Rebecca
Deitada ao lado de Aaron, ainda tentando recuperar o fôlego, sinto-me flutuando. O sexo que acabamos de compartilhar foi algo intenso e apaixonado. É difícil lembrar que tudo isso é apenas um negócio. Aaron parecia tão entregue ao momento quanto eu. Ele me amou de uma maneira que parecia tão real! Minha experiência com homens é quase nula, mas não posso acreditar que um homem que não sente nada pela mulher em seus braços agiria com tanta paixão.
Nada entre nós foi mecânico ou frio. Cada toque, cada beijo, foi carregado de uma intensidade que me fez esquecer de tudo, exceto de nós dois. Viro-me lentamente, sentindo um desejo crescente de tocar o rosto de Aaron, de estar mais perto dele. Quando abro os olhos e o vejo, um sorriso se forma nos meus
AaronNaquela noite, enquanto dirigia para casa após um longo dia na empresa onde fui atormentado pelo desejo por Rebecca, tomei uma decisão impulsiva. Sem pensar muito, mudei o destino e fui direto para o apartamento de Rebecca. Quando ela abriu a porta, tudo o que consegui pensar foi em beijá-la. Movido pelo instinto e um pouco de desespero, agarrei Rebecca e me entreguei ao meu desejo. Seu corpo quente e receptivo me fez esquecer qualquer lógica ou razão.— Aaron... — Rebecca murmurou, surpresa, mas não resistiu. Pelo contrário, retribuiu meu beijo com a mesma intensidade.Empurrei a porta com o pé, fechando-a com um baque. Minhas mãos exploravam seu corpo, sentindo cada curva enquanto nossos lábios se moviam em sincronia desespera
AaronA cada dia que passa, sinto-me mais atormentado com toda aquela maluquice na qual eu me envolvi ao concordar em usar Rebecca para gerar o desejado herdeiro dos Baumann. Estava cada vez mais difícil de me concentrar em qualquer outra coisa que não aquele assunto e nem mesmo o trabalho à frente de umas das empresas Baumann estava conseguindo prender a minha atenção.Alguns dias após o meu último encontro com Rebecca, estava na empresa quando decidi que não adiantava permanecer naquele lugar por mais tempo, quando eu não estava conseguindo me concentrar no trabalho. A imagem de Rebecca não saía da minha cabeça, e isso estava começando a afetar minha produtividade de maneira alarmante.Decidi voltar para
Paola Eu observei Aaron subir as escadas lentamente, como se estivesse carregando o peso do mundo em seus ombros. A cada degrau, parecia que sua determinação vacilava. Quando ele finalmente desapareceu de vista, voltei-me para Eric, que estava sentado no sofá, e soltei um suspiro.— Aaron acha que é forte, mas na verdade não passa de um fraco, o netinho do vovô — comentei, deixando minha frustração transparecer.Eric riu, um som baixo e quase cínico.— Difícil alguém ser tão frio e calculista quanto você, Paola. Você está esperando demais dele — respondeu, seus olhos brilhando
AaronDirigindo para o apartamento de Rebecca, meu coração estava pesado, pressionado por uma decisão que parecia cada vez mais absurda. A ideia de ter um filho com ela, de fazer parte desse plano insano, parecia mais uma prisão do que uma solução. Eu queria controlar o império da minha família, mas a que custo? Cada vez mais, eu sentia que estava perdendo o controle da minha própria vida.Quando parei o carro em frente ao prédio, pensei seriamente em dar meia-volta. Mas a imagem de Rebecca, com seus olhos verdes que pareciam ver através de mim, me manteve no lugar. Subi as escadas com passos hesitantes, cada degrau aumentando minha incerteza. Toquei a campainha e esperei, minha mente ainda tentando se preparar para o que estava por vir. Quando Rebecca abriu a porta, por um momento, todas as minhas dúvidas desapareceram. — Oi — ela disse, parecendo insegura.— Oi, Rebecca…Rebecca estava ali, seus olhos verdes brilhando intensamente. Eu entrei, sem conseguir tirar os olhos dela, e fe
RebeccaJá faziam seis noites consecutivas que Aaron vinha até meu apartamento, e eu me sentia realizada e plena. Os momentos que passávamos juntos eram preciosos, e eu os aproveitava ao máximo. Mas, no fundo, eu estava tentando manter os dois pés no chão. Sabia que o motivo de Aaron ter vindo repetidamente ao meu encontro era por um único motivo: eu estava no período fértil e ele precisava ter certeza de que um herdeiro seria "produzido" durante os nossos momentos tórridos.Eu era jovem e, até pouco tempo atrás, inexperiente no que dizia respeito ao sexo, mas não era tão boba assim. Com o fácil acesso a informações na internet, entendi perfeitamente o objetivo de Eric ao me levar para fazer alguns exames após os meus encontros com Aaron não terem resultado em uma gravidez. Aaron queria ter certeza de que não estava perdendo seu tempo comigo. Apesar disso, eu decidi aproveitar tudo o que pudesse daquele homem. E, consciente de que tinha me apaixonado por ele, sentia um misto de trist
RebeccaAo terminar a refeição, Aaron levantou-se da cadeira e, com um gesto gentil, puxou-me para fazer o mesmo.— Obrigado pelo jantar, Rebecca — disse ele, com um sorriso sincero.— Não foi nada, apenas uma comida caseira — respondi, tentando novamente minimizar a situação.— Foi a melhor comida caseira que já comi — afirmou, e antes que eu pudesse protestar, ele me beijou suavemente nos lábios.Sem aviso, Aaron me pegou no colo, fazendo-me soltar um gritinho de surpresa. Ele riu da minha reação enquanto caminhava em direção ao quarto.— O que voc
Leonel BaumannConvidei meus netos e Ettore para um jantar na mansão. Já era hora de decidir o futuro das Indústrias Baumann, e eu precisava de todos presentes para essa ocasião. Berenice, minha querida esposa, estava ao meu lado, lançando-me olhares de apoio. A sala de jantar, com seu lustre imponente e móveis antigos, estava preparada para uma noite memorável.Enquanto nos acomodamos à mesa, observei os rostos tensos dos meus netos. Aaron, com sua postura rígida e terno impecável, claramente estava à espera de algo importante. Paola, ao seu lado, tentava disfarçar sua ansiedade, mas o brilho em seus olhos a traía. Axel, sempre desconfiado, mantinha uma expressão cerrada, enquanto Anton, despreocupado, mexia no telefone e Annelise ria de algo que ele disse.Ettore, filho de um antigo funcionário falecido e meu homem de confiança, estava presente também. Para mim, ele é como um filho. Suas ações sempre foram pautadas pela lealdade e integridade, algo raro nos dias de hoje.O jantar tr
AaronVi meu avô sair da sala com passos firmes, deixando para trás um misto de incredulidade e choque em nossos rostos. Não era possível que ele realmente estivesse impondo tal condição para passar o controle das Indústrias Baumann. Um bisneto? Era isso que ele queria em troca do poder?Olhei para Paola, minha esposa, sentada ao meu lado. Ela estava linda como sempre, sua postura perfeita e seu rosto inexpressivo. Paola sempre foi a esposa troféu ideal, vinda de uma família tradicional paulistana. Elegante, educada, exatamente o que eu precisava para manter as aparências. Mas filhos? Esse era um assunto que nunca tínhamos discutido seriamente.Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Axel se dirigiu ao luxuoso bar no canto da sala. Pegou uma garrafa de uísque e serviu-se de uma dose generosa.— Alguém mais quer? — ele perguntou, sua voz carregada de sarcasmo e desdém. Ele nos olhou, sabendo que as chances de aceitar sua oferta eram poucas.Annelise foi a primeira a se levantar, ain