đ„ Xavier Cardoso. â Voltando pra casa.-- Tenha calma meu menino, lembre-se que eles sĂŁo seus pais. _ minha avĂł Adel diz fazendo carinho em meus cabelos. Comecei a falar e nem ao menos me apresentei. Pois bem, vamos lĂĄ. Chamo-me Xavier Cardoso, tenho 24 anos recĂ©m-completados. Faço faculdade de administração de empresas e finanças. Sim, vocĂȘs leram certo, faço duas faculdades, a de administração de empresas e a de finanças que eu sempre quis fazer, mas meu pai me obrigou a fazer de administração de empresas e quando ele descobriu que tambĂ©m estava fazendo de finanças, no começo ele quis me impedir, dizendo que atrapalharia meus avanços na faculdade de Adm. Mas minha mĂŁe e meu tio, meus avĂłs tambĂ©m o convenceram de que seria bom para os negĂłcios e que eu poderia cuidar melhor do dinheiro dele. Falou em dinheiro, falou a lĂngua de meu pai. NĂŁo entendo como ele saiu assim, sendo que meus avĂłs sĂŁo pessoas tĂŁo simples, meu avĂŽ construiu sua fortuna do nada e quando deixou a empresa nas
đ„ Xavier Cardoso. â De novo nĂŁo.-- Olha quem resolveu voltar pra casa. _ nem bem entro em casa e meu pai jĂĄ vem com seus sarcasmos, ele estĂĄ de pijama e um copo de uĂsque na mĂŁo. -- Boa noite pra vocĂȘ tambĂ©m pai. _ digo e vou para a cozinha, preciso de ĂĄgua e distancia. -- VocĂȘ nĂŁo muda mesmo, nĂŁo Ă©? Continua o mesmo garoto respondĂŁo. _ ele diz e continuo de costas para ele bebendo minha ĂĄgua. â Olhe para mim quando eu estiver falando moleque. _ diz pegando em meu ombro e me virando com tudo, acabo derrubando o copo com ĂĄgua.-- Sabe pai, eu acho melhor eu subir e tomar um banho. Esfriar a cabeça Ă© a melhor coisa que faço. _ digo e me abaixo pego o que restou do copo, pego um pano de chĂŁo e coloco em cima da ĂĄgua que caio, termino e quando fui sair da cozinha ele resolveu provocar mais. -- Vai fugir franguinho, isso que da ter um filho que Ă© uma bichona. _ ele diz rindo da prĂłpria piada, me viro e digo o encarando. -- Ainda bem que sou uma âbichonaâ,_ faço aspas com os dedos e c
đ„ Amandla Salvino. â Novos amigos. -- Sejam bem-vindos a minha casa, sintam-se em casa. _ o senhor Xavier diz assim que passamos pela porta da frente. -- Nossa meu, que casarĂŁo. _ Anthony diz tambĂ©m admirado, a casa ou casarĂŁo como o Thony disse. â O senhor mora aqui sozinho? _ ele pergunta olhando ao redor. -- Agora nĂŁo mais, minha irmĂŁ sempre que pode ela vem me visitar e ficar aqui comigo, estĂĄ casa quem me deu foi meus avĂłs, eles foram morar em uma casa menor, para ficarem sossegados. _ ele diz e concordamos.-- Bom dia senhor, os quartos jĂĄ estĂŁo do jeito que pediu. _uma senhora elegante diz parando ao lado do senhor Xavier. -- Obrigado Sarah. _ ele diz agradecendo e nos encara. â Me deixa lhes apresentar. _ diz e vem atĂ© mim com a senhora atrĂĄs dele. â Sarah esses sĂŁo Amandla e Anthony, eles ficaram conosco por tempo indeterminado, entĂŁo os tratem muito bem. _ ele diz e ela sorrindo para a gente concorda, seu sorriso parece sincero. â EstĂĄ Ă© Sarah Stoks, nossa governanta e
đ„ Amandla Salvino. â A parte ruim da FamĂlia. Estava deitada em minha cama quando Ximena entra sem bater _ como sempre _ e em suas mĂŁos tem alguns biquĂnis. Conheci a irmĂŁ de Xavier trĂȘs semanas depois que chegamos aqui e posso dizer sem sombras de duvidas, foi uma amizade instantĂąnea. Ela Ă© muito legal, doida Ă s vezes, mais legal, temos a mesma idade e os papos dela sempre me fazem rir. -- O que Ă© isso? _ pergunto apontando pra mĂŁo dela e ela suspira, nega com a cabeça e revira os olhos em seguida, acabo rindo. -- Santa paciĂȘncia Amandla, sabe que nĂŁo tenho muito entĂŁo coopera. VocĂȘ estĂĄ gravida e nĂŁo cega. _ diz colocando as coisas na cama. â Trouxe esses biquĂnis para mulheres gravidas pra vocĂȘ, entĂŁo escolhe um e veste, estamos todos na piscina esperando por vocĂȘ. NĂŁo demore. _ diz e sai. Suspiro e me levando e olho para as trĂȘs peças que ela trouxe com saĂdas de praia. Escolho um biquĂni cinza, a parte de cima parece uma blusinha, a parte de baixo Ă© muito abaixo da barriga,
đ„ BĂŽnus â Sem Arrependimento. đ„ Marcelo Cardoso. -- Ai meu Deus Marcelo, o que aconteceu com vocĂȘ? _ Ingred pergunta assim que me vĂȘ entrar em casa com o rosto machucado.-- Isso aqui Ă© tudo culpa daquele moleque do seu filho. _ digo me sentando e ela cobre a boca chocada com o que disse. -- Como assim Marcelo? Meu menino nĂŁo Ă© assim, ele sabe que violĂȘncia nĂŁo leva a nada. _ ela diz indignada e em seguida me encara. â Alguma coisa vocĂȘ fez. O que foi fazer na casa dele? _ pergunta cruzando os braços e eu a encaro. -- Agora a culpa Ă© minha por estĂĄ assim? NĂŁo posso visitar meus filhos? â pergunto e me levanto, vou em direção Ă cozinha, mas ela me para. -- Visitar Ă© claro que vocĂȘ pode, mas avisando antes. E nesse estado que chegou, nĂŁo foi uma visita amigĂĄvel. _ diz e a encaro. -- Sabia que seu filho cancelou o casamento com a filha dos Lacerda? E sem falar comigo, sem me consultar ou a eles? _ digo e ela nĂŁo diz nada e me passa uma coisa pela mente. â VocĂȘ sabia disso nĂŁo sa
đ„ Xavier Cardoso â Apresentando minha MĂŁe. -- Ainda nĂŁo estou acreditando que seu pai foi capaz disso, minha ficha ainda nĂŁo caiu. _ minha mĂŁe diz sentada ao meu lado, estamos em seu carro indo para minha casa. -- Pois acredite mĂŁe, quando vi o machucado no rosto de Amandla e que ela me confirmou que foi ele, fiquei possesso. Nesses Ășltimos tempos, nĂŁo tenho reconhecido o homem que me criou que sempre esteve ao meu lado para tudo. _ digo suspirando triste, era triste ver que nĂŁo conhecemos muito bem as pessoas. -- Sinto muito por tudo que vem passando com seu pai meu querido. _ ela diz e concordo. â Hoje quando ele chegou com o rosto machucado e disse que foi vocĂȘ, nĂŁo acreditei. Tivemos uma conversa um tanto que reveladora. _ diz e fico curioso, ela respira fundo e continua. â Seu pai disse que seu casamento com a Marina Lacerda, seria uma forma de vocĂȘ nĂŁo sofrer preconceito com a mĂdia e das pessoas. _ diz e tento me conter para nĂŁo rir, mais falhei e soltei uma gargalhada. --
đ„ Amandla Salvino. Dia das MĂŁes â p1.Desde que cheguei aqui, nĂŁo faço outra coisa a nĂŁo ser descansar. Anthony nĂŁo sai da piscina e por conta disso tomei uma decisĂŁo. Ele frequentou a escola atĂ© os oito anos de idade e eu apenas atĂ© os seis, nĂŁo me perguntem a serie, nĂŁo me lembro. -- Tem certeza disso? Tudo que quero Ă© terminar logo e sair da escola de uma vez e vocĂȘ querendo voltar. _ Ximena diz indignada. -- VocĂȘ fala isso porque jĂĄ estĂĄ um bom tempo na escola, mais eu e Anthony nĂŁo tivemos a chance de passar pelas series e ter as frustraçÔes que vocĂȘ teve. _ digo e ela concorda dando de ombros. -- EstĂĄ tudo bem entĂŁo, vou falar com o Xavier e nossa mĂŁe de nossa conversa, com certeza eles terĂŁo uma ideia do que fazer. _ ela diz e concordo. â E o Anthony jĂĄ sabe dessa sua ideia? _ pergunta rindo. -- Ainda nĂŁo, mas sei que ele concordarĂĄ comigo, Ă© para o nosso bem, nosso futuro. _ digo e ela suspira. â A gente achou que viverĂamos nas ruas para sempre, sem nenhuma expectativa
đ„Ă Amandla Salvino._ Dia das MĂŁes â p2 â Revendo Anjos.Chegamos Ă s escadas e ele me ajuda a descer, todo cuidado Ă© pouco. Xavier nos vĂȘ e vem atĂ© a gente, me deixa um beijo na testa e me ajuda tambĂ©m a descer o restante dos degraus. -- EstĂĄvamos esperando por vocĂȘs. EstĂĄ melhor? _ ele diz e concordo com a cabeça. â Ătimo, nĂŁo seria um almoço de dia das mĂŁes sem nossa futura mamĂŁe. _ diz sorrindo e fico emocionada. -- VocĂȘ sabe que nĂŁo controlo meu emocional, ainda mais agora com os hormĂŽnios a flor da pele, e vocĂȘ vem e diz essas coisas. _ digo fungando e ele rir. -- SĂł estou falando a verdade. _ diz e seguimos para a sala onde posso ouvir a conversa de todos que jĂĄ estĂŁo lĂĄ. â Venha que eu quero lhe apresentar meus avĂłs. VovĂŽ, VovĂł quero que conheçam Amandla, a mais nova integrante de nossa famĂlia. _ ele diz gritando por seus avĂłs e me puxando pela sala. Estou de braços dados com o de Xavier e fico com vergonha por ser o centro das atençÔes. Logo um casal de idosos aparece e