— Isso também — admitiu Anja. — Então esta é a estratégia perfeita para pegá-los e fazer justiça de uma vez por todas.Milo refletiu sobre as palavras de Anja. Embora não gostasse da ideia de permitir que o g**** continuasse, compreendia a lógica por trás de sua proposta.— Está bem, você tem razão. Se simplesmente os demitirmos, poderiam escapar das consequências e continuar causando dano em outro lugar. Precisamos pegá-los e garantir que paguem pelo que querem fazer.Anja assentiu, aliviada de que Milo estivesse disposto a considerar seu ponto de vista. Embora por desgraça nenhum dos dois tivesse a menor ideia do que poderia causar algo como o que planejavam fazer.— Amanhã primeira hora vou pedir ao John que me coloque em contato com um detetive da polícia que seja de confiança. Trabalhamos com vários, mas todos os que conheço são do Crime Organizado e precisamos de alguém de Fraudes.— John... Seu cunhado?— Sim, ele mesmo.— OK, então muito melhor. Um especialista pode nos dizer m
Anja acordou com um sorriso em seu rosto quando Niko pulou emocionado em sua cama, ansioso para começar o dia brincando. Aquele era um sonho realizado para ela, acordar com seu filho nos braços, então sem se preocupar em se vestir com mais formalidade, decidiu aproveitar o momento e aceitou o desafio de seu pequeno companheiro. Juntos, dirigiram-se à cozinha para tomar café da manhã, rindo e fazendo toda a bagunça possível.— Wafe!— Waffles, meu amor? Quer waffles? — sorriu Anja. — Waffles saindo para o príncipe, imediatamente!Sentou Niko em sua cadeirinha alta do outro lado do balcão e brincava com ele enquanto cozinhava. E quando tudo isso acontecia, Milo os observava silenciosamente da porta. Ver Anja naquele pijama curto fez seu corpo vibrar de desejo, já era difícil obter outra resposta de seu corpo quando se tratava dela, então mais cedo ou mais tarde Milo teria que admitir que estava ficando louco por ela e não só no aspecto físico e químico.Adorava a forma como ela se compor
—Tudo bem —concordou Anja e Milo bufou em sinal de consentimento.Duas horas depois, um rapaz sorridente os alcançava no estacionamento do prédio de escritórios e lhes entregava uma pequena sacola de presente.—Billy! E aí? Como vocês estão? —Milo o cumprimentou com um abraço.—Agitados, irmão, muito agitados! Em algumas horas partimos para Istambul em outro dos casos. Estamos sentindo sua falta —Billy sorriu e olhou para Anja com curiosidade—. A mãe do Niko —lembrou—. Eu te encontrei.—Sério? —Anja arregalou os olhos e depois jogou os braços no pescoço do rapaz—. Obrigada por isso!Billy retribuiu o abraço gentilmente, mas Milo acabou puxando-o pela jaqueta.—Bom, já chega dessa melação —resmungou—. Billy, você tem certeza que isso é indetectável?—Claro! Você está falando comigo, mano! Que pergunta é essa?—A de um cara nervoso. Me conta tudo.—Olha, os óculos "são" o microfone e as lentes de cristal são a câmera. Não têm botões de ligar ou desligar nem nada que possa denunciá-los. S
O inferno era um momento e um lugar, e era aquele: nos corredores de sua própria empresa naquele instante. Milo se sentia cada vez mais nervoso enquanto observava em tempo real através dos óculos com câmera como Anja adentrava a empresa e se encontrava com os funcionários envolvidos no roubo.Cada vez que alguém se aproximava para falar com ela, sua ansiedade aumentava. Milo não podia evitar um rosnado de raiva cada vez que via como os funcionários tentavam tranquilizar Anja, garantindo que sua parte no plano seria executada sem problemas. Um após o outro, ofereciam garantias de que em alguns dias tudo estaria pronto e que o dinheiro seria obtido com sucesso."Filhos da put@", pensou irritado porque diante dele tinha as fichas daqueles quatro ladrões e nenhum estava precisamente necessitado. Todos tinham boas casas, bons carros e vidas confortáveis precisamente graças aos benefícios e salários que ele pagava.Enquanto isso, Anja escutava atentamente as palavras de cada funcionário, ten
Anja fechou os olhos porque seu corpo ainda doía.—Não sei... desde que eu era criança, acho.—Bom, desde que você era criança a medicina avançou muito —replicou ele—. Niko toma suas balinhas diárias e faz mais de um mês que não tem um ataque.—Você vai me dar balinhas diárias? —murmurou ela.—Se você não gostar posso te aplicar injeção.—Balinhas serão...Mas por mais que tentasse sorrir, Anja sabia que ia se sentir mal ainda por algumas horas.Milo colocou o elevador em funcionamento novamente e quando chegaram no nível do estacionamento, a levantou nos braços como se fosse uma pluma e a levou até o carro. Ligou para sua assistente para que descesse o resto das suas coisas e as de Anja, e assim que as teve em suas mãos dirigiu direto para...—Não vamos para casa? —perguntou Anja ao não reconhecer a estrada.—Não, vamos para a clínica. Quero que um médico te veja agora mesmo.Anja sorriu internamente, aquele homem não era do tipo que deixava nada para depois.—O quê? —perguntou Milo a
Anja acordou levemente enquanto sentia alguém a carregando com cuidado para a cama. Ainda meio sonolenta, percebeu como Milo tirava seus sapatos e depois o resto da roupa. Não se sentia muito exposta, mas a verdade é que estava com tanto sono que nem conseguia protestar. Um minuto depois estava encolhida em sua cama e Milo a cobria com os lençóis macios. O aconchego e a familiaridade daquele quarto a envolveram, e ela se deixou levar pelo sono que a abraçava.Quando finalmente acordou por completo já era quase noite e ela se sentia indiscutivelmente melhor, tranquila e mais aliviada. Levantou-se com cautela e descobriu que estava vestindo uma enorme camiseta do Milo. Sobre uma poltrona, perfeitamente dobrada, estava sua roupa, mas ela não se importou que Milo a tivesse deixado mais confortável.Tomou banho, colocou um pijama confortável e saiu do quarto, seguindo o som de risadas vindo da sala. Lá encontrou Milo e Niko brincando animadamente, enchendo o ambiente com sua alegria.Niko c
—Ah, por falar nisso. O médico disse que você precisa começar a fazer algum exercício que ajude a melhorar a questão da asma. O Niko tem se dado muito bem na natação e aqui temos uma piscina enorme coberta. Considere-se convidada —ele sorriu, mas a expressão no rosto de Anja lhe disse que, pelo contrário, ela se considerava desconvidada. Muito desconvidada—. O quê?—Natação não é comigo...—Piscinas também não?—Bem... não?Milo a olhou intrigado e um sorriso suave tomou conta de seu rosto.—Não acredito! Você não sabe nadar! —percebeu e a viu fazer bico como uma criancinha.—E o que tem isso? Nem todo mundo sabe nadar. Além disso, eu sou mais da beiradinha —declarou ela—. Ali sentada na borda me dou muito bem.A gargalhada de Milo foi tão estrondosa que quase acordou Niko, e Anja teve que calá-lo para que não continuasse fazendo barulho.—É que não dá pra acreditar, Anja, o Niko é um peixinho, adora água, então aprender a nadar é obrigatório. Aliás! Vem!—Não não não não não!—Ou você
Anja olhou para a água com certa apreensão, sentindo uma mistura de emoção e medo por estar perto dela.—Fecha os olhos, eu prometo que você não vai se afogar.—Milo...—Fecha os olhos, Anja.A moça respirou fundo, tentando se encorajar, e fechou os olhos ao mesmo tempo em que sentia as mãos de Milo em suas caderas, a puxando para a beira da piscina e a fazendo entrar na água com um movimento suave.Era estranho, mas parecia que ela realmente estava com muito medo.—Você está rígida como uma truta.—Trutas são rígidas?—Relaxa, você já está na água e eu não vou te soltar — riu ele, e Anja jurou que queria estrangulá-lo, mas em vez disso, apenas cruzou os braços ao redor do pescoço dele e se agarrou a ele como se fosse um salva-vidas.Uma mão de Milo descansava na borda da piscina enquanto ele a segurava com a outra e batia as pernas lentamente para se manter à tona. A água estava morna e deliciosa, e isso era maravilhoso, porque ao menos a distraía do calor que emanava do corpo de Anja