Estava prestes a sorrir porque reconheceu o novo número que Danna tinha, mas a voz que ouviu do outro lado era do senhor Roux.—Senhor Keller, é melhor que venha, algo aconteceu com Danna.Loan sentiu o coração subir à garganta ao pensar que Danna tinha se machucado, e dirigiu apressadamente para o rinque. Quando chegou, ela estava em um canto do gelo, chorando com os joelhos abraçados, mas seu treinador não se aproximava dela.—Que diabos aconteceu? —rugiu Loan—, mas antes que pudesse se aproximar, o treinador o deteve.—Calma, ela caiu em um giro, mas não se machucou.—Então o que há de errado com ela...?—Ela está tendo um ataque de pânico —explicou o senhor Roux e Loan ficou paralisado.—Um...? Por quê?—Isso eu queria te perguntar. Pedi que me mostrasse seus giros, nenhum complicado, só os básicos, mas quando chegou ao axel, ela caiu. Esperava qualquer coisa menos que ficasse assim, mas parece que há um assunto aí com o qual ela tem que lidar. Ou estou enganado?Loan respirou fund
Danna e Loan se entreolharam diante daquela sugestão.A patinação em dupla não era simples, mas segundo o treinador Roux, se duas pessoas se apoiassem mutuamente, tudo se tornava mais fácil.Mesmo que aquele não fosse o momento para pedir permissão, era óbvio que ela não sabia o que fazer e estava pedindo sua opinião.—Escute, se você não tem certeza de fazer isso, eu prometo que eu mesmo farei você engolir meio quilo de carne por dia até que se recupere —garantiu ele segurando sua mão—. Mas se você quiser tentar, então vamos procurar conseguir o melhor patinador para você, entende? Eu te apoio no que você quiser fazer... mesmo que eu tenha que encomendar uma tanga à prova de balas para você.Danna não pôde evitar rir e em poucos minutos comunicou ao seu treinador que estava disposta a tentar."Me engole, terra", pensou Loan, mas afinal não seria o primeiro homem cuja namorada fazia patinação artística em dupla. Então não restava nada além de se acostumar e aguentar o ciúme para desaba
Danna respirava o ar frio e sentia como a adrenalina percorria seu corpo.O treinador sorria ao vê-los se moverem juntos e fez um gesto de aprovação assim que passaram ao lado dele.Loan estava com o coração assustado, naquele momento, incrivelmente, não havia espaço para ciúmes, só queria que ela estivesse bem, que não caísse em nenhum salto, que tivesse a confiança para se deixar guiar e que o cara, por favor, respondesse bem com todos os seus ossos quebrados e não a deixasse cair ou a machucasse.—Boas notícias! —exclamou Ted assim que se aproximaram novamente—. Esta menina é uma pluma, temos que praticar muito, mas eu acho que podemos fazer isso. O que você diz? —perguntou diretamente a Danna, mas pelo sorriso em seu rosto Loan percebeu que pela primeira vez desde que ela havia voltado ao gelo, se sentia confiante.—Eu digo que comecemos a trabalhar o quanto antes —concordou ela.—Nesse caso, venha, vamos pedir um arnês do seu tamanho porque temos que começar com os saltos de lança
Danna assentiu com a cabeça e piscou para ele com coqueteria.—Claro que é. Você me disse que iríamos usá-lo de forma apropriada de novo. Não é assim?Ela o olhava profundamente nos olhos com uma intensidade que fez Loan desmoronar por dentro. Assim que seus lábios se encontraram, foi como se o tempo tivesse parado. Danna sabia o quanto estava acontecendo entre eles naquele momento e queria que tudo viesse à tona.—Loan... estou tentando te dizer que quero que seja sincero —disse ela—. Não quero nenhuma mentira ou algo do tipo, nem mesmo uma inofensiva. Quero que me diga como se sente, sem rodeios. Preciso saber se você está bem com isso.Loan rosnou contra seus lábios e devorou sua boca com um beijo apaixonado e urgente, antes de se afastar para sussurrar sobre ela:—Estou com ciúmes, ciúmes em nível de cortar cabeças —declarou ele enquanto seus dedos se enroscavam no cabelo de sua nuca, puxando-a para mais perto com um gesto possessivo—. Eu morro só de pensar que outro homem vai te t
Quando Loan começou a ficar tenso sem controle, só conseguiu entrelaçar as mãos em seu cabelo para levantá-la e os quadris de Danna foram de encontro aos seus. Sentiu seu membro quente contra sua intimidade e mordeu os lábios enquanto descia sobre ele, movendo-se em círculos para tomá-lo por inteiro.Rapidamente, o ritmo tornou-se frenético, seus corpos estavam em perfeita sintonia e ela sorriu enquanto o sentia chegar ao limite de seu sexo e continuar empurrando ainda. O fogo que sentia em seu interior era algo indescritível. Ela não queria parar, estava enlouquecida de prazer e empurrava com todas as suas forças até que os dois rolaram pelo chão e seus joelhos quase se juntaram com suas mãos sobre o tapete.—Não se mova —advertiu Loan—. Amanhã você tem que treinar e se eu me descontrolar você não vai poder dar nem um passo, entendido?Ela assentiu desesperada e um segundo depois o sentia invadi-la devagar, como se quisesse prolongar aquela tortura tanto quanto fosse possível. Cada cé
Danna ficou paralisada ao ouvir aquela voz. Durante meses havia tentado esquecer como soava, mas era impossível, porque sua última ordem quase havia destruído sua vida.O ar estava cheio de tensão e seu coração batia cada vez mais rápido quando se virou para enfrentá-lo.—Emil —murmurou entre dentes.Ele estava parado em um dos cantos com os braços cruzados, olhando-a com uma expressão de desaprovação e reprovação que ela já conhecia muito bem. Era Emil Landou. Seu antigo treinador. Danna tentou disfarçar o desgosto que sentia, mas sabia que ele podia lê-la como um livro aberto.—O que você está fazendo aqui? —perguntou entre dentes.Emil a olhou com uma intensidade que em outro momento a teria aterrorizado.—Pois imagine minha surpresa ao saber que um patrocinador poderoso da Suíça estava entrevistando treinadores, e vir aqui só para descobrir que você não morreu, Danninha —disse com uma voz glacial—. Então aqui estou para te perguntar o que aconteceu com você, e sobretudo, como é iss
—Porque se percebe, ele tem cara de viciado e predador, eu sei —murmurou Danna—, mas com a gente ele nunca se excedeu nos treinos, aliás, mal nos tocava.—Bem, talvez com você não porque é óbvio que você não é das dóceis, mas com o resto das garotas que ele treinou, eu não duvidaria —sentenciou Ted.Danna ficou pensativa por um momento. Lembrava-se de como ele tinha ficado mal ao saber que ela estava grávida. Era normal que como treinador ele ficasse chateado, mas... talvez ele tivesse ficado mais incomodado do que realmente sua posição como técnico justificava.—O bom é que este prédio é seguro e tanto Roux quanto eu sempre estaremos com você —disse Ted com voz firme—. Mas você deveria falar com Loan, é melhor que ele esteja informado, porque se esse cara vai causar problemas, não seria bom que pegasse Loan desprevenido.Danna assentiu e entrou no gelo para as voltas de aquecimento. Sentia-se à vontade com Ted, confiava nele para apoiá-la na pista e ele estava tão empenhado quanto ela
O rosto de Loan escureceu em um segundo e ele olhou para Danna com incredulidade estampada nos olhos.—Danna, o que é isso? —sibilou enquanto seus dedos se fechavam com ferocidade sobre o tecido do suéter.Danna olhou para o braço e o cobriu imediatamente.—É sobre isso que eu queria te falar, mas quero fazer isso porque já sei que você vai pirar e este não é o lugar para fazer isso —respondeu com seriedade.Loan franziu a testa.—O bom é que você já sabe que eu vou pirar —replicou entre os dentes, embora soubesse que tendo seu filho nos braços, faria isso muito menos do que queria.Já conhecia Danna o suficiente para saber que ela era boa em evitar perguntas, a diferença era que agora estava certo de que ela lhe diria a verdade, fosse qual fosse.—Vamos para casa então —disse, tentando manter sua voz o mais suave possível.Quando chegaram ao estacionamento, ele abriu a porta do lado do passageiro e colocou a mão na cintura de Danna para ajudá-la a entrar. Juntos acomodaram o b