Levantou a perna da madrasta, o vestido velho da irmã fazendo companhia para o travesseiro que vestia sua camiseta, quase como se fossem personagens e não pessoas reais.Puxou para o lado a calcinha da menina, olhar fixo nos olhos dela. Pela primeira vez, uma pausa. Um segundo de silêncio absoluto em que o mundo poderia ter parado, e eles não teriam notado.O movimento começou lento, quase como se ele quisesse memorizar cada sensação. O calor, o encaixe perfeito, o arrepio que subia pela espinha. A forma como o corpo dela reagia ao dele, um suspiro preso na garganta.Mas a lentidão não durou muito.O desejo era maior do que qualquer tentativa de controle, e logo o ritmo aumentou, guiado pela urgência de sentir mais, de esquecer mais de não ser quem era, de viver.Fizeram amor sem promessas sussurradas, nem declarações românticas. Só gemidos, respirações ofegantes e o ruído dos corpos se chocando.Tank se perdeu nos toques, no gosto da pele dela, na forma como o corpo dela parecia pedi
Tank olhou para as estruturas ainda penduradas, o cheiro, alguns pedaços ainda estavam lá. Ficou claro que ninguém tinha conseguido passar por aquele teste. Quis perguntar o porquê justamente ele estava sendo feito de exemplo, mas a voz de Russo o fez parar.— MEU FILHO NÃO FEZ NADA!Endi olhou para o senhor que tentava pedir pelo filho, o nome de Russo havia sido um dos que o antigo conselho marcava no livro como sendo o principal para atuar como líder do condomínio de Nova Iorque, mas quando Ivan assumiu o assunto se perdeu.A formação do atual capo era em direito, gostava de ler aqueles livros, entender a história, ficou curioso. Provavelmente o pai conhecia aquele soldado, tinham mais ou menos a mesma idade, talvez tivessem trabalhado juntos.Sentiu pelo desespero daquele homem, mas ao mesmo tempo, quando o antigo soldado se aproximou foi como se um arrepio percorresse todo o seu corpo, um tipo de desconfiança que detestava sentir.Russo se ajoelhou na frente do chefe implorando p
Pablo parou talvez pela frase de Nick ou por perceber o tamanho do oponente, o fato é que desistiu de ficar bravo, ao menos enquanto o rapaz não falasse de Lis.— Tá ligado que ela tem idade para ser minha mãe, né? Relaxa.O hacker pensou algumas bobagens, mas que usaria mais tarde com a esposa, não gostava de falar besteira quando o assunto era Lis, mas adora colocar cada um dos pensamentos quentes que tinha com ela. Não disfarçou o sorriso.— Fala aí, mas seja lá que for, a resposta é não.— Pega leve, Pablo. Quero pedir para que fiquem com o Arjun e a Zuri para mim.— Opa! Isso sem problemas. Desde que a Dayse foi para a Alemanha a casa parece a página inicial da Microsoft, todo mundo sabe que é bom, mas ninguém sabe para quê.Nick deu risada apesar de não entender a piada, nem sabia que a Microsoft tinha uma página inicial, mas com Pablo o caminho da política era sempre o melhor.— Vou para a Itália, Endi me falou sobre o conselho, isso sem contar que tenho um assunto de família p
As prioridades de cada um são mesmo muito diferentes, enquanto Endi jamais levaria Mel para uma zona de confronto, Nick acreditava que essa era a maior prova de amor que podia oferecer. E ao mesmo tempo, também tinha planos para aquela viagem e já que estava sendo obrigado a ir, queria fazer o melhor possível com o que tinha. A próxima pessoa da lista de Nick foi a médica, procurou por Lara, mas foi recebido por Muralha. — Oi O marido de Lara permaneceu em silêncio olhando para o rapaz como se olhasse para um inseto que ninguém quer chegar perto e por isso, só se observa até que ele vá embora. O olhar de Muralha parecia exatamente isso, alguém que quer garantir que o incomodo se mantenha longe o bastante para que ele não precise ter o trabalho de se livrar de algo que desprezava. — Eu quero falar com a Lara. — Não — É importante, preciso falar com ela, já resolvemos nossas contas, você me perdoou, lembra? Muralha balançou a cabeça negando ter perdoado o rapaz, para ele o que t
Lara foi cuidar de Ive enquanto o marido assumiu Lucca e o pai do garotinho não perdeu a oportunidade de falar com o filho, mesmo que o garotinho não passasse de um bebê.— Muito bom, vou te dar uma faca no seu aniversário. Pode ser que precise para defender a sua amiga.— Não podeLucca estava repetindo o que a mãe sempre dizia, mexer com facas ainda era proibido, a médica tinha receio de que o filho se machucasse.— Pode sim, mas só para trabalho e depois que aprender como usar. Eu te ensino.No colo do pai o menino realmente parecia um bebê, mas no chão ou ao lado de Ive a diferença de idade entre ele e a amiguinha parecia enorme, apesar de não existir.Foi a primeira coisa que pensou quando Lara apareceu com Ive no colo e Muralha com o filho, acabou sorrindo quando Lucca esticou a mãozinha e a médica passou a menina para o colo do marido.Lucca gostava de mexer nos cabelos da garotinha, foi a primeira vez que Nick percebeu que de fato o menino era idêntico ao pai. A semelhança com
Nick se levantou para seguir a médica, mas voltou da porta, ainda tinha algo que gostaria de falar ao marido de Lara.— Posso?O rapaz falou apontando para as crianças que estavam no tapete e recebeu o consentimento de Muralha apenas com um gesto curto do pai de Lucca.Ao contrário do que o marido de Lara imaginou, Nick não pegou a irmã, se sentou na frente de Lucca e fez um carinho na perninha do menino. Quando Ive percebeu segurou a mão do irmão, e só então o garotinho também cedeu, até aquele momento estava com a testa enrugada e um bico enorme.Nick primeiro pegou Ive, sabia que era um bom jeito de fazer Lucca aceitar o colo de qualquer pessoa. E como imaginou o garotinho seguiu a amiga.O rapaz ergueu o bebê e cochichou algo no ouvido de Lucca.Só então se levantou deixando as crianças tranquilas e olhou para Muralha.— Não precisa me perdoar, mas quero que saiba que eu me arrependo do que eu fiz e das coisas que eu falei. Não somos amigos e mesmo assim, aprendi mais com você sob
Sara sentiu o coração sangrar ao ver o filho daquela forma, mas havia prometido que nunca mais seria complacente com Nick, ele precisava aprender, mesmo que fosse da forma mais difícil que o mundo não podia girar em torno dele.E foi em meio a essa confusão que Nick se lembrou de Ivan, por alguma razão o pai estava procurando por ele, deixou a mãe sem responder nada sobre aquele assunto, havia alguém que normalmente tinha as respostas, mesmo que fossem as mais duras.Procurou pelo telefone, olhou as mensagens, depois da primeira outras haviam chegado, mas sempre com o mesmo conteúdo, um pedido de perdão que Nick já achava desnecessário.Ligou para o pai apesar de acreditar que ele não atenderia, Fera tinha o hábito de nunca atender. Sara era quem mais sofria com isso, até que ela optou por agir diferente, também parou de ligar, assim que o marido saia pelo portão do condomínio ela pegava o celular e guardava junto com as suas joias, pedia para Pablo trocar a senha do cofre e enviar po
Nick ainda ficou um tempo conversando com o pai, conversaram sobre tudo, inclusive sobre a gravidez de Olívia e esse assunto deixou o Fera desconfortável.— Ela estava casada com ele filho.— Eu sei, mas ela nunca quis isso. Eu sei que não, ela me ama, pai, do mesmo jeito que eu a amo.Ivan não tinha tanta certeza, conhecia o filho, sabia que se Olíe estivesse morta ele jamais se recuperaria, nunca teria se casado com outra garota, aliás enquanto procuravam por Olívia esse era o maior medo de Ivan, tinha certeza de que o que mantinha o filho vivo era o desejo de ter aquela menina de volta.— Um filho tira tudo do lugar Nick, pensa bem.— Não tem o que pensar. É a minha ratinha, é ela pai.Nick queria dizer que se Ivan continuasse acabariam discutindo, mas ao mesmo tempo não queria brigar com o pai, Fera parecia tão diferente do homem implacável que conhecia que teve medo de que qualquer coisa o fizesse desmoronar. Então mudou o assunto antes que se perdesse.— Como faço para convencer