Estava ansioso, nervoso, assustado. Danna estava viva. Graças a Deus Danna estava muito viva, mas por algum motivo a estavam chamando de Leda!Seu nome oficial, o verdadeiro era Danna McKenzie, ele sabia porque o tinha visto nos placares das competições e além disso, era a esse nome que estava o atestado de óbito que Jhon havia encontrado...O atestado! Tinha que significar algo!De quem era obra tudo aquilo? Da velha bruxa que era mãe de Danna ou da própria moça? Em qualquer caso, fingir sua morte era um crime, Loan sabia, por isso não se atreveu a fazer nenhum movimento até que soubesse muito bem o que estava acontecendo.Ela não voltou à sala de jantar, em seu lugar chegou outra garota e Loan passou o resto da tarde atormentado, esperando que fosse noite.—Tenho uma pergunta. Quanto pessoal de serviço é necessário para manter o castelo funcionando? —interpelou Olivia.—Apenas meia dúzia. Chef e dois assistentes de cozinha, um mordomo, um jardineiro, e cinco garotas de limpeza e lava
Loan se sentiu vazio quando Danna saiu de seus braços e o olhou com os olhos cheios de lágrimas.—O que você está fazendo aqui? —sussurrou limpando a boca—. Tínhamos algo casual, mas isso não quer dizer que eu esteja disposta a ser a amante do novo marido da patroa...Loan negou com veemência enquanto ria e chorava ao mesmo tempo.—Você está louca? Acabei de chegar hoje e só o fiz por você... Danna, passei meses te procurando! Meses, desde o campeonato... porque quando não te vi chegar quase enlouqueci e depois...! —Parou para olhá-la nos olhos e os seus se cristalizaram—. Depois me disseram que você estava grávida... depois que tinha perdido o bebê e finalmente... Meu Deus, finalmente me disseram que você tinha morrido! Mas eu não podia acreditar, não podia acreditar nisso então continuei te procurando...Loan não queria nem mesmo pensar, só queria beijá-la mais uma vez. Abraçou-a fortemente e a beijou com ternura na bochecha.—Vim te procurar. Vim por você... embora nem sequer imagin
Loan a olhou atordoado. Ela parecia cansada e pequena. Tinha perdido muito peso e já era magra, mas era evidente que o último ano tinha sido difícil para ela. Abraçou-a com força por um instante e tomou seu rosto entre as mãos.—Escute bem, Danna. Vamos sair de tudo isso, você tem que confiar em mim.—É que você não sabe quem são os Winston... o poder que eles têm...!Loan sorriu com condescendência e lhe deu um beijo suave nos lábios.—Ah, pequena, você também não sabe quem eu sou! Não é?Danna o olhou sem entender e Loan suspirou.—Por favor, quero ver meu filho —pediu com o coração acelerado—. Posso?Danna o olhou por um momento, depois assentiu com os olhos brilhantes.—Sim, sim, claro que pode. Vamos buscá-lo na sala.Loan sentiu a emoção crescer dentro dele quando Danna se afastou do quarto para ir buscar o bebê. Seguiu-a com o olhar enquanto ela caminhava pelo corredor e lhe pareceu que seu coração podia explodir de amor que sentia naquele momento. Não podia descrever a emoção a
—Por isso você fingiu sua morte? —perguntou Loan.—Sim... esperamos uma guarda do médico e ele arranjou tudo. Tive muito medo de tomar a decisão correta, porque não sabia se seria capaz de criá-lo sozinha, mas suponho que meu coração não me deixou fazer outra coisa —suspirou ela—. O médico também conseguiu documentos falsos para eu recomeçar...—Por isso te conhecem como Leda —compreendeu Loan.—Sim, por isso... mas não saiu como eu esperava —murmurou a moça com tristeza.—Por quê?—Porque Olivia Winston me reconheceu assim que me viu. Aparentemente ela é fiel seguidora da patinação artística e logo percebeu que eu tinha documentos falsos. Ela me deu trabalho sem me dizer nada e me investigou, quando percebeu que havia uma certidão de óbito em meu nome... —Danna conteve os soluços e negou—. Por isso não posso ir embora. Ela não só sabe tudo como também...Danna nem sequer se atrevia a falar.—O quê, querida, você tem que me dizer...?—Devo muito dinheiro a ela, pelo nascimento do nosso
Danna não era capaz de expressar o que sentia, o alívio porque Loan os havia encontrado ou a felicidade porque nem por um segundo ele duvidara que o bebê fosse seu filho. Escutá-lo dizer que tinha o suficiente para pagar sua dívida a surpreendera. Sabia que ele não era exatamente pobre, mas não tinha ideia de que fosse tão rico, e a palavra "milionário" nem sequer passava por sua mente ainda.Faltava uma hora para amanhecer quando o hábito a despertou e o viu sentado, com a cabeça e os braços apoiados na cama do lado do bebê, em um cansado dormitar.—Loan... —acariciou seu cabelo devagar e o viu despertar atordoado.—O que foi? Que horas são? —perguntou ele e Danna sentou-se na cama.—São cinco horas. Tenho que ir para a cozinha trabalhar.—Mas... E o bebê? —perguntou Loan porque ainda era noite e fazia muito frio lá fora.—Vou deixá-lo com Lili —respondeu ela.Loan viu como Danna levava alguns minutos para amamentar o bebê e depois não lhe restou outra opção senão se despedir para que
—Ei Leda, você que esteve lá em cima —disse o cozinheiro—, ouviu se finalmente aquele senhor vai comprar o castelo?Danna ficou paralisada.—Hã? Do que você está falando...? —balbuciou—. Comprar?—Sim, o senhor que chegou... Keller acho que é o sobrenome dele! As empregadas dizem que ele veio comprar o castelo, e na verdade preciso saber se ele vai trazer seu próprio pessoal, porque não quero ficar sem trabalho —murmurou o homem com preocupação.—Calma... —murmurou Danna com um gesto de consolo—. Na verdade, não acho que o senhor Keller vá nos deixar sem trabalho.Mas a verdade era que ela não sabia de nada e passou toda a manhã com o coração acelerado. Seu olhar mal se cruzou com o de Loan enquanto servia o almoço, mas uma hora depois, quando finalmente tirava o avental para ir ver seu bebê, uma mão a puxou no final de um dos corredores e um segundo depois ela corria atrás de Loan no maior sigilo até chegar ao quarto dele.—Você está louco? O que está fazendo? —exclamou assustada enqu
Estava seguro, agora estava. Danna tinha razão: Olivia Winston não a deixaria fora de sua vista em nenhum momento, porque seu segredo era grande demais para se arriscar a que Danna pudesse contá-lo. E se já tinha sido capaz de matar sua madrasta, uma simples garota do serviço não significaria nada para ela.Pegou o telefone e discou para o único número onde sabia que podia obter ajuda naquele momento. Uma voz rouca e sonolenta lhe respondeu do outro lado do mundo.—Loan...?—Você tinha razão —foi sua saudação—. Você tinha razão quando me disse para procurar, mas agora preciso de ajuda.Explicar a Jhon o que precisava foi simples, mas sabia que não podia conseguir tudo imediatamente.—Me dê alguns dias —disse Jhon— Terei tudo pronto no mais tardar no sábado, mas se as coisas estão como você me disse, é melhor não tentar a sorte, mantenha um perfil baixo e trate de se manter em bons termos com essa mulher.Loan agradeceu e desligou. Um plano havia se formado em sua cabeça, mas tudo depen
Tirou uma mão de seu cabelo e acariciou sua bochecha, depois deslizou seus dedos pelo seu pescoço, o contorno de seus lábios e o queixo. Ia levá-la ao limite da loucura e além, ia fazê-la gemer de prazer até não poder mais.Enquanto suas mãos deslizavam por seu corpo com delicadeza, ela começava a tremer incontrolavelmente.—Você quer isso tanto quanto eu, não é?Danna apenas assentiu com os olhos fechados e mordeu o lábio quando sentiu seus dedos explorarem por baixo da roupa. Sim, ela também o desejava demais, mas o que os dois queriam naquele momento não era precisamente possível.Acabava de baixar os lábios para beijá-la quando alguém bateu na porta do quarto com força.—Leda? Você está aí? —ouviram a voz de Lili—. Vi que a senhora foi embora... posso entrar?Loan se separou rapidamente dela, mas o desejo ainda ardia nele enquanto tentava encontrar as palavras para sair bem daquela situação embaraçosa. Danna o olhava tremendo e fazia gestos silenciosos que terminaram metendo-o todo