đ„ Amandla Salvino. â Surpresas da vida.Hoje estou completando 15 anos e posso dizer que estou muito feliz. Alguns meses se passaram desde que fui expulsa de casa e mesmo morando na rua, estou feliz. Vou resumir o que aconteceu nesses cinco meses que se passaram. Morar na rua nĂŁo Ă© fĂĄcil, passar frio, fome, medo de morrer, de ser presa por roubar ou tentar roubar comida ou qualquer coisa que possa dar uma grana para me alimentar, sim, eu passei por isso tudo. Bom, depois que me despedi do casal de idosos que me ajudaram o seu Miguel e dona Adelaide. Peguei o ĂŽnibus atĂ© a prĂłxima cidade e de lĂĄ comprei outra passagem para a cidade mais longe possĂvel, queria ficar o mais longe possĂvel das lembranças ruins. Assim que cheguei Ă cidade grande fiquei perdida, pior que cego em tiroteio. Os primeiros dias foram moleza, conseguir me arranjar em alguns cantos para poder dormir, o ruim era o dia seguinte, acordar com o corpo todo dolorido. No decorrer dos dias eles foram piorando considerave
đ„ BĂŽnus â A nova famĂlia.đ„ Anthony Pacheco.NĂŁo devia deixar Amandla sozinha, mas ela quando tem esses desejos loucos e nojentos, dĂĄ atĂ© vontade de vomitar, que coisa mais nojenta. Bem, deixa eu me apresentar, me chamo Anthony Pacheco, tenho 17 anos e jĂĄ estou na rua hĂĄ tanto tempo, que jĂĄ perdi as contas. NĂŁo estava sozinho, minha mĂŁe e minha irmĂŁ estavam comigo, mas as perdi em um incĂȘndio criminoso quando tinha 12 anos e desde entĂŁo me viro sozinho, agora nĂŁo mais. JĂĄ fui parar em abrigos para menores de idade, mas nĂŁo me adaptava nunca, quando nĂŁo apanhava dos mais velhos, eu batia nos mais novos que queriam me bater, entĂŁo sempre fugia e com isso aprendi a me defender sozinho. Devem estar se perguntando: E seu pai, onde estĂĄ? Nem me perguntei, nĂŁo vejo meu pai desde meus 09 anos. Na Ă©poca ele veio para a capital em busca de trabalho, jĂĄ que onde morĂĄvamos nĂŁo tinha muitas opçÔes e nem uma vaga nos que tinham. Depois de um tempo sem noticias, minha mĂŁe resolveu vir atrĂĄs dele e
đ„ Xavier Cardoso. â Voltando pra casa.-- Tenha calma meu menino, lembre-se que eles sĂŁo seus pais. _ minha avĂł Adel diz fazendo carinho em meus cabelos. Comecei a falar e nem ao menos me apresentei. Pois bem, vamos lĂĄ. Chamo-me Xavier Cardoso, tenho 24 anos recĂ©m-completados. Faço faculdade de administração de empresas e finanças. Sim, vocĂȘs leram certo, faço duas faculdades, a de administração de empresas e a de finanças que eu sempre quis fazer, mas meu pai me obrigou a fazer de administração de empresas e quando ele descobriu que tambĂ©m estava fazendo de finanças, no começo ele quis me impedir, dizendo que atrapalharia meus avanços na faculdade de Adm. Mas minha mĂŁe e meu tio, meus avĂłs tambĂ©m o convenceram de que seria bom para os negĂłcios e que eu poderia cuidar melhor do dinheiro dele. Falou em dinheiro, falou a lĂngua de meu pai. NĂŁo entendo como ele saiu assim, sendo que meus avĂłs sĂŁo pessoas tĂŁo simples, meu avĂŽ construiu sua fortuna do nada e quando deixou a empresa nas
đ„ Xavier Cardoso. â De novo nĂŁo.-- Olha quem resolveu voltar pra casa. _ nem bem entro em casa e meu pai jĂĄ vem com seus sarcasmos, ele estĂĄ de pijama e um copo de uĂsque na mĂŁo. -- Boa noite pra vocĂȘ tambĂ©m pai. _ digo e vou para a cozinha, preciso de ĂĄgua e distancia. -- VocĂȘ nĂŁo muda mesmo, nĂŁo Ă©? Continua o mesmo garoto respondĂŁo. _ ele diz e continuo de costas para ele bebendo minha ĂĄgua. â Olhe para mim quando eu estiver falando moleque. _ diz pegando em meu ombro e me virando com tudo, acabo derrubando o copo com ĂĄgua.-- Sabe pai, eu acho melhor eu subir e tomar um banho. Esfriar a cabeça Ă© a melhor coisa que faço. _ digo e me abaixo pego o que restou do copo, pego um pano de chĂŁo e coloco em cima da ĂĄgua que caio, termino e quando fui sair da cozinha ele resolveu provocar mais. -- Vai fugir franguinho, isso que da ter um filho que Ă© uma bichona. _ ele diz rindo da prĂłpria piada, me viro e digo o encarando. -- Ainda bem que sou uma âbichonaâ,_ faço aspas com os dedos e c
đ„ Amandla Salvino. â Novos amigos. -- Sejam bem-vindos a minha casa, sintam-se em casa. _ o senhor Xavier diz assim que passamos pela porta da frente. -- Nossa meu, que casarĂŁo. _ Anthony diz tambĂ©m admirado, a casa ou casarĂŁo como o Thony disse. â O senhor mora aqui sozinho? _ ele pergunta olhando ao redor. -- Agora nĂŁo mais, minha irmĂŁ sempre que pode ela vem me visitar e ficar aqui comigo, estĂĄ casa quem me deu foi meus avĂłs, eles foram morar em uma casa menor, para ficarem sossegados. _ ele diz e concordamos.-- Bom dia senhor, os quartos jĂĄ estĂŁo do jeito que pediu. _uma senhora elegante diz parando ao lado do senhor Xavier. -- Obrigado Sarah. _ ele diz agradecendo e nos encara. â Me deixa lhes apresentar. _ diz e vem atĂ© mim com a senhora atrĂĄs dele. â Sarah esses sĂŁo Amandla e Anthony, eles ficaram conosco por tempo indeterminado, entĂŁo os tratem muito bem. _ ele diz e ela sorrindo para a gente concorda, seu sorriso parece sincero. â EstĂĄ Ă© Sarah Stoks, nossa governanta e
đ„ Amandla Salvino. â A parte ruim da FamĂlia. Estava deitada em minha cama quando Ximena entra sem bater _ como sempre _ e em suas mĂŁos tem alguns biquĂnis. Conheci a irmĂŁ de Xavier trĂȘs semanas depois que chegamos aqui e posso dizer sem sombras de duvidas, foi uma amizade instantĂąnea. Ela Ă© muito legal, doida Ă s vezes, mais legal, temos a mesma idade e os papos dela sempre me fazem rir. -- O que Ă© isso? _ pergunto apontando pra mĂŁo dela e ela suspira, nega com a cabeça e revira os olhos em seguida, acabo rindo. -- Santa paciĂȘncia Amandla, sabe que nĂŁo tenho muito entĂŁo coopera. VocĂȘ estĂĄ gravida e nĂŁo cega. _ diz colocando as coisas na cama. â Trouxe esses biquĂnis para mulheres gravidas pra vocĂȘ, entĂŁo escolhe um e veste, estamos todos na piscina esperando por vocĂȘ. NĂŁo demore. _ diz e sai. Suspiro e me levando e olho para as trĂȘs peças que ela trouxe com saĂdas de praia. Escolho um biquĂni cinza, a parte de cima parece uma blusinha, a parte de baixo Ă© muito abaixo da barriga,
đ„ BĂŽnus â Sem Arrependimento. đ„ Marcelo Cardoso. -- Ai meu Deus Marcelo, o que aconteceu com vocĂȘ? _ Ingred pergunta assim que me vĂȘ entrar em casa com o rosto machucado.-- Isso aqui Ă© tudo culpa daquele moleque do seu filho. _ digo me sentando e ela cobre a boca chocada com o que disse. -- Como assim Marcelo? Meu menino nĂŁo Ă© assim, ele sabe que violĂȘncia nĂŁo leva a nada. _ ela diz indignada e em seguida me encara. â Alguma coisa vocĂȘ fez. O que foi fazer na casa dele? _ pergunta cruzando os braços e eu a encaro. -- Agora a culpa Ă© minha por estĂĄ assim? NĂŁo posso visitar meus filhos? â pergunto e me levanto, vou em direção Ă cozinha, mas ela me para. -- Visitar Ă© claro que vocĂȘ pode, mas avisando antes. E nesse estado que chegou, nĂŁo foi uma visita amigĂĄvel. _ diz e a encaro. -- Sabia que seu filho cancelou o casamento com a filha dos Lacerda? E sem falar comigo, sem me consultar ou a eles? _ digo e ela nĂŁo diz nada e me passa uma coisa pela mente. â VocĂȘ sabia disso nĂŁo sa
đ„ Xavier Cardoso â Apresentando minha MĂŁe. -- Ainda nĂŁo estou acreditando que seu pai foi capaz disso, minha ficha ainda nĂŁo caiu. _ minha mĂŁe diz sentada ao meu lado, estamos em seu carro indo para minha casa. -- Pois acredite mĂŁe, quando vi o machucado no rosto de Amandla e que ela me confirmou que foi ele, fiquei possesso. Nesses Ășltimos tempos, nĂŁo tenho reconhecido o homem que me criou que sempre esteve ao meu lado para tudo. _ digo suspirando triste, era triste ver que nĂŁo conhecemos muito bem as pessoas. -- Sinto muito por tudo que vem passando com seu pai meu querido. _ ela diz e concordo. â Hoje quando ele chegou com o rosto machucado e disse que foi vocĂȘ, nĂŁo acreditei. Tivemos uma conversa um tanto que reveladora. _ diz e fico curioso, ela respira fundo e continua. â Seu pai disse que seu casamento com a Marina Lacerda, seria uma forma de vocĂȘ nĂŁo sofrer preconceito com a mĂdia e das pessoas. _ diz e tento me conter para nĂŁo rir, mais falhei e soltei uma gargalhada. --