“ Tereza, e aí como estão as coisas?”“Oi Nick, que bom ligou. Eu estou bem, ao menos por enquanto.”“ Mas o que houve? Problemas no trabalho?”“ Não, pelo contrário, vou me casar.”“ Mas isso é fabuloso. Desta vez tudo dará certo. Você uma moça esforçada.”“ Nick, não me censure, vocês homens são bastantes rigorosos em algumas opiniões ao que diz respeito as mulheres.”“ Mas que conversa é essa? Diz logo quem é o cafajeste, só não me diga que é o seu ex .”“ É o Jordan”.“ Que Jordan, não conheço nenhum?!”“ O Mochino”.-Nick quase enfarta do outro lado”.“ Jordan Mochino, o presidente da Automotiva? Você deu pra beber agora Tereza?”“ É uma longa história, mas o assunto na verdade tem a ver com isso, mas engloba algo muito mais sério, e você não poderá mentir.”“ Não estou gostando do tom dessa conversa. Podemos nos ver hoje? ““ Sim, mas terá que ser após as sete.”“ A kira poderá participar dessa conversa?”“ Claro; nos vemos mais tarde no Empóriuns”.“ okay, esta
Mochino Automotivo —Bom dia Tereza, que cara é essa?- Sarah a encontra no elevador da montadora.—Não tive uma noite fácil. Perdi o sono.—Tem a ver com Beatrice?—Sim, os exames são preocupantes Sarah, aí dessa menina se eu não tivesse em seu caminho.—É tão sério assim?-Elas saem do elevador em direção a copa.—Precisava mesmo de um café forte. Olha, tornar-se sério na medida em que os cuidados sejam negligenciados. Por isso falo que me minha chegada na vida do Jordan foi por uma boa causa.—Não acha que está exagerando? A vida do chefe já existia antes de você chegar aqui. Ele parecia bem confortável no seu mundinho particular.—Você tem razão quando diz que ele estava vivendo a vida numa boa, mas tudo muda quando uma criança adoece. Ele não é tão insensível quanto parece. Tenho notado mudanças.—Ele só quer te enganar pra ser a babá da menina, esse homem é esperto Tereza, até você aparecer eu via d. Fabíola subindo e descendo com a Beatrice como se fosse sua obrigação.
—Tereza, você pode me dar um minuto?- Jordan a encontra na porta do elevador na saída.—Eu tenho um compromisso, seja rápido por favor.—Hum, compromisso ou encontro? Vejo que desde ontem anda tendo noitadas.—Escuta aqui. Está gastando seus preciosos minutos com coisas tolas que em nada lhe dizem respeito. O que eu faço ou deixe de fazer não é da sua conta.—Está agressiva, cheia de autoridade. Alguém está inserido nisso ?—Alguém quem? Seja claro. Ultimamente anda com subjetividades.—Tereza, temos um acordo. Não pode sair por aí dormindo com qualquer um, já pensou o que podem falar de mim?—Está sendo patético. Se eu tivesse um homem de verdade ao meu lado não aceitaria casar com você; mas não se preocupe, se a causa nobre implica proteger sua reputação de cafajeste, que vive degustando certa funcionária no banheiro da empresa,eu estou fora. -Jordan está estarrecido com aquela atitude inesperada. —Agora, realmente preciso ir.—Mas ainda não terminei!-Tereza sai sem olhar
Noite da pizza —Papai papai... Olha quem chegou?-Beatrice corre para a porta agarrando-se a Terê .—Terê, vamos comer pizza doce com refrigerante.—Mas que boa notícia temos aqui. E o suco de uva não, teremos?—Aah não!-Beatrice faz cara triste sacudindo os braços. —Papai disse que hoje eu podia beber tudinho, porque você vinha comer aqui.—Seu pai disse isso foi? Huum, deixa eu ver... —Fala, fala, posso beber refri?—Acho que também vou tomar um pouco, mas só um pouquinho mesmo.—Êeebaa!!- A menina sai imitando um avião com os braços abertos por todo o apartamento numa gritaria só.—Oi Tereza, bom que veio. -Jordan está lindo, perfumado como sempre, Tereza o encara meio sorridente.—E eu seria louca de não vir! A Beatrice não me perdoaria. -Risos.—Vem, olha a mesa que eu mandei preparar. Ela adorou.—Uau! Temos não só pizza, mas uma porção de guloseimas, ela está feliz,veja! —Confesso pela primeira vez que seus gritos hoje não me incomodam tanto.— Está se adaptan
Durante a semana, Jordan manteve -se ocupado mal tendo tempo para comer; havia especulação de um grupo vindo de Istanbul para estabelecer concorrência no país, e o pior, bem próximo o suficiente para que ele avistasse o suntuoso prédio que o escritório seria montado. Desde a fundação da Mochino, ninguém era páreo para sua empresa sólida. O primeiro fundador, seu avô Hernest, começou numa pequena oficina mudando uma peça aqui, outra alí, ousando na personalização dos carros nos anos 30. E não parou por aí, com o seu pai tornando o sonho do velho avô em realidade; a Mochino gerava empregos, era sólida e transparente. Maria Tereza sabia dessa novidade, ela estava antenada com tudo que dizia respeito a empresa e seus possíveis concorrentes, mas evitava falar no assunto com Jordan estudando meios para que a Mochino tivesse um plano infalível para quebrar as pernas do concorrente logo na chegada. A montadora de Istanbul certamente sabia que alí o negócio não seria fácil, mas contava com um
As coisas transcorriam bem na empresa. Apesar dos vizinhos concorrentes parecerem CEOS juniores a serviço dos Turkos, eles não passavam de estrategistas japoneses em busca de uma brecha para investir pesado na queda da Mochino, Norte Americana. Tereza foi convidada para um almoço com alguns desses representantes, ela substituiu o Jordan nessa empreitada, ele confiava nela para assuntos desagradáveis. No final desse encontro, Tereza traçou um perfil detalhado.—Então, o que achou deles?- Jordan está girando em sua poltrona feito um menino nervoso.—Pare de girar, está ativando minha labirintite.—Desculpa, mas você saiu às treze horas e só retorna agora as cinco, pensei que haviam feito você de sushi.—Jordan!! – Ela fala de modo repreensivo.—Estou só tentando relaxar, mas fala logo!—Eles vieram para tomar o seu lugar.—Como é? E você fala isso na maior simplicidade?—Você manda uma representante mulher fazer o seu papel, na cultura deles não é admissível um comportamento
A noite chega; Beatrice está radiante num lindo vestido azul marinho coberto de âncoras brancas. Estava ansiosa para sua Terê entrar pela porta.—Papai, a Terê está demorando. Liga para ela agora!- Ela pega o celular do pai no sofá.—Não será preciso, ela já está subindo.—Êebaa!! A Terê chegou, a Terê chegou! -A menininha corre feito um relâmpago para a porta tentando alcançar a fechadura.—Já disse para ter calma, que modos são esses Beatrice Mochino?—Aaaa papai, é a Terê que não chega!-Ela olha para a porta do elevador, até que se abre. —Olá meu amor! Me dá aqui um abraço. -Beatrice pula agarrando-se a Tereza quase sufocando.—Espera filha, deixa a Tereza respirar.-Jordan tenta soltar seus bracinhos que estão entrelaçados ao pescoço dela.—Não não não papai...me deixa aqui.-Tereza a enche de beijinhos. —Fofa da Terê. Nunca vi um ser tão iluminado quanto este aqui.-Ambas se divertem.—Eu, desisto! Lutar nessa guerra de abraços não é comigo. Vou tomar algo .—Papai, que
María Tereza começava a ser alvo de elogios entre acionistas e funcionários da Mochino. Jordan via isso com bons olhos, ele decide que vai antecipar o casamento, não dá mais pra adiar, já não consegue ficar longe de Tereza. Sua filha está a cada dia mais apegada. Tereza no fundo adiaria por mais tempo, já que está confusa se abre o processo agora ou após o casamento, no que seria um tiro no próprio pé, segundo a sua advogada. Ela precisa tomar um decisão agora, para não gerar um conflito maior ao ter que divorciar-se ao mesmo tempo que luta pela filha; qualquer juíz veria isso de modo descabido sendo que uma criança precisa de um lar estabilizado e não uma guerra entre seus pais. Mas Jordan está a cada dia mais próximo dela , mais presente em sua vida profissional apoiando suas idéias inovadoras. Tereza pensa em seguir com o casamento sem questionar a maternidade, porém, se no futuro algo der errado ela terá mais dificuldade para conseguir essa guarda definitiva. Sua advogada afirma q