Zack não se assustou porque sabia que da Inglaterra normalmente não vinham más notícias, mas mesmo assim não demorou nem dois segundos para atender.— Olá, amor da minha vida, tormento da minha alma, anseio do meu coração...— Como você fica idiota quando quer, James! — bufou Zack. — Mas eu também te amo. O que aconteceu? Minha assistente disse que era urgente.— Pois é! Você me ligou para colocar fogo no meu rabo e eu aqui te respondo da mesma maneira! — riu seu amigo.James King e Zack tinham estudado juntos na universidade de Oxford, agora ele dirigia uma das filiais da Kings Holding Corporation enquanto sua irmã mais velha, Sophia, dirigia a filial de Boston. Zack a conhecia e a respeitava muito, mas preferia tratar primeiro com seu amigo.— Escuta, Sophi me ligou, diz que apareceu um projeto urgente para uma marca jovem de sobretudos — explicou James. — Passei a foto que você mandou do rapaz e ela disse que gostou da sua "aura" ou seja lá o que for. O fato é que se amanhã antes da
Andrea olhou ao redor, tinha muitos móveis para organizar e uma casa para arrumar, mas cumprir com seu primeiro contrato de publicidade era prioridade, então fez sua mala e tentou descansar.Sabia que no dia seguinte passou toda a manhã com Adriana, compensando um pouco com beijos e abraços o quanto ia sentir sua falta, e Zack encarregou Ben e o advogado Gazca de ficarem atentos à entrada da menina na creche pela manhã.Ao meio-dia, embarcaram em um voo privado e quando chegaram a Boston, os ânimos estavam nas alturas. Logo foram instalados em um hotel de luxo e a empresa de publicidade mandou uma limusine buscá-los.Uma mulher muito bonita saiu para recebê-los. Notava-se que era mais velha que Zack, mas estava deslumbrante em suas roupas executivas.— Zack, querido, fico feliz que tenham chegado bem. E principalmente que tenha me trazido este príncipe! — cumprimentou Sophi emocionada, olhando para Gideon. — Não me enganei, ele é perfeito.Sophi cumprimentou amavelmente o atleta e sua
Ela tinha força, era uma filhotinha minitoy, mas tinha força a danada, e Zack percebeu isso quando ela puxou o lençol e o jogou no chão. — Por que estou nua, Zack Keller?! — rosnou ela ferozmente, olhando para ele do outro lado da cama. — Não bastou aquela sua fogosa de ontem à noite? Tinha que se esfregar em mim também? Zack franziu a testa sem ter a menor ideia do que ela estava falando, mas quase era melhor ficar ali no chão, porque quando se levantou só com aqueles boxers, Andrea quase perdeu o rumo dos pensamentos. — Olha, olha, eu sei que não se deve provocar uma mulher naqueles dias... e com isso me refiro aos trezentos e sessenta e cinco dias... Mas eu não fiz nada! — ele declarou. — De que fogosa você tá falando? Pode começar por aí, e pra continuar, se eu tivesse me esfregado em você, você não estaria de pé, e você sabe disso! Andrea jogou a primeira coisa que encontrou à mão, que infelizmente era um travesseiro. — Ah, mas que gentileza da sua parte! Muito obrigada
Ela pegou seus sapatos e foi em direção à porta, sem perceber que, apesar de tudo, Zack tentava se levantar para fazer um dancinha da vitória. — Ela tá com ciúmes... ai, que dor da porr@... — resmungou, mancando até o frigobar. — Mas ela tá com ciúmes... já é alguma coisa! Ele sorriu enquanto se sentava no sofá da suíte e colocava algo gelado contra suas "joias". Ela estava com ciúmes. Zack sabia que tinha cometido um erro monumental com ela, mas estava disposto a consertar tudo, absolutamente tudo. Enquanto isso, naquele exato momento, Mason estava cara a cara com o Dr. Gazca e Ben, que o esperavam ao lado do elevador. — Onde está a Andrea? — sibilou sem sequer cumprimentar, ao não vê-la por ali. Uma enfermeira da creche levou o bebê, mas não sem antes Ben acenar para a pequena. Ele então se virou para Mason. — Andrea teve uma viagem de trabalho. Deve voltar hoje à noite. Mason sentiu o sangue ferver. — Ela teve uma viagem de trabalho? — rosnou entre a raiva e a incr
Andrea sentia que o mundo estava desmoronando sobre ela. Apertava as mãos no colo, juntando forças para não começar a gritar. — Como... como você soube que a Adriana estava no hospital? — perguntou a Zack. — O Ben acabou de me avisar. Pedi a ele que ficasse de olho na Adriana e, ao que parece, o próprio Mason avisou que a bebê tinha passado mal... aparentemente porque não conseguiu te localizar. Os olhos de Andrea se encheram de lágrimas enquanto Zack dirigia a toda velocidade. — Isso é mentira, eu nem recebi uma ligação dele! — rosnou ela com impotência. — Ele disse...? Ele disse o que aconteceu? — Não, só que ela foi admitida na emergência — murmurou Zack, segurando uma de suas mãos e apertando-a num gesto tranquilizador que para ela não ajudou em nada. Vinte minutos depois, já perto das onze da noite, correram pelos corredores do hospital até chegarem à recepção da emergência. — Adriana Brand... é minha filha! — exclamou Andrea, parando em frente à recepcionista, que d
— Isso não é verdade! — soluçou Andrea. — Eu vou te dizer o que é verdade — regozijou-se Mason. — Vou sair por aquela porta com a criança nos braços e você não pode fazer nada, porque um juiz me deu a guarda. — Tem certeza de que quer jogar essa carta? — A voz atrás deles os fez se virar, e ambos viram o rosto sombrio de Zack. — Não te convém ameaçar nenhuma das duas. — Você não se meta nisso, idiota, não é seu problema. Se tivesse sumido quando te avisei, teria poupado muitas lágrimas — rosnou Mason, estendendo as mãos em direção a Andrea. — Me dá a menina. — Não... Mason... — Me dá a menina ou eu chamo a polícia! — Não vou deixar minha filha sozinha com você para que a machuque! — gritou Andrea. — Então você já sabe o que tem que fazer — sibilou Mason. — Anda na minha frente e entra no meu carro. Andrea engoliu em seco, com lágrimas caindo de seus olhos, mas sabia que não tinha outra escolha. Se Mason estava disposto a tudo para submetê-la, ela faria qualquer coisa pa
Andrea não sabia dizer exatamente como se sentia, mas aquela mistura de medo, impotência e desespero não a abandonava. A suposta enfermeira que tinha sido responsável por dar leite estragado ao bebê já não estava mais pela casa quando chegaram, mas ela se encarregou de contar tudo a Zack por mensagem. Apesar da terrível situação em que se encontrava, não podia esquecer nada que pudesse usar contra Mason. Aquela noite, ela não dormiu, não conseguiu. Mas olhar pela janela e vê-lo sentado dentro da caminhonete, atento a qualquer movimento, lhe dava uma certa paz. Infelizmente, Andrea não foi a única que o viu, e às quatro da madrugada, em meio a um frio infernal, Zack sentiu batidas na janela do carro. Respirou fundo ao ver os dois policiais e teve a cortesia de sair do veículo. — Oficiais. Como posso ajudá-los? — Desculpe, senhor, mas você não pode ficar aqui — disse um dos policiais. — Por que não? — perguntou Zack com tom amável. — Não estou em propriedade privada. Não esto
Andrea não precisou que repetissem, saiu apressada, e assim que chegou à rua, Zack abriu a porta traseira da caminhonete para que ela entrasse. — Não se preocupe. Temos o turno da noite nesta área — disseram os oficiais apertando a mão de Zack. — Podemos dar uma volta sempre que for necessário. Deixaram seus números e Zack agradeceu antes de tirar Andrea dali. Chegaram ao prédio da empresa e Zack se certificou de que fossem vistos entrando, só para que o idiota do Mason não tivesse a ideia de incomodar. No entanto, quinze minutos depois, já estavam trocando de carro no estacionamento do prédio e saíam no carro de Ben. — Isso não vai trazer problemas? — perguntou Andrea, preocupada. — Não, já consultei com Gazca. A ordem do juiz não indica que você não possa tirar Adriana da creche, só precisamos garantir que a levemos antes das cinco — respondeu Zack. — Além disso, você precisa descansar, ainda temos algumas noites sem dormir pela frente. Passaram no apartamento de Andrea, ma