Aaron
Naquela noite, enquanto dirigia para casa após um longo dia na empresa onde fui atormentado pelo desejo por Rebecca, tomei uma decisão impulsiva. Sem pensar muito, mudei o destino e fui direto para o apartamento de Rebecca. Quando ela abriu a porta, tudo o que consegui pensar foi em beijá-la. Movido pelo instinto e um pouco de desespero, agarrei Rebecca e me entreguei ao meu desejo. Seu corpo quente e receptivo me fez esquecer qualquer lógica ou razão.
— Aaron... — Rebecca murmurou, surpresa, mas não resistiu. Pelo contrário, retribuiu meu beijo com a mesma intensidade.
Empurrei a porta com o pé, fechando-a com um baque. Minhas mãos exploravam seu corpo, sentindo cada curva enquanto nossos lábios se moviam em sincronia desespera
AaronA cada dia que passa, sinto-me mais atormentado com toda aquela maluquice na qual eu me envolvi ao concordar em usar Rebecca para gerar o desejado herdeiro dos Baumann. Estava cada vez mais difícil de me concentrar em qualquer outra coisa que não aquele assunto e nem mesmo o trabalho à frente de umas das empresas Baumann estava conseguindo prender a minha atenção.Alguns dias após o meu último encontro com Rebecca, estava na empresa quando decidi que não adiantava permanecer naquele lugar por mais tempo, quando eu não estava conseguindo me concentrar no trabalho. A imagem de Rebecca não saía da minha cabeça, e isso estava começando a afetar minha produtividade de maneira alarmante.Decidi voltar para
Paola Eu observei Aaron subir as escadas lentamente, como se estivesse carregando o peso do mundo em seus ombros. A cada degrau, parecia que sua determinação vacilava. Quando ele finalmente desapareceu de vista, voltei-me para Eric, que estava sentado no sofá, e soltei um suspiro.— Aaron acha que é forte, mas na verdade não passa de um fraco, o netinho do vovô — comentei, deixando minha frustração transparecer.Eric riu, um som baixo e quase cínico.— Difícil alguém ser tão frio e calculista quanto você, Paola. Você está esperando demais dele — respondeu, seus olhos brilhando
AaronDirigindo para o apartamento de Rebecca, meu coração estava pesado, pressionado por uma decisão que parecia cada vez mais absurda. A ideia de ter um filho com ela, de fazer parte desse plano insano, parecia mais uma prisão do que uma solução. Eu queria controlar o império da minha família, mas a que custo? Cada vez mais, eu sentia que estava perdendo o controle da minha própria vida.Quando parei o carro em frente ao prédio, pensei seriamente em dar meia-volta. Mas a imagem de Rebecca, com seus olhos verdes que pareciam ver através de mim, me manteve no lugar. Subi as escadas com passos hesitantes, cada degrau aumentando minha incerteza. Toquei a campainha e esperei, minha mente ainda tentando se preparar para o que estava por vir. Quando Rebecca abriu a porta, por um momento, todas as minhas dúvidas desapareceram. — Oi — ela disse, parecendo insegura.— Oi, Rebecca…Rebecca estava ali, seus olhos verdes brilhando intensamente. Eu entrei, sem conseguir tirar os olhos dela, e fe
RebeccaJá faziam seis noites consecutivas que Aaron vinha até meu apartamento, e eu me sentia realizada e plena. Os momentos que passávamos juntos eram preciosos, e eu os aproveitava ao máximo. Mas, no fundo, eu estava tentando manter os dois pés no chão. Sabia que o motivo de Aaron ter vindo repetidamente ao meu encontro era por um único motivo: eu estava no período fértil e ele precisava ter certeza de que um herdeiro seria "produzido" durante os nossos momentos tórridos.Eu era jovem e, até pouco tempo atrás, inexperiente no que dizia respeito ao sexo, mas não era tão boba assim. Com o fácil acesso a informações na internet, entendi perfeitamente o objetivo de Eric ao me levar para fazer alguns exames após os meus encontros com Aaron não terem resultado em uma gravidez. Aaron queria ter certeza de que não estava perdendo seu tempo comigo. Apesar disso, eu decidi aproveitar tudo o que pudesse daquele homem. E, consciente de que tinha me apaixonado por ele, sentia um misto de trist
RebeccaAo terminar a refeição, Aaron levantou-se da cadeira e, com um gesto gentil, puxou-me para fazer o mesmo.— Obrigado pelo jantar, Rebecca — disse ele, com um sorriso sincero.— Não foi nada, apenas uma comida caseira — respondi, tentando novamente minimizar a situação.— Foi a melhor comida caseira que já comi — afirmou, e antes que eu pudesse protestar, ele me beijou suavemente nos lábios.Sem aviso, Aaron me pegou no colo, fazendo-me soltar um gritinho de surpresa. Ele riu da minha reação enquanto caminhava em direção ao quarto.— O que voc
AaronDespertei com uma sensação de relaxamento surpreendentemente boa. Ao abrir os olhos, vi Rebecca dormindo profundamente em meus braços. Sua respiração era tranquila, serena. Temendo acordá-la, permaneci imóvel por alguns minutos, apenas admirando a beleza da minha garota. Era assim que eu me sentia em relação a ela, como se fosse minha garota. Apenas minha.Mas meu lado racional logo me repreendeu. O que eu ainda estou fazendo aqui? Dormi no apartamento de Rebecca, e isso era totalmente contra todo o meu bom senso. Eu tinha um único propósito naquele apartamento, e cumpri esse objetivo com muito empenho. Empenho demais, lembrou-me uma voz traidora dentro da minha cabeça. Novamente, a razão interveio. Aquilo não importava mais. Eu fiz o que tinha que ser feito, e agora era hora de levantar e voltar à minha rotina normal.Com cuidado, tentei retirar os braços que envolviam Rebecca sem acordá-la. Não queria ter que me despedir dela. Não naquela vez, quando dormimos juntos como um ca
PaollaAcordei um pouco desorientada naquela manhã. Procurei pelo meu telefone, que estava debaixo do meu travesseiro, e constatei que já passava do meio-dia. A preocupação sobre o que Aaron estaria fazendo sozinho naquele sábado começou a me incomodar, já que dormi além do previsto. No entanto, ao verificar meu celular, vi uma mensagem de texto de Aaron informando que tinha ido visitar os avós. Suspirei aliviada.Lembrei-me da noite anterior com Eric. Aproveitamos ao máximo as saídas noturnas de Aaron para cumprir com o plano no apartamento de Rebecca, e todas as noites ficávamos juntos e à vontade na minha casa, mais especificamente, na cama que eu dividia com Aaron. Porém, na noite anterior, Eric sugeriu fazermos algo diferente, talvez sair para aproveitar uma noite juntos em algum clube discreto. Uma ideia que apreciei e concordei prontamente sem.Mas Eric e eu nos excedemos na bebida, e logo perdemos totalmente a noção do tempo, aproveitando o momento. Nem mesmo prestei atenção a
RebeccaAcordei e, como já esperava, Aaron não estava mais na cama. Fiquei ali deitada por algum tempo, deixando os eventos da noite anterior passarem pela minha mente. Dormirmos juntos não fazia parte do acordo. Mas, mesmo sabendo disso, não conseguia evitar a sensação de vazio que ficava.Finalmente, resolvi levantar e seguir com o dia. Precisava de algo para ocupar minha mente. Decidi ir para o meu quarto de pintura, um refúgio onde podia me perder em cores e formas. Peguei uma tela em branco e comecei a trabalhar, sem nem perceber o que estava desenhando até que a imagem começou a tomar forma. Era Aaron. Seus traços surgiam com uma facilidade que me assustava, como se minhas mãos soubessem o que meu coração desejava expressar.A pintura avançava rapidamente, e eu me concentrei apenas nisso, tentando esquecer a grande confusão emocional que a minha vida se tornou. A imagem de Aaron começou a surgir, seus olhos penetrantes, o sorriso que raramente mostrava, mas que eu adorava.O tem