— Amy, está tudo bem? — A voz de Alex soou do outro lado da linha. — Estou te ligando há horas!— Desculpa, aconteceu muita coisa. — Ela se explicava, estava tão cansada. — Estou indo pra casa com o Ben e o Will, assim que chegar eu te conto tudo, ok? — Ok, te amo. — Ele respondeu.— Eu também te amo, até mais tarde. — Amélia respondeu, desligando e encostando e fechando os olhos.— Eu também te amo? — William perguntou do banco do motorista, olhando confuso pelo retrovisor.— Longa história. — Benjamin respondeu enquanto Amélia pegava no sono. Estava terrivelmente exausta.Assim que chegaram a casa dos Jones, William acordou Amélia e a levou até o seu antigo quarto. Tudo estava do mesmo jeito que havia deixado quando foi embora quatro meses atrás. As fotos, os objetos pessoais. Amélia retirou os sapatos e o casaco, olhando no espelho o estrago que Barth tinha feito em seu braço. As marchas outrora vermelhas, assumiam agora tons arroxeados em sua pele que deixavam clara a agressão.
— O que é isso? — Will perguntou, recebendo o pen drive de Amy.— São as provas contra o Barth. — Ela respondeu. — Todas as fotos estão aí, só que Will.. — Ela estremeceu ao olhá-lo. — Tem outras garotas aí. E não é só o Barth..Amélia respirou fundo.— O pai dele, tem vídeos e fotos dele com garotas desacordadas. — Ela dizia. — Só que tem mais. — Mais?? — Will e Ben perguntaram ao mesmo tempo, suas vozes alteradas enquanto Dylan observava.— Tem uns tecidos de entregas de contêineres no porto, mas não diz exatamente o que são as cargas. — Ela respondeu.Will olhou para o pen drive cheio de esperança e convicção.— Amy, você sabe o que isso significa? — Ele perguntou ao fitá-la.Amélia o olhou confusa. — Significa que tanto o prefeito quanto o desgraçado do Barth irão para a cadeia em breve. — Ele respondeu, olhando para Benjamin que sorria. — Dylan, fica em casa com a Amélia. Ben e eu vamos até a delegacia verificar esses arquivos. — Will pediu e Dylan concordou com um aceno. — V
— Gente, eu quero apresentar a vocês o meu futuro marido.. — Benjamin falou ao sorrir. — Esse é o Ethan Alderidge. Ethan sorriu charmoso para todos que logo se levantaram para cumprimentá-lo. Ao contrário do que ele esperava, os irmãos de Benjamin e Amélia foram extremamente receptivos com ele, e até Will lhe ofereceu uma cerveja. — E esse é Alexander Alderidge, o irmão mais velho do Ethan e.. — Benjamin começava a falar, mas Alex o interrompia. — Namorado da Amélia. — Alex respondeu, piscando para ela. Ele caminhou até o pai de Amélia, estendendo-lhe a mão para cumprimentá-lo. — Desculpe pelas circunstâncias inapropriadas, senhor Jones. — Ele começou a se explicar. — Eu queria fazer isso de uma forma mais adequada, mas como a Amélia não respondia às ligações e eu estava preocupado com tudo o que estava acontecendo aqui, meu irmão e eu fretamos um jatinho para cá. Amélia ainda olhava confusa, não esperava que Alex estivesse ali tão cedo, e nem com Ethan lhe acompanhando. Ela se
Quando Alexander terminou de falar ao telefone, Amélia estava ainda sentada na cama aguardando.— Você tem certeza que isso vai dar certo? — Ela perguntou preocupada.— John é um investigador experiente. Ele mesmo foi do FBI e ainda tem contatos lá dentro. Contatos importantes e poderosos que fariam de tudo para colocar alguém como o prefeito dessa cidade atrás das grades.Amélia o fitou pensativa.— O que foi, amor? — Ele perguntou preocupado.— Foi esse detetive que você contratou para me investigar? — Ela perguntou.Alex assentiu com a cabeça. — Eu sei que isso feriu você e eu não vou conseguir me desculpar o suficiente.. — Alex começava a falar, sentando ao lado dela.— Alex, já passou. — Ela falou ao calá-lo quando colocou o dedo sobre seus lábios. — Eu só quero que você me diga uma coisa.— O quê? — Ele perguntou.— Ele é bom? — Ela questionou, notando o sorriso de Alexander.— Ele é excelente, Amélia. O John é o melhor investigador que eu conheço. — Falou ao tranquilizá-la. —
Ao acordarem na manhã seguinte, Amélia percebeu que Alex não estava na cama, mas notou uma flor de girassol ao seu lado e sorriu, imaginando ser obra dele.Quando desceu para o andar de baixo, escutou a movimentação na cozinha e o barulho de risadas, encontrando Alex, Ethan, Benjamin e o pai deles sentados à mesa tomando café.— Bom dia? — Ela falou, cruzando os braços ao recostar no portal da cozinha.— Bom dia, Abelhinha. — O pai respondeu ao sorrir.Quando ele se levantou, Amélia viu diversos álbuns de fotos em cima da mesa, todos espalhados com todos dela e dos irmãos.— O que vocês estão aprontando aqui? Cadê o Bernard e o Will? E o Dylan? — Ela questionava, passando por Benjamin e Ethan e indo sentar ao lado de Alex.— Foram trabalhar. — Benjamin respondeu, tomando um gole de café. Ele estava arrumado demais, trajando terno e gravata, assim como Ethan.— E aonde vocês vão? — Ela questionou curiosa.— Trabalhar. — Eles responderam ao mesmo tempo, levantando-se e se despedindo de
Amélia o olhava sem entender.— Como assim? O que você fez? — Ela questionou.— Fiz uma oferta generosa para o Bill e ele aceitou. — Alex respondeu ao dar de ombros, beijando a face de Amélia. — Se quiser, depois podemos levá-lo para a marina de New York ou do Hamptons para você. — Ele sugeria.Amélia o abraçou, beijando os lábios dele carinhosamente.— Obrigada. — Ela sussurrou contra a boca dele, fitando seus olhos. — Eu te amo.Alexander sorriu, beijando a testa dela.— E eu amo você. — Ele respondeu.Amélia levou a chave em seguida a ignição do barco e ligou. O motor logo começou a roncar e o barco ia saindo do píer da casa do Bill, seguindo para a baía de Charleston. Alex caminhava até Amélia, parando atrás dela e abraçando-a pela cintura. Ele logo começava a perceber que ela sabia o que estava fazendo. Conforme o barco ia se afastando mais, Alex ficava admirado ao passarem pelas ilhas que cercavam a marina e a baía, observando os prédios se distanciando. — Você já velejou ante
As pessoas no restaurante comentavam sobre a notícia do prefeito Rhodes sendo preso, as vozes altas se tornavam fofocas terríveis que se espalhavam pelo salão do restaurante. Amélia olhava para Alex, vendo o telefone dele tocar em cima da mesa e ele atender logo em seguida.— Alô. — Ele respondeu. — Estamos no restaurante da marina, paramos o barco aqui para almoçar. — Ele informava a pessoa do outro lado da linha.— Sim, está em todos os canais. — Ele respondeu à pessoa do outro lado ligação. — Ela está comigo. — Dizia ao olhar para Amélia. — Está bem, dentro do possível.Ele comentava sobre Amélia que se levantava de imediato e em seguida sentava. — Vamos terminar de almoçar e o Bruce está vindo nos buscar. Até mais tarde. — Alex desligou.— Quem era? — Amy perguntou curiosa.— Benjamin, ele estava preocupado. — Alex falou, tentando não continuar o assunto.— Com o quê? — Ela questionou, tremendo o pior.— Amy, você precisa comer. — Ele alertou, segurando a mão dela em um carinho
Os olhos furiosos de Barth brilhavam com o que Amélia havia dito. A mão livre dele agarrava o pescoço de Amélia com força, apertando os dedos ali ao roubar-lhe o ar.— É mentira. — Ele rosnava contra ela.Amélia balançava a cabeça negativamente.— O bebê é seu. Faça as contas. — Ela sussurrou sem ar, lutando para puxar o ar. — Eu estou com quatro meses.Barth a olhou confuso, como se estivesse realmente calculando em sua cabeça enquanto algumas pessoas passavam por eles rapidamente. Ele mantinha a arma contra a barriga de Amélia, porém escondendo-a com o casaco.— Vamos sair daqui. — Ele soltou o pescoço de Amélia e agarrou seu braço, começando a caminhar com ela para fora do restaurante.Eles seguiam pela parte de trás do restaurante, passando próximo da cozinha e saindo pela porta dos fundos.Amélia tentava não chorar, mas seu corpo inteiro tremia de medo. Não fazia ideia de para onde Barth estaria lhe levando, e o pior, o que ele iria fazer com ela.Quando eles chegaram ao estacio