Capitulo 5

Benjamin

- Não quero mais nenhum encontro... acho que os dois que me arrumou, foram um fiasco e uma lição mais que suficiente... – Eu respirei fundo- Me diz..., sobre o que a garota estava falando?

- Marta... – Ela respirou fundo, tomou um copo com vinho e disse- Passou dos limites... de todos os limites. Trancou a Liz em um quarto escuro, sem janela, sem cama e banheiro. Apenas um colchão, um cobertor e um vaso.

- O que a garota fez?

- Marta disse que a garota se recusou a tirar as fotos. Depois, porque Liz estava se aparecendo para as outras garotas, se sentindo a maioral. – Jenny olhou para o lado, colocou a mão no rosto e disse- O que não faz sentido, é que a garota acabou de chegar e não consegui ver uma foto dela no álbum. E ela deu muito trabalho para me deixar ver a garota. Só consegui vê-la hoje, por meio de ordens e gritos.

Eu queria entender o que estava acontecendo. Mas não podia dar tanta bola, para essa garota...

Ela estava suja..., mas... ainda parecia um anjo. Tentei evitar olha-la diretamente, mas passaria horas admirando sua beleza...

- Acho que precisamos tirar ela daqui, até resolver as coisas com a Marta.

- Não precisa... se tirarmos ela daqui, daremos brechas para as outras também. Vou desmarcar meus compromissos de amanhã, e podemos vir aqui para resolver isso. Se August descobrir, ele vai querer que a entreguemos para que ele mesmo possa matar.

- Ainda bem que ele está fora do país... Isso nos dá tempo de resolver tudo.

Liz

Passei o restante do dia ouvindo Karoline falar com as outras garotas, de como eu atrapalhei o almoço dela com o chefe. Outros momentos era, de como eu era intrometida... invejosa. Mas logo a noite chegou. Quando todas, foram dormir, me ajoelhei na beirada da cama e rezei, rezei até me cansar. Para que a penitência pelo meu pecado fosse perdoada.

Acordei com Karoline me olhando. Ela parecia estar furiosa, me olhou e disse:

- Por sua causa, Jenny não responde minhas mensagens...

- Que horas são? Acha que ela não tem o que fazer? – Disse eu me levantando da cama.

- Você se acha né garota?! – Disse ela se levantando da cama. – Acha mesmo que um homem como aquele iria olhar para uma branquela azeda como você.

- Eu não ligo para nada disso Karoline... Não ligo para ele, nem para você, nem para esse lugar. Eu não quero saber dele, nem de nenhum outro. – Sai esbarrando nela e fui para o banheiro.

Fiz minhas necessidades com tranquilidade, coloquei uma roupa e sai. Quando olhei para fora, as meninas do quarto estavam na escada conversando. Olhei e quando fui passar por elas, senti alguém pegar em meu braço. Ao me virar, senti duas mãos me empurrando. Cai escada a baixo. Rolando sem parar, até que parei no chão. Gritei:

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIII!

Benjamin

Não dormi bem a noite pensando no que podia ter acontecido para justificar tal ato de Marta. Liz tem cara de ser uma garota terrível, e ao mesmo tempo doce... Essa questão me deixou perplexo.

Meu coração está confuso, nunca pensei que chegaria o dia que veria outra mulher e sentiria atração. Isso me deixa atordoado e cheio de culpas, pois jurei que meu coração seria só dela... As horas passaram tão rápido. Logo pude ver o sol nascer... O despertador tocou às 7 horas. Tomei um banho e me arrumei. Desci para a cozinha e Jenny já estava tomando seu café. Ela me olhou sorrindo e disse:

- Dormiu bem?

- Dormi e você?

- Muito bem... Tome logo seu café para irmos. – Ela parecia ansiosa.

- Aconteceu alguma coisa?

- Nada... Notei seu olhar para Liz. Não achei que gostasse de loiras...

- Foi um olhar normal...- Disse eu tentando disfarçar. Coloquei uma xícara de café e tomei.

- Te conheço bem... Você nunca olhou daquele jeito para nenhuma outra garota. – Disse ela sorrindo maliciosamente.

- A garota...

- Liz! – Disse ela me interrompendo.

- Sim... Liz! Ela nem faz meu tipo, e ela é como se fosse uma irmã mais nova. É filha de August, que é como nosso pai.

- Nada impedi vocês dois.

- Vamos mudar de assunto... – Liz sorriu, como se estivesse vitoriosa.

Saímos de casa, e fomos direto para a Casa das Virgens. Chegamos lá e fomos recebidos por Marta logo na porta. Ela estava seria e com o semblante caído, como se fosse uma coitada. Isso já me irritou. Assim que o carro parou, ela correu para abrir a porta e disse:

- Bom dia Chefe! – Não respondi. Jenny parou para cumprimenta-la. Enquanto sai andando na frente para entrar. Assim que abri a porta... Vi Liz no topo da escada, com algumas garotas. Vi que ela se virou e de repente saiu rolando escada a baixo. Ela chegou ao chão e gritou de dor, enquanto as garotas no topo da escada riam. Marta apareceu em seguida e gritou dizendo:

- O que estão fazendo? – Todas se calaram. Eu me aproximei de Liz que estava no chão. Ela me olhou, enquanto eu a peguei em meus braços e a levei para o consultório médico.

- Doutor... – Disse eu entrando no consultório sem bater na porta. Olhei e não tinha ninguém. Marta e Jenny apareceram logo em seguida. – Onde está o médico dessa casa? Não o pago para ficar em casa.

- Senhor... ele...- Passei com Liz em meus braços esbarrando nela e fui para fora da casa. Meu estava perto. Quando o motorista me viu, já se aproximou, abriu a porta e eu entrei com Liz no carro, sem esperar Jenny.

Fomos direto para o hospital. Liz, ficou em silencio. Sua cabeça sangrava e ela segurava o braço, com dor. Peguei um lenço no bolso e me aproximei para limpar o sangue de sua testa, mas ela recusou minha ajuda. Pegou o lenço e pressionou sozinha a lesão. Fiquei olhando para ela no percurso todo até o hospital e não acreditando no que fizeram.

Chegamos no hospital, abri a porta e a peguei no colo. Ela ficou sem graça e disse:

- Eu consigo andar... – A deixei no chão e disse:

- Tudo bem... – Liz deu dois passos e vi que ela estava meio tonta, então a peguei novamente e a levei para dentro do hospital. Rapidamente uma enfermeira se aproximou e fez a fixa dela. Logo, veio um médico e fez alguns exames, deu ponto na testa, e disse:

- Assim que cicatrizar, não ficará cicatriz. Vou pedir para uma enfermeira leva-la para fazer um raio X do braço e uma ressonância da cabeça. O seu marido pode ficar esperando aqui.

- Ele não é meu marido... Ele é apenas um amigo. – Disse Liz tímida. O medico saiu acenando com a cabeça.

Ela ficou deitada na cama, e eu ao lado dela. Não me atrevi a olha-la. Ela parecia estar triste e envergonhada por estar ali comigo. Logo, apareceu uma enfermeira com uma cadeira de rodas e a levou.

Não demorou muito para ela voltar. Ela estava com o braço engessado, me olhou e disse:

- Desculpa a demora! Quebrei o braço... – Disse ela sendo levada para a cama pela enfermeira.

- Está se sentindo bem? – Disse eu, para quebrar o gelo.

- Estou sim... Estou me sentindo bem melhor, obrigada!

- Por que você não me esperou? – Interrompeu uma voz conhecida. Olhei e vi Jenny na porta do quarto nos olhando. Me levantei com o susto. Ela se aproximou e disse- Como você está, Liz? - O médico apareceu e disse:

- Ela está bem... Apesar da fratura no braço. Acabei de ver a ressonância da cabeça, e está tudo bem.

- Onde estou? – Disse Liz, olhando seria para o médico. O medico se aproximou e ela sorriu. – Estou brincando... Todos riram. Permaneci sério e intocável.

- Pode leva-la para casa, já assinei a alta. Vejo você novamente daqui quinze dias. – Disse o médico entregando uma receita para mim e saindo do quarto.

- Benjamin, podemos conversar lá fora? – Disse Jenny saindo do quarto, e eu indo atrás.

- O que aconteceu?

- Primeiro você não me esperou, segundo o que faremos com ela?

- Primeiro era uma emergência, não tinha tempo para esperar você decidir o que iria fazer. E segundo eu não sei. E só para concluir, você é minha irmã mais velha, mas eu não te devo satisfação do que faço ou como devo fazer na minha posição de chefe.

- Tem razão... Me desculpa! Eu já resolvi o que faremos com ela...

- Do que está falando? Acabou de me perguntar o que iremos fazer.

- Eu tive mais tempo que você para pensar... Vamos para a casa de campo, levamos ela e a deixamos segura lá.

- Segura?

- O pai de Karoline me ligou, e quer guerra pela cabeça de Liz, se for preciso. Aproveitamos para tirar férias, ela se recupera e o pai dela volta, para querer justiça. Enquanto isso você enrola o pai de Karoline, com o julgamento de Marta.

- Você esqueceu que quem decide sou eu?!

- Eu sei disso, mas não temos escolha. Se o pai de Karoline se virar contra você agora, isso vai complicar sua expansão para a Rússia. E August não está na cidade para cuidar dela, ela é da família, não podemos deixa-la em qualquer lugar. E julgando a Marta, podemos reverter os problemas com o pai de Karoline, porque podemos mostrar as filmagens do que ela fez.

- Não gosto dessa ideia...

- Não é pra gostar... É só até você pensar em algo melhor... Liguei para Magge e pedi para ela arrumar as nossas coisas em sigilo, acho que agora é o melhor. – Peguei meu celular e vi várias ligações perdidas de Marcos, pai de Karoline. Respirei fundo...

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