- Cap. 51: Uma doença cruel.Zen ficou em silêncio, seguindo para dentro acompanhado de sua mãe, que ainda estava surpresa. — Como você se lembra dela se você perdeu a memória naquele dia em que foi atacado? — sua mãe insistiu. — Não é como se eu me lembrasse de quem são meus pais, eu só lembro dela porque, antes de eu apagar, ela foi a última pessoa que eu vi. Ainda assim, ela não se lembra que era eu aquele rapaz que ela salvou um dia. — O que vamos dizer? O que exatamente vocês têm agora? — seu pai perguntou, preocupado. — Ainda nada, por enquanto. Entendo que ela não se lembre de mim. Foi apenas um encontro infeliz, e já se passaram dez anos, mas nunca pensei que a encontraria assim e que ainda trabalharíamos juntos. — ele comentou, sorrindo satisfeito. — Como o caminho de vocês se cruzou? — perguntou Lilian, demonstrando preocupação. — É muito irônico. É como se estivéssemos destinados a nos encontrar. Eu estava indo para um trabalho de meio período quando a encontrei, e ti
Cap. 52: Você não vai ter nada.— Que merda está acontecendo? Quem é essa senhora Bayer? Tudo indica que ela é a senhora Bayer, ela tem todo esse dinheiro, paga milhões pelos tratamentos e ninguém nunca a vê no escritório. Minha cabeça já está doendo, mas eu tenho meios de descobrir isso sem precisar esquentar a cabeça. — Ele resmungou, se levantando e indo para o quarto.— Será que ele está apaixonado por aquela mulher? — Zacarias perguntou à sua esposa, sentando-se ao seu lado.— Eles não podem ficar próximos, ainda mais sabendo o que aquele homem falou no dia que foi preso. Zen não pode saber que acompanhamos tudo até o final e como foi complicado para ela ganhar o caso.— Não precisamos falar sobre isso. Além disso, ele ainda está na cadeia, não vai sair tão cedo.— Mesmo assim... pode ser que a promessa que ele fez no passado acabe vindo à tona. — Liliam comentou apreensiva.— Como ele vai descobrir que é ele? Nós demos um novo nome a ele. Usar o nome de nosso falecido filho e to
— Para onde você pensa ir? — perguntou Zara, sentando-se ao seu lado.— Nenhum lugar especial, só quero um lugar onde eles não vão me encontrar. — Ela suspirou, pensativa.— Pensa em ir para Dubai, Paris, Hong Kong... tem tantas possibilidades. Mesmo que você não consiga ter êxito nesse caso, você ainda será bilionária, então...— Você também? Até parece que não me conhece. Eu nunca perco um caso! A senhora Bayer é conhecida por ser invencível, lembra? E eu não vou perder esse título para um promotor corrupto. — Ela asseverou, aborrecida. — Me deixem em paz! — repetiu firme.— Eu não disse que você perderia, mas temos que pensar em todas as possibilidades. Levando em conta as informações que tenho, é até loucura você ir ao tribunal só com suposições.— Claro, você está certa. Podem sair agora, eu cuido dessa bagunça depois.— Vai mesmo se mudar?— Vou tirar uma folga desses dois. Não quero que me incomodem por um tempo. — Lavínia respondeu com frieza.— Talvez você precise, mas não va
Cap. 54: Moramos juntos agora.— O que está pensando, senhor Obedon? — Valmont perguntou, o olhar penetrante fixo em Zen, que desviou o olhar, passando a mão nervosamente pelos cabelos.— Ela está dormindo? Você a dopou e a trouxe para cá? Ela vai me matar! Sabe o quanto essa mulher é brava?— Nunca vi ela te dando um tapa. — Valmont disse com indiferença, cruzando os braços.— Ela é advogada, Valmont! Ela pode me processar, quem sabe? — Zen bufou, exasperado.Valmont riu, um riso curto e amargo.— E você pode se defender, senhor R já disse para não desperdiçar seu curso de direito. Quantas coisas você já fez nesses seus vinte e quatro anos? Vai fazer vinte e cinco em um mês e ainda está com essa cabeça de vento, seu moleque idiota! — Valmont asseverou, dando um tapinha leve na nuca de Zen. — E eu ainda nem posso acreditar que tenho que servir um rapaz. — resmungou, balançando a cabeça.Zen revirou os olhos.— Curve-se, servo! — ele ironizou, um sorriso irônico nos lábios. — Tudo bem,
Cap. 55: Não preciso de amor.— Está acontecendo exatamente o que eu já esperava. — ela disse com satisfação, os olhos brilhando enquanto mostrava a notícia no celular para Zen. — Apartamento é incendiado e os bombeiros ainda não conseguiram controlar o fogo, prédio inteiro foi evacuado e uma pessoa está desaparecida.Zen franziu a testa, a notícia o pegou de surpresa. — Não me diga que é o apartamento onde você estava hospedada? — ele perguntou, a voz falhando um pouco.— Exatamente. Eu sabia que ele estava me investigando, pelas câmeras eu percebi que tinha alguém estranho sempre rondando meu apartamento e observando para se certificar que eu estava dentro. Então eu simulei tudo com travesseiros para parecer que estava em minha cama dormindo, e assim que o homem que estava me vigiando se afastou, eu sai disfarçada e desci a escadaria de vários andares, cheguei aqui exausta. A fumaça preta que se elevava no horizonte era a prova de que eu estava certa e ele estava tentando me matar.
Cap. 56: Vitoria de Bayer.— O que achou? — ele perguntou, colocando-se em postura ereta. — Está engraçado, porque está usando esses acessórios? — ela perguntou, mas ele foi em sua direção colocando os óculos escuros. — Porque vamos mexer com coisa errada, simples assim. O homem que vamos enfrentar não é fácil e ele já incendiou seu apartamento. Como vamos chegar vivos se ele tentar algo? — Verdade, não quero morrer na beira da praia depois de nadar tanto — ela confessou, ajeitando os óculos. Assim que chegaram ao prédio do tribunal, os dois pararam em frente à grande escadaria. O peito de Lavínia parecia querer gritar de empolgação, enquanto Zen olhava ao redor com ansiedade contida. Eles estavam parados em frente ao Tribunal de Justiça, um edifício imponente que exalava seriedade em cada detalhe. Zen observou o espaço ao redor, sentindo a tensão no ar. — Já que pensam que você está morta, ninguém vai aparecer para assistir, não é? — ele perguntou, tentando disfarçar a inquietaç
Cap. 57: Medo dele?— Então eles mandam uma advogada novata e acham que vamos aceitar uma provocação dessa? Onde está a senhora Bayer? — um dos advogados perguntou, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha. O caos reinava no corredor, um turbilhão de pessoas, papéis espalhados e um ar de hostilidade.— Não era preciso a senhora Bayer vir... com uma carga criminal... que esse homem tem... — Lavínia comentou, sua voz carregada de ironia, enquanto observava os advogados com desprezo. A menção à acusação contra o homem pareceu atingi-los em cheio. — Além disso, ele vai morrer na prisão com os anos que ele foi penalizado.— Bom... tínhamos preparado isso para a derrota da Bayer, por ser uma mulher amarga que gosta de mexer com seu próprio grupo. — um dos advogados respondeu, um sorriso triunfante nos lábios. A satisfação era evidente em seus olhos.— Tudo bem, vocês já serão indiciados após sair daqui mesmo. — Lavínia debochou, mas a tranquilidade em sua voz foi quebrada quando um ov
Parte:2— Então vai aceitar? — o juiz perguntou, seus olhos fixos em Lavínia, enquanto um sorriso leve curvava seus lábios. Aquele sorriso a deixava desconfortável; a sensação de estar sendo avaliada era evidente.— Ela não vai a lugar algum com você, até parece que você fez alguma coisa — Zen resmungou, observando os dois com ciúmes. A posse em sua voz era inegável.— O quê? Você agora manda na minha vida? — ela perguntou, cética, mas um sorriso brincava em seus lábios. A provocação era evidente.— Eu só acho que você não deveria sair assim, simplesmente aceitar o convite de um cara — Zen insistiu, sua voz firme.— Ah... assistente Zen Obedon — o juiz disse, estendendo a sacola. — Tenho algumas peças de roupas que sempre trago, estão limpas, acredito que possam servir em você. — Zen a recusou com um gesto de cabeça.— Não quero, obrigada, vamos embora agora? — Zen perguntou a Lavínia, sua voz firme, segurando seu braço com mais força.— Não se preocupe com ela, eu posso cuidar bem de