Mochino—Olá Fabíola, posso entrar um minuto?—Claro Anne, trabalhamos lado a lado.—Desculpa a pergunta descabida, mas como você será cunhada da CEO, saberia me dizer se ela já tem filhos?-A megera joga a isca.—Sabe o que penso sobre este casamento. Ela pode ser inteligente, fofa para alguns, mas não engulo essa união rápida. Mas...sobre ter filhos, estou completamente surpresa.—Não, não estou afirmando, estou perguntando apenas. —Que eu saiba, ela tem irmãos, um bando de oportunistas sustentados por ela. Filhos não. —É que outro dia ouvi uma conversa estranha sem querer com uma visita na sala, ela dizia que a menina era sua filha.—Seria uma ruiva que eu vi no mesmo dia?—Essa mesma.—Ah, essa tem algum cargo na clínica de fertilização que a Clarice doou os óvulos.—Sério? Mas será que ela deseja ser mãe também ou ela teve algum filho por inseminação?—Bem, não sei onde quer chegar Anne, mas uma coisa está ligada a outra, elas estavam nervosas com minha presença.—Po
Na clínica de fertilização, as coisas não estavam indo bem para o renomado médico geneticista Nick. Ele estava lidando com alguns casos complicados de infertilidade e os resultados não eram os esperados. O estresse começou a afetar sua saúde mental e emocional, levando-o a recorrer à bebida como uma forma de escapar da pressão. Maria Tereza, sua amiga e de sua esposa andava preocupada com o estado de Nick, decidiu fazer-lhe uma visita antes de sua viagem para o campo com seu chefe Jordan e sua filha Beatrice. Ela o encontrou tenso e preocupado, e decidiu confrontá-lo sobre seu comportamento . —Nick, o que está acontecendo com você? Soube que anda bebendo demais ultimamente.- Disse Maria Tereza, olhando para ele com preocupação. Nick suspirou e passou a mão pelo cabelo bagunçado. —Eu sei. A Kira já foi bater com a língua nos dentes; mas é só o estresse do trabalho. Estou lidando com casos difíceis e não consigo encontrar soluções. A bebida me ajuda a relaxar, pelo menos por um tem
Alguns dias depois...—Precisamos repetir aquele passeio com a espinafre, o que acha?—Sem dúvida! Sem contar que eu me senti fora do mundo estando lá. Não lembrava dos inúmeros relatórios que tinha que verificar.-risos.—Nem me fale! Até pisar os pés na garagem ainda estava sentindo a grama fresquinha embaixo dos pés.—Nossa, quem diria! Para quem dizia odiar ficar descalço e não curtia a natureza está se saindo muito bem. -Ela fala em tom divertido. Ele gosta.—Tem razão Tereza, eu era um ogro que vivia mergulhado no pântano. As coisas simples da vida nos proporcionam outra visão, isso agradeço a você.—Nada disso! Se não fosse pela Beatrice nem estaríamos tendo essa conversa amigável —Ah, então sou mesmo um ogro não é?—Humm, deixa ver....acho que sim.-Risos, Núbia os interrompe.—Tereza, com licença, há uma pessoa que parece nervoso, está querendo lhe falar com certa urgência.-jordan acha estranho mas não questiona. Tereza são da sala.—Nick, o que faz aqui??-Tereza es
—Bom dia, Jordan. Foi você que pegou o carro no estacionamento do Emporiu’s? — Óbvio . Ele havia sido abandonado num lugar inadequado. —Como inadequado! Eu o deixei sob a responsabilidade da concessionária, paguei a diária completa para buscá-lo hoje cedo. Como o tirou de lá? —Não esqueça que tenho GPS, sei por onde meus veículos transitam; como o vi parado de madrugada num local diferente fui ver o que havia acontecido, então como tinha uma chave extra comigo e os documentos estavam no carro, eu o peguei.—Mas você sequer se preocupou comigo, não ligou para saber se havia acontecido algo. Sabe o nó que deu na minha mente quando não o encontrei hoje? O manobrista sequer passou para o plantão que esteve lá. —Reclame com a direção da concessionária. O carro é meu por isso o resgatei. Quanto me preocupar com sua vida já é um pouco demais. O carro estava num bar, não na rua. Certamente você saiu com alguém.—Sim eu saí com um amigo, o levei p
Tereza vê o celular chamando, era tarde, por volta das 23:00h. Seria a babá ou mesmo o Jordan, ela pensa por alguns segundos mas corre para o visor vendo que era ele; então respira fundo e atende.“ Olá Jordan!”“ Tereza, por favor venha para minha casa, eu preciso de ajuda com a Beatrice.”“ Como ela está?”“ Não sei. Ela vomitou mas cedo após ter tomado o remédio. Agora está ardendo de febre e sonolenta.”“Quem está aí com você?’“ Ninguém. A Anne esteve aqui mas já foi embora.-Tereza não tem tempo para soltar um indireta, engole em seco e dá as instruções.”“ Eu estou sem carro, vai demorar chegar aí. Coloque ela na banheira com até o tórax. Não precisa ser totalmente fria, só não pode ser quente. Deixe pelo menos por vinte minutos, retire da água e ponha o termômetro para ver se baixou. Não tem como dar medicação nestas condições sonolenta.”“ Mas e depois?”“ Vista-a com um vestido leve, pegue algumas fraldas, lenço, antitérmico dela uma manta e aguarde eu chegar aí. Não
Maria Tereza chega ao hospital onde Beatrice estava internada aguardando o resultado dos exames para o diagnóstico do possível câncer infantil. Beatrice sentia-se enjoada vomitando muito, a babá tentava animá-la mas a menina só queria ficar com Tereza.Maria Tereza imaginava como apoiaria Jordan num momento tão difícil. Mesmo decididos a ficar separados, eles tinham que manter uma relação de amizade e respeito, especialmente quando se tratava da pequena Beatrice. Ao entrar no quarto, Maria Tereza foi recebida com um forte abraço. A menina estava pálida e fraca, mas seus olhos brilharam ao ver Tereza que acariciou os cabelos da pequena sussurrando palavras de conforto ao seu ouvido; Beatrice sorriu, sentindo-se um pouco melhor com sua presença. Enquanto esperavam pelo médico, Jordan liga para Tereza pedindo orientação por tudo que viria ocorrer. O medo, a incerteza, a angústia o tomava. Ela tentava acalma-lo reanimando sobre como juntos, poderiam ajudar no tratamento da Beatric
No restaurante Jordan encontra uma brecha para sair com Tereza a sós. A babá ficará com Beatrice enquanto eles tentam ter uma noite agradável longe dos assuntos da empresa e dos últimos acontecimentos relacionados com a doença com abateram a todos. Beatrice encontra-se estável mas precisará estar sendo monitorada para ver a evolução do tratamento. Jordan faz o convite e Tereza aceita. Eles estão numa mesa reservada com uma vista privilegiada e longe de burburinhos ao lado. Jordan precisa criar coragem para mais uma vez conquistar sua confiança. —Até que enfim podemos ter uma noite a sós. -Ele chama o metre pedindo a carta de vinho.— Sim, estava precisando disso. Foi tão difícil ver a pequena Beatrice passar por tudo aquilo. -Ela está mexendo em seu anel de modo desconfortável.— Eu sei, mas agora ela está bem, e estamos aqui , só nós dois. -Ele a olha fixamente para seis lábios por alguns segundos.— Você... você foi tão forte durante todo esse tempo. -Tereza está inquieta.—Es
o casamento — Sabe Fabíola, estou tão feliz de casar-me de novo que mal posso esperar para começar uma nova fase da nossa vida junto com a Tereza e minha filha.—Eu também estou animada por você Jordan. Você é meu irmão, o amor apesar de discordamos em multas coisas.— Eu sei, as vezes fui arrogante mesmo sabendo que você tinha razão. Até mesmo no caso da fertilização que foi contra mas me apoiou do início do processo até Beatrice nascer. Eu te agradeço minha irmã. Além doaks está me ajudando no casamento; será uma festa simples, só para pessoas íntimas, mas quero que seja um dia especial e significativo para todos nós. — Será um dia importante. Estarei aqui pra te apoiar.No dia da cerimônia de casamento civil, Jordan e Tereza estavam cercados por seus amigos mais próximos. A irmã de Jordan, Fabíola, estava radiante por ser testemunha do casamento. Ela sempre foi muito próxima do irmão e estava feliz em vê-lo encontrar em Tereza um porto seguro após estar viúvo por dois anos —