Bônus -Josephine— Não acredito que ele deixou! — Mary, minha amiga desde sempre fala com empolgação quando paramos de frente para um bar no centro de Londres.Eu também não acredito. Quer dizer Thomas Elliot não era assim antes de tudo acontecer. Antes ele era alegre e extrovertido, mas parece que após perder as pessoas que mais amava nesse mundo e o fato de assumir grandes responsabilidades o levou a ficar sério demais e amargo. Contudo, sou grata por ele dar uma segunda chance para o amor e Judy fez toda a diferença em nossas vidas.— Que tal uma foto? Esse momento de liberdade precisa ser registrado. — Ela sugere me despertando dos meus devaneios. Portanto, tiro o celular do bolso do meu jeans e me posiciono para uma selfie com minhas amigas. Só então decido tirar uma foto sozinha, mas sou brutalmente interrompida por um idiota que esbarra forte em mim e derruba o aparelho no chão.— Ei, seu idiota! — grito, quando ele finge que nada aconteceu e continua a caminhar na direção da en
Judith— Finalmente o contrato já está assinado, Collin — digo para o meu amigo e sócio, enquanto desço a escadaria da mansão Birmingham. — Agora só preciso da sua assinatura e depois disso, faremos as fotos com a nossa mais nova Bestseller.— Nesse caso, você deveria fazer essas fotos. — Paro assim que ponho os meus pés no piso inferior.— Como assim? Você é o CEO da editora…— Mas foi você quem a encontrou. E não se esqueça de que também é sócia da editora. Está na hora de mostrar a sua cara para os nossos autores e para o público também.Bufo mentalmente.— Acho que já dei as caras por tempo demais — resmungo.— Não para a nossa editora, Judith de Birmigham.Por que ele está insistindo com isso?— Está determinado. Você colocará a sua assinatura nesse documento e fará as fotos.Que droga, meu coração está disparado de nervoso apenas com essa possibilidade.— Judy?— Ok! Se é assim que você quer.— Ótimo! — E como um cavaleiro da távola redonda, ele encerra a ligação bem na minha car
JudithJudith— Obrigada por me cobrir ontem, Judy. Se não fosse você, eu estava ferrada. — Josephine fala quando suas irmãs se afastam um pouco para olhar as vitrines do shopping.— Você ainda não me contou o que aconteceu naquela noite e o porquê de ter dormido fora de casa. — Percebo um pequeno sorriso se formar em seu rosto. Contudo, ela parece sem graça.— Eu conheci alguém. — Ela diz sem olhar nos meus olhos e sou pega de surpresa.— Alguém? Quem?— O nome dele é Henrique Terceiro de Caerwyn. — Meus olhos imediatamente se arregalam em surpresa e sem perceber paro de caminhar.— Esse não é o príncipe de Gales?! — Quase grito a indagação e Josephine parece se apavorar com isso.— Shiiiu! Você quer anunciar para os quatro ventos, Duquesa? — Cautelosa, Josephine olha para os lados para ter certeza de que ninguém nos ouviu e arrependida, levo uma mão a minha boca, fazendo o mesmo.— Me desculpe, é que… uau! — Puxo o fôlego. — Como isso aconteceu? — Um sorriso acanhado brota nos lábios
Thomas— Soube que o Barão Collin Hill vai se casar. — Flora, minha jovem e animada governanta comenta de repente, enquanto ela abre as cortinas do meu quarto para deixar a luz do dia entrar.— Bom para ele! — resmungo um tanto seco, ajeitando a minha gravata e suplicando aos céus que ela não continue com essa conversa.— Sabe o que eu penso?Não e não quero saber!— Que o Senho deveria ir, sua graça. A final, o Senhor é um grande amigo do Barão, certo? — Reviro os olhos para essa sugestão.A verdade, é que desde que perdi a Rebecca, minha esposa e o meu filho tudo ao meu redor perdeu o seu significado para mim. A morte é mesmo uma víbora traiçoeira, que roubou a dona do meu coração e pior, ela o levou consigo. Portanto, amar outra vez nunca será uma possibilidade para mim. Embora eu saiba muito bem que preciso de uma mulher aqui dentro para me ajudar a pôr a ordem nessa casa e cuidar de minhas cinco irmãs.Não é catastrófico que a morte insista em me rondar? Primeiro os meus pais e a
ThomasDevo dizer que ando cansado de tudo isso. Quer dizer, eu gostaria de ter uma vida normal. Ou pelo menos um dia comum como uma pessoa normal. Sem excesso de empregados o tempo todo me rodeando. Sem tamanhas responsabilidades e sem tantas cobranças. Respirar ar puro sem pressa para começar. Era assim que eu me sentia com a Rebecca. Ela sabia me fazer sorrir, me dava a liberdade de me livrar das minhas armaduras e de mostrar quem realmente sou por dentro e por fora. Dentro de quatro paredes era mais fácil sorrir e sentir a leveza de não ter que carregar o mundo em minhas costas.— Chegamos, Senhor! — Alfred avisa, interrompendo os meus pensamentos e mostrando-me que estou longe de viver o meu grande sonho.Vossa graça isso! Vossa graça aquilo! Como Collin Hill consegue conviver com isso?— Olha você, aí! — E falando no Barão… — Como vai, sua graça?Reviro os olhos para esse seu cumprimento.— Ah vamos, pare com isso, Collin! Não estamos dentro do castelo e não tem ninguém aqui q
Judith— Boa noite, linda dama! — Uma voz firme e forte, porém, galanteadora diz atraindo a minha atenção para o homem extremamente alto e… eu devo dizer que ele é muito, muito bonito, embora a sua face séria demais e rígida demais me deixe um tanto curiosa. — Será que a Senhorita aceita dançar comigo?Céus, ele é um duque. Eu sei por que as pessoas ao meu redor não param de murmurar sobre ele desde que entrou nesse salão de festas. E ele está me convidando para dançar em plena festa de casamento dos meus melhores amigos. Penso em dizer que não, porém, me vejo segurando a sua mão estendida e logo sou guiada por para o centro da pista de dança, onde alguns casais já se aventuravam. Eu não faço ideia, mas sinto que de alguma forma esse pedido em algum momento mudará completamente o meu destino. E o fato de dizer sim para esse lindo e elegante estranho cavalheiro me deixou incomodada. Contudo, ao sentir a sua pegada forte na base da minha coluna, unindo o meu corpo ao seu me fez sentir e
Judith— Hu, com o tanto de dinheiro que esse homem tem, eu passaria meses viajando pelo mundo. Como pode um Barão usar apenas vinte dias para a sua lua de mel? — Lanço lhe um olhar atravessado em resposta.— Acredito que isso não seja da sua conta, Darly! — retruco mal-humorada, fazendo-a balbuciar.— É claro que não, Senhorita Evans. Eu só…— Que tal ir olhar como andam os detalhes da decoração da sala da sua chefe, enquanto eu cuido de toda a burocracia desses registros? — A garota resmunga algo que eu não consigo entender. — O que disse, Darly?— Ah, nada, Senhorita Evans. Na verdade, eu disse que já estou indo.— Ótimo! — Ela sai apressada e sorrio, enquanto a observo se afastar.Darly Between é uma jovem universitária que está cursando literatura inglesa. Ela ainda tem muito o que aprender nesse ramo, mas acredite, eu tenho a paciência e a experiência de que ela precisa para crescer dentro desse universo.— Senhorita Evans, a sala de reuniões já está pronta para as entrevistas.
Judith— E então? — questiono quando ele permanece em silêncio por alguns minutos.— A verdade, é que eu não sei por onde começar, Senhorita Evans. — Curiosa, arqueio as sobrancelhas.— Pelo começo seria uma boa opção, não acha, sua graça? — O fato de eu rebater com o um tom formal demais e da maneira correta o faz encarar o meu olhar. Contudo, Thomas desvia seus olhos dos meus outra vez, para fitar o horizonte em seguida. E ele solta um suspiro alto pela boca.Me pergunto se algo o está incomodando?— Ok, você está certa. — Ele solta mais uma respiração e continua. — Da última que conversamos percebi que você não gosta de falar sobre o seu passado.Ah, sério? Ralho mentalmente.— E?— Também não gosto de falar sobre o meu passado, Senhorita Evans. Mas às vezes para fazer as pessoas nos compreenderem é preciso tocar na ferida, mesmo que a ardência nos faça retrair um pouco.Suspiro.— Sua graça, eu não estou entendendo onde o Senhor quer chegar com essa conversa.— Deixei-me falar, Se