Ela tinha força, era uma filhotinha minitoy, mas tinha força a danada, e Zack percebeu isso quando ela puxou o lençol e o jogou no chão. — Por que estou nua, Zack Keller?! — rosnou ela ferozmente, olhando para ele do outro lado da cama. — Não bastou aquela sua fogosa de ontem à noite? Tinha que se esfregar em mim também? Zack franziu a testa sem ter a menor ideia do que ela estava falando, mas quase era melhor ficar ali no chão, porque quando se levantou só com aqueles boxers, Andrea quase perdeu o rumo dos pensamentos. — Olha, olha, eu sei que não se deve provocar uma mulher naqueles dias... e com isso me refiro aos trezentos e sessenta e cinco dias... Mas eu não fiz nada! — ele declarou. — De que fogosa você tá falando? Pode começar por aí, e pra continuar, se eu tivesse me esfregado em você, você não estaria de pé, e você sabe disso! Andrea jogou a primeira coisa que encontrou à mão, que infelizmente era um travesseiro. — Ah, mas que gentileza da sua parte! Muito obrigada
Ela pegou seus sapatos e foi em direção à porta, sem perceber que, apesar de tudo, Zack tentava se levantar para fazer um dancinha da vitória. — Ela tá com ciúmes... ai, que dor da porr@... — resmungou, mancando até o frigobar. — Mas ela tá com ciúmes... já é alguma coisa! Ele sorriu enquanto se sentava no sofá da suíte e colocava algo gelado contra suas "joias". Ela estava com ciúmes. Zack sabia que tinha cometido um erro monumental com ela, mas estava disposto a consertar tudo, absolutamente tudo. Enquanto isso, naquele exato momento, Mason estava cara a cara com o Dr. Gazca e Ben, que o esperavam ao lado do elevador. — Onde está a Andrea? — sibilou sem sequer cumprimentar, ao não vê-la por ali. Uma enfermeira da creche levou o bebê, mas não sem antes Ben acenar para a pequena. Ele então se virou para Mason. — Andrea teve uma viagem de trabalho. Deve voltar hoje à noite. Mason sentiu o sangue ferver. — Ela teve uma viagem de trabalho? — rosnou entre a raiva e a incr
Andrea sentia que o mundo estava desmoronando sobre ela. Apertava as mãos no colo, juntando forças para não começar a gritar. — Como... como você soube que a Adriana estava no hospital? — perguntou a Zack. — O Ben acabou de me avisar. Pedi a ele que ficasse de olho na Adriana e, ao que parece, o próprio Mason avisou que a bebê tinha passado mal... aparentemente porque não conseguiu te localizar. Os olhos de Andrea se encheram de lágrimas enquanto Zack dirigia a toda velocidade. — Isso é mentira, eu nem recebi uma ligação dele! — rosnou ela com impotência. — Ele disse...? Ele disse o que aconteceu? — Não, só que ela foi admitida na emergência — murmurou Zack, segurando uma de suas mãos e apertando-a num gesto tranquilizador que para ela não ajudou em nada. Vinte minutos depois, já perto das onze da noite, correram pelos corredores do hospital até chegarem à recepção da emergência. — Adriana Brand... é minha filha! — exclamou Andrea, parando em frente à recepcionista, que d
— Isso não é verdade! — soluçou Andrea. — Eu vou te dizer o que é verdade — regozijou-se Mason. — Vou sair por aquela porta com a criança nos braços e você não pode fazer nada, porque um juiz me deu a guarda. — Tem certeza de que quer jogar essa carta? — A voz atrás deles os fez se virar, e ambos viram o rosto sombrio de Zack. — Não te convém ameaçar nenhuma das duas. — Você não se meta nisso, idiota, não é seu problema. Se tivesse sumido quando te avisei, teria poupado muitas lágrimas — rosnou Mason, estendendo as mãos em direção a Andrea. — Me dá a menina. — Não... Mason... — Me dá a menina ou eu chamo a polícia! — Não vou deixar minha filha sozinha com você para que a machuque! — gritou Andrea. — Então você já sabe o que tem que fazer — sibilou Mason. — Anda na minha frente e entra no meu carro. Andrea engoliu em seco, com lágrimas caindo de seus olhos, mas sabia que não tinha outra escolha. Se Mason estava disposto a tudo para submetê-la, ela faria qualquer coisa pa
Andrea não sabia dizer exatamente como se sentia, mas aquela mistura de medo, impotência e desespero não a abandonava. A suposta enfermeira que tinha sido responsável por dar leite estragado ao bebê já não estava mais pela casa quando chegaram, mas ela se encarregou de contar tudo a Zack por mensagem. Apesar da terrível situação em que se encontrava, não podia esquecer nada que pudesse usar contra Mason. Aquela noite, ela não dormiu, não conseguiu. Mas olhar pela janela e vê-lo sentado dentro da caminhonete, atento a qualquer movimento, lhe dava uma certa paz. Infelizmente, Andrea não foi a única que o viu, e às quatro da madrugada, em meio a um frio infernal, Zack sentiu batidas na janela do carro. Respirou fundo ao ver os dois policiais e teve a cortesia de sair do veículo. — Oficiais. Como posso ajudá-los? — Desculpe, senhor, mas você não pode ficar aqui — disse um dos policiais. — Por que não? — perguntou Zack com tom amável. — Não estou em propriedade privada. Não esto
Andrea não precisou que repetissem, saiu apressada, e assim que chegou à rua, Zack abriu a porta traseira da caminhonete para que ela entrasse. — Não se preocupe. Temos o turno da noite nesta área — disseram os oficiais apertando a mão de Zack. — Podemos dar uma volta sempre que for necessário. Deixaram seus números e Zack agradeceu antes de tirar Andrea dali. Chegaram ao prédio da empresa e Zack se certificou de que fossem vistos entrando, só para que o idiota do Mason não tivesse a ideia de incomodar. No entanto, quinze minutos depois, já estavam trocando de carro no estacionamento do prédio e saíam no carro de Ben. — Isso não vai trazer problemas? — perguntou Andrea, preocupada. — Não, já consultei com Gazca. A ordem do juiz não indica que você não possa tirar Adriana da creche, só precisamos garantir que a levemos antes das cinco — respondeu Zack. — Além disso, você precisa descansar, ainda temos algumas noites sem dormir pela frente. Passaram no apartamento de Andrea, ma
Isso era verdade. Tão verdade que Zack sentiu um nó no estômago. — O que sugere? — perguntou, virando-se para Milo. Seu irmão caminhou em frente à propriedade com a testa franzida. — Tem grade alta, mas não muro; erro típico de novos ricos, valorizam mais a exibição do que têm do que a privacidade — sentenciou Milo. — Felizmente, isso nos dá uma vantagem, porque temos duas casas para escolher. Ele apontou para as casas ao lado da de Mason. — Qualquer uma das duas é uma boa opção — sentenciou Loan. — Se você olhar pelos corredores, verá que têm quintais enormes. Andrea não precisaria ficar trancada o dia todo, e nós teríamos uma maneira melhor de vigiá-la. Só precisa convencer um dos proprietários a alugar para você pelos próximos quinze dias. Zack assentiu, mas não estava tão confiante quanto seu irmão sobre as chances de negociar com os donos das casas. — Vou investigar os donos para ver as possibilidades — murmurou, mas o oficial O'Grady se aproximou dele. — Não preci
Zack agradeceu e pouco depois passavam pelo prédio de escritórios a caminho do apartamento. Adriana imediatamente começou a brincar com Milo, e Zack arrastou Andrea para o seu quarto. — Deixa eu te ver — rosnou ele, levantando seu queixo. — Zack, realmente não foi nada... — tentou se soltar Andrea, mas ele negou com a cabeça. — Claro que foi algo! Aquele infeliz se atreveu a colocar as mãos em você! Eu vou matá-lo! — sibilou com impotência enquanto apertava os dentes. Andrea passou uma mão pelo cabelo dele e o puxou para mais perto. — Zack, você precisa se acalmar... — Eu não posso acreditar que você está me pedindo isso — disse ele com desespero. — Como você pede para eu me acalmar quando aquele homem teve a audácia de te machucar? — Porque eu não posso permitir que você faça nada estúpido. Estamos no meio de um processo, precisamos aguentar isso até o fim... há muito em jogo aqui. Adriana está em jogo. Zack olhou para ela com os olhos semicerrados. Sabia que ela est