BRUNODepois de voltarmos para a sede da fazenda, fomos direto para o nosso chalé para trocarmos as roupas molhadas por secas para ir encontrar minha mãe e o pestinha, mas assim que saí do banheiro, vi Ester parada em frente ao espelho.— Está se sentindo bem?— Sim.Dava para perceber que tinha alguma coisa incomdando ela, mas não a pressionaria a falar porque era melhor ela me contar quando estivesse se sentindo a vontade. Tinha uma leve suspeita de que Ester estava desse jeito porque estava pensando que tínhamos esquecido do aniversário dela.— Você ficou quieta desde que voltamos.— É impressão sua.— Tem certeza?— Sim!— Então vamos encontrar o Caetano e a minha mãe?— Vamos lá. — Acompanhei-a para fora.Log que chegamos à sede, encontramos minha mãe sentada em uma das cadeiras na sombra de uma árvore vigiando Caetano, que estava brincando com as outras crianças. Sentamos ao lado e ela logo começou a nos encher de perguntas querendo saber como tinha sido o nosso passeio.Estávam
ESTERPassamos a tarde deitados na cama com Caetano deitado entre eu e Bruno. Ficamos assistindo filmes já que do lado de fora o sol estava muito quente para fazer qualquer atividade até que o celular de Bruno começou a tocar insistentemente e ele disse que precisava atender e, por isso, saiu do chalé.Tentei não ficar criando neuras na minha cabeça, até porque nunca fui uma mulher muito ciumenta, tentei me convencer de que não era nada demais, mas ainda sim fiquei com a pulguinha atrás da orelha. Em determinado momento, acabei adormecendo.Quando voltei a abrir os olhos, o céu já tinha escurecido e as estrelas salpicavam a escuridão, a cama ao meu lado estava vazia. Será que Bruno tinha saído depois de receber a ligação? Meu filho também não estava então deduzi que tivessem saído juntos. Ao pegar o celular na mesinha de cabeceira, a tela se acendeu e vi que já passava das sete da noite.— Meu Deus. Dormi demais.Já estava na hora do jantar ser servido então rapidamente me levantei e
BRUNODepois que Ester adormeceu, aproveitei para sair do chalé e ir até a uma loja na cidadezinha mais próxima, por indicação da dona da fazenda e, acabei tendo que levar o pestinha comigo. Ao chegar na joalheria, pedi ao senhor atrás do balcão para dar um polimento no anel.Quando voltamos para a fazenda, já era quase noite, passei na sede da fazenda para verificar como estavam os preparativos para a surpresa depois do jantar e assim que Olívia me garantiu que já estava tudo certo, segui para o chalé.Ester ainda dormia então peguei minha roupa dentro da mochila e as roupas do pestinha e fomos para o chalé da minha mãe, não queria correr o risco de acabar acordando Ester com o barulho do chuveiro. Primeiro arrumei o pestinha e depois foi a minha vez.Antes de sair, tentei ligar para Ester, mas ninguém atendeu então deduzi que ela ainda estivesse dormindo e como o pestinha parecia estar ligado na tomada de 220v , decidimos ir para o restaurante de uma vez. Pouco tempo depois, avistei
ESTER Depois de passar mais uma noite inesquecível ao lado de Bruno, agora, meu noivo, aqui estou eu arrumando tudo dentro das malas novamente. Os dias de descanso acabaram e temos que voltar a dura realidade, ao trabalho e toda a rotina. Caetano ficou deitado na cama vendo desenhos e Bruno foi até a sede da fazenda para pagar a conta. — Por que a gente tem que ir embora, mamãe? — Sua pergunta me tira dos devaneios. — Porque as suas aula vão voltar, a mamãe e o tio Bruno tem que trabalhar. — Eu não quero ir embora. — Não está sentindo saudades da Meia noite? — Sim, mas eu gostei de ficar aqui. Antes que eu pudesse responder mais alguma coisa para meu filho, Bruno entrou no chalé e assim que me viu dobrando as roupas usadas antes de guardá-las nas malas, se dispôs a me ajudar a terminar. — Sobre o que estavam conversando? — Ele quis saber. — Caetano falou que não quer ir embora. — Eu também odeio ter que voltar a rotina. — Não o incentive a querer ficar. — Vou levá-lo comig
BRUNODeixei minha mãe na casa de apoio com a promessa de que logo voltaríamos para visitá-la e já estávamos a caminho de casa quando o celular de Ester começou a tocar e, depois de conseguir pegar o aparelho dentro da bolsa, ela viu o nome da mãe, teve atender, sem deixar de colocar no viva-voz.— Oi, mãe.— Você some e me atende com "oi, mãe"?— Que exagero, mãe. Eu só passei o final de semana fora e desconectada do celular.— Onde você estava, garota?— Em um hotel fazenda com Bruno, Caetano e a mãe dele.— Podia ter pelo menos me avisado, né?— Resolvemos de última hora.— Preciso que venha aqui em casa hoje a noite.— Aconteceu alguma coisa? — Ester parecia preocupada.— Não é nada demais, só preciso que venha e traga o Bruno e o meu neto também.Voltei a me concentrar no trânsito a minha frente e acabei nem prestando mais atenção na conversa de Diana com a mãe. Quando chegamos em casa, tirei as coisas do porta-malas enquanto Diana se ocupava em destrancar a porta.— Acho que min
ESTERJá estávamos voltando para casa quando meu celular pegou sinal e começou a tocar e vi o nome da minha mãe piscando na tela e tive que atender já que tinha ficado o final de semana inteiro incomunicável e ela poderia estar preocupada.— Oi, mãe.— Você some e me atende com "oi, mãe"? — Deu para perceber que estava irritada só pelo seu tom de voz.— Que exagero, mãe. Eu só passei o final de semana fora e desconectada do celular.— Onde você estava, garota?— Em um hotel fazenda com Bruno, Caetano e a mãe dele.— Podia ter pelo menos me avisado ou me convidado também, né?— Resolvemos de última hora.— Preciso que venha aqui em casa hoje à noite.— Aconteceu alguma coisa? — fiquei preocupada.— Não é nada demais, só preciso que venha e traga o Bruno e o meu neto também.— Tem certeza de que não vai me contar o que está acontecendo?— Já disse que não é nada demais.— Tudo bem então.Quando Bruno estacionou o carro na garagem de casa, destranquei a porta de entrada e ajudei a levar
BRUNODois anos se passaram desde o dia em que tomei coragem de pedir Ester em casamento naquele fim de semana no hotel fazeda e ali estava eu, parado em frente ao espelho, encarando o meu reflexo enquanto terminava de dar o nó da gravata. A porta do quarto foi aberta repentinamente e Caetano entrou correndo.— Anda, papai. A gente vai chegar atrasado.Pai. Quem diria que uma palavra tão pequena pudesse mexer tanto comigo. Tudo bem que, já tinha me acostumado com o pestinha me chamando de pai pela casa, mas não podia deixar de me sentir emocionado ao ouvi-lo me chamar assim.— Calma, pequeno. Não vamos chegar atrasados.— E se a minha mãe já estiver lá?— Não vai estar. Confia em mim, tá?— Tá bom, papai.Ele ficou de pé ao meu lado enquanto e terminava de dar o nó na minha gravata e arrumei a dele que estava um pouco torta de tanto que ele ficava pulando e correndo pela casa.— Estou bonito?— Sim!Minha mãe apareceu na porta do quarto e informou que o irmão de Ester já tinha chegado
ESTERO tempo passou voando desde quando eu falei sim quando Bruno me pediu em casamento, foram tantas decisões para tomar e coisas para escolher para o casamento que minha rotina tinha ficado tumultuada demais e me deixando muito estressada. Por sorte, eu podia contar com Ananda, minha cunhada, para me ajudar com tudo.O nosso dia importante, finalmente, tinha chegado. Estava longe de casa o dia inteiro para o dia da noiva com minha mãe e Ananda e, já estava sentindo saudades dos meus meninos. Eu não conseguia para de pensar no que eles deveriam estar fazendo e uma certa insegurança tomo conta de mim. Será que Bruno desistiria e me diria "não" na frente de todos?Quando já estava pronta, entramos todas no carro que tinha se alugado para me levar até o local onde a cerimônia seria realizada. Tinha optado por uma cerimônia ao ar livre porque já tinha me casado com Rômulo na igreja e queria que fosse um momento especial para nós dois.O altar tinha sido montado embaixo de um belo salgue