Capítulo 61

Os dias se passaram de forma silenciosa, como se cada um carregasse consigo um peso de nostalgia e expectativa. Bernardo e eu começamos a arrumar as coisas do nosso apartamento, empacotando lembranças e memórias que, de alguma forma, pareciam estar se multiplicando. Cada objeto que eu colocava em uma caixa trazia consigo uma lembrança, uma história. O quadro que pendurei na sala logo depois de me mudar, as canecas que colecionei ao longo dos anos, até mesmo as pequenas imperfeições nas paredes, todas pareciam ter uma importância que eu não tinha percebido antes.

Havia algo de melancólico em deixar para trás aquele espaço que, por tanto tempo, havia sido o meu refúgio. Mas eu sabia que essa mudança era necessária, que estava sendo feita por um bem maior. Ainda assim, o nó na minha garganta só apertava cada vez que eu olhava ao redor e via meu apartamento sendo esvaziado.

— Tudo bem? — Bernardo perguntou uma noite, enquanto empilhava caixas no canto da sala.

Eu sorri, embora a expressão
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