đ„ Amandla Salvino. â A parte ruim da FamĂlia. Estava deitada em minha cama quando Ximena entra sem bater _ como sempre _ e em suas mĂŁos tem alguns biquĂnis. Conheci a irmĂŁ de Xavier trĂȘs semanas depois que chegamos aqui e posso dizer sem sombras de duvidas, foi uma amizade instantĂąnea. Ela Ă© muito legal, doida Ă s vezes, mais legal, temos a mesma idade e os papos dela sempre me fazem rir. -- O que Ă© isso? _ pergunto apontando pra mĂŁo dela e ela suspira, nega com a cabeça e revira os olhos em seguida, acabo rindo. -- Santa paciĂȘncia Amandla, sabe que nĂŁo tenho muito entĂŁo coopera. VocĂȘ estĂĄ gravida e nĂŁo cega. _ diz colocando as coisas na cama. â Trouxe esses biquĂnis para mulheres gravidas pra vocĂȘ, entĂŁo escolhe um e veste, estamos todos na piscina esperando por vocĂȘ. NĂŁo demore. _ diz e sai. Suspiro e me levando e olho para as trĂȘs peças que ela trouxe com saĂdas de praia. Escolho um biquĂni cinza, a parte de cima parece uma blusinha, a parte de baixo Ă© muito abaixo da barriga,
đ„ BĂŽnus â Sem Arrependimento. đ„ Marcelo Cardoso. -- Ai meu Deus Marcelo, o que aconteceu com vocĂȘ? _ Ingred pergunta assim que me vĂȘ entrar em casa com o rosto machucado.-- Isso aqui Ă© tudo culpa daquele moleque do seu filho. _ digo me sentando e ela cobre a boca chocada com o que disse. -- Como assim Marcelo? Meu menino nĂŁo Ă© assim, ele sabe que violĂȘncia nĂŁo leva a nada. _ ela diz indignada e em seguida me encara. â Alguma coisa vocĂȘ fez. O que foi fazer na casa dele? _ pergunta cruzando os braços e eu a encaro. -- Agora a culpa Ă© minha por estĂĄ assim? NĂŁo posso visitar meus filhos? â pergunto e me levanto, vou em direção Ă cozinha, mas ela me para. -- Visitar Ă© claro que vocĂȘ pode, mas avisando antes. E nesse estado que chegou, nĂŁo foi uma visita amigĂĄvel. _ diz e a encaro. -- Sabia que seu filho cancelou o casamento com a filha dos Lacerda? E sem falar comigo, sem me consultar ou a eles? _ digo e ela nĂŁo diz nada e me passa uma coisa pela mente. â VocĂȘ sabia disso nĂŁo sa
đ„ Xavier Cardoso â Apresentando minha MĂŁe. -- Ainda nĂŁo estou acreditando que seu pai foi capaz disso, minha ficha ainda nĂŁo caiu. _ minha mĂŁe diz sentada ao meu lado, estamos em seu carro indo para minha casa. -- Pois acredite mĂŁe, quando vi o machucado no rosto de Amandla e que ela me confirmou que foi ele, fiquei possesso. Nesses Ășltimos tempos, nĂŁo tenho reconhecido o homem que me criou que sempre esteve ao meu lado para tudo. _ digo suspirando triste, era triste ver que nĂŁo conhecemos muito bem as pessoas. -- Sinto muito por tudo que vem passando com seu pai meu querido. _ ela diz e concordo. â Hoje quando ele chegou com o rosto machucado e disse que foi vocĂȘ, nĂŁo acreditei. Tivemos uma conversa um tanto que reveladora. _ diz e fico curioso, ela respira fundo e continua. â Seu pai disse que seu casamento com a Marina Lacerda, seria uma forma de vocĂȘ nĂŁo sofrer preconceito com a mĂdia e das pessoas. _ diz e tento me conter para nĂŁo rir, mais falhei e soltei uma gargalhada. --
đ„ Amandla Salvino. Dia das MĂŁes â p1.Desde que cheguei aqui, nĂŁo faço outra coisa a nĂŁo ser descansar. Anthony nĂŁo sai da piscina e por conta disso tomei uma decisĂŁo. Ele frequentou a escola atĂ© os oito anos de idade e eu apenas atĂ© os seis, nĂŁo me perguntem a serie, nĂŁo me lembro. -- Tem certeza disso? Tudo que quero Ă© terminar logo e sair da escola de uma vez e vocĂȘ querendo voltar. _ Ximena diz indignada. -- VocĂȘ fala isso porque jĂĄ estĂĄ um bom tempo na escola, mais eu e Anthony nĂŁo tivemos a chance de passar pelas series e ter as frustraçÔes que vocĂȘ teve. _ digo e ela concorda dando de ombros. -- EstĂĄ tudo bem entĂŁo, vou falar com o Xavier e nossa mĂŁe de nossa conversa, com certeza eles terĂŁo uma ideia do que fazer. _ ela diz e concordo. â E o Anthony jĂĄ sabe dessa sua ideia? _ pergunta rindo. -- Ainda nĂŁo, mas sei que ele concordarĂĄ comigo, Ă© para o nosso bem, nosso futuro. _ digo e ela suspira. â A gente achou que viverĂamos nas ruas para sempre, sem nenhuma expectativa
đ„Ă Amandla Salvino._ Dia das MĂŁes â p2 â Revendo Anjos.Chegamos Ă s escadas e ele me ajuda a descer, todo cuidado Ă© pouco. Xavier nos vĂȘ e vem atĂ© a gente, me deixa um beijo na testa e me ajuda tambĂ©m a descer o restante dos degraus. -- EstĂĄvamos esperando por vocĂȘs. EstĂĄ melhor? _ ele diz e concordo com a cabeça. â Ătimo, nĂŁo seria um almoço de dia das mĂŁes sem nossa futura mamĂŁe. _ diz sorrindo e fico emocionada. -- VocĂȘ sabe que nĂŁo controlo meu emocional, ainda mais agora com os hormĂŽnios a flor da pele, e vocĂȘ vem e diz essas coisas. _ digo fungando e ele rir. -- SĂł estou falando a verdade. _ diz e seguimos para a sala onde posso ouvir a conversa de todos que jĂĄ estĂŁo lĂĄ. â Venha que eu quero lhe apresentar meus avĂłs. VovĂŽ, VovĂł quero que conheçam Amandla, a mais nova integrante de nossa famĂlia. _ ele diz gritando por seus avĂłs e me puxando pela sala. Estou de braços dados com o de Xavier e fico com vergonha por ser o centro das atençÔes. Logo um casal de idosos aparece e
đ„Ă Amandla Salvino. _ Dia das MĂŁes â p3Contei meu tempo na rua depois que cheguei Ă cidade, como conheci o Candido, ele nĂŁo estava conosco essa tarde, Xavier deu folga para ele que foi passar esse fim de semana com a mĂŁe e irmĂŁos. Contei que sĂł descobri a gravidez porque ele quase me atropelou e desde entĂŁo nĂŁo nos separamos mais. Contei tambĂ©m como conheci o Anthony e por ultimo como conheci o Xavier e consequentemente sua famĂlia. EstĂĄvamos todos rindo com as historias do senhor Miguel, era cada historia, a maioria com seus irmĂŁos e primos, outras com seu Marcelo, o pai de Xavier e outras com seus netos, estava amando meu primeiro dia das mĂŁes. -- E estĂĄ de quantos meses menina? _ dona Adelaide pergunta do meu lado.-- Completei seis meses essa semana, tĂŽ parecendo um botijĂŁo de gĂĄs ambulante. _ digo e todos riem, o palhaço do Anthony quis fazer mais uma de suas gracinhas. -- EntĂŁo quando gĂĄs acabar Ă© sĂł chamar vocĂȘ. _ diz e rir de sua prĂłpria piada sem graça, jogo a almofada n
đ„ Xavier Cardoso â Noticia ruim chega rĂĄpido. Depois de um almoço maravilhoso, entre conversa e reencontros. Quem poderia imaginar que meus avĂłs e Amandla se conheciam, que a garota que minha vĂŽ falava com tanto carinho, seria justamente a mesma garota que falei com eles ao telefone. Mas a nossa felicidade tinha que ser destruĂda pelo meu pai, desde que ele soube do cancelamento do casamento que arranjado para mim e tambĂ©m pelo que fez a Amandla, que nĂŁo nos falamos. Minha mĂŁe me contou um dia desses que ele sĂł vive bebendo e que a empresa que meu avĂŽ deixou para ele tomar conta, estava indo de mal a pior por conta disso. E que os outros dois acionistas estavam querendo destitui-lo do cargo de CEO. Conversei com meu avĂŽ sobre isso e ele disse que meu tio, que Ă© advogado, vai tomar de conta da empresa atĂ© que eu esteja pronto para assumir meu lugar nela. Aceitei e estou dando o meu melhor para que eu possa estĂĄ realmente pronto para cuidar dela. E agora estamos aqui no quarto de Ama
đ„ĂĂ Xavier Cardoso â PerdĂŁo e Despedida. -- EntĂŁo fale logo a ruim. _ minha mĂŁe diz jĂĄ apreensiva. -- Certo. Como sabem, fizemos novos exames e o coagulo no cĂ©rebro do senhor Marcelo nĂŁo diminui e isso nĂŁo nos ajuda em nada. Eu sinto muito. _ ele diz e minha mĂŁe me abraça chorando, estamos com medo do pior acontecer e isso jĂĄ vem nos rondando essa semana. -- Calma mĂŁe nĂŁo quer passe mal. _ digo com a voz embargada fazendo um carinho em suas costas. â E qual a segunda noticia doutor, disse que era uma boa e outra ruim, a ruim jĂĄ foi, qual Ă© a noticia Boa? _ pergunto tentando controlar a minha voz que ainda estava embargada. -- Claro, enquanto estavam almoçando, a enfermeira estava aplicando a alimentação do senhor Marcelo, de repente ele começo a ter convulsionar e teve uma parada cardĂaca muito intensa. _ ele diz e o encaramos. Onde esta a tal noticia boa no meio disso? Vendo a nossa cara de confusĂŁo, ele continua a explicação. â Quando achei que estava o perdendo, teve uma revi