Catarina
Chego no apartamento de Amanda, toco a campainha e uma Amanda sonolenta abre a porta.
— A noite foi boa pra alguém a final. - Digo entrando e me sentando em seu sofá.
— Pra você também sua safada, Já que quem atendeu seu celular hoje de manhã foi o THÉO. E acho que já sei qual Théo. - Sorri cínica.
— Pra sua informação amiga ingrata, eu fui drogada por aquele idiota do Caíque e o Théo me levou pra casa dele.
Ela se senta e segura minha mão.
— Meu Deus amiga, você tá bem? Sou uma péssima amiga. Eu não acredito que aquele canalha do Caíque fez isso. Eu vou matar aquele desgraçado.
— Entra na fila. - falo irritada.
— Ô amiga, me perdoa de verdade, eu não podia ter te deixado sozinha.
— Tá tudo bem, foi eu que pedi pra você se divertir com aquele gatinho. E graças a Deus o Théo apareceu e meio que me "SALVOU". E você? Se divertiu? - Mudo de assunto.
— Tá tudo bem mesmo? - Revirei os olhos.
— Tá bom. O gatinho que você falou, é o Pedro, eu conheci ele a pouco tempo, e a gente meio que tá ficando. Mas não é nada sério. E eu não te contei porque você tava com a cabeça cheia por causa do Frederico. E por outras coisas que você sabe.— Sua ingrata. Fico tão feliz por você Mand's, você merece ser feliz.
Ela dá um suspiro olha com o semblante triste.
— NÃO. PARA. Ele não é o Plínio. Você tem que dar uma chance pra você amiga. Esquecer o que você passou e ser feliz. Esse Pedro tá te fazendo feliz?.
— Sim ele está. Ele é legal e romântico. Mas tenho medo Catê.
— Mand's se ele está te fazendo bem, não precisa ter medo. Sei por tudo que você passou nas mãos daquele canalha, mas você não pode se prender a isso.
— Vou tentar Catê. Prometo.
Ficamos conversando até a hora do almoço e resolvo voltar pra casa. Abro a porta e não encontro meus pais.
Melhor assim, não quero dar explicação a ninguém da onde eu dormi. Quando estou prestes a subir pro meu quarto. Lurdes me chama, vou até a cozinha e ela está fazendo um bolo de abacaxi, que eu adoro. Sento na bancada e começo a pensar no pedido de casamento.Lurdes balança a mão na minha frente e eu saio dos meus devaneios.— O que tá acontecendo bonequinha?! Estou falando com você a minutos. E você não está prestando atenção! - Ralha.
— O Frederico me pediu em casamento. - Murmuro.
Lurdes pega uma cadeira e se aproxima de mim.
— E você não quer se casar? - Diz pegando em minha mão.
— Não babá, eu não quero. Eu não o amo, acho que não estou pronta para me casar. Eu ainda sou nova, tenho muito o que viver, antes de dar esse passo. E antes dele me pedir em casamento, eu ia terminar com ele. Agora não sei como fazer isso. - Suspiro.
— Eu não gosto dele, você sabe. Mas você não pode fazer ele ficar com esperança bonequinha. Termine logo. Se é isso que você deseja.
— Eu vou fazer isso. Obrigada babá, você é a melhor. - Digo me levantando e saindo, sem escutar os protestos de Lurdes para que eu coma algo.
Subo para o meu quarto e como hoje é sábado, resolvo colocar uma roupa e ir correr um pouco. Visto um top e um short. Pego meus fones de ouvido, a carteira e saio. Começo a correr, chego em um parque que tem pelo caminho e me sento observando os casais de namorados, as crianças brincando. Meu celular toca e vejo que é Fred, suspiro e atendo.
– Oi querida. Resolvi voltar mais cedo. Estou em minha casa, pode vir aqui? - Fala de uma vez.
- Ah. Oi Fred, sim eu chego aí daqui a pouco. - Digo, desligando.
Levanto, peço um Uber, já que vim a pé. E vou rumo a casa de Frederico. "E seja o que Deus quiser". Penso comigo mesma.
Depois de um tempo, o motorista estaciona, pago e desço. Frederico mora em um apartamento de luxo da cidade. Passo pela portaria e o porteiro me deixa subir sem avisar, já que venho muito aqui e ele sabe que sou namorada do Fred. Vou pro elevador e subo pra cobertura.Toco a campainha, e quem atende é Mary, a governanta. Ela me encaminha para o escritório que é onde Fred está e eu bato na porta. Ele abre e vem me dar um selinho mas eu desvio e entro no escritório. Ele me olha sem entender nada e senta em sua cadeira.— Aconteceu algo?! - Fala, me olhando desconfiado.
— Sim, olha Fred. Você é um cara legal, esses três anos que estivemos juntos foi muito bom. Mas eu quero terminar. -Digo de uma vez.
— Você quer terminar? Foi por causa do pedido de casamento? Se você quiser a gente adia pra um ano ou dois, não tem problema amor. Eu acho que me precipitei também. Achei que era isso que você queria. - Diz exasperado.
— Não Fred. Não é isso. Eu já queria terminar tem um tempo. Acho que não estamos mais na mesma vibe!
— É por causa do trabalho? Eu posso diminu..
— Não Fred. Sou eu, não tem nada a ver com você. Eu quero focar mais na faculdade e em minha futura carreira. E você não apoia a profissão que escolhi e não apoia nada que eu faço, ou pretendo fazer. E é isso. Eu espero que entenda. Sinto muito. - Digo me levantando e passando pela porta.
Resolvo ir andando pra clarear mais a mente. Depois de um tempo, chego em casa. Subo para o meu quarto e resolvo tomar um banho de banheira pra relaxar. Me dispo, entro e depois de um tempo acabo adormecendo.
Acordo com batidas na porta e minha mãe entra no quarto, chamando por mim. Digo que já vou. Saio da banheira, visto um roupão e encontro mamãe sentada em minha cama, esperando por mim.— Oi querida, eu e seu pai estávamos com um cliente dele. O papo com a esposa dele foi bom, que esqueci de avisar você. - Diz e eu me sento do seu lado.
— Não tem problema mamãe. Você se divertiu? Tem tanto tempo que você não sai. Só ficando em casa e resolvendo coisas daqui, do orfanato, e das ONGs.
Minha mãe era uma renomada estilista. Ela era muito procurada, produzia roupas de várias celebridades. Quando conheceu meu pai, se casaram, depois de um ano, ela me teve em um parto complicado. Ela continuou trabalhando, mal tinha tempo pra mim e era esnobe com todos de classe inferior a sua.
Até que um dia, em um exame de rotina, ela descobriu um tumor no útero. Foram vários anos de luta, quimios e depois de 5 anos na luta, em fim ela está "curada". Depois disso, ela virou outra pessoa. Uma mãe amorosa, uma mulher de garra e que ajuda todos em qualquer circunstância. Ela fundou a (MFCC), MULHERES FORTES CONTRA O CÂNCER, que é uma ONG que ajuda as mulheres a aprender a conviver com o Câncer. Ela também é patrocinadora do Orfanato Madre Lúcia, onde tem um pequeno anjo que é como uma irmã pra mim. Agnes, ela é uma criança de apenas 5 anos. Outra hora conto a história de Agnes.
Mamãe balança a cabeça e pega as minhas mãos e as põe em seu colo. Ela me olha e percebe que não estou muito bem.
— O que aconteceu querida? - Pergunta.
— O Fred me pediu em casamento e eu terminei com ele. - Digo de uma vez.
— Ó. Por que terminou com ele?
— Ai mamãe eu não quero me casar e eu não amo o Frederico. Eu não quero mais estar com uma pessoa que não me apoia em nada e que não amo. Eu quero ser livre sabe?!
— Eu sei querida, e eu te apoio. Agora vamos jantar, a Lurdes preparou um fricassê delicioso.
— Tudo bem, eu só vou me vestir e já desço.
Ela meneia a cabeça e sai, fechando a porta. Visto um vestido soltinho e uma rasteirinha, passo meu perfume e deixo os cabelos soltos
.
Desço as escadas e vou pra sala de jantar, onde estão papai, mamãe e FREDERICO. Não acredito. Mamãe me olha com pesar e sem entender absolutamente nada também.
— Boa noite! . - Digo e me sento ao lado de minha mãe.
— Boa noite filha, não vai cumprimentar o seu namorado, ou melhor dizer, noivo. Já que você me disse que ia a pedir em casamento Fred. Você veio pedir a minha benção? Saiba que... - Papai começa a falar. Mas Lurdes o interrompe.
— Posso servir o jantar Seu Alberto?. - Lurdes diz e me dá um aceno de leve. "Salva pelo gongo, ou melhor, pela Lurdes".
— Pode sim, Lurdes. E então como anda a faculdade filha? - Mamãe pergunta mudando de assunto, fazendo papai me olhar desconfiado.
— An. Muito bem. Você sabe, semana que vem é a última semana antes das férias. E pensar que falta pouco pra eu realizar meu sonho de ser uma psicóloga.
— Fim de carreira. - Papai murmura.
— Eu não vou nem responder a sua ironia Papai.
— É não vai mesmo, por que eu que banco a sua faculdade e posso tirar ela de você num piscar de olhos.
— Tira. Acho que está na hora mesmo de andar com minhas próprias pernas. E bancar a "MINHA FACULDADE". - Grito a última parte.
— Gente, não vamos brigar família por favor. - Frederico que até então estava calado, se manifesta.
— Família? Que eu saiba você não é da família. Até por que nós terminamos! - Me exalto.
— Você o que Catarina? Vocês terminaram é isso? - Papai diz.
— Não Alberto, a gente só está passando por uma fase não é querida?
— NÃO. A gente terminou mesmo. E essa conversa já deu pra mim. Com licença.
— Catarina, você não vai comer filha? Catarina?? - Mamãe diz. Mas já estou longe.
Pego o meu carro e saio sem destino. Preciso me afastar daquela casa. Muitos vão pensar que estou com drama, mas não sabem como é conviver com um pai tirano e que quer com****r a sua vida. Alberto Prescott sempre quis m****r nas minhas decisões, desde roupas que eu usava, locais que frequentava, amigos com quem saía. Tudo. Até na minha escolha na faculdade ele queria m****r. Ainda bem que tenho a minha mãe que não permitiu que eu fizesse o que ele queria e o enfrentou para eu fazer o curso que eu quisesse. Única pessoa que ele ouvia e que o enfrentava era minha mãe. Ele era apaixonado por ela e comia na palma da sua mão. Helena Prescott sabia dobrar o velho.
Dirijo pelas ruas da cidade e passo em frente o apartamento do Théo. Paro o carro e fico encarando. Até que vejo ele em sua pequena varanda, só de calça moletom, fumando um cigarro. Encaro aquele peitoral másculo e pelo um milésimo de segundo imagino passando as mãos e até a língua por aqueles gominhos.
"Deus O que estou pensando?" Isso é falta de sexo, certeza. Muito tempo sem. Balanço a cabeça e ligo o carro, mas fico encarando o volante e o apartamento. O que será que meu pai falaria se eu fizesse o que eu quero uma vez?! E foi com esse pensamento, que eu fiz a pior besteira da minha vida.[...]
TheoEncontrei Lidya, uma antiga ficante minha em um bar que estava. A trouxe para meu apartamento e começamos a conversar. Estávamos tomando vinho quando ela sem querer derrubou vinho em seu vestido. Disse para ela ir tomar um banho e vestir uma roupa minha. Aproveitei e fui pra varanda tomar um ar e fumar um cigarro. Estava com calor, então tirei a camiseta, ficando somente de calça moletom. Me debrucei na janela, quando vi um carro conhecido, parado em frente ao meu apartamento. Balancei a cabeça achando que era uma miragem e voltei para dentro do apartamento. Quando a campainha tocou. Me levantei para abrir e quando abri, me deparei com a morena gostosa na minha frente.- Marrentinha?! O que tá fazendo aq...Antes que eu terminasse de falar ela pulou em mim me beijando. No começo fiquei sem reação, mas quando ela pediu passagem com sua língua, me descontrolei. Colei meu corpo junto ao dela e aprofundei o beijo, se
CatarinaVolto pra casa e deito na minha cama, pensando na loucura que fiz. Amanda me ligou antes de chegar em casa e me pediu para dormir aqui hoje. Não pude recusar. Amo a minha amiga.Quando cheguei meus pais não estavam. E é melhor assim. Não quero dar de cara com meu pai. E continuar a discussão. Amanda me manda uma mensagem, avisando que chegou e desço para recebê-la e não acordar meus pais. Subimos para meu quarto e conto tudo que aconteceu.— Pera aí, você foi no apartamento do cara e beijou ele?????? Meu Deus Catê você é louca. - Gargalha.— Para de rir alto, sua doida, meus pais vão acordar. De tudo que eu te contei você só prestou atenção nessa parte?— Não. Prestei atenção na parte do seu pai também. Eu já te disse que se você quiser vir morar comigo, pode vir.
ThéoUma semana se passou, desde que aquela maluca, entrou no meu apartamento e me beijou. Eu pensava naquele beijo o tempo todo. Enquanto beijava outras mulheres nesse tempo e até enquanto transava, era em Catarina que eu pensava. Era na sua boca, doce e gostosa, seu olhos que pareciam me queimar quando me olhou daquele jeito, e seu corpo, quando se arrepiou inteiro quando a coloquei no meu colo contra a parede. E era exatamente nesse momento, enquanto me enterrava em Madson, que pensava NELA. Até que fiz a pior besteira do mundo e acabei gozando, falando o nome dela.- CATARINA?? VOCÊ ENLOUQUECEU THÉO?????- Não. Eu disse Madson, foi isso que eu disse. Desculpa, estou cansado. Quando sair feche a porta. - Saio e vou pro meu quarto.Entro no banheiro, e tomo um banho rápido. Me seco, visto uma Boxer e me jogo na cama. Adormeço
CatarinaQuando Amanda me chamou pra vir na casa do namorado dela, não imaginei que encontraria logo o Théo aqui, e que ele seria o melhor amigo do Pedro. O mundo é realmente muito pequeno. Confesso que fiquei balançada quando vi ele, mas já passou, afinal nem conheço o cara direito pra ficar "balançada".Conheci os outros amigos do Pedro e são bem legais. Miguel já caiu matando em cima de mim, me chamando pra sair. Aquele típico papo de cafajeste, dei trela, mas sei que não vai rolar nada. Não que ele não seja interessante, porque ele é muito, mas não estou afim de ficar com alguém agora.Amanda nos chamou para jogar verdade ou desafio, e estava indo tudo muito bem, até aquela lambisgo. Mulher aparecer. Ela já entrou e literalmente se jogou nele. Depois de soltar uma piadinha pra cima de mim, ele a arrastou para o sofá e depois sentamos todos.
* HOT*CatarinaThéo se sentou no sofá e me puxou para seu colo, continuamos a nos beijar e ele me levantou perguntando onde era o quarto. Mostrei o caminho e ele me pegou encaixando minhas pernas em sua cintura sem quebrar o beijo.Chegamos no quarto e ele me colocou na Beira da cama. Se aproximou e começou distribuir beijos pelo meu pescoço até chegar em meus seios. Ele levantou minha blusa fina, me deixando somente de sutiã de renda preto e short de dormir. Começou a dar beijos e mordidinhas no meu seio direito sob o sutiã. Desci minhas mãos pela barra da sua camiseta e a levantei, jogando em algum canto do quarto. Me levantei e empurrei ele pra cama, sentando sob seu colo e sentindo o quanto estava excitado. Passei minhas unhas por suas costas e o senti se arrepiando. Voltamos a nos beijar e ele desatou o fecho do meu sutiã, o tir
ThéoCheguei na Oficina e já fui direto para o escritório, nem passei em casa. Resolvi algumas pendências, já que era segunda-feira e meu tio chegaria na quinta-feira, tinha que deixar tudo pronto para a sua volta. Entre um serviço e outro, me peguei pensando em minha noite com Catarina. A garota era uma Leoa na cama, doce como o inferno, tinha bastante experiência, e com certeza eu iria querer repetir mais uma vez. Sei que disse que seria apenas uma noite e não iria acontecer mais, mas porra, eu queria experimentar de novo cada pedaço dela.Saio dos meus devaneios com sons de passos, levanto e me deparo com Bruno, meu irmão mais novo, me encarando com um sorriso.— O que você está fazendo aqui? — Cruzo os braços.— Nossa irmão. Não vai me dar nem um abraço?— Corta essa Bruno. Por que está aqui
CatarinaPego meu carro e fico o caminho inteiro pensando em Théo. Em como ele é complicado, eu não sabia que uma simples menção de algo, ia fazer ele ficar daquele jeito. Confesso que fiquei chateada quando ele se afastou bruscamente. Nós éramos uma bagunça juntos e ainda bem que combinamos de ser só uma noite. Deus me livre de ter algo com um cara problemático. De problemas, basta os meus. Não sei se estou sendo um pouco egoísta, maaas.Entro em casa e está tudo apagado. Percebo que estão dormindo. Melhor assim. Não queria dar satisfação para o "Capitão" de porque eu estava chegando essa hora. Desde quando o enfrentei e falei que ia me mudar de casa, meu pai está controlando cada passo meu. Ele ameaçou até em tirar a minha faculdade e pra isso não acontecer tenho que fazer o que ele quer até eu conseguir um emprego e me bancar sozinha. Mas Catarina Por que você não tenta uma bolsa de estudos? Por
CatarinaMinha mãe tentou entrar em contato com os supostos tios da Agnes, mas não obteve sucesso. Parece que simplesmente desapareceram, pedi a ela para acionar a polícia e falar que Agnes havia sido sequestrada. Mas não podíamos fazer nada quanto a isso, pois eles eram tios biológicos dela. Nossa única solução foi esperar e contratar um detetive particular para investigar.Voltamos para casa desoladas, fui para o meu quarto e chorei, não poderia ficar sem minha pequena. Agnes era parte da nossa família desde quando chegou no Orfanato. Sua mãe morreu em um acidente de carro quando ela ainda era pequena. Estava as duas no carro e por pouco Agnes se salvou. Sempre foi ela e a mãe dela, já que o pai as abandonou quando soube que a mãe estava grávida. Típico. Agnes acabou vindo para o orfanato, pois não acharam nenhum parente vivo da mesma. Aí agora do nada surge esses tios brotados da Terra. Alguma coisa isso tem. Deixei m