Ao final da apresentação naquela manhã, ela vomitou todo o conteúdo de seu estômago, parecia que seus medos e inseguranças estavam presos ali e ela precisava pôr para fora. Estava acabado, ela havia vencido mais uma etapa de sua vida. E estava pronta para encarar qualquer desafio, nada poderia abalar suas estruturas. Estava pronta para voltar à normalidade dentro do possível, que consistia em dar aulas, trabalhar no Bucanero's nas noites de quarta e sábado, e no Holiday hotel nas noites de quinta-feira. Desde o momento em que saiu da cama naquela manhã, Ella se sentiu vazia, sozinha. Sem a pressão dos trabalhos finais da faculdade, ela se sentiu meio perdida. Era difícil admitir que toda aquela loucura a mantinha com os pés no chão, centrada em algo importante. Agora parecia estar faltando alguma coisa. Pelo menos ainda tinha o seu trabalho para preencher um pouco desse espaço. Ela teria voltado para a banda, mas Yago não curtiu a ideia, ela até achou fofo a preocupação dele, não era
Alex e Daniella tiveram uma noite perfeita, ele dançou com ela, a fez se sentir amada e única, mas o “modus operandi” de Alex não demorou muito a dominar a situação, e ela se via corando com suas deliciosas e eróticas provocações. — Está pronta? — perguntou tocando em um ponto específico em seu pulso, brincando com a língua entre as linhas. Ella pensou que não poderia ser mais excitante mesmo se ele a despisse ali no meio do restaurante. Cada lambida lenta e quase não tocando a pele, enviava um fogo por sua barriga e se concentrando em seu sexo. — Se o “pronta” significa sair daqui e ir para qualquer lugar onde eu possa gemer quando você faz isso que está fazendo, então estou mais do que pronta. Alex riu alto chamando a atenção do garçom que se aproximava com a conta. — Tem ideia do quão excitante você está agora? Adoro ver você tão disposta para mim. Aposto que está molhada, pedindo para que eu te dê algum alívio. Ella gemeu baixinho, e trançou as pernas em baixo da mesa como se
Alex a pegou em seus braços, sem tirar os olhos dela, como se ela fosse se desintegrar e desaparecer se ele piscasse, ele caminhou até a cama e a deitou com cuidado sobre os travesseiros. Ella, ruborizada por se sentir exposta, tentou proteger a sua nudez, mas ele segurou os seus braços impedindo-a. — Não me negue o que já é meu, minha Ella, eu quero apreciar cada centímetro do seu corpo, decorar e marcá-lo. Reivindicar cada gemido que sair da sua boca, pois aqui e agora eles são todos para meu deleite. Ella assistiu com desespero enquanto ele tirava a camisa e depositava na poltrona próxima à cama, logo seguida sua calça de alta costura a acompanhou. Alex estava seminu, coberto apenas por uma cueca bóxer apertada que dava forma a sua exuberante ereção. Ela havia se esquecido de quão grande ele era, e mais uma vez sentiu temor. — Não se preocupe, minha Ella, eu serei gentil, confie em mim. — sussurrou soprando o ar quente entre as suas coxas. Alex explorou cada centímetro de suas p
Alex demorou a dormir, não por não ter sono, mas pela simples constatação de que era um desperdício não passar cada minuto de sua vida olhando para ela. Sua garota estava exausta, desfeita em seus braços e ele se sentiu o homem mais sortudo do mundo. Foi inevitável tirar uma foto dela com seu celular, ele mandou para o irmão, com algum emoji estúpido e uma frase parecida com “Nossa princesa dorme como um anjo, segura e protegida” também estúpida. Mas o que fazer se ele estava se sentindo exatamente assim, um idiota apaixonado, derretendo-se por ela. — Alexsandro Sanz D'Alba, um conceituado empresário, na casa dos 30 e mais alguns, herdeiro de uma porra de um condado inútil, bancando o adolescente apaixonado. Só falta chorar agora bastardo — murmurou com um sorriso no rosto. Ainda que fosse algo que ele levaria para o túmulo, Alex não negaria para si mesmo que já chorou por ela. Chorou quando ela o deixou, quando disse que não podia ser de apenas um, mas também não poderia ter os doi
De volta a Santos, Alex estava feliz por estar com ela em seu apartamento, ele a surpreendeu quando se acomodou em sua cama ao seu lado. Durante uma semana inteira eles fizeram coisas normais para ela. Alex a levou em suas aulas particulares, fez amizade com seus alunos, cantou com ela no Bucanero's, falaram com o irmão por chamada de vídeo e juntos, foram ao aeroporto buscá-lo quando ele chegou para a formatura dela.— Yago, meu amor, você está aqui, eu estava com tantas saudades de você — ela distribuía beijos por todo o rosto dele, enquanto se agarrava a ele como um chimpanzé, preso a sua cintura.Yago se deliciava com tanta demonstração de carinho por parte dela. Eles estavam certos a respeito dessa bela ruiva.— Ei, pequena, esse idiota não te tratou bem? — Yago brincou dando total acesso ao ataque dela.— Ele foi gentil comigo — Ella respondeu dando de ombros sem se soltar dele.A risada de Alex a aqueceu por dentro, e Yago a olhou como se um chifre tivesse nascido no meio da te
Havia chegado o momento, o teatro estava lotado para o concerto de formatura do curso de Licenciatura em música. A cortina os protegia da visão do público, mas não impedia que os burburinhos chegassem até eles.— Ai Ella, eu nem acredito que conseguimos — exclamou eufórica uma das colegas de turma de Ella.— Eu também não acredito, parece que vou acordar e ouvir as broncas do professor Jonas — ela riu ajudando a amiga relaxar.Como responsável pelo concerto, Ella escolheu a dedo cada detalhe, os poucos musicistas clássicos da turma estavam eufóricos por apresentar um dos temas do TCC de Daniella. “A introdução da música erudita na educação infantil, e a interação com a música clássica através das composições de Beethoven e Bach.” A escolha para o recital foi a ária da Suíte n.3 – de Johann Sebastian Bach. Uma das peças mais belas na opinião de Daniella. Também era sua maior paixão, pois fora a ouvindo esta Aria que Ella se apaixonou pela música erudita e pelo violoncelo, ela cresceu o
Poderia jogar a culpa em todos os drinques e cervejas que tomou na noite, mas ela sabia e eles também, que não era esta a razão por toda aquela eletricidade correndo entre eles. Não tinha mais volta para nenhum dos três, eles estavam sob a pele dela assim como ela estava presente em cada célula deles. Eles a teriam deixado nua no banco da limusine contratada por Yago para o dia dela, mas o trajeto era curto demais para aproveitarem como necessitavam. Foi difícil manter as mãos longe dela até chegarem ao apartamento, mas eles resistiram evitando tocá-la e isso a deixava frustrada e queixosa. Alex dava pequenas lambidas em seu pulso enquanto Yago fazia o mesmo em sua orelha pescoço para acalmá-la, mas ela não tinha a intenção de fazer tudo fácil para eles. As mãos dela os tocavam sobre o tecido fino das calças, e era cada vez ousada e desinibida com eles. Quando entraram no apartamento, ela pensou que seria arrebatada por eles ali mesmo no chão, mas ao invés disso, eles se afastaram.
Yago foi acordado por Miah, que não deu à mínima se eles tiveram uma noite daquelas. Ela queria comer e passear e não estava disposta a ser ignorada. — Ok milady, pode me dar um segundo? — sussurrou tentando não acordar sua família. Ele riu e seu coração se aqueceu por pensar neles assim. Yago se vestiu com um moletom, calçou seus tênis e vestiu um t-shirt branca. Pegou a guia de Miah e se certificou de estar com as chaves e a carteira. Na volta ele traria algo para o café da manhã. Ele passeou com a gata, sorriu para as mulheres que o parava com a desculpa de acariciar o felino mal-humorado. Comprou frutas e pães para o café da manhã e então retornou para o apartamento sob os protestos de Miah, que pretendia lanchar o pobre cãozinho novamente. — Não, garota, você é uma lady e deve ser comportar como tal — ralhou com a gata que sibilava para o cãozinho no colo da dona. — Segure esse monstro, meu pobre conde não suporta mais tanto estresse! Yago sorriu indulgente e caminhou com a