Alex
— Boa noite. Estou ligando nesse celular direto e ninguém o atende! — Sou grosso e bem sério. Tentando entender o que estava acontecido comigo!
— Senhor, me desculpe! Só pude atender agora. — ela se desculpa. Que voz é essa?! A voz dela é muito sexy. Quando ela me responde, finjo acreditar no que me diz, mas achava impossível uma pessoa não conseguir atender o telefone em nenhum momento.
— Eu perdi meu esse celular hoje. Podemos marcar para que ele seja devolvido? — sugiro o encontro também com outras intenções. Quero muito conhecer essa mulher!
— Olha, senhor hoje com certeza não dá! — Ela se desculpa e percebo que está sonolenta. Além disso, quem sairia de casa de madrugada para entregar um celular?
— Senhora, acho que te acordei. Me desculpe! Sei que hoje não há condições. Mas se possível, pode ser amanhã? O horário que der? Eu preciso mesmo do meu celular de volta. — praticamente imploro.
— Tudo bem. Amanhã podemos nos encontrar. Senhor, vamos fazer o seguinte, amanhã eu tenho que ver um cliente, poderíamos marcar em algum lugar para te entregar o celular — ela me diz e fico tentando saber no que ela trabalhava?
— Ótimo. Tem uma cafeteria chamada “Coffee”, podemos nos encontrar lá às 10hs da manhã? — faço a sugestão do local, já passando o endereço. Agora fico pensando se meu interesse está ligado somente ao celular...
—Sem problemas, procuro por...? — ela pergunta e eu percebo um interesse ali.
— Alex.— respondo.
— Ok, então, senhor Alex, a gente se encontra lá — ela responde e percebo que está querendo encerrar logo a ligação. No mínimo, estava querendo acordar cedo para esse encontro com o cliente?
— Ok, senhora, Como vou saber quem é você? — eu pergunto curioso, sinto em mim um sentimento de posse, mesmo não a conhecendo.
— Estarei de uniforme. Com certeza, você vai saber que sou eu. — Ela estará uniformizada? Agora sim, estou muito curioso para saber quem é essa mulher! E no que será ela trabalha?
— Vou esperá-la, senhora...? — eu pergunto curiosa querendo saber o nome dela.
— Baptista.— ela me responde. Gostaria de saber mais sobre ela, porém encerramos a ligação naquele momento.
Fico segurando o telefone e a voz da senhora Baptista não sai da minha cabeça. Como ela é? Pela voz sinto que ela é sensual. A curiosidade de conhecê-la, é muito grande! Coloco o telefone de volta na base, ajeito-me na cama, e sinto-me só.
Às vezes, eu queria ter uma mulher ao do meu lado, para dormir junto e outras coisas. Mas seria traição para com Sarah. Acabo dormindo, e em meus sonhos, sonhava que a minha Sarah está me fazendo um carinho e dizendo que me ama. Acordei com uma sensação de paz e ao mesmo tempo de tristeza ao sentir que mesmo com o passar dos anos eu sempre sentirei uma saudade imensa dela.
Sigo a mesma rotina de sempre, tomo banho, penteio os cabelos, passo um desodorante, coloco meu terno e arrumo uma mochila com alguns itens que eu possa precisar. Passo pelo quarto dos gêmeos e percebo que eles já desceram, vou ao encontro deles, que já estão tomando café e cumprimento-os. Observo que a Renata está meio receosa, no mínimo ainda estava com medo de ser mandada embora.
Começo a tomar o café com os meus filhos, Sempre brincando e falando sobre algum desenho ou a escola, Faço sempre questão e conversar com eles. Termino de tomar meu café, despeço-me deles, pego minha mochila, saio e vou direto para a agência. Estava ansioso para conhecer a mulher que me deixou de pau duro!
Antes, eu tinha alguns compromissos. Paro na mesa de minha secretária, vejo como está minha agenda e digo.
— Leticia, hoje às 09hs virá me procurar uma segurança que me foi mandada pelo meu amigo Rafael.
— Ok, senhor Alex. Qual é o nome da moça? — pergunta Letícia.
— Ah, sim, claro, seu nome é Jack — falo e logo percebo que ela estranha:
— Algum problema? — pergunto curioso.
— Senhor, ela tem nome de homem? — pergunta intrigada.
— Sim. Eu também achei estranho — comento e realmente tinha percebido. — Espero que ela seja bem profissional e cuide da segurança dos meus filhos.
— Sim, é verdade. — ela concorda e pede licença.
Na minha sala, começo a responder alguns e-mails... faço algumas ligações... E fico tão entretido que não percebo que as horas passaram... Sou interrompido pela minha secretária que anuncia a chegada da tal segurança.
— Pode pedir para ela entrar, Letícia, por favor? — dou a ordem para Letícia e fico ansioso para que ela entre.
Fico em frente à porta esperando-a , quando finalmente ela entra em minha sala, e eu tomo um belo de um susto. Que mulher linda! Ela é mesmo segurança? Impossível!
Quando ela me olha, também se assusta. Será que sou tão feio? Que estranho!
— Você? — ela pergunta, chocada.
— Desculpa, mas a gente se conhece? — eu pergunto curioso. Sua voz não me é estranha. Conheço-a de algum lugar, só não me lembro de onde.
— O senhor que é o Alex? Amigo do Rafael Monteiro? — ela me pergunta.
— Sim, eu sou. E a senhora é Jack? — pergunto para ter certeza.
— Sim, meu nome é Jackeline Baptista.— diz e reconheço a voz imediatamente.
— Posso te fazer uma pergunta? — digo, mostrando o lugar para ela se sentar. E quando passa por mim e eu sinto o seu perfume na hora começo a ter uma ereção. Como isso é possível? Ela responde ao meu questionamento:
— Claro! — diz receosa.
— Foi com a senhora que falei, ontem à noite, a respeito de um celular perdido? — pergunto desejando que tenha sido.
— Hum... sim... foi... —gagueja sem graça.
— Bom, parece que não precisamos nos encontrar na cafeteria, senhora Baptista. — comento e reparo que ela está distraída.
— É verdade. Gostaria de ser chamada de Jack! — ela me pede e fico impressionado com o olhar que me dá. Seus olhos negros como a noite brilhavam de uma maneira que me faziam querer puxá-la para meu colo e me deliciar com a sua boca carnuda. Ela tem cabelos longos com uma singela franja que cai sobre olhos e tinha feito uma trança... Que me faz imaginá-la de quatro e eu puxando seu cabelo enquanto a fodo intensamente. Meu Deus! De onde estavam saindo todos esses pensamentos? Devo me sentir mal por estar sendo tão pervertido? Acho que não.
— Está tudo bem, senhor Alex? — ela me olha preocupada.
— Sim, sim. Está tudo bem! — respondo sem ter muita certeza.
— Bom, parece que eu não vou mais precisar ir até a cafeteria. — ela diz e logo eu tomo uma decisão.
— Não seja por isso, vamos lá, e eu te pago um café? — faço o convite sem perceber.
— Não, imagina. Eu já entrego o seu celular. — diz e pega o aparelho do bolso da sua calça jeans, que estava meio que agarrada para meu gosto em seu corpo, entrega-me o celular, e ao pegá-lo, nossas mãos se tocam e sinto certo tremor em minhas mãos.
— Então, vamos tomar um café? — digo mais uma vez e ela balança a cabeça dizendo que não.
— Senhor Alex, agradeço, mas vamos falar sobre a missão que me foi dada... Que é proteger seus filhos — diz em tom sério.
— Jack, eu estou pedindo para tomarmos um café! E enquanto tomamos, podemos tratar do assunto. O que acha? — sugiro não querendo deixá-la ir embora. E isso é estranho, nunca senti essa necessidade.
— Ok. Só um café! — ela concorda. Eu guardo o celular no bolso e a chamo para irmos tomar café. Aviso a Letícia onde pode me encontrar caso ela precise de algo e saímos. Enquanto esperamos o elevador, eu a ouço gemendo:
— Algum problema? — pergunto curioso.
— Odeio elevadores. — ela resmunga confessando e eu acho isso fofo.
— Não se preocupe, é só um elevador! — falo tentando tranquilizá-la.
— Eu não acho! Para mim, é um monstro torturador, que me deixa morrendo de medo. — confessa entre os dentes.
Ficamos esperando o elevador chegar e quando chega, ela fica paralisada. Ajudo-a entrar e logo a vejo fechando os olhos, tenho a impressão de que ela está rezando, acredito que seja para que aquela tortura acabe logo!
Sem ela perceber, por instinto, dou-lhe um abraço, sinto seu corpo se retesar e logo depois relaxar. Eu mesmo estou chocado comigo, jamais pensei em proteger e cuidar de uma mulher com medo de elevador. A cada andar que o elevador descia, entrava mais gente e isso fez com que ficássemos mais juntos um do outro. A maior ironia do destino foi quando todas as pessoas desceram, faltando dois andares para o térreo, e simplesmente o elevador parou. Nós estávamos ali sozinhos e tínhamos que aguardar ajuda.
— Merda, merda! Não acredito, só pode ser sacanagem! — ela diz emburrada. Jack se solta de meus braços e começa a andar de um lado para o outro. Eu tenho vontade de rir. Como uma mulher de aparência forte, podia ser tão frágil?
— Calma, já nos resgatarão.— tento acalmá-la.
— Não... — ela diz quase chorando e continua. — Você não entende, eu não quero morrer sozinha dentro de um elevador!
— Se acalme... —eu lhe peço e continuava tentando acalmá-la. — Você não vai!
— Ah, ótimo! Era só o que me faltava! Ao invés de você ligar para alguém vir nos tirar daqui, fica aí falando sobre o que não sabe! — ela comenta, já ficando histérica. E sem saber mais o que fazer para acalmá-la, vou até ela, a encosto contra a parede do elevador, toco seu rosto com carinho, passo os meus dedos sobre os seus lábios e, ao sentir a maciez de sua boca, não resisto e a devoro ali mesmo. Ah, sua linda da boca maravilhosa!
O que começou com um beijo calmo, transformou-se em uma pegação intensa. Nós nos beijamos cada vez mais e com nossos corpos colados, gemíamos de prazer.
Era como se os nossos corpos e as nossas bocas não quisessem se separar. Enquanto estávamos agarrados, levanto as suas pernas, coloco-as em minha cintura, fazendo com que ela sinta a excitação do meu corpo. Sem pararmos o beijo, percebo que Jackeline está com as mãos em meus cabelos, e a forma com que ela me toca me deixava com muito tesão. O elevador faz um barulho, e nos soltamos sem entender muito bem o que tinha acontecido.
— Nossa! — falamos juntos.
Eu estava em choque. A porta do elevador se abre e Jack foge correndo sem olhar para trás. Queria ir atrás dela, falar sobre nosso beijo, mas estava confuso demais! A única coisa que eu tinha certeza naquele momento, era que eu queria aquele beijo, aquele corpo, perto do meu novamente!
JackPuta merda é ele ali! Tá bom, Jack! Limpa a baba que está escorrendo pelo canto da boca. Saber que ele é meu cliente me deixou chocada! Eu estava surtando, só podia, ou melhor, delirando. Como eu iria imaginar que o amigo do Rafa e o Gelo eram a mesma pessoa? Pelo amor de Deus, esse homem é definitivamente um gato! Agora vendo ele assim, perto de mim, é uma tortura deliciosa, não posso tocar nele. Senhor do céu, ajude-me, pois essa não será uma missão fácil! Tudo bem, respira, seja uma menina comportada, não toque nele e não aja como uma adolescente com os hormônios à flor da pele. Eu ainda estava em choque, o destino só podia estar de brincadeira. Se alguém me falasse que ogro delicioso do elevador seria meu futuro protegido, eu diria que aquilo era uma piada de
Alex Agora estou parado no meio do hall do prédio e não fiz nada ao vê-la sair correndo. Estava muito abalado pelo ocorrido, nem mesmo acredito que acabei de beijar uma desconhecida e não estou com nenhum pingo de remorso. É errado se sentir tão bem com um beijo? Será que ela ainda vai querer trabalha
Alex Tomo coragem, vou em direção à porta da casa dela, toco a campainha e nada, toco novamente e nada. Onde será que ela está? Será que foi ver outro cliente? Por que estou incomodado? Resolvo tocar mais uma vez a companhia e ouço uma voz brava dizendo: já vai. Logo a porta se abre e o assunto de não a contratar vai por água abaixo quando vejo o que ela estava vestindo. Porraaaa! Que trajes são esses? É tortura vê-la daquele jeito, que pernas são aquelas? Puta que pariu, estou fodido! Ela me olha surpresa, acho que não me esperava em sua porta.— Não vai me convidar para entrar? — pergunto, olhando para seu corpo perfeito ali na minha frente. Que tentação!— O que você está fazendo, aqui? — ela diz, impedindo-me de entrar. A baixinha é be
Jack— Merda! — gemo frustrada ao olhar o meu guarda-roupa e não encontrar nada do meu agrado. Estou precisando comprar roupas, mas odeio fazer compras! — bufo e olho para Estrelinha que está em minha cama. — É, Estrelinha, sua dona vai ter que ir ao shopping!Olho para ela que se encontrava em cima da minha cama deitada dormindo e falo sozinha. Deixo-a deitada, pego a minha bolsa, vejo se tudo que preciso está lá, tiro minha arma e deixo dentro do guarda-roupa para não ter problemas com a segurança do shopping e saio. O shopping estava cheio. Fico frustrada. De onde saiu tanta gente— Beleza, Jack! Vamos achar um vestido que seja fácil para o uso do coldre — falo comigo mesma. Vou olhando as lojas, nada me chama a atenção, e estava ficando frustrada por não encontrar nada. Continu
Jack Ao chegar no endereço que Alex havia me passado, descubro que ele morava mora num prédio e logo gemo de tortura.— Merda! — gemo novamente. Faço uma manobra com o carro, estaciono ali perto do prédio. Antes de sair do carro com a Estrelinha, pego a minha bolsa. Saio do carro e logo damos de cara com o porteiro.— O senhor Mendonça está me esperando. — E o porteiro me mede de cima a baixo e pela sua cara não é de desgosto. — A senhorita pode subir, o senhor Mendonça, está lhe esperando.— Após o porteiro ligar para o apartamento de Alex, ele me pede para subir. — Idiota! — resmungo, o porteiro estava me secando com o olhar. — Estamos quase lá... vai rápido, elevador... — digo entrando. —Estrelinha, espero que não demore muito. 
Alex Ver Jack e meus filhos se divertindo juntos faz-me lembrar de uma cena de algo que sinto muita falta, de estar perto de uma mulher amada. Os gêmeos adoraram a Jack e a sua cachorrinha, tanto que ficaram me pedindo um animal de estimação de presente. Prometi que iríamos a um pet shop, ou em local de doação e eles ficaram felizes. Tive certeza de que Jackeline gostava de crianças, além disso, ela estava sexy pra caralho naquele vestido. Caio e Valentina pedem para jogar videogame com ela, que aceita, mas diz que antes do jogo começar precisa falar comigo e me chama em um canto. — Alex, podemos conversar, rapidinho? — ela me pergunta e fico curioso. Eu a ouço dizendo para as crianças irem preparando o jogo que logo ela estaria de volta. Eles concordaram
Alex Olho para ela atônito, chocado, ainda tentando entender o porquê de sua atitude. — Pelo amor de Deus, mulher! Por que vai se demitir? — pergunto ainda sem entender nada.— Alex, como acabei te dizer, tenho que me demitir, não posso proteger alguém por quem me sinto atraída. — ela confessa.— Que bom que você confessou que gosta de mim. — Bom, disse que estou atraída por você! Então, é melhor ir embora, preciso ligar para o Rafa — ela fala sério, e eu retruco rápido:— Jackeline, por favor! O que você quer conversar com o Rafa? — pergunto sem entender nada.— Alex, vou pedir para ele ver outro segurança para você. — comenta, e logo falo:— Eu não quero ninguém! — respondo com firmeza.— Ok. Eu digo para ele. — ela si
Alex Encontro-me diante daquela mulher teimosa, que ficou sentida e mexida por mim, e estou muito enfeitiçado por ela. — Temos que voltar para sala antes que a sua empregada venha bater na porta novamente — ela diz com sarcasmos.— Ciúmes? — pergunto curioso.— Não. Nem um pouco! — diz com firmeza. — A única coisa com que me tenho que me preocupar é com a segurança de vocês.— Que bom. Amanhã, você não esqueça que temos um plano a seguir. —Eu lembro.— Sem problemas, meu amor. — ironiza, vai até a porta, abre e diz:— Ah, antes que me esqueça guarda a minha arma para mim? Observo-a levantar seu vestido e pegar a arma. Ver aquelas pernas maravilhosas me fez desejar trancar a porta, mandar