—Ah, por falar nisso. O médico disse que você precisa começar a fazer algum exercício que ajude a melhorar a questão da asma. O Niko tem se dado muito bem na natação e aqui temos uma piscina enorme coberta. Considere-se convidada —ele sorriu, mas a expressão no rosto de Anja lhe disse que, pelo contrário, ela se considerava desconvidada. Muito desconvidada—. O quê?—Natação não é comigo...—Piscinas também não?—Bem... não?Milo a olhou intrigado e um sorriso suave tomou conta de seu rosto.—Não acredito! Você não sabe nadar! —percebeu e a viu fazer bico como uma criancinha.—E o que tem isso? Nem todo mundo sabe nadar. Além disso, eu sou mais da beiradinha —declarou ela—. Ali sentada na borda me dou muito bem.A gargalhada de Milo foi tão estrondosa que quase acordou Niko, e Anja teve que calá-lo para que não continuasse fazendo barulho.—É que não dá pra acreditar, Anja, o Niko é um peixinho, adora água, então aprender a nadar é obrigatório. Aliás! Vem!—Não não não não não!—Ou você
Anja olhou para a água com certa apreensão, sentindo uma mistura de emoção e medo por estar perto dela.—Fecha os olhos, eu prometo que você não vai se afogar.—Milo...—Fecha os olhos, Anja.A moça respirou fundo, tentando se encorajar, e fechou os olhos ao mesmo tempo em que sentia as mãos de Milo em suas caderas, a puxando para a beira da piscina e a fazendo entrar na água com um movimento suave.Era estranho, mas parecia que ela realmente estava com muito medo.—Você está rígida como uma truta.—Trutas são rígidas?—Relaxa, você já está na água e eu não vou te soltar — riu ele, e Anja jurou que queria estrangulá-lo, mas em vez disso, apenas cruzou os braços ao redor do pescoço dele e se agarrou a ele como se fosse um salva-vidas.Uma mão de Milo descansava na borda da piscina enquanto ele a segurava com a outra e batia as pernas lentamente para se manter à tona. A água estava morna e deliciosa, e isso era maravilhoso, porque ao menos a distraía do calor que emanava do corpo de Anja
Milo grudou-se a ela sem parar de beijá-la, sem deixar de fazê-la sentir cada gota de desejo que percorria seus corpos. Era como se o tempo não existisse. Como se nada existisse além do prazer infinito e vertiginoso que os possuía.Queria ser carinhoso, jurava que queria beijá-la devagar, boca contra boca entrelaçando-se para nunca mais se separarem. Mas sabia que se não se apressasse estava prestes a ficar na vontade de novo. Riu internamente, adorava o jeito desinibido e lindo como ela se esquecia de tudo para aproveitar.Beijou seu pescoço e desceu até seus seios, envolvendo-os com aquelas mãos grandes que só queriam acariciar cada centímetro. Anja estremeceu, seu desejo era intenso e ele sabia. Deslizou sua língua sobre os mamilos e mordeu com avidez antes de sugar, enquanto seus dedos serpenteavam, acariciando sua barriga até encontrar o centro daquele corpo que lhe havia roubado o coração.Milo não parava de olhar em seus olhos, esperando ver refletida a satisfação do prazer que
Milo se entregou àquela liberação com um grunhido quase animal. Uma tempestade de sensações e desejos que seu corpo acumulava enquanto a sentia estremecer com força sobre ele e gritar seu nome, gemê-lo, uivá-lo, suplicá-lo em seu caminho para um clímax violento e perfeito.Não havia mais ninguém além deles dois. Apenas êxtase e intensidade, misturados com a paixão e aqueles novos e inesperados sentimentos.Anja desabou sobre seu peito quando o orgasmo a sacudiu por completo, e Milo sorriu só de ver seu sorriso.—Alguém ficou satisfeita? —ronronou acariciando suas costas e se deixando cair sobre a cama redonda da piscina.—Você não pode me fazer uma pesquisa, Milo. Ainda estou nas nuvens —murmurou ela.—Isso responde minha pergunta.Milo a abraçou e aconchegou, beijando seus cabelos e roçando seus lábios contra sua bochecha. Ela se encolheu como um gato em seus braços, com os olhos semicerrados aproveitando o momento de paz.Anja estava tão relaxada que logo adormeceu sobre ele, e Milo
—Você gosta? —perguntou Milo com a voz mais terna e menos galanteadora que Anja já tinha ouvido na vida.—É muito diferente dos filmes. Parece mais... azul, maior —murmurou Anja—. É lindo.Sentia algo que naquele momento não queria definir, só sabia que era lindo e agradável.—Vamos, ainda tenho mais uma surpresa.Voltaram para o carro e Milo levou Anja e Niko a uma linda villa em frente ao mar em Amalfi, um lugar paradisíaco cheio de encanto e tranquilidade. O sol brilhava sobre as águas turquesa do Mediterrâneo, criando reflexos que convidavam a mergulhar em sua serenidade. A villa, rodeada de vegetação exuberante, emanava um ar de paz e felicidade que parecia envolver tudo.O anfitrião lhes deu um tour pela villa, mostrando todos os quartos antes de se retirar.Levaram Niko a um quarto que havia especialmente para crianças e o viram se instalar e se apossar de todos os brinquedos em um só segundo. Uma simpática moça do serviço correu para cuidar dele e Milo levou Anja para escolher
O pequeno mal se aguentava em pé depois do jantar, por ter estado brincando e correndo o dia todo, então dormiu imediatamente.Quando Anja terminou de colocá-lo na cama e levou o monitor, chegou à sala para perceber que Milo a esperava com algo que realmente não tinha imaginado.—Esta é uma linda forma de me mimar —sorriu enquanto ele a envolvia em seus braços e a fazia dar uma volta pelo terraço, ao compasso de uma música suave.—Você ainda não sabe tudo o que preparei —advertiu Milo.Mas de tudo, sem dúvida, o melhor era dançar com ele, caminhar na areia e se deixar mergulhar naquele mar que de jeito nenhum estava mais quente que ele.Dois dias se passaram num turbilhão de risadas, conversas, passeios e momentos de quietude em frente ao mar. A villa se tornou um refúgio onde o tempo parecia parar, permitindo-lhes saborear cada instante sem distrações nem preocupações, porém aquela magia, como todas, estava prestes a terminar, e depois da terceira ligação de Denzel Cage, Milo não teve
Todos os presentes naquela reunião, começando pelo CEO Cage, levantaram-se impactados.—Como assim detida? Não pode fazer isso! —exclamou o CEO, olhando para Milo que parecia frio e irritado.—A senhorita Lieben fez parte do golpe, então deve ir à delegacia —sentenciou o detetive.—Mas... isso é um erro!—Erro ou não, ela precisa ir depor. O que precisar ser esclarecido, será esclarecido na delegacia. Agora, por favor, saia do caminho se não quiser ser preso também por obstrução da justiça e desacato à autoridade.O detetive, com expressão séria e decidida, algemou Anja e a retirou da sala, escoltando-a até a viatura policial para levá-la à delegacia. Anja caminhava nervosamente, mas tudo piorou quando chegaram ao estacionamento e ela viu os outros detidos, cada um em um carro.Prestes a ser colocado em uma viatura, Hamish virou-se para Anja, gritando furioso.—Tudo isso é culpa sua! Não sei o que você fez, mas arruinou tudo!Soltou-se bruscamente do policial que o conduzia e se lançou
—Quem foi o primeiro a falar do golpe?O homem engoliu em seco e mal conseguiu articular uma palavra.—Foi o senhor Randall. Ele nos convenceu... —sua voz foi sumindo pelo nervosismo.O detetive assentiu olhando para o bloco com indiferença.—Escreva tudo, faça uma confissão coerente, e vou me encarregar de conseguir um acordo decente para você. Sabia muito bem que aquele homem não precisaria ouvir duas vezes. Em questão de minutos estava escrevendo apressadamente e depois bastou isso para que o supervisor de orçamento também despejasse sua confissão.Isso, mais as gravações que Anja tinha feito, eram mais que suficientes para apresentar acusações contra eles.—Pronto, senhor Keller, senhorita Lieben. Assunto encerrado —sorriu o detetive com satisfação atravessando a porta novamente—. Já temos duas confissões. Hamish Randall mantém-se firme em sua inocência mas os depoimentos de dois de seus cúmplices são mais que suficientes. Já podem ir para casa.—Então conseguiram apresentar as acu