—Você vai me deixar louco. Por que não consigo dizer não para você? Hein? —sussurrou Loan.—Porque sou o amor da sua vida?—Ah! É isso! Eu sabia que era alguma coisa!Riram juntos e, depois de um banho, saíram de casa de mãos dadas para se dirigir à casa dos pais de Loan.Ao chegar, viram sua mãe e suas irmãs correndo de um lado para outro preparando os últimos detalhes. A casa dos Keller estava se transformando para receber os convidados da cerimônia, e a felicidade preenchia o ambiente.Passaram um longo tempo brincando com Mauro antes de dar-lhe um banho e vesti-lo com seu terninho, e depois Loan e Danna se despediram por um bom tempo.Enquanto se preparava para colocar seu vestido, Luana a penteou carinhosamente para acalmar os nervos. Danna estava muito agradecida com ela, porque realmente desde que havia chegado em sua vida, a mãe de Loan tinha se comportado com ela como se fosse sua verdadeira mãe.—Pronto, você está linda minha menina —disse colocando a última flor em seu cabel
Cinco meses depoisDanna começou a ter contrações ao amanhecer. O sol mal começava a aparecer no horizonte quando Loan a sentiu se queixar.—Amor? Amor, você está bem?—Não... está doendo, acho que o bebê já está vindo —murmurou ela com um suspiro e ele se levantou imediatamente.Em questão de minutos já estava pronto. Ajudou Danna a chegar até o carro e depois acomodou Mauro em seu assento atrás.—Já vamos buscar sua irmãzinha, meu amor —sorriu Danna para seu pequeno filho e pouco depois o deixavam com seus avós enquanto eles seguiam para o hospital.O trajeto até lá foi um borrão de luzes, estradas e algumas árvores. Loan olhava para Danna a cada poucos minutos, garantindo que ela estava bem e dizendo palavras de incentivo quando sentia dor. As contrações eram cada vez mais frequentes e Loan notava como Danna ficava tensa com cada uma delas. Seu coração doía e desejava poder fazer algo para que a dor desaparecesse.Finalmente chegaram ao hospital e Loan ficou ao seu lado, apertando s
Viúvo e com um bebê de dois meses nos braços, com sua carreira em pausa e seu sonho arruinado, Levi Ferguson aprendeu a lição: não quer uma esposa, não quer uma namorada, nem mesmo uma mãe para seu filho. Não quer saber de relações que possam deixar sua vida pior do que já está. Por isso encontrar uma garota com seus mesmos demônios é tão satisfatório. Ela não tem tempo para ser mãe, nem esposa, nem namorada. Ela é uma empresária que só busca horas de prazer, e ele está disposto a dar isso e mais.A única condição? Não colocar o coração na cama. O primeiro que se apaixonar, perde.Afinal, ninguém pode sair ferido quando não há amor... certo?UMA GAROTA TRAVESSA. PREFÁCIOLevi Ferguson tinha um sonho e a vontade para realizá-lo. Aos vinte e nove anos era um esquiador experiente e adorava ensinar. Sempre estava entre os primeiros lugares dos campeonatos e tinha precisado operar ambas as mãos por lesões de Stener, ou o Polegar do Esquiador.Mesmo assim Levi estava certo de que jamais solt
Levi ficou atônito. Não podia acreditar no que sentia pela mulher loira que tinha na sua frente. Estava certo de ter acabado com tudo isso, de que nunca mais voltaria a sentir algo assim. Estava certo de que tinha aprendido a lição e poderia se manter longe de mulheres como ela. Afinal de contas, só traziam complicações.Mas seus olhos baixaram sem que pudesse evitar até aquela linha onde seus seios se juntavam, e por onde corria uma gota de suor. E Levi percebeu que teria dado qualquer coisa para tirá-la com a língua.Sua reação foi instintiva: gritar com ela.A dela foi melhor: colocá-lo em seu lugar de tal modo que Levi passou a hora seguinte com o bebê conforto de seu filho sobre o colo porque não havia forma de disfarçar aquela ereção.Metade do tempo fechava os olhos, e na outra metade fervia só de imaginar que todos os homens que estavam na loja queriam fazer exatamente o mesmo que ele.—Está feliz? —resmungou quando finalmente tudo ficou vazio.—Quase feliz —respondeu ela antes
Noémi respirou fundo diante daquela porta. Tinha ido à loja no dia anterior só para colocar em seu lugar o idiota do chefe da Danna que a tinha chamado de "senhora idosa". O problema era que o idiota tinha uma voz e um caráter capaz de fazer calar todos os homens naquela loja, e quando tinha chegado ao seu lado Noémi tinha percebido que ele já tinha tudo... em seu lugar.Tinha desfrutado vê-lo incomodado cada vez que provocava algum de seus clientes, e não tinha podido evitar se maravilhar ao ver como seus olhos se iluminavam quando sorria. Algo a atraía para ele e não sabia o que era, mas sim sabia que com Levi Ferguson acontecia o mesmo. Não tinha parado de olhá-la enquanto vendia a mercadoria, e quase podia sentir seu ciúme quando ela beijou o rapaz que lhes comprou a moto de neve."Em que problemas você se mete, Noemi", resmungava enquanto subia a montanha no teleférico. Só queria esquiar um pouco, esquecer de tudo e que o corpo esfriasse um pouco com a neve porque a verdade era qu
—Quando são assim pequenininhos, os acalma o calor, o cheiro conhecido e o som do seu coração batendo —murmurou acariciando o bebê. Inclinou-se para dar um beijo na cabecinha e Levi parou de respirar quando seus lábios roçaram sem querer a pele de seu peito.Peter dormiu logo e ela colocou seu casaco dirigindo-se à porta.—A paternidade combina com você, senhor Chefe —sorriu com uma piscadela—. Você parece muito... apetitoso.Levi quase se engasgou com sua própria língua enquanto ela saía rindo, e um segundo depois aceitava: gostava daquela mulher. Muito.No entanto isso não mudava o fato de que estavam em extremos opostos do tabuleiro. Ela era a rainha, e ele era só mais um dos peões no jogo.Respirou fundo, sabendo que possivelmente não voltaria a vê-la, mas isso não evitou que essa noite, enquanto colocava a máquina de lavar com os lençóis sujos, voltasse a pensar nela.E não deixou de fazê-lo. Maldição, não deixava de fazê-lo! Sua risada retumbava em seus ouvidos e seu corpo era a
Levi ficou vermelho até a raiz do cabelo ao ouvi-la dizer isso, e não tinha precisamente algo a ver com a moralidade, mas sim com aquele instante de imaginação que o fez pensar nos gemidos de Noémi Keller enquanto se tocava."Vai me matar!"—Está entediada e não tem nada mais para fazer? É isso? —sussurrou tentando afastá-la.—Bem, para ser franca vim com toda a intenção de ajudar no lugar da Danna. Agora, no entanto, pouco me importa se precisa de ajuda ou não, me contentarei em ficar para te irritar. Então pode ir se incomodar e fazer sua cara feia por lá, que eu estarei por aqui bem feliz... existindo.Levi mordeu o lábio inferior diante do desafio, mas a realidade era que não podia expulsar da loja a irmã do dono se quisesse conservar o trabalho. Deu-lhe as costas e foi continuar com o que estava fazendo.—Ah! Não precisa colocar a camiseta de novo —provocou ela com um sorriso—. Gosto da vista.Levi abriu a boca para protestar mas Noemi já tinha começado a caminhar em direção a uma
Danna olhou para ela sem acreditar naquilo nem por um segundo. Não tinha ideia de que apesar de ter a família mais amorosa, Noémi carregava um segredo que só ela conhecia, um segredo tão difícil que nem mesmo à sua própria gêmea havia contado.—E então? O que você vai fazer? —perguntou.—O que sempre faço, vou ficar elegante, vou ao melhor bar da cidade e vou tomar todos os Martinis que quiser sem pagar nenhum.—Porque o bar é seu.—Pois é por isso! —riu sua cunhada—. Já sei que é um mau investimento mas eu também tenho caprichos —disse Noémi e piscando saiu em direção ao seu quarto.Danna suspirou com condescendência. Sentia que no fundo Noémi estava muito sozinha, embora estivesse rodeada de gente. Então pegou o telefone e discou um número.—Oi, chefe. Só queria saber como foi o dia. Não sentiu minha falta? —perguntou com inocência."Claro que sim. Já está melhor?" perguntou ele por sua vez.—Sim, muito melhor... na verdade queria te passar um convite. Os meninos Keller vão sair hoje