CAPÍTULO 117

Eu subi no jatinho particular com uma mistura de adrenalina e raiva fervendo dentro de mim. A cada minuto que passava, a imagem de Renata me provocando e a cena de Marina indefesa me deixava ainda mais determinado a resolver aquilo. Fred estava atrás de mim, tentando pela última vez me convencer a envolver as autoridades.

— Felipe, ouça. Não faz sentido ir sozinho. Isso é uma armadilha, mas uma, e você está prestes a cair novamente.

Ele insistia, os olhos carregados de preocupação.

— Eu não posso, Fred. Se eu envolver a polícia, ela vai fazer algo com a Marina e o bebê. Não vou correr esse risco.

Respondi, minha voz saindo mais dura do que pretendia. Eu não queria que Fred se colocasse em perigo também.

— Então pelo menos me deixe ir com você. Posso ajudar, pode precisar de alguém lá.

Fred ainda tentava argumentar.

Olhei nos olhos dele, agradecido, mas firme.

— Não vou colocar sua vida em risco também. Se essa psicopata está querendo me fazer de refém, então é comigo que ela vai lidar
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