Quando começaram aquele pequeno passeio pela estrada, Zack e Andrea se dirigiram para o norte e a paisagem mudou rapidamente. O ar cheirava a pinho e o céu estava mais luminoso. Dirigiram com as janelas abaixadas e o vento no rosto, enquanto Zack cantava com o rádio e Adriana ria em sua cadeirinha no banco traseiro.Após algumas horas, saíram da rodovia por um caminho de cascalho e dirigiram mais alguns quilômetros até chegar à residência da senhora Wilson. Era uma vila pequena e pitoresca rodeada de gramado e árvores. Ao se aproximarem, viram numerosos idosos fazendo exercícios no meio do jardim, enquanto outros se acomodavam nas cadeiras de balanço e cadeiras do terraço.A senhora Wilson os recebeu de braços abertos e com um enorme sorriso no rosto.—Mas como a princesa está grande! —exclamou ao ver Adriana e a bebê deve tê-la reconhecido imediatamente porque não aceitou sair de seu colo durante todo o tempo que estiveram lá.Falou-lhes sobre sua vida na residência e sobre os novos a
—O que aconteceu, Andrea está bem? —perguntou ele com o coração na boca.—De saúde, sim, mas a polícia deteve sua caminhonete em uma blitz na estrada e estão prendendo-a agora mesmo —disse o guarda-costas—. Não parece uma simples multa... parece algo mais grave.—Siga a viatura e me diga para qual delegacia eles vão! —exclamou Zack e então tudo ao seu redor se transformou em ligações urgentes e pressa.Andrea, por sua vez, não tinha ideia do que se tratava até que um dos policiais a mandou parar o carro no acostamento da estrada. A verdade é que todos passavam depressa até chegar a ela. Franziu a testa quando os viu soltar cães ao redor do carro e abaixou a janela para ouvir um oficial pedir que ela descesse do veículo.Foi aí que começou o pesadelo.A polícia revistou a caminhonete minuciosamente. Andrea não entendia, era como se soubessem que havia algo ilegal ali, e no que pareceu uma eternidade começaram a mover tudo e tiraram dois pacotes brancos que estavam sob o pneu reserva.—E
Andrea ficou furiosa ao ver Mason entrar na sala de interrogatórios. Sabia que ele tinha toda a intenção de se vingar e agora sabia de onde vinha tudo.—Infeliz! Foi você! —exclamou levantando-se porque nem sequer tinha dúvidas de que aquilo era obra de Mason.Ele fez um gesto aos policiais que imediatamente saíram da sala deixando-os sozinhos.—Você não é a única com bons contatos na polícia —disse ele desligando a pequena câmera dentro da sala—. Acontece que se você paga o suficiente, pode conseguir muita ajuda no honorável departamento de polícia da cidade.Andrea apertou os punhos com impotência.—Você é um criminoso, e vai pagar por isso! Zack não vai ficar tão tranquilo vendo como você me incrimina! —cuspiu com ódio. Mason havia montado uma armadilha para seu próprio benefício, o que Andrea não sabia era que ela era apenas a isca.Mason olhou-a com desprezo, como desafiando-a a fazer algo, e sorriu com cinismo.—Bem, a verdade é que as provas são irrefutáveis. Dois quilos da coca
—Não me solte —disse com a voz mais controlada que podia.—Não vou soltar, amor, vamos resolver isso, eu prometo...—Zack! —interrompeu-o ela ocultando o rosto na curva do seu pescoço e falando muito baixo para que só ele pudesse ouvi-la—. Escute-me... você tem que levar Adriana.Zack tentou se afastar para olhá-la nos olhos, mas ela não deixou.—Escute-me! Eles vão tirá-la de você... não posso explicar agora, mas vão tirá-la de você, Mason vai machucá-la, você tem que levá-la... —soluçou com desespero—. A mala que está em casa... o plano B caso as coisas não dessem certo... você tem que fazer isso.—Andrea...!—Você tem que fazer isso! Tem que colocá-la em segurança. Prometa-me...Quando Zack se afastou, tinha os olhos cheios de lágrimas.—Não posso deixar você sozinha...!—Sim, pode! Sim, pode porque ela vem primeiro! —replicou Andrea olhando-o nos olhos—. Nossa filha vem primeiro! Prometa-me!Zack sentiu como se a terra estivesse se abrindo sob seus pés. Nem sequer entendia o que es
Noémi ficou de pé, petrificada naquela porta enquanto olhava para Zack, que estava na soleira com uma mala e um bebê nos braços.Quando Chiara chegou junto a ela com curiosidade, a impressão foi compartilhada.—Zack...? O que você está fazendo aqui? —balbuciou.—Será melhor que se sentem —disse ele entrando na casa—. Temos que conversar.As gêmeas se olharam, mas depois de reparar na porta que vinha só, fecharam e o seguiram até a sala.—Se estou aqui é porque preciso da ajuda de vocês.—O que você quer dizer? —perguntou Noémi—. O que está acontecendo?Contar-lhes tudo o que estava acontecendo, infelizmente, incluía uma história muito mais longa que não podia ser ignorada.—Viu? Eu te disse! —exclamou Chiara levantando-se—. Eu sabia que não era filha sua, e aí você foi mentir na nossa cara!—E quem diabos se importa se não é minha filha, Chiara!? —irritou-se Zack—. Continua sendo minha família e vou cuidar dela, por isso estou aqui, porque a mãe dela está na cadeia e precisa que alguém
—Está tudo bem? Aconteceu algo com Adriana? —perguntou assustado, mas assim que Chiara apontou a câmera do celular, pôde ver Adriana engatinhando por todo o apartamento.—Ela está bem, mas nós nunca teremos filhos... —balbuciou Noémi enquanto limpava a testa com as costas da mão—. Queria te perguntar algo muito importante... por que ela faz cocô tanto?Zack se segurou para não rir e preferiu não perguntar exatamente o que era aquela mancha que ela tinha sobre uma sobrancelha. Já bastava o quão desgrenhada ela estava.—É normal. Os bebês são assim, mas se as coisas ficarem muito difíceis, vocês podem contratar uma enfermeira especializada —respondeu Zack—. Ela tomou a mamadeira?—Bem... ela tomou mais ou menos a metade... —murmurou sua irmã.—E o que aconteceu com a outra metade? —perguntou Zack.—Essa a Chiara está usando no seu concurso de camisetas molhadas —disse Noémi e Zack entendeu perfeitamente que ela tinha jogado a mamadeira em cima dela.Ao fundo ouviu gritos e um minuto depo
—Só preciso de um nome. Apenas um —sentenciou Zack em sua próxima ligação com o advogado Gazca—. Todos os homens temem alguém, Doutor, o senhor Rizzuto não é exceção.E Gazca tinha conseguido aquele nome: Jhon Hopkins.Quatro horas depois, lá estava ele, sentado em um escritório completamente branco e cheio de luzes no quartel-general de Langley, na Virgínia. Só tinha precisado pronunciar aquele nome e o de Rizzuto na mesma frase para que o levassem imediatamente àquele homem.—Tem certeza de que quer fazer isso? —perguntou o agente com desconfiança e Zack entendia: não é todo dia que alguém bate à porta da CIA dizendo que quer ajudá-lo a capturar o maior chefão da máfia de Montreal—. Por que não é honesto comigo e me diz o que tem contra Vito Rizzuto?Zack pegou um pequeno bloco de notas e anotou apenas duas palavras: "Andrea Brand".—Investigue-a e lhe direi por que estou aqui.Jhon Hopkins se levantou e começou a falar ao telefone imediatamente. Era um homem de uns trinta e oito ano
Pouco depois Zack voava de volta a Vancouver. Ia mais tranquilo, mas ainda assim quando chegou àquela prisão seu coração acelerou.—Sinto muito, não conseguimos mantê-la na delegacia —desculpou-se Gazca—. Por enquanto ela está em uma prisão de segurança mínima aguardando o julgamento. Consegui uma visita como advogado dela, vamos.Zack não disse uma palavra enquanto se registravam para entrar, só estava tentando conter a raiva que tudo aquilo lhe provocava.Quando chegaram à sala privada de visitas, Zack se surpreendeu com o que encontrou. Ela estava sentada na cadeira com a cabeça entre as mãos e o rosto totalmente exausto, mas quando o viu seus olhos se iluminaram. Levantou-se e correu até ele abraçando-o com força e chorando.—Shhh... —disse ele acariciando seu cabelo enquanto a apertava contra seu peito—. Já passou, já está tudo bem. Adriana está a salvo, eu prometo.Andrea assentiu enquanto continuava soluçando. A presença de Zack era tudo o que ela precisava para finalmente desab