Um mês após o beijo apaixonado, Marcos e Beatriz navegavam em um mar de amor e segurança. Beatriz se tornou mais segura e confiante, seus medos e traumas pareciam pequenos diante da felicidade que ela estava sentindo. Pela primeira vez, ela era amada, respeitada e admirada. Marcos mostrava diariamente o quanto estava disposto a lutar por eles. Dias atrás, foi noticiada a captura de Leona; ela estava na Flórida, tentando dar um grande golpe em um magnata. Lincoln adicionou todos os conhecidos do pai e conseguiu reunir homens honestos e que queriam fazer justiça. Como o magnata era conhecido, a notícia da tentativa de golpe percorreu todos os cantos dos Estados Unidos. Com a notícia, Beatriz pôde respirar um pouco mais aliviada, mas o desaparecimento de Dimitri ainda fazia com que ela acordasse assustada. Mesmo não tendo notícias e nem ameaças desde que foi morar na mansão, Marcos estava decidido a não descansar enquanto não ver Dimitri preso ou morto. A manhã estava ensolarada. Marc
Alguns minutos de carro, o silêncio confortável era quebrado apenas pelo som suave do motor, até que finalmente chegaram. Um lugar com uma vasta beleza, onde o tempo parecia ter parado. Marcos sorriu, lembranças aflorando em sua mente. Ali, quando criança, Marcos brincava sob o sol quente, correndo entre as árvores jovens. Agora, essas mesmas árvores se erguiam majestosas, suas copas entrelaçadas criando um dossel natural. O gramado, antes simples, agora era um tapete verdejante, pontuado por pedras translúcidas que imitavam cristais, que ficavam ainda mais lindas refletindo a luz do sol. Ao longe se avistava uma fonte de água cristalina, borbulhas dançavam na superfície, criando uma melodia suave. Em volta flores raras, espécimes exóticos, cuidadosamente selecionados, adicionavam cores vibrantes. As pedras polidas guiavam os visitantes através do jardim dando o contraste perfeito com a iuminação suave, luzes embutidas destacavam a beleza do local ao anoitecer. Beatriz, olhava tu
Beatriz ficou sem fôlego, olhando para o anel de diamante brilhando em sua mão. Lágrimas de felicidade escorrendo por seu rosto, ela sentiu seu coração transbordar de amor. — Sim, aceito!— sussurrou, sua voz tremendo de emoção. Marcos sorriu, seus olhos brilhando de felicidade. Ele colocou delicadamente o anel no dedo de Beatriz e a abraçou com carinho. — Confesso que eu estava com medo da sua resposta.— disse ele, beijando-a suavemente. — Eu te amo, Marcos. Não tem por que recusar. Passei tempo demais sentindo medo do que o futuro me espera. Eu quero estar ao seu lado nos dias bons e ruins.— respondeu ela, envolvendo seus braços ao redor dele. Enquanto se abraçavam, a música envolvia o ambiente em uma melodia romântica e suave, como se celebrasse seu amor. — Você imaginou que nossa relação seria assim?— perguntou Marcos, olhando fundo em seus olhos. — Na verdade não imaginava que chegaríamos a dar certo. Acreditei por inúmeras vezes que jamais pudéssemos ficar juntos. No
Um ano de saudade e dor ecoava no coração de Letícia como uma ferida aberta, recusando-se a cicatrizar. A data da partida de Ravi era um lembrete cruel da vida sem seu sorriso contagioso, sem sua risada irreverente. Cada dia sem ele era uma eternidade de solidão. As memórias de Ravi, antes enterradas sob uma camada de dor, agora ressurgiam com intensidade cruel. Letícia revivia momentos de alegria, de risos e de lágrimas compartilhados. A saudade era um peso esmagador, dificultando cada respiração. Nesse mar de tristeza, o apoio incondicional de Beatriz era um farol de esperança. Beatriz não era só uma amiga, era uma irmã, que esteve ao seu lado em cada momento de fragilidade, enfrentaram a dor, buscando curar o incurável. Beatriz foi a coluna que sustentou Letícia, impedindo que a dor a consumisse. Cada palavra de conforto, cada abraço apertado, cada lágrima compartilhada, ajudava Letícia a suportar a dor. Marcos e Maicon levaram as duas para o cemitério de Nova York, onde o co
Letícia estava determinada a descobrir a verdade por trás da morte de Ravi, após muita pesquisa e investigação, decidiu que era hora de confrontar Morgana. Com um pequeno dispositivo de escuta escondido em seu bolso, ela seguiu em direção à imponente mansão que um dia foi seu lar.Beatriz concordou em deixa-la sozinha, mas seu coração ficou apertado ao ver Letícia atravessando o enorme portão, conforme a imagem da amiga foi sumindo, ela sentia um calafrio percorrer sua espinha. A fachada grandiosa e imponente da casa parecia sussurrar segredos sombrios. Letícia se aproximou da porta e sem demora a governanta abriu encontrando os olhos dela, Letícia sorriu tentando esconder a ansiedade que a consumia por dentro. A senhora de mais de 50 anos sorriu fracamente, não podendo demonstrar qualquer tipo de felicidade em ve-la.Letícia suspirou tristemente, sabendo que sua antiga babá não fez por mal, só estava cumprindo ordens. Ela guiou com um pouco de dificuldades a cadeira de rodas enrosca
Letícia levantou a cabeça engolindo o choro que estava preso na garganta, as lágrimas ardiam em seus olhos, mas ela não as deixou cair. Com as mãos trêmulas, Letícia trava as rodas da cadeira, aperta fortemente as pernas e lentamente com apoio da força nos braços começa a ficar em pé. Seus músculos trêmulos cediam aos poucos, mas ela se mantinha firme, determinada a encarar aquela mulher que lhe causava tanta dor. Com um tremor nas pernas, Letícia se ergueu da cadeira de rodas, sentindo a força pulsante percorrer em suas veias. Seu coração batia descompassado, o suor frio escorria por sua testa, mas ela não podia mais se manter sentada, ela jurou pra si mesma que estaria de pé para ver a queda de quem já lhe fez tanto mal.Tudo parecia estar em câmera lenta, erguendo-se lentamente, com os olhos marejados de lágrimas, Letícia encarou Morgana com uma intensidade que a outra não estava acostumada a ver. Sua voz saiu firme, carregada de emoção e dor, mas também de uma coragem que vinha d
Marcos segurou Beatriz nos braços, sentindo seu coração despedaçar. — Não me deixe, amor. — disse, tocando seu rosto pálido. Marcos sentia suas lágrimas escorrerem pelo seu rosto, sua voz tremendo de desespero. Ele olhou para Morgana, sentando desorientada no chão. Maicon rapidamente correu para segurá-la e impedi-la de fugir. — Você pagará por isso! — Sua raiva era ofuscada pela preocupação com Beatriz. — Onde você vai? — perguntou Letícia, em lágrimas, ao ver o sangue de Beatriz pingando no chão. — A ambulância está demorando, eu mesmo vou levar ela. — Com cuidado, Marcos levantou Beatriz, sentindo seu peso leve e frágil. — Eu te amo, Beatriz. Não me deixe! — Seu olhar implorava para que ela não o deixasse. Ele caminhou rapidamente para fora da mansão, onde o som das sirenes da ambulância e da polícia preenchia o ar. De longe, Marcos avistou seu amigo Jonathan, acompanhado por Lincoln. Ele estranhou, mas sua preocupação com Beatriz era maior. Jonathan, ao ver Beatriz ferid
Enquanto isso na delegacia, Lincoln e Jonathan, junto com o delegado analisavam as gravações de Letícia. — Isso é suficiente para condenar Morgana?— Lincoln perguntou, seu rosto endurecido pelas palavras que ouviu. — Sim. Precisaremos fazer uma investigação, o advogado de defesa pode querer anular a gravação como prova.— O delegado disse com o olhar preocupado. — Mas ela fez isso com o meu conhecimento, então mesmo que ele tente, não poderá anular, já que eu sou o investigador desse caso. — Ótimo! Com o arquivo que seu pai trouxe e com suas investigações, não terá como ela se livrar de ir para a cadeia. Para não deixar meios para ela escapar, quero que consiga os nomes dos envolvidos, Morgana nunca sujou as mãos, então sabemos que existe várias pessoas por trás de cada crime. Preciso interrogar a médica que atendeu Elisa Ávila, os médicos que negligênciaram o filho de Letícia Brown, quero o nome do farmacêutico que manipulou os venenos que matou Oliver Brown. Quero tudo isso a