Beatriz parou na frente de Marcos, olhos vermelhos e inchados de chorar, com uma mistura de tristeza e vulnerabilidade. — Sabe. Um dia, meu avô me disse que eu nunca conseguiria conquistar nada sem a ajuda das pessoas, que eu sempre teria que precisar de alguém para conseguir o que eu queria. E agora, vivendo tudo isso, percebi que realmente é verdade.— disse ela, com a voz trêmula de emoção. Lágrimas escorreram pelo rosto dela, refletindo a dor e a frustração. — A vida mais uma vez me mostrou que sozinha eu não sou ninguém!— exclamou, sentindo desespero e raiva misturados em sua voz. — Eu não podia imaginar que você passou por isso...— Marcos sussurrou acariciando seu rosto. Ela levantou a cabeça, secando as lágrimas que embaçavam sua visão e encarou fixamente os olhos de Marcos, com uma mistura de dor e sensibilidade. — Eu sei que sua vida também não foi fácil, mas em certo ponto você teve privilégios que eu sempre quis ter. Você cresceu em uma família linda, cercado de cari
Na manhã seguinte Beatriz desceu e encontrou todos a esperando na mesa, Clarie e Jess levantam rapidamente para pegar os bebês. Ela se aproxima de Letícia, abraçando a amiga apertado. — Bom dia, amiga.— Letícia disse aliviada ao receber os abraços de Beatriz. Marcos passou a noite pensando nas palavras de Beatriz, como seu passado a afetou tanto que hoje uma simples ajuda, faz com que ela se sinta mal. Ele olha para Beatriz, com um olhar cheio de amor, um amor que crescia cada dia que passava. Ele já não estava sabendo lidar com seus sentimentos. Beatriz sorri enquanto encontra seus olhos. O amor e a admiração que sentia por ela transbordavam em seu olhar. Com um gesto gentil, ele puxou a cadeira ao lado dele, convidando-a a se sentar. Beatriz sorriu, sentindo o rosto esquentar. — Obrigada — sussurrou, seus olhos brilhando de gratidão. Marcos sentiu seu coração acelerar, perdido no sorriso dela.— Uau, que mesa linda. A mesa farta e colorida brilhavam seus olhos, parecia que
Letícia sentia seus lábios tremerem. Ela cobriu o rosto com as mãos, como se tivesse com vergonha. Antes que ela tentasse inventar uma desculpa, Marcos entrou com um homem jovem e alto, vestido de branco. — Desculpa interromper a conversa de vocês. Letícia, esse é Kaleb Stone, ele é fisioterapeuta, amigo do Maicon, semana passada comentei sobre você e lembrei que hoje ele tinha uma visita perto daqui. Ele vai te examinar com mais precisão — Marcos falou, e Letícia arregalou os olhos ao reconhecê-lo. Kaleb percebeu seu nervosismo e sorriu com compreensão. — Boa tarde, senhorita Brown. Se me permitir, vou começar a te examinar — disse ele, encontrando os olhos dela. Kaleb examinou as pernas de Letícia com atenção. Seu rosto sério refletia preocupação. Após alguns minutos de silêncio, ele se levantou— Letícia, precisamos conversar seriamente — disse Kaleb, com voz calma e profissional. Beatriz e Marcos trocaram olhares preocupados. Letícia abaixou a cabeça, como se já soubesse o
Dias se passaram sem notícias verdadeiras ou ameaças de Dimitri. Ele parecia estar brincando de se esconder, sempre que Marcos e o investidor particular estavam perto de capturar Dimitri, ele descobria. A mansão de Marcos se tornou um refúgio seguro para Beatriz e os bebês. A rotina tranquila e a segurança rigorosa criaram uma sensação de normalidade.Apesar do medo, Letícia começou o tratamento, sempre supervisionado por Maicon. Desde o primeiro beijo, eles são se separaram mais. Onde Maicon ia, levava Letícia, orgulhoso por ter alguém como ela ao seu lado. Numa tarde ensolarada, Beatriz com os bebês no braços caminhava pelo jardim, admirando as flores vibrantes. Marcos se juntou a eles, oferecendo um sorriso e pegando Oliver nos braços. — Oii, garotão do papai.— ele sussurrou olhando nos pequenos olhos verdes de Oliver que sorri ao ouvir a voz do pai.— Tudo bem, Bia?— perguntou ele, observando sua expressão serena. — Sim, é fácil se acostumar com essa paz.— respondeu Beatriz
Marcos cerrou os olhos levemente, mordendo os lábios de forma provocativa. Em um movimento rápido, ele a encostou contra o balcão, prendendo-a com seus braços fortes. Beatriz sentiu seu coração acelerar, seu corpo reagindo instantaneamente à proximidade de Marcos. — E como exatamente quer que eu te ajude? — sussurrou encarando intensamente seus olhos. Marcos sorriu, curvando levemente seus lábios, gostando da maneira que ela se entregava ao momento. Ele a puxou para perto, fazendo seus lábios roçarem em sua orelha. — De todas as formas possíveis. Quero sentir você assim... bem pertinho de mim. Beatriz sentiu um arrepio percorrer sua espinha, seus sentidos aguçados pela presença intensa de Marcos. Ela permitiu-se render-se àquele momento, entregando-se à tensão e ao desejo que fluía entre eles. O ar parecia vibrar de antecipação, carregado de um desejo jamais sentindo. Cada batida do seu coração parecia ecoar na cozinha silenciosa. Eles estavam próximos o suficiente para se
Um mês após o beijo apaixonado, Marcos e Beatriz navegavam em um mar de amor e segurança. Beatriz se tornou mais segura e confiante, seus medos e traumas pareciam pequenos diante da felicidade que ela estava sentindo. Pela primeira vez, ela era amada, respeitada e admirada. Marcos mostrava diariamente o quanto estava disposto a lutar por eles. Dias atrás, foi noticiada a captura de Leona; ela estava na Flórida, tentando dar um grande golpe em um magnata. Lincoln adicionou todos os conhecidos do pai e conseguiu reunir homens honestos e que queriam fazer justiça. Como o magnata era conhecido, a notícia da tentativa de golpe percorreu todos os cantos dos Estados Unidos. Com a notícia, Beatriz pôde respirar um pouco mais aliviada, mas o desaparecimento de Dimitri ainda fazia com que ela acordasse assustada. Mesmo não tendo notícias e nem ameaças desde que foi morar na mansão, Marcos estava decidido a não descansar enquanto não ver Dimitri preso ou morto. A manhã estava ensolarada. Marc
Alguns minutos de carro, o silêncio confortável era quebrado apenas pelo som suave do motor, até que finalmente chegaram. Um lugar com uma vasta beleza, onde o tempo parecia ter parado. Marcos sorriu, lembranças aflorando em sua mente.Ali, quando criança, Marcos brincava sob o sol quente, correndo entre as árvores jovens. Agora, essas mesmas árvores se erguiam majestosas, suas copas entrelaçadas criando um dossel natural. O gramado, antes simples, agora era um tapete verdejante, pontuado por pedras translúcidas que imitavam cristais, que ficavam ainda mais lindas refletindo a luz do sol.Ao longe se avistava uma fonte de água cristalina, borbulhas dançavam na superfície, criando uma melodia suave. Em volta flores raras, espécimes exóticos, cuidadosamente selecionados, adicionavam cores vibrantes. As pedras polidas guiavam os visitantes através do jardim dando o contraste perfeito com a iuminação suave, luzes embutidas destacavam a beleza do local ao anoitecer.Beatriz, olhava tudo c
Anna Beatriz Ávila e Letícia Brown compartilham uma amizade inseparável desde a infância. Apesar da vida não ter sido facil com as duas, elas se apoiaram mutuamente, enfrentando o luto e o abandono. Letícia foi expulsa de casa aos 17 anos por engravidar, acreditando que o homem que ela amava fosse apoia-la, ele se negou manter contato com Letícia, ofertando até um aborto. Desolada e desamparada, encontrou refúgio na velha casa de Elisa, falecida mãe de Beatriz. Quando Ravi, filho de Letícia, nasceu, Beatriz foi seu apoio em todos os momentos. Acompanhou nas consultas, vibrou com cada chutinho e ajudou a escolher o nome. Hoje, Ravi tem 5 anos e as duas vivem unicamente para cuidar dele. Mas o destino muitas vezes tende ser cruel com quem não merece. Ravi foi diagnosticado com Leucemia quando tinha apenas quatro anos. O mundo das duas desabou. Cada dia no hospital era uma batalha contra o tempo. A quimioterapia esgotava o pequeno, e as duas amigas não aceitavam do por que uma crian