CAPÍTULO 124
O amanhecer trouxe uma luz fraca e insensível. Eu acordei com um peso nos ombros, ainda com a cabeça deitada ao lado de Nicole, segurando a mão dela como se aquilo fosse a única âncora que me mantivesse à tona.

Quando o médico entrou no quarto e anunciou que Nicole seria liberada, olhei para ela, com um alívio misturado à culpa que ainda me consumia. Era difícil aceitar que, apesar de tudo, ela estava viva e segura, enquanto tantas outras coisas haviam se despedaçado de maneira irreversível.

Olhei para o médico, hesitante, com uma pergunta que ele parecia já saber que eu faria.

— E Marina?

Sussurrei, sem forças para encarar a resposta.

O médico assentiu e disse que eu poderia vê-la. Nicole apertou minha mão uma última vez antes de soltá-la e disse, com a voz fraca:

— Vai. Eu espero você aqui, Felipe. Sei que é algo entre vocês dois.

Eu balancei a cabeça, agradecendo com um olhar, e segui o médico pelos corredores frios do hospital. Cada passo parecia pesar toneladas, co
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