
- Benjamin, podemos conversar lá fora? – Disse Jenny saindo do quarto, e eu indo atrás.
- O que aconteceu?
- Primeiro você não me esperou, segundo o que faremos com ela?
- Primeiro era uma emergência, não tinha tempo para esperar você decidir o que iria fazer. E segundo eu não sei. E só para concluir, você é minha irmã mais velha, mas eu não te devo satisfação do que faço ou como devo fazer na minha posição de chefe.
- Tem razão... Me desculpa! Eu já resolvi o que faremos com ela...
- Do que está falando? Acabou de me perguntar o que iremos fazer.
- Eu tive mais tempo que você para pensar... Vamos para a casa de campo, levamos ela e a deixamos segura lá.
- Segura?
- O pai de Karoline me ligou, e quer guerra pela cabeça de Liz, se for preciso. Aproveitamos para tirar férias, ela se recupera e o pai dela volta, para querer justiça. Enquanto isso você enrola o pai de Karoline, com o julgamento de Marta.
- Você esqueceu que quem decide sou eu?!
- Eu sei disso, mas não temos escolha. Se o pai de Karoline se virar contra você agora, isso vai complicar sua expansão para a Rússia. E August não está na cidade para cuidar dela, ela é da família, não podemos deixa-la em qualquer lugar. E julgando a Marta, podemos reverter os problemas com o pai de Karoline, porque podemos mostrar as filmagens do que ela fez.
- Não gosto dessa ideia...
- Não é pra gostar... É só até você pensar em algo melhor... Liguei para Magge e pedi para ela arrumar as nossas coisas em sigilo, acho que agora é o melhor. – Peguei meu celular e vi várias ligações perdidas de Marcos, pai de Karoline. Respirei fundo...
BenjaminAssim que Liz saiu do hospital, Jenny a levou para fazer as malas e ficou responsável de convence-la. Fui para a sede da máfia, precisava falar com um amigo e pedir o apoio dele. Ao chegar lá, dei de cara com Nicolas, logo na entrada. Ele me olhou e disse:- Você está bem?- Você vai sair? Preciso falar com você...- Eu ia almoçar, mas peço algo para comer aqui, se for muito urgente.- Então vamos... – Subimos para o segundo andar do prédio de vendas de imóveis, que é de Nicolas. Lá, me sentei em minha cadeira e ele ficou me olhando, na duvida se perguntava o que havia acontecido ou não. – Acredito que não saiba o que aconteceu na Casa das Virgens?- Soube... Karoline. Eu queria me casar com ela, mas repensei tantas vezes até que desisti. Ela é muito bonita, mas acha que porque seu pai tem um pouco de poder, isso vale de algo. Soube que o pai dela está te procurando. Ele veio aqui algumas vezes.- Me ligou varias vezes também, mas não tenho tempo para falar com ele... – Virei
BenjaminEstava muito nervoso com isso... Jenny não podia ter me deixado responsável por essa garota. Não sei se consigo ficar perto dela, sem ter vontade de toca-la... Ahhhhh... de faze-la ser minha. Que vontade de pega-la nesse avião, e poder toca-la em cada parte de seu corpo... usar esse avião inteiro para que ela seja só minha.Pensar nessas posições e o que faria com ela me deixa louco... Excitado...meu corpo corresponde a pensamentos com ela. Estou cheio de desejos...- Você está se sentindo bem? – Disse ela me olhando, com aqueles olhos azuis e com um leve sorriso tímido.- Estou! – Disse eu tentando não olhar para ela. Ela abaixou os olhos, como se eu tivesse a aborrecido. – Você está bem?- Estou, é que... não é nada. Só estou cansada. – Ela se calou e ficou olhando para a janela. Voltei minha atenção para meu celular. Logo veio a aeromoça nos oferecer algo para comer. Fiz meu pedido, mas Liz recusou. Assim que a aeromoça saiu, ela foi se levantar. Deu dois passos, e o avião
Liz Após o banheiro e comer, chegou a hora de dormir. Me deitei na cama, rolei de um lado para o outro... As horas foram se passando e por mais que estivesse cansada, o sono não vinha. Me levantei e fui para a janela. Não fui para a sacada, pois estava muito frio. Mas fiquei ali olhando a vista. A lua estava um pouco escondida pelas nuvens, o que deixava essa noite linda.Era quase 3h quando ouvi alguém mexer na fechadura da porta. A luminária estava acessa, o que deixou o quarto um pouco claro. Olhei para porta para ver quem entraria... Benjamin... ele abriu a porta e me olhou. Ele estava usando uma calça de moletom, uma camiseta regata e meias nos pés. Ficou alguns segundos me olhando e depois disse:- Com licença! Vim...vim trazer o remédio que o medico te passou, é... pros pontos e para o braço.- Ah sim... obrigada! – Disse eu me aproximando para pegar o remédio que ele segurava em uma mão e na outra um copo com água.- Por que está acordada? – Perguntou Benjamin enquanto eu tom
Alguns dias depoisLizBenjamin parecia me evitar com o passar dos dias. Me entregou os remédios e me deu um despertador, pra poder acordar.Sempre que eu desci para o andar de baixo da casa, ele ia para o escritório e se trancava. Proibiu Bella se aproximar de mim… Bom, foi isso que ela disse. Segundo ela, ele não quer que ela fique fazendo fofocas em vez de trabalhar.Os dias tem se tornado monótonos. Sendo basicamente de acordar, comer, dormir, acordar e comer, dormir…Segunda Magge, não posso ficar andando muito longe, pois é perigoso, e está muito frio…Nesses dias, tentei ligar para meu pai, mas Magge me proibiu. Essa casa está ficando um tédio. Não posso fazer nada, nem sai, nem falar com ninguém.BenjaminSeiss diass… que tormento!Essa casa é tão grande, mas fica pequena, quando tenho que me afastar dessa garota. Ela vem com essa delicadeza, gentileza e sorriso que me deixa exci**. Quando ela joga o cabelo para o lado, me dá vontade de agarrar seu pescoço e beija-lo.Pode até
LizPassei dois na biblioteca lendo e na expectativa de entender Benjamin. Ele não saia do escritório para nada e pediu para ninguém o incomodar, pois estava cheio de reuniões. Acredito que essas reuniões eram para me evitar, nos afastar de todo o constrangimento que aquela situação poderia nos trazer.Na verdade, foi uma fuga para mim também, já que esse sentimento era novo e ainda não sei o que pensar.Hoje pela manhã, assim que acordei, tomei um longo banho, me arrumei e fui para a cozinha tomar meu café. Desci a escada em silencio para não chamar a atenção... Para não encontrar Benjamin.Ao chegar na cozinha, dei de cara com Benjamin colocando a mesa. Ele me olhou sério, como se minha presença o incomodasse e continuou colocando a mesa. Olhei para ele e não sabia o que fazer, ele parecia imerso em sua agonia constante de me ter por perto. Decidi sair da cozinha e ir para qualquer outro lugar, desde que fosse para bem longe dele. Assim que me virei para sair ele disse:- Bom dia! P
Benjamin- Benjamin? – Disse Heitor, me olhando assustado.- O que vocês fazem aqui? – Disse eu me aproximando de Liz, que parecia estar com medo.- Também lhe faço essa mesma pergunta. – Disse Heitor. Ambos se aproximaram e me abraçaram, mudando o semblante para um sorriso amigável. – Meu amigo, a quanto tempo não nos vemos...- Uns quatro anos? – Disse Bernardo, o irmão de Heitor. Apenas sorri, concordando. Peguei minha roupa e comecei a me trocar.- Meu amigo, viemos passar uns dias na casa de campo com minha família. Fica aqui perto...- Fico feliz em revê-los! – Disse eu, pegando na mão de Liz e tentando me retirar do local.- Espera! Se casou? – Disse Bernardo se aproximando novamente. – Ou uma put**** para nossa diversão. – Disse ele a olhando de cima a baixo.- É uma longa história... Essa é Liz! – Disse eu soltando a mão de Liz.- Prazer Liz! – Disse Heitor acenando com a cabeça. Papai está na casa de campo, o que acham de ir jantar conosco hoje? Tenho certeza que poderemos c
LizPor que Benjamin me trata assim? Não posso me deixar levar por esse sentimento, já que sei que ele nunca vai me amar.Passei o resto da tarde lendo um livro de romance, mas acho que deveria ter pegado um livro de terror. Antes de anoitecer tomei um banho, não sabia se Benjamin iria querer me levar ao jantar, mas queria estar no jeito, caso ele me chamasse. Na verdade, não queria aborrece-lo, queria poder sentir que seriamos bons amigos, em vez de me sentir um objeto ambulante.Esses sentimentos eram novos para mim, e estou tão confusa. Benjamin me deixa em estado de alerta constante, como se sempre estivesse esperando um olhar. Não posso me deixar levar por histórias ou filmes de romance.Sequei meu cabelo e deixei ele mais ondulado. Olhei meus vestidos e não sabia qual usar. Nunca sai do internato, nunca fiz visita na casa de ninguém, não sei o que vestir. Estava de roupão olhando o guarda-roupa, quando ouvi uma batida na porta. Olhei e vi Benjamin entrando. Ele sério, olhos como
BenjaminApós o jantar, Vicente me levou para a biblioteca, junto com os filhos. Lá ele me serviu um Wisk, e sentados poltronas começamos a falar dos negócios. O quanto minha regência estava trazendo grandes lucros.- Agora, me conte! O que você faz com a filha de August na sua casa de campo? – Disse Vicente mudando drasticamente de assunto.- Tudo começou com Marta a trancando em um quarto escuro. Jenny a encontrou, e a tirou dela. No dia seguinte Karolaine a empurrou da escada. Ela quebrou o braço e fez um corta na testa.- Soube do julgamento... Fez bem em deixar Nicolas cuidar disso.- No dia anterior almocei com Karolaine, mas acabou não dando muito certo. Acho que ela culpou Liz por isso e ela se vingou a empurrando da escada. Temos aí, dois problemas... O pai de Liz e o pai de Karolaine. Você conhece ambos, e pode me dizer com clareza o que eles fariam.- Sei que August ama essa garota mais que tudo... Ainda mais ela sendo filha daquela mulher, a mulher que ele mais amou na vid