Dias se passaram sem notícias verdadeiras ou ameaças de Dimitri. Ele parecia estar brincando de se esconder, sempre que Marcos e o investidor particular estavam perto de capturar Dimitri, ele descobria. A mansão de Marcos se tornou um refúgio seguro para Beatriz e os bebês. A rotina tranquila e a segurança rigorosa criaram uma sensação de normalidade.Apesar do medo, Letícia começou o tratamento, sempre supervisionado por Maicon. Desde o primeiro beijo, eles são se separaram mais. Onde Maicon ia, levava Letícia, orgulhoso por ter alguém como ela ao seu lado. Numa tarde ensolarada, Beatriz com os bebês no braços caminhava pelo jardim, admirando as flores vibrantes. Marcos se juntou a eles, oferecendo um sorriso e pegando Oliver nos braços. — Oii, garotão do papai.— ele sussurrou olhando nos pequenos olhos verdes de Oliver que sorri ao ouvir a voz do pai.— Tudo bem, Bia?— perguntou ele, observando sua expressão serena. — Sim, é fácil se acostumar com essa paz.— respondeu Beatriz
Marcos cerrou os olhos levemente, mordendo os lábios de forma provocativa. Em um movimento rápido, ele a encostou contra o balcão, prendendo-a com seus braços fortes. Beatriz sentiu seu coração acelerar, seu corpo reagindo instantaneamente à proximidade de Marcos. — E como exatamente quer que eu te ajude? — sussurrou encarando intensamente seus olhos. Marcos sorriu, curvando levemente seus lábios, gostando da maneira que ela se entregava ao momento. Ele a puxou para perto, fazendo seus lábios roçarem em sua orelha. — De todas as formas possíveis. Quero sentir você assim... bem pertinho de mim. Beatriz sentiu um arrepio percorrer sua espinha, seus sentidos aguçados pela presença intensa de Marcos. Ela permitiu-se render-se àquele momento, entregando-se à tensão e ao desejo que fluía entre eles. O ar parecia vibrar de antecipação, carregado de um desejo jamais sentindo. Cada batida do seu coração parecia ecoar na cozinha silenciosa. Eles estavam próximos o suficiente para se
Um mês após o beijo apaixonado, Marcos e Beatriz navegavam em um mar de amor e segurança. Beatriz se tornou mais segura e confiante, seus medos e traumas pareciam pequenos diante da felicidade que ela estava sentindo. Pela primeira vez, ela era amada, respeitada e admirada. Marcos mostrava diariamente o quanto estava disposto a lutar por eles. Dias atrás, foi noticiada a captura de Leona; ela estava na Flórida, tentando dar um grande golpe em um magnata. Lincoln adicionou todos os conhecidos do pai e conseguiu reunir homens honestos e que queriam fazer justiça. Como o magnata era conhecido, a notícia da tentativa de golpe percorreu todos os cantos dos Estados Unidos. Com a notícia, Beatriz pôde respirar um pouco mais aliviada, mas o desaparecimento de Dimitri ainda fazia com que ela acordasse assustada. Mesmo não tendo notícias e nem ameaças desde que foi morar na mansão, Marcos estava decidido a não descansar enquanto não ver Dimitri preso ou morto. A manhã estava ensolarada. Marc
Alguns minutos de carro, o silêncio confortável era quebrado apenas pelo som suave do motor, até que finalmente chegaram. Um lugar com uma vasta beleza, onde o tempo parecia ter parado. Marcos sorriu, lembranças aflorando em sua mente. Ali, quando criança, Marcos brincava sob o sol quente, correndo entre as árvores jovens. Agora, essas mesmas árvores se erguiam majestosas, suas copas entrelaçadas criando um dossel natural. O gramado, antes simples, agora era um tapete verdejante, pontuado por pedras translúcidas que imitavam cristais, que ficavam ainda mais lindas refletindo a luz do sol. Ao longe se avistava uma fonte de água cristalina, borbulhas dançavam na superfície, criando uma melodia suave. Em volta flores raras, espécimes exóticos, cuidadosamente selecionados, adicionavam cores vibrantes. As pedras polidas guiavam os visitantes através do jardim dando o contraste perfeito com a iuminação suave, luzes embutidas destacavam a beleza do local ao anoitecer. Beatriz, olhava tu
Beatriz ficou sem fôlego, olhando para o anel de diamante brilhando em sua mão. Lágrimas de felicidade escorrendo por seu rosto, ela sentiu seu coração transbordar de amor. — Sim, aceito!— sussurrou, sua voz tremendo de emoção. Marcos sorriu, seus olhos brilhando de felicidade. Ele colocou delicadamente o anel no dedo de Beatriz e a abraçou com carinho. — Confesso que eu estava com medo da sua resposta.— disse ele, beijando-a suavemente. — Eu te amo, Marcos. Não tem por que recusar. Passei tempo demais sentindo medo do que o futuro me espera. Eu quero estar ao seu lado nos dias bons e ruins.— respondeu ela, envolvendo seus braços ao redor dele. Enquanto se abraçavam, a música envolvia o ambiente em uma melodia romântica e suave, como se celebrasse seu amor. — Você imaginou que nossa relação seria assim?— perguntou Marcos, olhando fundo em seus olhos. — Na verdade não imaginava que chegaríamos a dar certo. Acreditei por inúmeras vezes que jamais pudéssemos ficar juntos. No
Um ano de saudade e dor ecoava no coração de Letícia como uma ferida aberta, recusando-se a cicatrizar. A data da partida de Ravi era um lembrete cruel da vida sem seu sorriso contagioso, sem sua risada irreverente. Cada dia sem ele era uma eternidade de solidão. As memórias de Ravi, antes enterradas sob uma camada de dor, agora ressurgiam com intensidade cruel. Letícia revivia momentos de alegria, de risos e de lágrimas compartilhados. A saudade era um peso esmagador, dificultando cada respiração. Nesse mar de tristeza, o apoio incondicional de Beatriz era um farol de esperança. Beatriz não era só uma amiga, era uma irmã, que esteve ao seu lado em cada momento de fragilidade, enfrentaram a dor, buscando curar o incurável. Beatriz foi a coluna que sustentou Letícia, impedindo que a dor a consumisse. Cada palavra de conforto, cada abraço apertado, cada lágrima compartilhada, ajudava Letícia a suportar a dor. Marcos e Maicon levaram as duas para o cemitério de Nova York, onde o co
Letícia estava determinada a descobrir a verdade por trás da morte de Ravi, após muita pesquisa e investigação, decidiu que era hora de confrontar Morgana. Com um pequeno dispositivo de escuta escondido em seu bolso, ela seguiu em direção à imponente mansão que um dia foi seu lar.Beatriz concordou em deixa-la sozinha, mas seu coração ficou apertado ao ver Letícia atravessando o enorme portão, conforme a imagem da amiga foi sumindo, ela sentia um calafrio percorrer sua espinha. A fachada grandiosa e imponente da casa parecia sussurrar segredos sombrios. Letícia se aproximou da porta e sem demora a governanta abriu encontrando os olhos dela, Letícia sorriu tentando esconder a ansiedade que a consumia por dentro. A senhora de mais de 50 anos sorriu fracamente, não podendo demonstrar qualquer tipo de felicidade em ve-la.Letícia suspirou tristemente, sabendo que sua antiga babá não fez por mal, só estava cumprindo ordens. Ela guiou com um pouco de dificuldades a cadeira de rodas enrosca
Letícia levantou a cabeça engolindo o choro que estava preso na garganta, as lágrimas ardiam em seus olhos, mas ela não as deixou cair. Com as mãos trêmulas, Letícia trava as rodas da cadeira, aperta fortemente as pernas e lentamente com apoio da força nos braços começa a ficar em pé. Seus músculos trêmulos cediam aos poucos, mas ela se mantinha firme, determinada a encarar aquela mulher que lhe causava tanta dor. Com um tremor nas pernas, Letícia se ergueu da cadeira de rodas, sentindo a força pulsante percorrer em suas veias. Seu coração batia descompassado, o suor frio escorria por sua testa, mas ela não podia mais se manter sentada, ela jurou pra si mesma que estaria de pé para ver a queda de quem já lhe fez tanto mal.Tudo parecia estar em câmera lenta, erguendo-se lentamente, com os olhos marejados de lágrimas, Letícia encarou Morgana com uma intensidade que a outra não estava acostumada a ver. Sua voz saiu firme, carregada de emoção e dor, mas também de uma coragem que vinha d