BRUNO Durante todo o caminho da casa de Ester até Cabo Frio, ela foi dormindo, devia estar mesmo muito cansada, cheguei a ficar preocupado e verificar várias vezes se ela estava respirando. Caetano por outro lado, parecia estar ligado na tomada, mas por sorte não incomdou nem por um momento, ficou entretido com o seu tablet e os lanchinhos que a mãe tinha preparado. Com o carro parado no sinal, dei uma espiada na direção de Ester e tomei a coragem de retirar do rosto dela alguns fios de cabelo e os coloquei por trás da orelha. Ela se mexeu e achei que tivesse acordado, mas por sorte ela continuou de olhos fechados. — A mamãe ronca muito quando está dormindo, não é tio Bruno? — Um pouquinho, mas não podemos contar para ela. — Por que não? — Porque ela vai falar que a gente está inventando essa história. — E se a gente gravar? — Acho melhor deixar ela dormir sossegada. Por que você não descansa um pouquinho também? — Eu não tô com sono. Cinco minutos depois, quando olhei pelo
ESTEREu fiquei um pouco chocada e totalmente sem reação quando Bruno falou na frente de todos que estavam na sala que estávamos juntos. Fui pega de surpresa, mas já que ele tinha falado, o único jeito era continuar seguindo na mentira dele.— Eu sabia que você não me enganava dizendo que era só um amigo. — Minha mãe disparou em alto e bom tom. — Mas você não é muito novo para ela? — Mãe, não seja indelicada.— Só estou falando o que é óbvio.— Amor não tem idade, o que importa é que o que a gente sente um pelo outro, Caetano adora ele.— Se vocês estão dizendo.Quando a noite chegou, cada um se dirigiu para o seu quarto, mas acabamos tendo um pequeno problema porque a minha mãe acabou cedendo o quarto extra, onde Bruno ficaria, para as crianças e daria muito trabalho ter que realocar as crianças no quarto de seus pais.— Você se importa de dividir o quarto comigo? — perguntei meio sem jeito com a ideia.— Por mim não tem problema.— Então tudo bem.Assim que a porta do quarto foi fe
BRUNOPassar a noite na mesma cama que Ester foi um pouco complicado, passei quase a noite toda em claro, com medo de ultrapassar a barreira invisível que criei entre nó dois. Sabendo que não conseguiria dormir, aproveitei para sair, sem fazer o menor barulho, e dar uma volta na praia.A lua cheia estava perfeita no céu, iluminando quase toda a faixa de areia, a água do mar estava morna e nenhuma alma viva andando por ali. Aproveitei o siêncio para andar e pensar um pouco. Eu tinha sido impulsivo e colocado nós dois numa situação complicada. Só fingir que estávamos juntos era fácil, mas sabia que seria complicado resistir àquela mulher na mesma cama que eu.Depois de caminhar com os pés na areia por um longo tempo, comecei a me sentir cansado e decidi retornar para a casa. Antes de entrar, lavei os pés no jardim dos fundos e assim que entrei, fui tomado pelo silêncio. Ótimo. Estavam todos dormindo ainda e ninguém percebeu a minha escapada. Quando entrei no quarto, a claridade da lua
ESTERO casamento do meu irmão seria no fim do dia para aproveitarem o pôr do sol, por isso, a noiva tinha marcado uma manhã para as garotas num salão, com direito a tudo que mulheres gostam: unhas, cabelos e maquiagem. Confesso que, fazia muito tempo que eu não ia a um salão, me acostumei com a comodidade de ter sempre uma pessoa para fazer em minha casa mesmo.Enquanto esperava a minha vez de ter os cabelos enrolados nos bobes, aproveitei para enviar uma mensagem para Bruno, só para saber como as crianças estavam e a resposta chegou quase na mesma hora, o que foi um alívio."Eles estão curtindo a piscina e depois vamos sair para almoçar junto com o seu irmão.""Qualquer coisa me liga que vou para casa.""Pode ficar tranquila aí, que eu cuido daqui. Inclusive do seu irmão."O restante do dia passou tão rápido e alvoroçado que nem consegui pegar o celular novamente para enviar uma resposta. Quando cheguei em casa junto com a minha mãe, encontrei Caetano parecendo um príncipezinho vest
BRUNOLogo depois do almoço na churrascaria, voltamos para casa com as crianças, deixamos eles jogarem um pouco de videogame já que o sol estava muito quente. Aproveitei para dar uma olhada na roupa para ver se estava amassada.Umas duas horas antes do horário marcado para o casamento, arrumei primeiro Caetano e depois fui tomar um banho para me arrumar também. Como minha roupa era fácil de vestir, rapidamente fiquei pronto, o que demorou mais foi fixar o cabelo com o gel.— Bruno? — Ouvi a voz de Caio.Abri a porta do quarto e o vi parado no corredor todo, parecia perdido com a gravata e o buquêzinho de flores.— Cara, você pode me ajudar com esse troço?— Claro.Fomos até o quarto dele e o ajudei com a gravata e quando voltei ao meu quarto, abri a porta e tive a visão mais inesperada, Ester praticamente nua. Quando ela tinha chegado? Por que eu não tinha ouvido barulho de porta e nem de carro. Acabei ficando assustado com o grito que ela deu e, rapidamente, voltei a fechar a porta.
ESTER O momento do beijo para a foto, foi um pouco embraçoso para nós dois, mas conseguimos sobreviver, o problema era que eu tinha gostado do selinho de Bruno e queria beijá-lo de verdade, muito mais do que só um encostar de lábios. Bruno era um daqueles homens com uma pegada capaz de deixar qualquer mulher entregue, com as pernas bambas como gelatina. Quando consegui recobrar a compostura, começamos a caminhar em direção ao salão de festa, que estava arrumado do jeitinho que Ananda tinha me mostrado que queria. A alegria dos noivos era tão bonita de ver, que fiquei com um pouquinho de inveja, eu não voltaria a vivenciar aquilo de novo. Depois de pegar uma bebida, fui me sentar na mesa reservada para a família, vi que Bruno já estava lá sentado, parecia perdido em seus próprios pensamentos e assim que me aproximei, apoiei uma das mãos em seu ombro e ele tomou um susto. — Desculpa, não queria te assustar. — Eu só estava aqui pensando. — No que? — Nada demais. — Parecia importa
BRUNODepois do buquê ser arremessado e praticamente cair no colo de Ester, ela pareceu inconformada que nem percebeu que as outras mulheres a olhavam. Ananda e Caio vieram para a mesa da família estavam com largos sorrisos estampados nos rostos, felizes com tudo aquilo.— Parabéns Ester por pegar o buquê.— Na verdade, eu...— Quando será o novo casamento?— Não vai ter outro casamento, Caio.— Sei que nem você não acredita nisso, minha querida irmã.— O que acha de tomarmos uma bebida? — Ananda interrompeu o assunto.O casamento de Caio e Ananda passou sem muitos problemas e até consegui me divertir um pouco, claro que sem deixar de atiçar, discretamente, Ester e ela parecia gostar, mas não passei de insinuações. Não sabia como ela reagiria se fosse adiante.Algumas horas depois, Caetano resolveu aparecer, reclamando por estar com sono e então me ofereci para levá-lo para casa e Ester acabou decidindo ir com a gente já que também estava se sentindo cansada e com os pés doendo.O cam
ESTERDepois de me deparar com a visão, que poderia facilmente ser comparada ao paraíso, e ficar praticamente imóvel, recobrei o sentido e tratei de me desculpar com Bruno. Fiquei de pé, mas acabei me desequilibrando e ele me segurou contra o meu corpo, apoiei a cabeça em seu peito firme.Não estava muito bêbada, mas ainda sim concordei que ele me ajudasse a entrar no box, talvez melhorasse o enjoo que eu estava sentindo. Bruno foi tão atencioso que abriu os pequenos botões do vestido na parte das costas e me livrou do vestido antes que eu entrasse debaixo do chuveiro. Pensei que ele me deixaria tomar banho sozinha, mas fui surpreendida quando ele desenrolou a toalha e entrou no box junto comigo. Foi impossível não tirar os olhos dele, até porque já fazia muito tempo que eu não via um pau tão próximo.— Gosta do que vê? — Ele pergutou com um sorriso safado no rosto.Preferi não responder, mas sabia que tinha ficado ruborizada, então me virei de costas e fiquei encarando a parede. Fu