Mochino Montadora—Oi Sarah, Jordan está?—Bom dia Anne, ele cabou de chegar mas não quer ser interrompido.—Hum, já vi tudo! Deixa eu resolver isso.-Anne da um sorriso cínico e entra sem bater.—Em dois minutos ela sai com o rabo entre as pernas.-Sarah fala baixinho consigo.—Sarah, você por acaso é surda?- Jordan abre a porta esbravejando.—Não senhor, de modo algum.—Então porque a Anne entrou? Eu lhe avisei que não poderia ser interrompido.—Eu avisei, mas ela ....—Mas...mas que coisa alguma. De hoje em diante não permito invasões em minha sala.—Sim senhor.Jordan permanece de pé na porta, Anne sai desconfiada pedindo desculpas. Ele entra batendo a porta com força.—O que deu nele? Nunca me tratou assim?!—Eu lhe disse pra não entrar. Olha minha situação agora. —Jordan tem lá seus rompantes mas desta vez fui destratada como uma qualquer.—Entendo seu desapontamento. Mas enfim, temos que aceitar.—Não estou desapontada. Eu sei meu lugar,Sarah. Se você se acostumou a ser pau mand
o JantarJordan chega ao restaurante acompanhado de sua irmã Fabíola, Beatrice e sua avó Eleonora. Maria Tereza chega minutos depois. Todos os olhares, principalmente masculinos no recinto eram para aquela beldade num vestido transpassado azul petróleo plissado na saia. María Tereza desfilava com elegância num salto que a deixava mais esguia e nobre. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo baixo, exibindo uma franja lateral. Sem dúvida uma diva. Eleonora não pôde acreditar no que via, teve que engolir a seco a decepção de não poder rir caso a mexicana chegasse com roupas extravagantes como imaginava. Tereza se aproxima, espera que Jordan puxe a cadeira enquanto cumprimenta as duas futuras parentas, que tentam responder atropelando as palavras tamanha surpresa.—Boa noite a todos-Tereza fala enquanto acaricia o rosto de Beatrice no colo da tia.—E você minha princesa, como está?—Posso sentar no seu colo Terê?- Beatrice fala enquanto se joga em seus braços, Tereza ri e pegando-a no
—Bom dia Jordan, desta vez o sono te pegou de jeito.- Tereza ri enquanto põe café em sua xícara.—Bom dia, você tem razão, foi um despertar atípica como há muitos anos não acontecia.—Não se cobre tanto, seu corpo estava gritando.—Gritando foi? Hum, sei não!—Estou me referindo ao cansaço físico e mental. —E por acaso disse o contrário? – ele ri discreto.—Mudando de assunto. Vou até meu apartamento mudar de roupa. Vai precisar do carro, ou ainda posso pegar emprestado?—Não. Vou de moto hoje. Fica com o carro pra você se locomover melhor.—De modo algum. O carro é seu.—Eu tenho quatro carros na garagem, você não viu? Não fará falta, mas se quiser outro modelo, fica a vontade.—Me sinto desconfortável andando por aí com o carro do meu chefe.—Seu futuro marido diga-se de passagem, é bem diferente! -Ele morde um pãozinho cheio de geleia enquanto admira para seus lábios.—Tudo bem. Não serei indelicada. Aceito, mas prometo cuidar dele.- Tereza nota que seus pensamentos vagueiam em
“ Tereza, e aí como estão as coisas?”“Oi Nick, que bom ligou. Eu estou bem, ao menos por enquanto.”“ Mas o que houve? Problemas no trabalho?”“ Não, pelo contrário, vou me casar.”“ Mas isso é fabuloso. Desta vez tudo dará certo. Você uma moça esforçada.”“ Nick, não me censure, vocês homens são bastantes rigorosos em algumas opiniões ao que diz respeito as mulheres.”“ Mas que conversa é essa? Diz logo quem é o cafajeste, só não me diga que é o seu ex .”“ É o Jordan”.“ Que Jordan, não conheço nenhum?!”“ O Mochino”.-Nick quase enfarta do outro lado”.“ Jordan Mochino, o presidente da Automotiva? Você deu pra beber agora Tereza?”“ É uma longa história, mas o assunto na verdade tem a ver com isso, mas engloba algo muito mais sério, e você não poderá mentir.”“ Não estou gostando do tom dessa conversa. Podemos nos ver hoje? ““ Sim, mas terá que ser após as sete.”“ A kira poderá participar dessa conversa?”“ Claro; nos vemos mais tarde no Empóriuns”.“ okay, esta
Mochino Automotivo —Bom dia Tereza, que cara é essa?- Sarah a encontra no elevador da montadora.—Não tive uma noite fácil. Perdi o sono.—Tem a ver com Beatrice?—Sim, os exames são preocupantes Sarah, aí dessa menina se eu não tivesse em seu caminho.—É tão sério assim?-Elas saem do elevador em direção a copa.—Precisava mesmo de um café forte. Olha, tornar-se sério na medida em que os cuidados sejam negligenciados. Por isso falo que me minha chegada na vida do Jordan foi por uma boa causa.—Não acha que está exagerando? A vida do chefe já existia antes de você chegar aqui. Ele parecia bem confortável no seu mundinho particular.—Você tem razão quando diz que ele estava vivendo a vida numa boa, mas tudo muda quando uma criança adoece. Ele não é tão insensível quanto parece. Tenho notado mudanças.—Ele só quer te enganar pra ser a babá da menina, esse homem é esperto Tereza, até você aparecer eu via d. Fabíola subindo e descendo com a Beatrice como se fosse sua obrigação.
—Tereza, você pode me dar um minuto?- Jordan a encontra na porta do elevador na saída.—Eu tenho um compromisso, seja rápido por favor.—Hum, compromisso ou encontro? Vejo que desde ontem anda tendo noitadas.—Escuta aqui. Está gastando seus preciosos minutos com coisas tolas que em nada lhe dizem respeito. O que eu faço ou deixe de fazer não é da sua conta.—Está agressiva, cheia de autoridade. Alguém está inserido nisso ?—Alguém quem? Seja claro. Ultimamente anda com subjetividades.—Tereza, temos um acordo. Não pode sair por aí dormindo com qualquer um, já pensou o que podem falar de mim?—Está sendo patético. Se eu tivesse um homem de verdade ao meu lado não aceitaria casar com você; mas não se preocupe, se a causa nobre implica proteger sua reputação de cafajeste, que vive degustando certa funcionária no banheiro da empresa,eu estou fora. -Jordan está estarrecido com aquela atitude inesperada. —Agora, realmente preciso ir.—Mas ainda não terminei!-Tereza sai sem olhar
Noite da pizza —Papai papai... Olha quem chegou?-Beatrice corre para a porta agarrando-se a Terê .—Terê, vamos comer pizza doce com refrigerante.—Mas que boa notícia temos aqui. E o suco de uva não, teremos?—Aah não!-Beatrice faz cara triste sacudindo os braços. —Papai disse que hoje eu podia beber tudinho, porque você vinha comer aqui.—Seu pai disse isso foi? Huum, deixa eu ver... —Fala, fala, posso beber refri?—Acho que também vou tomar um pouco, mas só um pouquinho mesmo.—Êeebaa!!- A menina sai imitando um avião com os braços abertos por todo o apartamento numa gritaria só.—Oi Tereza, bom que veio. -Jordan está lindo, perfumado como sempre, Tereza o encara meio sorridente.—E eu seria louca de não vir! A Beatrice não me perdoaria. -Risos.—Vem, olha a mesa que eu mandei preparar. Ela adorou.—Uau! Temos não só pizza, mas uma porção de guloseimas, ela está feliz,veja! —Confesso pela primeira vez que seus gritos hoje não me incomodam tanto.— Está se adaptan
Durante a semana, Jordan manteve -se ocupado mal tendo tempo para comer; havia especulação de um grupo vindo de Istanbul para estabelecer concorrência no país, e o pior, bem próximo o suficiente para que ele avistasse o suntuoso prédio que o escritório seria montado. Desde a fundação da Mochino, ninguém era páreo para sua empresa sólida. O primeiro fundador, seu avô Hernest, começou numa pequena oficina mudando uma peça aqui, outra alí, ousando na personalização dos carros nos anos 30. E não parou por aí, com o seu pai tornando o sonho do velho avô em realidade; a Mochino gerava empregos, era sólida e transparente. Maria Tereza sabia dessa novidade, ela estava antenada com tudo que dizia respeito a empresa e seus possíveis concorrentes, mas evitava falar no assunto com Jordan estudando meios para que a Mochino tivesse um plano infalível para quebrar as pernas do concorrente logo na chegada. A montadora de Istanbul certamente sabia que alí o negócio não seria fácil, mas contava com um