John guardou silêncio sobre sua reunião com o diretor, não queria levantar suspeitas nem causar problemas desnecessários, mas não podia se livrar da certeza de que alguém os estava vigiando, informando todos os seus movimentos ao diretor da CIA.Já havia decidido que não voltaria à agência, e estava mais que certo de que nenhum dos seus homens o estava traindo, mas o fato de que Milo Keller estivesse metido nisso era algo privado que não havia compartilhado com mais ninguém. Por isso devia se assegurar de que nenhuma das pessoas que amava ou apreciava estivesse em risco.Preparou sua jogada e nessa mesma tarde Milo se encontrou com uma bolsa preta na cabeça, sendo empurrado para um carro, amarrado e amordaçado. Passou meia hora antes que o libertassem e quando olhou ao redor apertando os olhos, só viu John junto dele. John, ele e o carro no meio de um descampado de quilômetros e quilômetros ao redor.—Você está maluco! —gritou para seu cunhado enquanto este cortava as algemas plásticas
John estava desesperado, seu coração batia com força enquanto suplicava a Noemi que lhe dissesse onde estava Chiara. Tinham desaparecido do hospital sem deixar rastro e nem mesmo seus homens, agora relaxados porque aparentemente não havia inimigos à espreita, tinham notado como ou para onde ela tinha ido.—Por favor, me diga onde ela está, preciso vê-la —disse John a Noemi, com a voz tremendo de ansiedade.—Não posso te dizer onde ela está, John —respondeu a gêmea com tom firme—. Minha irmã tomou uma decisão e eu vou respeitá-la.—Mas...! —John caminhou ao redor daquele escritório mexendo nos cabelos—. Não entendo, Noemi! Achei que estávamos bem! Achei que ela tinha me perdoado, que estaríamos juntos quando ela fosse livre!—E esqueceu que foi você quem a mandou para a prisão? Que tudo o que aconteceu foi por sua culpa? Chiara só queria estar livre para se afastar de você, John, só por isso.John ficou em silêncio por um momento, encaixando dolorosamente as palavras que acabava de ouvi
Os olhos do Diretor da CIA pareciam a ponto de saltar das órbitas ao perceber que era John quem estava esperando-o na casa. Ele tinha conhecido cada uma de suas missões encobertas e sabia que era um agente muito perigoso, mas não entendia por que estava ali.—O que está fazendo aqui, John? —perguntou tentando manter a calma, mas um sorriso no rosto do homem à sua frente a tirou.—Vim te deter —respondeu John, sem se mover do seu lugar e como se suas palavras tivessem um efeito especial, uma chuva de disparos se ouviu lá fora.O Diretor não precisava de mais para saber que tinha caído em uma armadilha, e que no exterior seus homens estavam sendo abatidos.—O que está fazendo!? —gritou furioso—. Me deter? Do que está falando? Fizemos um acordo, estou tentando devolver sua filha!—Não! —disparou John levantando-se—. O que você fez foi espionar minha família e usá-la como chantagem contra mim.O Diretor ficou em silêncio enquanto uma careta se desenhava em seus lábios. Sabia que tinha orde
—Então me mate logo! Não temos mais nada para dizer! Me mate! —grunhiu e John se agachou na frente dele.—Não, claro que não. Jamais disse que ia te matar, porque isso não foi o que te prometi na última vez que conversamos —declarou e o Diretor ficou pálido porque John tinha deixado muito claro que não iria atrás dele mas sim de seu filho.—Nãooo... não pode machucá-lo, não pode machucar meu filho! —A voz do homem tinha se tornado uma mistura de desespero e raiva.—E por que não?! —perguntou John com toda a frieza que pôde reunir—. Você veio assaltar a casa onde estavam minha mulher e minha filha, e a rodeou de homens armados sem se importar que pudessem machucá-las! Tem ideia de quantas coisas podem dar errado quando há uma arma no meio, maldito imbecil!? —disparou.O Diretor o olhou horrorizado, sabendo que um erro assim jamais seria perdoado.—Não, não tem nem ideia, mas vai ter —grunhiu—, porque eu sim sou um homem de palavra. Te disse que se voltasse a me perseguir seu filho ia pa
John estava exausto e não era precisamente pela viagem, mas por tudo o que tinha acontecido no último ano para eles. Tinham passado de ser um casal diferente e feliz, a serem pais de uma bebê preciosa, e no meio tinha ocorrido a guerra mais terrível de suas vidas.Por sorte, tinham a bênção de se reencontrar ali, e quando Chiara correu para abraçá-lo e o beijou nos lábios, foi a primeira vez que John se sentiu realmente vitorioso.—Meu Deus, parece que estive longe de Dandara e de você por séculos —sussurrou abraçando-a com mais força.—Por que chegou tão tarde? —perguntou ela com um biquinho—. Quase morri de preocupação!—Sinto muito —disse John acariciando sua bochecha com um gesto suave—. Demorei mais que o previsto, e sabe que não podia te ligar. Lamento, amor, mas já estou aqui.—Não está perdoado —disse Chiara, com um olhar de advertência—. Tem que suportar seu castigo.John assentiu. Estava disposto a aceitar sua sentença e qualquer coisa que viesse enquanto estivesse ao lado da
Não precisavam oferecer-lhe duas vezes. Jhon estava mais do que entusiasmado para retornar ao ringue com sua rainha, a empurrou para o quarto e antes dela abrir os olhos de novo, ele já estava mais nu que quando veio ao mundo.—Tenho que reconhecer. ¡Você é muito bonito! ¡Demasiado bonito! —ela riu enquanto toda a sua alegria se perdia em um tornado de excitação.A boca de Jhon desceu por sua garganta até encontrar o calor de seu peito, onde beijou e mordiscou cada um até que a ouviu gemer de necessidade. À medida que os minutos passavam, ela apenas conseguiia ronronar de satisfação enquanto ele explorava seu corpo com os lábios e as mãos exploravam cada um de seus cantos.Chiara ficou imóvel quando o sentiu descer por sua barriga até chegar na curvatura de suas coxas, sua pele ficou em péla com o seu toque e quando chegou em seu sexo, ela já estava tão excitada que quase desmaiou. Seus lábios eram como um fogo que a consumia por dentro, enviando um calor deliciosamente excitante por t
OITO MESES DEPOIS.Passaram rápido demais. Um dia Dandara só dormia e num piscar de olhos era um diminuto trator que engatinhava pelos tapetes e sujava toda sua cadeira de comer porque já queria fazer tudo sozinha.Chiara e John tinham ficado morando em Paris, mas já era uma tradição familiar que todos se reunissem em Lucerna nos fins de semana, então a convivência familiar era prioridade para todos.—Já arrumou as malas, amor? —gritou da cozinha e Chiara saiu do quarto com uma pequena maleta.—A minha já está na entrada, esta é a da Dandara... Cadê a pequena?John apertou os lábios e suspirou.—Acho que vamos saber quando ela chorar.—John!—Ela está na sala brincando, bem comportadinha no cercadinho —riu ele puxando sua mão para abraçá-la—. Você cai nessa toda vez, sabe que eu nunca deixaria ela solta nem louco, qualquer outro bebê poderia se apaixonar por ela e raptá-la.Chiara lhe deu um beijo suave e juntos terminaram de arrumar tudo para a viagem.Os Keller se reuniam em Lucerna
SinopseMilo era o mais jovem dos homens Keller. Desinibido, charmoso e risonho, com ele tudo estava sempre bem... até que sua irmã e sua sobrinha são vítimas do tráfico de bebês. A partir daí sua vida dissipada se transforma em uma missão para reunir famílias despedaçadas; por sorte ele tem uma lista e faz parte de uma equipe capaz de realizar uma investigação tão perigosa.No entanto, o que acontecerá quando em uma das operações ele encontrar um pequeno que não está nessa lista?Poderá Milo deixá-lo no sistema de adoção ou será capaz de deixar tudo, inclusive sua sede de justiça, para salvar um ao invés de todos?A única coisa que ele tem certeza é isto: essa criança tem uma mãe, e ele deve encontrá-la.PREFÁCIO.—Não digo que sinto muito porque não sinto —murmurou Milo com um suspiro enquanto olhava pela janela da van, que avançava em alta velocidade—. Dandara tem sorte de ter você como pai e minha irmãzinha como mãe, mas há crianças lá fora que não têm essa sorte.Milo respirou fu