Capítulo 111

O ambiente frio e impessoal da delegacia era opressor. As luzes brancas refletiam o brilho áspero nas paredes de concreto, sem uma única janela por onde pudesse escapar, nem que fosse por um instante, daquela atmosfera sufocante. Eu estava sentada em uma cadeira de metal, com as mãos trêmulas apoiadas no colo. Mesmo com os ombros tensos, o cansaço físico me invadia, mas a adrenalina era maior. Cada fibra do meu corpo estava alerta, revivendo as últimas horas como um filme que passava rápido demais para que eu pudesse entender.

Lembranças de Bernardo no aeroporto ainda me assombravam, sua voz tentando me alcançar enquanto os policiais me levavam à força. Eu sentia o pânico me dominar a cada vez que olhava para ele, mas as palavras dele ainda ecoavam na minha mente: “Não diga nada sem os advogados presentes.”

Agora, aqui estava eu, na sala de interrogatório, esperando o inevitável confronto. As paredes pareciam se fechar sobre mim enquanto dois policiais entravam, e a porta se fechava a
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