Capítulo 112

Depois de passar pelo interrogatório, fui levada até uma cela que nada mais era do que um cubículo apertado, sem janelas, mergulhado em um cheiro úmido e azedo, como se o mofo fosse parte inseparável das paredes de concreto. O chão de cimento era frio e irregular, e o banco duro de metal, fixo na lateral, parecia mais uma tábua de tortura do que um lugar onde alguém pudesse repousar. O ar ali dentro era denso, sufocante, impregnado com o odor acre de suor velho e desespero, como se as emoções dos prisioneiros anteriores tivessem sido absorvidas pela própria estrutura. Cada respiração trazia uma nova onda de desconforto.

Meus pulsos latejavam. A dor, que nunca era completamente ausente, pulsava de forma constante, aguda, como se as articulações estivessem sendo apertadas por dentro. Meus remédios estavam na minha bolsa, mas ali, naquele buraco, era como se eu estivesse isolada de qualquer ajuda. Por várias vezes, tentei chamar os policiais, implorar pelos medicamentos que poderiam aliv
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo