Durante a semana, Jordan manteve -se ocupado mal tendo tempo para comer; havia especulação de um grupo vindo de Istanbul para estabelecer concorrência no país, e o pior, bem próximo o suficiente para que ele avistasse o suntuoso prédio que o escritório seria montado. Desde a fundação da Mochino, ninguém era páreo para sua empresa sólida. O primeiro fundador, seu avô Hernest, começou numa pequena oficina mudando uma peça aqui, outra alí, ousando na personalização dos carros nos anos 30. E não parou por aí, com o seu pai tornando o sonho do velho avô em realidade; a Mochino gerava empregos, era sólida e transparente. Maria Tereza sabia dessa novidade, ela estava antenada com tudo que dizia respeito a empresa e seus possíveis concorrentes, mas evitava falar no assunto com Jordan estudando meios para que a Mochino tivesse um plano infalível para quebrar as pernas do concorrente logo na chegada. A montadora de Istanbul certamente sabia que alí o negócio não seria fácil, mas contava com um
As coisas transcorriam bem na empresa. Apesar dos vizinhos concorrentes parecerem CEOS juniores a serviço dos Turkos, eles não passavam de estrategistas japoneses em busca de uma brecha para investir pesado na queda da Mochino, Norte Americana. Tereza foi convidada para um almoço com alguns desses representantes, ela substituiu o Jordan nessa empreitada, ele confiava nela para assuntos desagradáveis. No final desse encontro, Tereza traçou um perfil detalhado.—Então, o que achou deles?- Jordan está girando em sua poltrona feito um menino nervoso.—Pare de girar, está ativando minha labirintite.—Desculpa, mas você saiu às treze horas e só retorna agora as cinco, pensei que haviam feito você de sushi.—Jordan!! – Ela fala de modo repreensivo.—Estou só tentando relaxar, mas fala logo!—Eles vieram para tomar o seu lugar.—Como é? E você fala isso na maior simplicidade?—Você manda uma representante mulher fazer o seu papel, na cultura deles não é admissível um comportamento
A noite chega; Beatrice está radiante num lindo vestido azul marinho coberto de âncoras brancas. Estava ansiosa para sua Terê entrar pela porta.—Papai, a Terê está demorando. Liga para ela agora!- Ela pega o celular do pai no sofá.—Não será preciso, ela já está subindo.—Êebaa!! A Terê chegou, a Terê chegou! -A menininha corre feito um relâmpago para a porta tentando alcançar a fechadura.—Já disse para ter calma, que modos são esses Beatrice Mochino?—Aaaa papai, é a Terê que não chega!-Ela olha para a porta do elevador, até que se abre. —Olá meu amor! Me dá aqui um abraço. -Beatrice pula agarrando-se a Tereza quase sufocando.—Espera filha, deixa a Tereza respirar.-Jordan tenta soltar seus bracinhos que estão entrelaçados ao pescoço dela.—Não não não papai...me deixa aqui.-Tereza a enche de beijinhos. —Fofa da Terê. Nunca vi um ser tão iluminado quanto este aqui.-Ambas se divertem.—Eu, desisto! Lutar nessa guerra de abraços não é comigo. Vou tomar algo .—Papai, que
María Tereza começava a ser alvo de elogios entre acionistas e funcionários da Mochino. Jordan via isso com bons olhos, ele decide que vai antecipar o casamento, não dá mais pra adiar, já não consegue ficar longe de Tereza. Sua filha está a cada dia mais apegada. Tereza no fundo adiaria por mais tempo, já que está confusa se abre o processo agora ou após o casamento, no que seria um tiro no próprio pé, segundo a sua advogada. Ela precisa tomar um decisão agora, para não gerar um conflito maior ao ter que divorciar-se ao mesmo tempo que luta pela filha; qualquer juíz veria isso de modo descabido sendo que uma criança precisa de um lar estabilizado e não uma guerra entre seus pais. Mas Jordan está a cada dia mais próximo dela , mais presente em sua vida profissional apoiando suas idéias inovadoras. Tereza pensa em seguir com o casamento sem questionar a maternidade, porém, se no futuro algo der errado ela terá mais dificuldade para conseguir essa guarda definitiva. Sua advogada afirma q
Mochino—Olá Fabíola, posso entrar um minuto?—Claro Anne, trabalhamos lado a lado.—Desculpa a pergunta descabida, mas como você será cunhada da CEO, saberia me dizer se ela já tem filhos?-A megera joga a isca.—Sabe o que penso sobre este casamento. Ela pode ser inteligente, fofa para alguns, mas não engulo essa união rápida. Mas...sobre ter filhos, estou completamente surpresa.—Não, não estou afirmando, estou perguntando apenas. —Que eu saiba, ela tem irmãos, um bando de oportunistas sustentados por ela. Filhos não. —É que outro dia ouvi uma conversa estranha sem querer com uma visita na sala, ela dizia que a menina era sua filha.—Seria uma ruiva que eu vi no mesmo dia?—Essa mesma.—Ah, essa tem algum cargo na clínica de fertilização que a Clarice doou os óvulos.—Sério? Mas será que ela deseja ser mãe também ou ela teve algum filho por inseminação?—Bem, não sei onde quer chegar Anne, mas uma coisa está ligada a outra, elas estavam nervosas com minha presença.—Po
Na clínica de fertilização, as coisas não estavam indo bem para o renomado médico geneticista Nick. Ele estava lidando com alguns casos complicados de infertilidade e os resultados não eram os esperados. O estresse começou a afetar sua saúde mental e emocional, levando-o a recorrer à bebida como uma forma de escapar da pressão. Maria Tereza, sua amiga e de sua esposa andava preocupada com o estado de Nick, decidiu fazer-lhe uma visita antes de sua viagem para o campo com seu chefe Jordan e sua filha Beatrice. Ela o encontrou tenso e preocupado, e decidiu confrontá-lo sobre seu comportamento . —Nick, o que está acontecendo com você? Soube que anda bebendo demais ultimamente.- Disse Maria Tereza, olhando para ele com preocupação. Nick suspirou e passou a mão pelo cabelo bagunçado. —Eu sei. A Kira já foi bater com a língua nos dentes; mas é só o estresse do trabalho. Estou lidando com casos difíceis e não consigo encontrar soluções. A bebida me ajuda a relaxar, pelo menos por um tem
Alguns dias depois...—Precisamos repetir aquele passeio com a espinafre, o que acha?—Sem dúvida! Sem contar que eu me senti fora do mundo estando lá. Não lembrava dos inúmeros relatórios que tinha que verificar.-risos.—Nem me fale! Até pisar os pés na garagem ainda estava sentindo a grama fresquinha embaixo dos pés.—Nossa, quem diria! Para quem dizia odiar ficar descalço e não curtia a natureza está se saindo muito bem. -Ela fala em tom divertido. Ele gosta.—Tem razão Tereza, eu era um ogro que vivia mergulhado no pântano. As coisas simples da vida nos proporcionam outra visão, isso agradeço a você.—Nada disso! Se não fosse pela Beatrice nem estaríamos tendo essa conversa amigável —Ah, então sou mesmo um ogro não é?—Humm, deixa ver....acho que sim.-Risos, Núbia os interrompe.—Tereza, com licença, há uma pessoa que parece nervoso, está querendo lhe falar com certa urgência.-jordan acha estranho mas não questiona. Tereza são da sala.—Nick, o que faz aqui??-Tereza es
—Bom dia, Jordan. Foi você que pegou o carro no estacionamento do Emporiu’s? — Óbvio . Ele havia sido abandonado num lugar inadequado. —Como inadequado! Eu o deixei sob a responsabilidade da concessionária, paguei a diária completa para buscá-lo hoje cedo. Como o tirou de lá? —Não esqueça que tenho GPS, sei por onde meus veículos transitam; como o vi parado de madrugada num local diferente fui ver o que havia acontecido, então como tinha uma chave extra comigo e os documentos estavam no carro, eu o peguei.—Mas você sequer se preocupou comigo, não ligou para saber se havia acontecido algo. Sabe o nó que deu na minha mente quando não o encontrei hoje? O manobrista sequer passou para o plantão que esteve lá. —Reclame com a direção da concessionária. O carro é meu por isso o resgatei. Quanto me preocupar com sua vida já é um pouco demais. O carro estava num bar, não na rua. Certamente você saiu com alguém.—Sim eu saí com um amigo, o levei p