Madison Reese se sentou no sofá, mas estava entediada demais. Sair para cavalgar novamente estava fora de cogitação com aquela chuva que nunca cessava. Ela se levantou, decidida a ajudar de alguma forma. As mulheres pareciam sempre tão atarefadas, que ela não viu motivos para não tentar ao menos aliviar um pouco a carga de trabalho, então, ela foi em direção a cozinha observando onde cada item se encontrava naquele lugar enorme. O tempo passou tão rápido, enquanto ela preparava o jantar, que sequer notou como já estava anoitecendo. As mulheres gratas, apenas a ajudaram a preparar a mesa. E embora a Madison Reese ainda amasse o Cesare profundamente, já havia deixado de sonhar com jantares românticos a algum tempo. Ela estava aprendendo a superar aquele sentimento um pouco mais a cada dia. Ela se sentou sozinha e esperou que as pessoas aparecessem para jantar, mas depois de dez minutos, ela resolveu que comeria sozinha. A Sara se sentou logo depois que a Madison Reese completou a s
A senhora Santorini sentiu o seu braço ser puxado de uma maneira tão bruta que quase jogou o seu corpo para trás. Ela tentou voltar ao seu ponto de equilíbrio antes de encarar a mulher atrás dela. Sendo muito mais alta, a Madison Reese pareceu ter um olhar de superioridade, embora ela não ousasse direcionar aquilo a qualquer ser vivo. A Sara, no entanto, não interpretava aquele gesto da mesma forma. Ela sempre tendeu a ter uma visão deturpada sobre os fatos, desde que ela parecesse a vitima ou fosse a favorecida. – O que você quer? – Porque você esta fazendo isso? Porque você quer o Cesare de volta? – Eu não quero o seu homem, minha irmã. Você pode ficar com ele todo para você. – Eu sei o que você esta fazendo, Madison. – A sabe? E o que eu estou fazendo, Sara? – Você está tentando apagar o meu brilho. – Oh, querida irmã. Ninguém consegue fazer isso, acredite. – Isso foi um elogio? A inteligência nunca foi o forte da Sara, e ela definitivamente não conseguia compreender uma
O homem morrendo de dor acenou para as pessoas que passaram por ele, mas as faces avermelhadas delatavam que havia algo de errado. Ele estava bem? Com certeza o Cesare Santorini estava irritado. E onde a sua esposa havia se metido depois daquilo? Porque ele precisou fazer aquilo? Porque o impulso de tentar beija-la? Haviam tantos questionamentos sem respostas que quase o deixaram louco. Ele finalmente se recuperou e endireitou sua postura, ainda sentindo um pouco da dor aguda que irradiava até o estômago, causando um mau estar terrível. Ele só precisou passar os seus olhos de uma maneira muito superficial para encontra-la dançando com o seu velho pai no meio daquela festa. Ele se aproximou um pouco dela, e analisou a forma como ela parecia. Qualquer mulher dançando com o pai se sentiria feliz ou acalentada. Mas aconchego era a última expressão que a Madison Reese transmitiria ao estar perto do pai. Na verdade, ela tinha uma expressão de dor impossível de disfarçar. E a forma com
Se a ida até a festa havia sido difícil, o Cesare definitivamente não previu como seria voltar com a mulher que havia ofendido profundamente mais de uma vez naquela noite, mesmo que ele não soubesse o por quê. Um raio cortou o céu, mas aquilo não foi uma surpresa para nenhum dos dois. O tempo estava realmente instável naquela época, e o caminho até a fazenda ainda seria longo, então ele apenas deu uma ordem ao motorista. A Madison se sentiu desconfortável no mesmo instante, mas não havia como protestar. Dentro do carro conversível, em uma chuva forte, rapidamente ela estava completamente molhada. O seu penteado no topo da cabeça começou a pingar no rosto e a pesar sobre o seu fino pescoço, e ela o contorceu. Aquele movimento jamais seria proposital, mas por alguma razão, o Cesare não conseguiu tirar os olhos dela enquanto os fazia. O carro parou em frente a um local suntuoso. E por mais que a Madison esperasse por dois quartos, ela sabia que estava fora de cogitação. Quando ele
A Madison deixou o seu cabelo bagunçado completamente solto quando saiu do quarto com seu vestido ainda úmido. Ela foi em direção ao Cesare Santorini. O dia já havia amanhecido a muito tempo, e ela só queria ir embora de lá o mais rápido possível, antes que a sua irmã fizesse uma cena ainda maior ao ir atrás deles onde quer que estivessem. O homem coberto estava dormindo no sofá da maneira mais desordenada e desleixada que a Madison já havia visto quando se tratava do Cesare. Hesitante, ela se aproximou e cutucou o peito nu do homem que roncava sutilmente. E quando ele se mexeu, ela se afastou. Mas ele ainda não havia acordado. “O que fazer?”, ela pensou por um instante, antes de tocar nele outra vez. E dessa vez, ela o puxou, e a manta caiu no chão, expondo mais do que a Madison não gostaria de ver. Mais do que ela já tinha visto antes em um quarto escuro enquanto faziam amor. Ela arregalou os olhos e colocou suas mãos na boca para não gritar. Mas ele já não estava dormindo mais
A Madison interrompeu o devaneio do homem pensativo que continuava dentro de uma poça de lama e estendeu a sua mão. Ele a encarou e a forma como ela o olhou, o fez sentir sem nenhum pecado na alma. Era como se ela o enxergasse de uma forma que ele não merecia. Ele segurou nas mãos da mulher, notando mais uma vez aquela luva, e se levantou do chão. Eles entraram na casa ainda rindo, mas aquilo foi uma péssima idéia que só perceberam quando chegaram na sala. Eles olharam um para o outro, e a Sara estava ali. Sentada com as curtas pernas perfeitas cruzadas, a mulher levantou uma sobrancelha bem feita e vislumbrou as vestes molhadas do falso casal a sua frente. – Onde vocês passaram a noite? A Madison não ousou responder. Pareceu irônico como ele era marido dela, mas ainda se sentia uma traidora por ter feito a irmã se sentir exatamente do mesmo modo como ela tem se sentido desde o dia do casamento. Por que, para alguém com tanto caráter como ela, fazer alguém sofrer tanto quanto el
Já havia anoitecido quando a Madison finalmente abriu os seus olhos. Por alguma razão, ela se sentiu segura e confortável ao descansar por algumas horas naquele quarto. Ela olhou ao redor e viu o bordado com sua inicial no travesseiro branco de babados. Aquilo pertencia ao seu enxoval, não havia duvidas. E quando ela finalmente percebeu onde estava, tentou se levantar bruscamente. Foi quando a dor de cabeça a atingiu com tanta violência que ela se deitou lentamente, gemendo baixinho. O homem apareceu no quarto, levando até ela uma bandeja, e a Madison Reese fez uma careta sincera de descontentamento. Ela nunca precisou que ninguém cuidasse dela, e não se tornaria dependente agora. – Você esta melhor?E quando ela abriu a boca para responder um sonoro sim, espirrou novamente. – Por que eu estou aqui, Cesare? – Eu preciso cuidar de você. – Você não precisa fazer nada! – É a minha obrigação. Eu sou o seu marido. – Você sabe que nada disso é verdade. E eu não quero ninguém cuidand
Ele tocou no rosto da doce mulher de olhos meigos e nariz avermelhado que estava sentada em uma cama que até uma semana atrás, era de outra mulher. Suas mãos sentiram como aquele corpo estava quente, e ela talvez estivesse com febre. Então, ele pensou que ela talvez precisasse de um médico. E se ele fosse bom o bastante, faria aquilo, mas ele não podia pensar em mais nada além de tê-la. Ele buscou as mãos ainda envoltas em luvas novas e secas, e talvez a sua funcionaria soubesse o por quê dela sempre estar usando aquilo, mas não era nesse fato que ele queria focar no momento. Ela tentou esconder a camisa o quanto pode, mas ele a fez mostrar o que ela estava escondendo. E com os olhos que pareciam estar grudados um ao outro, nada no mundo conseguiria desconectar aquela ligação. Ela não protestou pela primeira vez. Ele aproximou os lábios dos dela e o mordeu levemente. As ondas de calor invadiram o corpo da Madison imediatamente. A forma como ela o encarou parecia tão confuso. Ela