Cap. 57: Medo dele?— Então eles mandam uma advogada novata e acham que vamos aceitar uma provocação dessa? Onde está a senhora Bayer? — um dos advogados perguntou, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha. O caos reinava no corredor, um turbilhão de pessoas, papéis espalhados e um ar de hostilidade.— Não era preciso a senhora Bayer vir... com uma carga criminal... que esse homem tem... — Lavínia comentou, sua voz carregada de ironia, enquanto observava os advogados com desprezo. A menção à acusação contra o homem pareceu atingi-los em cheio. — Além disso, ele vai morrer na prisão com os anos que ele foi penalizado.— Bom... tínhamos preparado isso para a derrota da Bayer, por ser uma mulher amarga que gosta de mexer com seu próprio grupo. — um dos advogados respondeu, um sorriso triunfante nos lábios. A satisfação era evidente em seus olhos.— Tudo bem, vocês já serão indiciados após sair daqui mesmo. — Lavínia debochou, mas a tranquilidade em sua voz foi quebrada quando um ov
Parte:2— Então vai aceitar? — o juiz perguntou, seus olhos fixos em Lavínia, enquanto um sorriso leve curvava seus lábios. Aquele sorriso a deixava desconfortável; a sensação de estar sendo avaliada era evidente.— Ela não vai a lugar algum com você, até parece que você fez alguma coisa — Zen resmungou, observando os dois com ciúmes. A posse em sua voz era inegável.— O quê? Você agora manda na minha vida? — ela perguntou, cética, mas um sorriso brincava em seus lábios. A provocação era evidente.— Eu só acho que você não deveria sair assim, simplesmente aceitar o convite de um cara — Zen insistiu, sua voz firme.— Ah... assistente Zen Obedon — o juiz disse, estendendo a sacola. — Tenho algumas peças de roupas que sempre trago, estão limpas, acredito que possam servir em você. — Zen a recusou com um gesto de cabeça.— Não quero, obrigada, vamos embora agora? — Zen perguntou a Lavínia, sua voz firme, segurando seu braço com mais força.— Não se preocupe com ela, eu posso cuidar bem de
Cap. 58: apenas eu.Lavínia encarou a vermelhidão em sua mão sentindo a pele um pouco irritada. Seus olhos buscaram Zen no corredor, mas ele já havia desaparecido com a moça ao virar o corredor.— Paulinha? — ela murmurou, seus dedos apertando a mão, um rubor subindo por suas bochechas.— A senhora Bayer está com ciúmes? É isso que estou vendo? — Houston perguntou, um sorriso malicioso nos lábios. Lavínia hesitou, seus olhos se desviando dos dele.— Claro que não! — ela respondeu, sua voz mais alta do que gostaria.— Estaria bastante surpreso que uma mulher do seu nível, em questão não só de beleza, esteja com ciúmes de um assistente. — Houston continuou, inclinando-se para mais perto.— Não estou com ciúmes, o que está dizendo? — ela insistiu, tentando parecer indiferente.— Verdade, você o repreendeu bem. Você deve criar limites para caras como ele. — ele disse, um brilho nos olhos.— Que tipo? — ela perguntou, sentindo uma pontada de irritação.— Ele parece do tipo que consegue tud
Cap. 59: Sempre invadindo.— O que eu fiz nenhum novato conseguiria, então não é para nenhum novato. Eu tenho cara de novata para você? — Lavínia indagou, a voz firme e desafiadora. Seus olhos cintilaram com uma raiva contida, fixos em Paula. A proximidade entre as duas mulheres carregava uma carga de tensão evidente.— Mas você não é novata? — Paula gaguejou, visivelmente intimidada pela postura de Lavínia. A confiança da mais nova parecia abalar a segurança da mais velha.— Olhe para mim e diga por si própria — Lavínia desafiou, aproximando-se um pouco mais. Paula engoliu em seco, desviando o olhar..— Você... você está certa. É para poucos, por isso parabéns — Paula concordou, a voz baixa.— O que você tem aí na bolsa? — Lavínia perguntou, sua voz fria como gelo. A curiosidade misturada com a desconfiança era evidente em seu tom.— Eu trouxe uma camisa nova para ele se trocar. Foi o que ele pediu — Paula respondeu, tentando parecer calma, mas a insegurança em sua voz era perceptíve
— Ok... eu vou deixar você passar, tocar em mim, mas não pense nada errado. Só estou com os braços ardendo e preciso de ajuda. — Lavínia disse, entregando os braços, mas mantendo uma distância segura.— Eu só estou tocando em seu braço, para que tanto drama? Eu nunca ultrapassei a linha como você, agora e de novo invadindo o banheiro como se fosse uma pervertida. — Zen retrucou, um sorriso irônico nos lábios.— Mas naquele dia você estava mal de verdade, falando nisso, o que tinha acontecido com você naquele dia? Você sempre faz coisas suspeitas. Roubou minha foto de formatura e, ainda por cima, levou minhas toalhas de rosto.— Fala das toalhas aveludadas que têm a sigla L e B? — ele perguntou, franzindo o cenho. — Elas são especiais para mim, então devolva. — E se eu não quiser? — Zen desafiou, seus olhos cintilando.— Vou te acusar de furto. — Lavínia ameaçou, mas sua voz saiu mais fraca do que ela gostaria.— Eu não preciso roubar nada, mas tem um bom motivo para eu ter pego aque
- Cap. 60: Gestos tímidos.— Do que está falando? — Lavínia perguntou, genuinamente curiosa.— Um dia você comentou algo curioso, o motivo de ter começado a advogar de verdade. Qual foi? — Zen insistiu, seus olhos fixos nos dela.— Ah... isso? — Lavínia desviou o olhar, um brilho triste em seus olhos. É uma história um pouco complicada. Eu tinha saído de casa naquele dia.— Você também? — Zen perguntou, surpreso.— Como assim?— Continue.— Eu tinha descoberto que meu pai tinha usado seus conhecimentos em direito para tirar tudo de minha mãe, então eu fui embora sem nada. Enquanto eu caminhava pela rua naquele horário, a alguns metros, vi um rapaz caminhando com dificuldade, e logo atrás dele, um homem o seguindo. De início, pensei que ele estava fugindo, mas aí percebi que ele nem mesmo tinha visto o homem que sacou uma faca e avançou em sua direção. Eu não pensei duas vezes e corri em direção ao homem. Quando ele golpeou o rapaz pela primeira vez, eu peguei uma pedra e, antes que el
Cap. 61: desde sempre éramos.— Eu estava curiosa sobre aquele dia, mas não consegui voltar ao hospital. Queria saber como você chegou àquela situação. — Lavínia confessou, sua voz um fio de seda, enquanto seus olhos buscavam os dele.— Eu perdi a memória depois daquele incidente. Tudo antes daquilo não existiu para mim, só você ficou aqui na minha mente, até hoje. — Zen respondeu, sua voz rouca e profunda ecoando no banheiro úmido.— Por quê? — ela perguntou, desconfortável, desviando o olhar para as gotas d'água que escorriam pela parede.— Porque eu queria você. — Ele se sentou, a água escorrendo por seu corpo, e a encarou com uma intensidade que a fez estremecer. — É até patético, não é? — sorriu, um sorriso amargo que revelava a profundidade de seus sentimentos.— Você prendeu seus sentimentos em mim por tanto tempo? O que queria, se divertir? — Lavínia questionou, a voz embargada.— Não, eu me apaixonei por você. Já estou cansado de falar isso para você. E desde a nossa primeira
Cap. 62:— Pensei que você estava falando sério, mas estava se gabando? — ela brincou, a voz rouca de desejo, enquanto continuava a traçar círculos leves em seu abdômen.Ele sorriu, um sorriso cínico que se dissipou rapidamente ao ver a expressão determinada em seu rosto. Os olhos de Lavínia brilhavam com uma intensidade que o deixou sem fôlego. Antes que pudesse reagir, ela se inclinou e o abocanhou com intensidade.— Wow... — ele gemeu, a cabeça inclinada para trás. A sensação de seus lábios quentes em seu membro era intensa, quase dolorosa. A posição em que estavam agora lhe permitia admirar a curva perfeita de suas costas, desde a base da nuca até a curva de seu traseiro, que se erguia provocante. — Lavínia... — ele gemeu sentindo seus músculos se comprimir ele segurou seu cabelo ao juntar seus fios fazendo um rabo de cavalo comprido e castanho o segurando com força sentindo uma explosão de sensações como nunca antes.Ela se ergueu novamente com triunfo no olhar, a confiança irra