—A última vez que estive no gelo quase perdi Mauro —murmurou—. Não voltei a patinar desde então.—Você está com medo? —perguntou ele pegando sua mão.—Não, mas me sinto... me sinto um pouco instável —confessou ela—. Você me acompanha?Loan deu-lhe a mão sem hesitar e patinaram ao redor do rinque várias vezes. Danna podia sentir a confiança crescendo novamente nela e sobretudo lembrava o quanto havia sentido falta de patinar.A noite passou rápido e logo Danna ouviu um ruído que a fez virar a cabeça.—Alguém está com fome? —perguntou risonha.—Ou você me leva para jantar ou eu como você. Você decide —respondeu ele e ela fez um gesto sugestivo.—E que tal se fizermos os dois?Alguns minutos depois saíam do rinque para se dirigir a um dos restaurantes mais românticos da cidade.—Honestamente você me deixou tão impressionado quanto da primeira vez que te vi patinar —disse Loan aproximando-lhe uma taça de vinho.—Pois o que se aprende bem nunca se esquece —respondeu Danna.—E por que não fa
Danna estava nervosa, adorava a ideia de voltar a patinar, mas não era tão simples, porque para começar precisava de um bom treinador e nem todos estavam dispostos a investir tempo em uma atleta que tinha ficado tanto tempo fora da arena.—Pronta para isso? —perguntou Loan dois dias depois enquanto se sentavam em uma das salas de reuniões de seu escritório.Zack, o irmão de Loan, e sua cunhada Andrea, tinham espalhado a notícia e conseguido marcar entrevistas sérias com vários treinadores, e agora era hora de ver se Danna se dava bem com algum. Infelizmente, logo descobriu que isso era mais difícil do que imaginava.Durante as horas seguintes, Danna entrevistou vários treinadores, mas nenhum deles estava disposto a arriscar-se com uma atleta que estava há tanto tempo fora da arena. Alguns eram honestos e lhes diziam suas preocupações diretamente, enquanto outros tentavam ser mais sutis ao recusar.Danna estava cada vez mais desanimada. Nenhum deles estava interessado em aceitar o desaf
Estava prestes a sorrir porque reconheceu o novo número que Danna tinha, mas a voz que ouviu do outro lado era do senhor Roux.—Senhor Keller, é melhor que venha, algo aconteceu com Danna.Loan sentiu o coração subir à garganta ao pensar que Danna tinha se machucado, e dirigiu apressadamente para o rinque. Quando chegou, ela estava em um canto do gelo, chorando com os joelhos abraçados, mas seu treinador não se aproximava dela.—Que diabos aconteceu? —rugiu Loan—, mas antes que pudesse se aproximar, o treinador o deteve.—Calma, ela caiu em um giro, mas não se machucou.—Então o que há de errado com ela...?—Ela está tendo um ataque de pânico —explicou o senhor Roux e Loan ficou paralisado.—Um...? Por quê?—Isso eu queria te perguntar. Pedi que me mostrasse seus giros, nenhum complicado, só os básicos, mas quando chegou ao axel, ela caiu. Esperava qualquer coisa menos que ficasse assim, mas parece que há um assunto aí com o qual ela tem que lidar. Ou estou enganado?Loan respirou fund
Danna e Loan se entreolharam diante daquela sugestão.A patinação em dupla não era simples, mas segundo o treinador Roux, se duas pessoas se apoiassem mutuamente, tudo se tornava mais fácil.Mesmo que aquele não fosse o momento para pedir permissão, era óbvio que ela não sabia o que fazer e estava pedindo sua opinião.—Escute, se você não tem certeza de fazer isso, eu prometo que eu mesmo farei você engolir meio quilo de carne por dia até que se recupere —garantiu ele segurando sua mão—. Mas se você quiser tentar, então vamos procurar conseguir o melhor patinador para você, entende? Eu te apoio no que você quiser fazer... mesmo que eu tenha que encomendar uma tanga à prova de balas para você.Danna não pôde evitar rir e em poucos minutos comunicou ao seu treinador que estava disposta a tentar."Me engole, terra", pensou Loan, mas afinal não seria o primeiro homem cuja namorada fazia patinação artística em dupla. Então não restava nada além de se acostumar e aguentar o ciúme para desaba
Danna respirava o ar frio e sentia como a adrenalina percorria seu corpo.O treinador sorria ao vê-los se moverem juntos e fez um gesto de aprovação assim que passaram ao lado dele.Loan estava com o coração assustado, naquele momento, incrivelmente, não havia espaço para ciúmes, só queria que ela estivesse bem, que não caísse em nenhum salto, que tivesse a confiança para se deixar guiar e que o cara, por favor, respondesse bem com todos os seus ossos quebrados e não a deixasse cair ou a machucasse.—Boas notícias! —exclamou Ted assim que se aproximaram novamente—. Esta menina é uma pluma, temos que praticar muito, mas eu acho que podemos fazer isso. O que você diz? —perguntou diretamente a Danna, mas pelo sorriso em seu rosto Loan percebeu que pela primeira vez desde que ela havia voltado ao gelo, se sentia confiante.—Eu digo que comecemos a trabalhar o quanto antes —concordou ela.—Nesse caso, venha, vamos pedir um arnês do seu tamanho porque temos que começar com os saltos de lança
Danna assentiu com a cabeça e piscou para ele com coqueteria.—Claro que é. Você me disse que iríamos usá-lo de forma apropriada de novo. Não é assim?Ela o olhava profundamente nos olhos com uma intensidade que fez Loan desmoronar por dentro. Assim que seus lábios se encontraram, foi como se o tempo tivesse parado. Danna sabia o quanto estava acontecendo entre eles naquele momento e queria que tudo viesse à tona.—Loan... estou tentando te dizer que quero que seja sincero —disse ela—. Não quero nenhuma mentira ou algo do tipo, nem mesmo uma inofensiva. Quero que me diga como se sente, sem rodeios. Preciso saber se você está bem com isso.Loan rosnou contra seus lábios e devorou sua boca com um beijo apaixonado e urgente, antes de se afastar para sussurrar sobre ela:—Estou com ciúmes, ciúmes em nível de cortar cabeças —declarou ele enquanto seus dedos se enroscavam no cabelo de sua nuca, puxando-a para mais perto com um gesto possessivo—. Eu morro só de pensar que outro homem vai te t
Quando Loan começou a ficar tenso sem controle, só conseguiu entrelaçar as mãos em seu cabelo para levantá-la e os quadris de Danna foram de encontro aos seus. Sentiu seu membro quente contra sua intimidade e mordeu os lábios enquanto descia sobre ele, movendo-se em círculos para tomá-lo por inteiro.Rapidamente, o ritmo tornou-se frenético, seus corpos estavam em perfeita sintonia e ela sorriu enquanto o sentia chegar ao limite de seu sexo e continuar empurrando ainda. O fogo que sentia em seu interior era algo indescritível. Ela não queria parar, estava enlouquecida de prazer e empurrava com todas as suas forças até que os dois rolaram pelo chão e seus joelhos quase se juntaram com suas mãos sobre o tapete.—Não se mova —advertiu Loan—. Amanhã você tem que treinar e se eu me descontrolar você não vai poder dar nem um passo, entendido?Ela assentiu desesperada e um segundo depois o sentia invadi-la devagar, como se quisesse prolongar aquela tortura tanto quanto fosse possível. Cada cé
Danna ficou paralisada ao ouvir aquela voz. Durante meses havia tentado esquecer como soava, mas era impossível, porque sua última ordem quase havia destruído sua vida.O ar estava cheio de tensão e seu coração batia cada vez mais rápido quando se virou para enfrentá-lo.—Emil —murmurou entre dentes.Ele estava parado em um dos cantos com os braços cruzados, olhando-a com uma expressão de desaprovação e reprovação que ela já conhecia muito bem. Era Emil Landou. Seu antigo treinador. Danna tentou disfarçar o desgosto que sentia, mas sabia que ele podia lê-la como um livro aberto.—O que você está fazendo aqui? —perguntou entre dentes.Emil a olhou com uma intensidade que em outro momento a teria aterrorizado.—Pois imagine minha surpresa ao saber que um patrocinador poderoso da Suíça estava entrevistando treinadores, e vir aqui só para descobrir que você não morreu, Danninha —disse com uma voz glacial—. Então aqui estou para te perguntar o que aconteceu com você, e sobretudo, como é iss