Uma primeira vez

No dia em que conversaram pela primeira vez, também foi o dia em que fizeram amor, exatamente assim, sem os sonhos que Dallia tinha, sem um flerte ou uma conversa, só o desejo cru de um homem por uma mulher.

Tank sentia algo queimar em seu peito, algo que era mais forte que a lógica e muito mais cruel que o orgulho.

Um desejo sujo, misturado com camadas de desprezo que ele tentava mascarar com raiva. Ela não merecia ser amada! Não depois de ter sido a mulher do seu pai. Não depois de ter se vendido tão barato em troca de um teto, de algum conforto.

Era isso que Tank queria acreditar, no que precisava acreditar, mas sentiu, e olhando para ela se achou tão sujo quanto Russo, se viu igual a ele, desejando uma menina, a querendo quase com desespero.

Ela não é ninguém! Tentou se convencer.

Mas, então, ela o olhou.

E aqueles olhos não pediam nada. Não suplicavam, não imploravam.

E talvez por isso que ele se desarmou, esperava encontrar submissão e encontrou, vazio.

Um tipo de liberdade crue
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