O medico havia acabado de chegar quando a Madison Santorini o encarou com olhar de quem o repugnava, mas ele ainda se manteve perfeitamente intacto diante dos olhares que não se esforçaram para esconder o ranço contido neles. – Interessante... – O medico disse enquanto analisava o pequeno garoto. Mas a Madison Reese Santorini sentiu-se de cabelo em pé, como se ele fosse falar algo de muito importante. E o fato dele voltar a ficar calado a deixou ainda mais irritada. Ela respirou fundo em uma tentativa de chamar atenção, mas ele a ignorou mais uma vez. – O que ele teve? O homem a olhou por cima do óculos como se ela o atrapalhasse. – Deixe-me terminar, por favor. Ela sempre fora tão cordial com todas as pessoas que conhecia, mas aquele homem parecia inspirar-lhe o pior que havia nela. A maneira como ele a ignorava a deixava tão incomodada quanto a forma com a qual ele olhava.Ele era lindo, mas pouco sedutor. O homem parecia um rocha sem qualquer sentimento que o tomasse.
Eles estavam dormindo quando ouviram o primeiro grito alto ecoar pela casa. Rapidamente o Cesare saiu do quarto, correndo. Enquanto a Madison Reese Santorini ainda vestia o robe habitual por cima da camisola levemente transparente. Ele abriu a porta do quarto daquela criança, mas ela estava sozinha. Parecia tão apavorada com algo e a maneira como ela correu para o pai e abraçou-lhe as pernas encheu o homem de preocupação. – Charles, o que foi? – Ele disse enquanto tentava se abaixar, mas a criança recusou-se a solta-lo. – Ela estava aqui! Ela estava no meu quarto! – Ele não parecia nada lógico em dizer aquelas coisas. A Madison Reese Santorini parou na porta e encarou a criança com incredulidade, embora ela soubesse de quem ele provavelmente estava falando. Naquele momento, o medo súbito a atingiu com tanta violência que ela preferiu estar louca. – Quem estava aqui? Foi a Amélia? Mas a Madison sabia que não. Ela sabia bem de quem o filho provavelmente estava falando. – N
O vapor da água quente tomava todo o ambiente e deixava tudo mais difícil de ver. O Cesare Santorini acordou pela manhã com o som do chuveiro ligado. Ele olhou em direção a porta do banheiro e a viu aberta. Ainda havia a dúvida de que ela talvez estivesse chateada com ele, e talvez ela não o quisesse ali, naquele banheiro. Mas se aquilo era mesmo uma verdade, então por que ela deixaria a porta escancarada como um claro convite? Ele se levantou da cama com cuidado, e embora estivesse hesitante como se soubesse que havia algo de errado, ele arrancou as roupas do corpo e caminhou em direção a ela. Havia tanto vapor naquele lugar que mais pareceu uma nevoa densa. E ele lamentou não conseguir ver a silhueta nua e sensual da mulher por trás do boxe, como todos os dias costumava fazer. De toda forma, ele já estava pronto para ela, como se o corpo estivesse acostumado a tê-la como vital.Ele abriu o box e sentiu as mãos nos seios pequenos da mulher que pareceram-lhe estranhos naquele m
– Você vai deixar essa casa ainda hoje. Eu nunca mais quero te ver aqui. – Você não vai me expulsar daqui depois de tudo. – A garota ainda estava completamente nua enquanto andava pelo quarto com liberdades que ele não a tinha dado. O homem passou as mãos na cabeça que pareciam em chamas de preocupação. – Senhora Carmem, eu sei o que parece, mas eu juro que posso te explicar. – Senhor Santorini, eu não sou boba. Eu sou uma mulher vivida e sei bem o que eu vi. – Por favor, apenas espere! – Ele implorou, embora ainda fosse uma ordem. Então ele se virou para a garota nua. – Quanto você quer para ir embora daqui. – Um beijo seu. Uma noite de amor... Ele sorriu – Você ficou maluca? Garota, eu não quero você. – Não quer? – Ela cruzou os braços. – Não foi o que pareceu agora a pouco. – Suma! Você esta demitida. – Ces, amor, vamos conversar e resolver a nossa situação. Não da mais para ficar assim. – Ela disse propositalmente, esperando que a mãe se indignasse ainda mais.
Ele não tinha uma resposta clara para dar, e sentir cada solavanco suave dos passos daquela linda mulher se aproximando o deixou com o coração nas mãos. Cesare Santorini estava prestes a se jogar de joelhos no chão até que eles sangrassem e implorar para que aquela mulher o perdoasse. Ele sentiu tanta angústia que as feições não puderam disfarçar. A mulher o encarou, estranhando toda a tensão no ar. A forma como o marido encarava aquele pedaço de papel a deixou intrigada, e ela rapidamente foi em direção a funcionária. Enquanto segurava aquele cheque nas mãos, algo ruim não passou-lhe pela cabeça, embora devesse. E então ela o encarou com grande surpresa. – Para que a senhora Carmem precisa de cem mil dólares? Ele olhou para a esposa como se estivesse prestes a revelar tudo. E ele estava mesmo disposto, afinal, por quanto tempo ele poderia guardar aquilo. Ele estava preparado para tudo, menos perde-la. E quanto ao bebê? E as consequências? Ele não sabia o que pensar além de
Os olhos estavam tão arregalados que podiam soltar das calotas cranianas quando ele a viu ali, no jardim, brincando com as crianças como se não houvesse nada de errado. O Cesare Santorini olhou diretamente para a garota com um olhar enviesado de ódio que parecia querer fumega-la de longe, mas a Amélia sorriu assim que o viu. Ela piscou-lhe o olho esquerdo como um gesto descarado do mais puro deboche, enquanto caminhava em direção a esposa do homem que havia beijado no dia anterior. Ele gesticulou com a cabeça como se a chamasse de longe para uma conversa. A mulher o encarou, antes de falar algo no ouvido da Madison Reese Santorini. O gesto quase o fez perder o chão, e ele pensou que não seria capaz de aguentar tanta tensão todos os dias. Ele acabaria desmoronando em algum momento, e nem mesmo os passeios misteriosos foram capazes de aplacar a sensação do mundo desmoronando debaixo dos sapatos italianos que ele calçava. De uma maneira faceira e sensual, a garota saiu de per
Madison Reese Santorini entrou no chuveiro e deixou a porta aberta. Era como sempre. O vapor suspenso pelo ar que deixava tudo ainda mais quente. A agua que a deixava completamente molhada a espera do homem de sempre. A respiração ofegante que antecipava a rotina divertida que mais havia se tornado um hábito viciante e devasso. Mesmo assim, ela não conseguia se sentir suja por aquilo. Na verdade, era o que a deixava feliz pela manhã. Mas ela olhou para o relógio do lado de fora do boxe e sentiu o coração doer rigorosamente. Ela não era mais atraente o bastante? A frustração a corroeu pouco a pouco, até que os hormônios da gravidez a atingissem em cheio. Então ela passou a chorar como mais um motivo de desespero. Ela cansou de esperar, e com os olhos ainda encharcados, ela se enrolou numa toalha e saiu daquele banheiro, sentindo -se péssima. Madison Reese odiava essa sensação de estar sempre atrás dele. Como se implorasse por um pouco de atenção como a mais desesperada das mulher
– Amélia, você pode por favor ver como as crianças estão? – Madison Reese exibiu um sorriso radiante enquanto rodopiava pelo jardim. A Amélia sorriu, embora estivesse em plena raiva secretamente. Ela encarou a mulher de olhos brilhantes e algo ainda mais reluzente chamou-lhe a atenção com a mais pura inveja. – Nossa, que lindo essa jóia. – Você gostou? O Cesare me deu. Eu não esperava por isso. – É realmente muito linda. E o que a senhora teve que fazer para conseguir algo assim? Acho que um homem nunca daria algo assim a uma mulher. – O meu Cesare é muito generoso, Amélia. Não se preocupe com isso, quando encontrar o homem certo, ele não vai medir esforços para te ver feliz também. Então a Amélia sorriu de um jeito estranho e soberbo, como se estivesse superior a tudo que a mulher falava para ela. – Eu acho que já encontrei esse homem. – Mesmo? – Madison Reese Santorini sorriu de um jeito sincero e ingênuo demais. – E quem é ele? Eu conheço? – Acho que a senhora conhe