ESTOU EM SURTOS!
Minha respiração estava descompassada. O coração martelava no peito, como se tentasse me lembrar que eu ainda estava viva. Ainda aqui. As mãos de Matteo rodeavam minha cintura, firmes, mas tão gentis que eu mal podia acreditar que algo tão simples pudesse me deixar tão... vulnerável.Ele ainda estava perto demais, seus olhos fixos nos meus, queimando como brasas acesas. A intensidade me fazia sentir exposta, como se Matteo enxergasse partes de mim que eu mesma tinha medo de olhar.Eu queria dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas minha mente estava uma bagunça. O beijo dele ainda parecia estar gravado em minha pele, como se cada ponto de contato fosse impossível de apagar.Matteo sorriu, aquele sorriso que me desarmava e fazia meu estômago revirar.— Posso repetir? — perguntou, a voz rouca, carregada de algo que me fazia estremecer.Meus lábios se entreabriram, mas nenhuma palavra saiu. Eu não esperava por isso. Não esperava que ele fosse me beijar, muito menos que eu fosse gostar tan
A manhã estava ensolarada, mas o vento fresco de São Paulo ainda carregava aquele cheiro úmido de concreto molhado. Eu puxei a alça da bolsa mais para cima no ombro enquanto saía da clínica de fisioterapia, tentando ignorar a leve dor que insistia em latejar na base da minha coluna. Era uma daquelas coisas que eu tinha aprendido a conviver, mesmo sabendo que não deveria.O fisioterapeuta foi paciente, como sempre, me incentivando a continuar o tratamento com a mesma disciplina. Matteo insistia que eu tivesse o melhor atendimento, e, mesmo que isso fosse um alívio, eu ainda sentia um nó apertado no peito cada vez que pensava em quanto aquilo custava.Dinheiro nunca foi um assunto fácil para mim, especialmente depois de ver o que aconteceu com minha mãe. Dependência financeira significava abrir mão de escolhas, de liberdade. Significava que, em algum momento, você podia perder tudo. Matteo dizia que não era assim, que ele fazia porque queria, mas eu não podia evitar o peso da inseguranç
A sala de reuniões estava cheia, o ar pesado com a mistura de perfumes caros e a tensão de quem esperava uma resposta minha. Os acionistas se revezavam apresentando números, gráficos e estratégias para expandir nossas operações no Brasil. Era o tipo de reunião que eu normalmente apreciava, mas hoje minha mente insistia em vagar.Stella.Deixá-la sozinha pela primeira vez em semanas me parecia errado, mesmo que ela tivesse insistido que estava bem. Ela precisava de tempo para si, eu sabia disso, mas isso não significava que eu não me preocupava. Eu sei que ela não aceitaria que eu continuasse a seguindo pelo apartamento, garantindo que não estava rapido demais.A última vez que algo me tocou assim foi a notícia da minha filha. Georgia foi a última coisa que me tocou verdadeiramente, que mudou meu coração completamente. Agora Stella parecia ter sido enviada diante de todas orações da minha avó e agora meu coração pedia para conversar com ela.Contar
Entrei no apartamento de Matteo ainda com o corpo tenso e as mãos trêmulas. Minha mente parecia presa naqueles minutos em que Henrique surgiu como um fantasma do passado, com seu sorriso ameaçador e aquelas palavras cortantes que pareciam me esmagar. Cada passo dentro do apartamento me lembrava o que ele havia dito, o tom de voz arrogante, como se tivesse algum direito sobre meu filho depois de tudo o que nos fez passar.O coração martelava no peito, e eu tentava respirar fundo, mas o ar parecia pesado. Matteo segurava a porta aberta para mim, o olhar sempre atento, sempre buscando algum sinal de que eu iria desabar a qualquer momento. E, honestamente, eu poderia.Ele não disse nada enquanto me guiava até o sofá, apenas me indicou com um gesto que eu me acomodasse. Fiz isso sem resistência, porque as forças tinham me abandonado assim que cruzamos aquela porta. Afundei nas almofadas e puxei as pernas para perto do corpo, tentando encontrar algum consolo no simples gesto de me encolher.
Eu ajeitava o nó da gravata diante do reflexo do micro-ondas, observando o tecido escuro do terno cair perfeitamente sobre os ombros. A manhã estava silenciosa, com o aroma do café fresco tomando conta da cozinha, mas minha mente estava longe, presa nos pensamentos que se recusavam a me abandonar desde a noite passada.A proposta que fiz a Stella parecia lógica na hora. Fingir um noivado resolveria os problemas dela e afastaria as ameaças de Henrique. Mas, agora, de pé ali na cozinha, percebia que o peso dessa decisão era muito maior do que eu esperava. Não era o fingimento que me incomodava, mas os sentimentos que vinham à tona, teimosos, insistentes, tomando conta do meu peito como raízes de uma planta que crescia sem permissão.Fechei os olhos por um instante, e a lembrança do sonho da noite passada me invadiu. Era tão real que quase podia sentir o cheiro das vinhas maduras, o
Saí da sala de reuniões ajustando os punhos da camisa e respirando fundo. A manhã tinha sido longa, cheia de números, projeções e discussões acaloradas, mas o pior já estava feito. Pelo menos por enquanto.Caminhei em direção à minha sala, esperando ter alguns minutos de paz antes da próxima reunião. No entanto, quando cheguei, encontrei Fiorella encostada na mesa, os braços cruzados e aquele olhar perspicaz que sempre me colocava em alerta.— Está me esperando, Fiorella? — perguntei, tentando soar casual enquanto me sentava na cadeira.— Claro que estou. Achei que depois de três reuniões seguidas, você teria um tempo para sua irmã preferida.Ri baixo, inclinando-me para trás na cadeira.— Você é minha única irmã.— Exatamente. — O sorriso dela foi afiado, mas algo no olhar me dizia que ela não estava ali apenas para conversas leves.Enquanto revisava rapidamente alguns papéis na mesa, percebi que Fiorella continuava me
Eu estava sozinha no escritório do apartamento de Matteo, o clique do teclado e o som das teclas se misturando ao silêncio pesado da sala. A luz suave da manhã entrava pelas janelas, iluminando as pilhas de documentos que Matteo me pediu para organizar. Meu foco deveria estar ali, nos papéis espalhados na minha frente, mas minha mente não parava de divagar. Não consegui evitar. Eu estava começando a me questionar sobre tudo. A proposta de Matteo ainda ecoava em minha cabeça, e, a cada novo pensamento, mais desconfortável eu me sentia. Um noivado falso. Não era nada do que eu tinha imaginado quando pensei sobre o futuro, quando sonhei, pela primeira vez, com a ideia de ser amada. Nunca imaginei que estaria nesse tipo de situação, onde as palavras “noivado” e “fingir” apareciam na mesma frase, e menos ainda que isso teria algo a ver com Matteo. Era tudo tão complicado, tão fora de lugar... A verdade é que o que mais me incomodava era como, de algum jeito, a proposta dele não parecia t
CompartilharVocê disse:Boa tarde chatO ChatGPT disse:ChatGPTBoa tarde, Ana! Como está indo o seu dia hoje? Está trabalhando em alguma história ou só aproveitando para relaxar?4oVocê disse:trabalhando no Matteo e na Stella pode me ajudarO ChatGPT disse:ChatGPTClaro, Ana! Em que parte da história de Matteo e Stella você está trabalhando hoje? É uma cena específica, algum diálogo ou está desenvolvendo mais o enredo?4oVocê disse:Matteo está chegando no apartamento em que mora, antes de abrir a porta ele para e inspira um aroma diferente, um cheiro de carne assada que nunca sentiu antes. Ele destranca a porta e entra na sala de estar, deixa a gravata e a pasta sobre o aparador e segue a músiica baixa e ambiente que toca até a cozinha e encontra Stella dançando enquanto meche algo na panela m frente ao fogao, ele fica encantado debruçado na bancada a obervando, seu cabelos castanhos precos com alguns fios escapando, o vestido de alças finas vermelho que deixa a vista a curva p