LUTAR POR VOCÊCapítulo 38. Exterminação!Banhado, perfumado, pronto, limpo, bonito, atraente e irresistível.Com um buquê de flores nas mãos que tinha pego do primeiro vaso do hotel que encontrou pela frente, e uma caixa de chocolates que um dos assistentes do evento tinha conseguido às pressas.Assim Kyle tinha batido na porta do quarto de Adriana, e ela tinha aberto com expressão desesperada e atordoada, apenas para se afastar e revelar a multidão louca que tinha chegado para se instalar há apenas alguns minutos.—O que é isso?! —sussurrou Kyle impressionado.Mas antes que Adriana pudesse responder, já um par de mãos tinha puxado seu paletó para dentro e toda a família Keller o abraçava, o cumprimentava, o conhecia e o bombardeava com perguntas.Era óbvio que tinham chegado de surpresa e todos juntos, como uma manada. Era óbvio que Kyle sorria para todos com a maior educação. E também era óbvio que, embora sua família fosse grande, nada se comparava ao regimento que eram os K
LUTAR POR VOCÊCapítulo 39. Com ênfase no "todo dia"O Hotel de Paris Monte-Carlo havia sido preparado até no menor detalhe. Suas portas se abriam para um público que não era exclusivamente hóspede, e tiveram que contratar mais de quinhentos garçons extras para poder atender a quantidade de pessoas que estavam chegando.Parecia que não havia mais espaço para ninguém, era uma completa loucura, os corredores estavam lotados, os salões, os restaurantes, até os jardins estavam abarrotados de pessoas.Enormes telões estavam instalados por todo o hotel e até nas áreas externas, porque o acesso ao jardim que cercava a área de luta e a jaula tinha segurança reforçada e custava extra ter a possibilidade de ficar perto do evento.Em todas as sacadas podiam ser vistas dezenas de pessoas observando, e graças a Deus não tinham descoberto exatamente em quais quartos os lutadores estavam hospedados!Adriana nem se preocupou em bater, em vez disso deslizou o cartão de emergência que tinha do seu
LUTAR POR VOCÊCapítulo 40. Reis não se ajoelhamA voz do comentarista ecoava até mais alto que a multidão, mas definitivamente não havia som mais forte que o coração de Adriana, que retumbava em seus ouvidos enquanto observava Kyle e seu pai dando voltas dentro daquela jaula.Pareciam dois predadores famintos, dois cães de briga observando a pequena tigela de comida que era a vitória. Não havia emoção ali, só sobrevivência. E ninguém voltou a duvidar nem por um minuto no mesmo momento em que se atacaram como se fossem tudo menos família.Adriana cobriu a boca com as mãos, assustada com a ferocidade daquela luta porque nem sequer tinha imaginado.Os treinos eram uma brincadeira, mas aqueles punhos tiravam sangue e cada parte de metal se chocava entre si, golpeando com tanta força que soltavam faíscas e se ouvia o chiado penetrante das peças se soltando ou quebrando.—ISSO JAMAIS FOI VISTO, SENHORAS E SENHORES! ISSO É UMA LOUCURA! —gritava o comentarista—. HOMENS MODIFICADOS! HOME
LUTAR POR VOCÊCapítulo 41. Para onde vamos?Tirá-la dali era como Missão Impossível XII para apaixonados, mas certamente não havia nada que um Orlenko não pudesse conseguir se quisesse. Eles escapuliram do hotel e Kyle dirigiu até um pequeno e remoto farol perto da costa.—Estou muito orgulhosa do que você conseguiu esta noite —sorriu Adriana—. Mas pra ser sincera, a única coisa que quero saber é se você está bem... A briga ficou intensa e...Kyle inclinou seu banco para trás e puxou o corpo dela até sentá-la sobre ele.—Estou mais do que bem —garantiu olhando em seus olhos—. E estou prestes a ficar muito melhor.O corpo de Adriana se inclinou sobre o dele enquanto ele acariciava a curva de suas costas até as nádegas. Seus lábios roçaram o lóbulo de sua orelha antes de percorrer seu pescoço, e sua mão encontrou caminho até sua coxa por baixo da saia. Ela suspirou suavemente quando o sentiu afastar a calcinha e tocar sua pele nua.—Você não tem ideia do quanto eu preciso disso!
LUTAR POR VOCÊCapítulo 42. Rivais—Deixa pra amanhã. —A resposta de Adriana foi automática e natural—. Tenho que passar um monte de clientes e agora não é uma boa hora, só vim me certificar que tudo continua em ordem e esfregar na cara do Mauro meu super lançamento —riu—. Todos os pendentes eu vejo amanhã, hoje tenho coisas mais urgentes pra fazer.E isso urgente era voltar pra casa imediatamente porque aquele lutador era como um vício.A assistente saiu do escritório e se dirigiu a um homem alto e forte que estava lá fora.—Sinto muito, mas a senhorita Keller tem coisas... mais importantes pra fazer —disse num tom que tentava disfarçar a paquera, porque definitivamente aquele era o tipo de homem que chamaria a atenção de qualquer mulher—. Talvez possa atendê-lo amanhã.—Entendo. —O homem sorriu com gentileza e se afastou dali em direção ao seu novo escritório.Enquanto isso, Adriana voltava pra casa e estava completamente certa de que estava sendo escoltada mesmo sem ver. Paro
LUTAR POR VOCÊCapítulo 43. CiúmesEra linda. Aquela forma de gemer deixava Kyle nas nuvens, ao infinito e além. Mas todo o resto de Adriana Keller também causava o mesmo efeito. Vê-la em frente ao computador, trabalhando e especialmente dando ordens... isso simplesmente o encantava.O que definitivamente não o agradava nem um pouco era o cara novo que tinha entrado na empresa. Devia ser uns doze anos mais velho que ele, mais ou menos. Não era tão velho, mas também não era nenhum garoto, embora se notasse que era bem "cuidadinho", como se se esforçasse demais com a aparência.Kyle tinha sentido aquela sensação desagradável assim que apertou sua mão, como se ela fosse macia demais para ser a de um homem. Mas não se deu ao luxo de comentar porque não queria parecer o... "algo" ciumento e possessivo que realmente era.— Ei, bebê... esse tal de senhor Burgges... de onde ele saiu? — perguntou, colocando na frente dela um dos pratos que tinha preparado enquanto a via trabalhar.— Do RH
JANEIROSEATTLE— Como você foi capaz de fazer isso?! — O rugido furioso de Zack Keller deteve sua namorada na porta de casa assim que a viu chegar.Giselle viu um papel em sua mão e nem sabia do que ele estava falando, mas nunca o tinha visto tão alterado como naquele momento.— Não sei do que você está falando...— Claro que sabe! Você abortou meu filho! Você o perdeu de propósito! — ele a acusou com raiva. — Você ao menos tinha a maldita intenção de me contar alguma coisa?!A mulher à sua frente ficou pálida.— Como... como você sabe...?Zack jogou aquele papel na direção dela e a olhou com decepção.— Você esquece que está no plano de saúde da minha empresa? — ele cuspiu, aproximando-se dela. — Assim que seu sobrenome apareceu nos registros de pagamento, me avisaram. Imagine minha alegria quando soube que o seguro tinha pago por um teste de gravidez e depois por uma ultrassonografia!Giselle se afastou dele com o rosto vermelho de vergonha, mas Zack não era do tipo que da
NOVEMBROVANCOUVER— Andrea! Na minha sala! Agora!O grito de seu chefe, um gerente médio na empresa SportUnike, a fez pular na cadeira, angustiada, porque sabia que ele estava de muito mau-humor naquele dia.— Isso é uma maldita piada? — rosnou, jogando uma pasta de documentos em seu rosto. — Eu disse claramente que precisava dos relatórios de orçamento da divisão de esportes aquáticos do mês passado!Andrea arregalou os olhos.— Mas... senhor Trembley... tenho certeza de que o senhor me disse que queria os deste mês...— Não discuta comigo, sua inútil! — vociferou o chefe. Aos cinquenta anos, Peter Trembley era tão desagradável quanto sua barriga inchada, mas Andrea tinha que suportá-lo porque mal tinha conseguido um emprego como sua assistente e disso dependiam ela e sua filha para viver. — Você não percebe o que está acontecendo? A SportUnike desapareceu! Um suíço filho da mãe a comprou e agora seremos apenas uma filial da empresa dele! Sabe o que isso significa?Andrea sab