— Siiiim, não pare! — disse fazendo uma careta sugestiva para Milo para que soubesse que o sujeito estava por perto.— Não vou parar, boneca, não vou parar! Está gostando?— Estou adorando! Quero mais! — gemeu Anja sentindo as mãos de Milo apertarem seus quadris como garras.Fingir que estavam tendo um momento íntimo não era o difícil, o difícil era continuar se movendo e se esfregando daquela maneira sem se excitar de verdade. O calor entre eles era palpável, a sensação de seus corpos se roçando fazia com que o desejo ardesse em ambos. Começaram a se mover mais rápido enquanto o carro balançava e Anja fechou forte os olhos para espantar aquelas sensações, mas a escuridão e o calor de Milo embaixo dela só piorou tudo.Fazia muito tempo que não tinha intimidade com ninguém, e seu corpo traidor estava precisando desesperadamente. E ainda por cima Milo ser um bombom de chocolate belga não ajudava. Os gemidos não paravam e Milo retirou as mãos de seus quadris para acariciar suas costas e d
Anja queria racionalizar tudo aquilo, e se possível esquecer. Mas era impossível porque quando fechava os olhos só conseguia lembrar daquela sensação de calor explodindo em seu sexo, as mãos enormes de Milo agarradas em seus quadris, sua boca mordendo em meio àqueles beijos que..."Meu Deus, vou ficar louca!", pensou antes de caminhar apressada até seu quarto, se metendo imediatamente debaixo do chuveiro.Não podia fazer algo como aquilo. Só fazia alguns dias que se conheciam e embora parecesse ser o melhor homem do mundo, nada lhe garantia que aquilo fosse real. Anja queria acreditar, de verdade queria, mas trazia uma história obscura e pesada nas costas que não lhe permitia ainda estar em paz.Tentou se livrar daquela inoportuna excitação com água fria e saiu para o terraço para esperar Niko, que devia estar chegando.Quinze minutos depois, quando Milo saiu também pingando água, encontrou-os no terraço, enquanto Anja brincava de esconde-esconde com Niko. Apesar do ambiente entre eles
— Isso também — admitiu Anja. — Então esta é a estratégia perfeita para pegá-los e fazer justiça de uma vez por todas.Milo refletiu sobre as palavras de Anja. Embora não gostasse da ideia de permitir que o g**** continuasse, compreendia a lógica por trás de sua proposta.— Está bem, você tem razão. Se simplesmente os demitirmos, poderiam escapar das consequências e continuar causando dano em outro lugar. Precisamos pegá-los e garantir que paguem pelo que querem fazer.Anja assentiu, aliviada de que Milo estivesse disposto a considerar seu ponto de vista. Embora por desgraça nenhum dos dois tivesse a menor ideia do que poderia causar algo como o que planejavam fazer.— Amanhã primeira hora vou pedir ao John que me coloque em contato com um detetive da polícia que seja de confiança. Trabalhamos com vários, mas todos os que conheço são do Crime Organizado e precisamos de alguém de Fraudes.— John... Seu cunhado?— Sim, ele mesmo.— OK, então muito melhor. Um especialista pode nos dizer m
Anja acordou com um sorriso em seu rosto quando Niko pulou emocionado em sua cama, ansioso para começar o dia brincando. Aquele era um sonho realizado para ela, acordar com seu filho nos braços, então sem se preocupar em se vestir com mais formalidade, decidiu aproveitar o momento e aceitou o desafio de seu pequeno companheiro. Juntos, dirigiram-se à cozinha para tomar café da manhã, rindo e fazendo toda a bagunça possível.— Wafe!— Waffles, meu amor? Quer waffles? — sorriu Anja. — Waffles saindo para o príncipe, imediatamente!Sentou Niko em sua cadeirinha alta do outro lado do balcão e brincava com ele enquanto cozinhava. E quando tudo isso acontecia, Milo os observava silenciosamente da porta. Ver Anja naquele pijama curto fez seu corpo vibrar de desejo, já era difícil obter outra resposta de seu corpo quando se tratava dela, então mais cedo ou mais tarde Milo teria que admitir que estava ficando louco por ela e não só no aspecto físico e químico.Adorava a forma como ela se compor
—Tudo bem —concordou Anja e Milo bufou em sinal de consentimento.Duas horas depois, um rapaz sorridente os alcançava no estacionamento do prédio de escritórios e lhes entregava uma pequena sacola de presente.—Billy! E aí? Como vocês estão? —Milo o cumprimentou com um abraço.—Agitados, irmão, muito agitados! Em algumas horas partimos para Istambul em outro dos casos. Estamos sentindo sua falta —Billy sorriu e olhou para Anja com curiosidade—. A mãe do Niko —lembrou—. Eu te encontrei.—Sério? —Anja arregalou os olhos e depois jogou os braços no pescoço do rapaz—. Obrigada por isso!Billy retribuiu o abraço gentilmente, mas Milo acabou puxando-o pela jaqueta.—Bom, já chega dessa melação —resmungou—. Billy, você tem certeza que isso é indetectável?—Claro! Você está falando comigo, mano! Que pergunta é essa?—A de um cara nervoso. Me conta tudo.—Olha, os óculos "são" o microfone e as lentes de cristal são a câmera. Não têm botões de ligar ou desligar nem nada que possa denunciá-los. S
O inferno era um momento e um lugar, e era aquele: nos corredores de sua própria empresa naquele instante. Milo se sentia cada vez mais nervoso enquanto observava em tempo real através dos óculos com câmera como Anja adentrava a empresa e se encontrava com os funcionários envolvidos no roubo.Cada vez que alguém se aproximava para falar com ela, sua ansiedade aumentava. Milo não podia evitar um rosnado de raiva cada vez que via como os funcionários tentavam tranquilizar Anja, garantindo que sua parte no plano seria executada sem problemas. Um após o outro, ofereciam garantias de que em alguns dias tudo estaria pronto e que o dinheiro seria obtido com sucesso."Filhos da put@", pensou irritado porque diante dele tinha as fichas daqueles quatro ladrões e nenhum estava precisamente necessitado. Todos tinham boas casas, bons carros e vidas confortáveis precisamente graças aos benefícios e salários que ele pagava.Enquanto isso, Anja escutava atentamente as palavras de cada funcionário, ten
Anja fechou os olhos porque seu corpo ainda doía.—Não sei... desde que eu era criança, acho.—Bom, desde que você era criança a medicina avançou muito —replicou ele—. Niko toma suas balinhas diárias e faz mais de um mês que não tem um ataque.—Você vai me dar balinhas diárias? —murmurou ela.—Se você não gostar posso te aplicar injeção.—Balinhas serão...Mas por mais que tentasse sorrir, Anja sabia que ia se sentir mal ainda por algumas horas.Milo colocou o elevador em funcionamento novamente e quando chegaram no nível do estacionamento, a levantou nos braços como se fosse uma pluma e a levou até o carro. Ligou para sua assistente para que descesse o resto das suas coisas e as de Anja, e assim que as teve em suas mãos dirigiu direto para...—Não vamos para casa? —perguntou Anja ao não reconhecer a estrada.—Não, vamos para a clínica. Quero que um médico te veja agora mesmo.Anja sorriu internamente, aquele homem não era do tipo que deixava nada para depois.—O quê? —perguntou Milo a
Anja acordou levemente enquanto sentia alguém a carregando com cuidado para a cama. Ainda meio sonolenta, percebeu como Milo tirava seus sapatos e depois o resto da roupa. Não se sentia muito exposta, mas a verdade é que estava com tanto sono que nem conseguia protestar. Um minuto depois estava encolhida em sua cama e Milo a cobria com os lençóis macios. O aconchego e a familiaridade daquele quarto a envolveram, e ela se deixou levar pelo sono que a abraçava.Quando finalmente acordou por completo já era quase noite e ela se sentia indiscutivelmente melhor, tranquila e mais aliviada. Levantou-se com cautela e descobriu que estava vestindo uma enorme camiseta do Milo. Sobre uma poltrona, perfeitamente dobrada, estava sua roupa, mas ela não se importou que Milo a tivesse deixado mais confortável.Tomou banho, colocou um pijama confortável e saiu do quarto, seguindo o som de risadas vindo da sala. Lá encontrou Milo e Niko brincando animadamente, enchendo o ambiente com sua alegria.Niko c