—Bem... talvez eu saiba algo que possa ser útil para você.Loan entregou seu celular e esperou que ela escrevesse tudo o que sabia sobre Danna. Infelizmente não era muito, mas pelo menos sabia sua cidade e o nome de uma loja de sucos que ela gostava de frequentar. Seu antigo telefone já não estava funcionando, então não tinha muita informação, mas era o suficiente para que Loan tomasse a decisão de segui-la.Durante todo o caminho de volta ao hotel, ele se manteve calado e assim que chegaram, comunicou sua decisão a Zack e Andrea.—Tenho que ir procurá-la. Tenho que saber o que aconteceu com ela. Talvez o bebê não fosse meu, ou talvez ela o tenha perdido, mas Danna... não posso ficar sem saber o que aconteceu com ela. Não ficaria tranquilo pelo resto da minha vida.Despediu-se deles e como nem sequer tinha desfeito as malas, o único tempo que perdeu foi o de esperar que preparassem o avião de Zack.Ao chegar a Glasgow, Loan se preparou para iniciar sua busca. Embora fosse uma cidade im
Com tal incentivo, Loan não duvidava que o detetive iria fazer todo o possível para encontrá-la, mas infelizmente não foi tão fácil. Seis semanas se passaram, seis terríveis semanas antes que houvesse alguma notícia.Loan viajava toda sexta-feira para a Escócia, mas parecia que aquela família tinha sido engolida pela terra.Finalmente, em um domingo à tarde, estava prestes a voltar para a Suíça quando seu telefone começou a tocar.—Alô? —perguntou vendo na tela que era o detetive.—Por favor, me diga que ainda não foi embora! —disse o homem.—Não, ainda estou aqui. Por quê? —perguntou Loan com o coração acelerado.—Tenho um endereço!Em questão de minutos, Loan dirigia seu carro para o endereço que o homem havia enviado. Tratava-se de um vilarejo perdido ao sul, entre Glasgow e Kilmarnock, e Loan chegou já entrada a noite. Conteve seu desespero até o dia seguinte e foi apressado bater à porta daquela casa.Era muito pequena e parecia um pouco deteriorada, como se ninguém fizesse nada p
Semanas se passaram enquanto todos tentavam consolá-lo, até que um dia sua irmã Chiara se aproximou dele.—Acho que meu amigo poderia te ajudar.—Seu "amigo"?—Bem, meu toy boy pessoal, mas ele tem influências e se eu pedir, talvez ele possa encontrar algo sobre o que aconteceu —disse Chiara abraçando-o—. Se o que essa mulher disse é verdade, pelo menos você precisa de um encerramento.O que Loan sentiu por dentro foi um raio de esperança e a força para seguir em frente. Ele se reuniu com Jhon alguns dias depois, seu trabalho como Diretor de uma das divisões especializadas da CIA definitivamente o colocava em boa posição para conseguir informações.Finalmente, algumas semanas depois, Jhon colocou em suas mãos aquele envelope.—É verdade? —perguntou Loan vendo a expressão sombria em seu rosto—. Aquela mulher não mentiu para mim? É verdade?Jhon assentiu com tristeza enquanto Loan tirava a certidão de óbito que um de seus homens havia conseguido.—Sinto muito —murmurou—. Tudo parece indi
—Isto é o que eu preciso, preste atenção.E como se a presença imponente de Loan não bastasse, seu dinheiro também estava em jogo, então Bryson Gray estava completamente focado nele. Levantou seu caderno de anotações em sinal de que estava atendendo e assentiu.Loan Keller tinha alguns requisitos muito estranhos, mas ele só estava ali por sua comissão. No entanto, duas semanas depois, haviam percorrido meio país sem encontrar nada.—Só nos faltam os castelos maiores, os que ainda pertencem à nobreza... mas não é fácil entrar nesses —assegurou Bryson uma noite enquanto tomavam uma bebida no bar do hotel.—Bem, temos que tentar, seja como for.O corretor imobiliário ficou pensativo por um tempo e depois suspirou.—Há uma possibilidade, mas é hoooooorrrrível —disse ele—. Poderíamos ir ao Castelo de Brechin e enrolar Olivia Winston.Loan o olhou como se não soubesse do que ele estava falando.—Olivia Winston, trintona, solteirona e fácil... enfim, é uma mulher difícil de engolir, mas tem a
A moça sorriu ao ver o bebê tão contente.—Se quiser, pode pegá-lo no colo, ele gosta que o segurem o tempo todo, mas eu não posso —disse mostrando suas mãos cheias de terra.—Sério? —Loan não sabia se devia se animar ou não, mas finalmente tirou o bebê do carrinho.Um arrepio percorreu as costas de Loan ao levantá-lo nos braços, como se toda a ternura do mundo tivesse se acumulado naquele corpinho pequeno.Enquanto o segurava, o bebê abriu os olhos e o olhou com uma expressão de curiosidade. Aquela foi a primeira vez que Loan se sentiu em paz desde que havia começado aquela busca, sentia-se como se aquele pequeno tivesse aberto seus olhos para a magia da vida.—Meu Deus... você é lindo —murmurou admirado ao notar que o bebê o olhava com seus brilhantes olhos azuis.O bebê se acomodou em seu ombro e imediatamente Loan sentiu uma enorme conexão.A moça ficou sem palavras ao vê-los juntos porque ambos se pareciam muito.—É incrível... —sussurrou tirando o gorrinho do bebê—. Ele se parece
Estava ansioso, nervoso, assustado. Danna estava viva. Graças a Deus Danna estava muito viva, mas por algum motivo a estavam chamando de Leda!Seu nome oficial, o verdadeiro era Danna McKenzie, ele sabia porque o tinha visto nos placares das competições e além disso, era a esse nome que estava o atestado de óbito que Jhon havia encontrado...O atestado! Tinha que significar algo!De quem era obra tudo aquilo? Da velha bruxa que era mãe de Danna ou da própria moça? Em qualquer caso, fingir sua morte era um crime, Loan sabia, por isso não se atreveu a fazer nenhum movimento até que soubesse muito bem o que estava acontecendo.Ela não voltou à sala de jantar, em seu lugar chegou outra garota e Loan passou o resto da tarde atormentado, esperando que fosse noite.—Tenho uma pergunta. Quanto pessoal de serviço é necessário para manter o castelo funcionando? —interpelou Olivia.—Apenas meia dúzia. Chef e dois assistentes de cozinha, um mordomo, um jardineiro, e cinco garotas de limpeza e lava
Loan se sentiu vazio quando Danna saiu de seus braços e o olhou com os olhos cheios de lágrimas.—O que você está fazendo aqui? —sussurrou limpando a boca—. Tínhamos algo casual, mas isso não quer dizer que eu esteja disposta a ser a amante do novo marido da patroa...Loan negou com veemência enquanto ria e chorava ao mesmo tempo.—Você está louca? Acabei de chegar hoje e só o fiz por você... Danna, passei meses te procurando! Meses, desde o campeonato... porque quando não te vi chegar quase enlouqueci e depois...! —Parou para olhá-la nos olhos e os seus se cristalizaram—. Depois me disseram que você estava grávida... depois que tinha perdido o bebê e finalmente... Meu Deus, finalmente me disseram que você tinha morrido! Mas eu não podia acreditar, não podia acreditar nisso então continuei te procurando...Loan não queria nem mesmo pensar, só queria beijá-la mais uma vez. Abraçou-a fortemente e a beijou com ternura na bochecha.—Vim te procurar. Vim por você... embora nem sequer imagin
Loan a olhou atordoado. Ela parecia cansada e pequena. Tinha perdido muito peso e já era magra, mas era evidente que o último ano tinha sido difícil para ela. Abraçou-a com força por um instante e tomou seu rosto entre as mãos.—Escute bem, Danna. Vamos sair de tudo isso, você tem que confiar em mim.—É que você não sabe quem são os Winston... o poder que eles têm...!Loan sorriu com condescendência e lhe deu um beijo suave nos lábios.—Ah, pequena, você também não sabe quem eu sou! Não é?Danna o olhou sem entender e Loan suspirou.—Por favor, quero ver meu filho —pediu com o coração acelerado—. Posso?Danna o olhou por um momento, depois assentiu com os olhos brilhantes.—Sim, sim, claro que pode. Vamos buscá-lo na sala.Loan sentiu a emoção crescer dentro dele quando Danna se afastou do quarto para ir buscar o bebê. Seguiu-a com o olhar enquanto ela caminhava pelo corredor e lhe pareceu que seu coração podia explodir de amor que sentia naquele momento. Não podia descrever a emoção a