Capítulo 9

O frasco na secretária permanecia ali como se estivesse a espera que eu fosse até ele,  a espera que eu cumprisse a promessa e retirasse um dos papéis. Calafrios passavam por mim sempre que pensava no que poderia estar dentro dele. Papéis podem até ser inofensivos, mas palavras não.  Tinha outra opção? Tinha, queria mudar a minha escolha? Claro que não.

Ele se importava tanto comigo que perdeu minutos preciosos da vida dele para escrever aqueles desafios para mim, não os cumprir seria como quebrar um marco histórico depois de o ter vandalizado e matar a memória que eu mantinha guardada comigo.

Não sei o que virá, sequer sei o que está escrito, mas mais valia ter ele por míseros momentos, presente naqueles desafios, ter um pedaço de algo em que ele pôs todo o seu esforço. Era muito mais importante que deixar ele desaparecer.

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