Se a ida até a festa havia sido difícil, o Cesare definitivamente não previu como seria voltar com a mulher que havia ofendido profundamente mais de uma vez naquela noite, mesmo que ele não soubesse o por quê. Um raio cortou o céu, mas aquilo não foi uma surpresa para nenhum dos dois. O tempo estava realmente instável naquela época, e o caminho até a fazenda ainda seria longo, então ele apenas deu uma ordem ao motorista. A Madison se sentiu desconfortável no mesmo instante, mas não havia como protestar. Dentro do carro conversível, em uma chuva forte, rapidamente ela estava completamente molhada. O seu penteado no topo da cabeça começou a pingar no rosto e a pesar sobre o seu fino pescoço, e ela o contorceu. Aquele movimento jamais seria proposital, mas por alguma razão, o Cesare não conseguiu tirar os olhos dela enquanto os fazia. O carro parou em frente a um local suntuoso. E por mais que a Madison esperasse por dois quartos, ela sabia que estava fora de cogitação. Quando ele
A Madison deixou o seu cabelo bagunçado completamente solto quando saiu do quarto com seu vestido ainda úmido. Ela foi em direção ao Cesare Santorini. O dia já havia amanhecido a muito tempo, e ela só queria ir embora de lá o mais rápido possível, antes que a sua irmã fizesse uma cena ainda maior ao ir atrás deles onde quer que estivessem. O homem coberto estava dormindo no sofá da maneira mais desordenada e desleixada que a Madison já havia visto quando se tratava do Cesare. Hesitante, ela se aproximou e cutucou o peito nu do homem que roncava sutilmente. E quando ele se mexeu, ela se afastou. Mas ele ainda não havia acordado. “O que fazer?”, ela pensou por um instante, antes de tocar nele outra vez. E dessa vez, ela o puxou, e a manta caiu no chão, expondo mais do que a Madison não gostaria de ver. Mais do que ela já tinha visto antes em um quarto escuro enquanto faziam amor. Ela arregalou os olhos e colocou suas mãos na boca para não gritar. Mas ele já não estava dormindo mais
A Madison interrompeu o devaneio do homem pensativo que continuava dentro de uma poça de lama e estendeu a sua mão. Ele a encarou e a forma como ela o olhou, o fez sentir sem nenhum pecado na alma. Era como se ela o enxergasse de uma forma que ele não merecia. Ele segurou nas mãos da mulher, notando mais uma vez aquela luva, e se levantou do chão. Eles entraram na casa ainda rindo, mas aquilo foi uma péssima idéia que só perceberam quando chegaram na sala. Eles olharam um para o outro, e a Sara estava ali. Sentada com as curtas pernas perfeitas cruzadas, a mulher levantou uma sobrancelha bem feita e vislumbrou as vestes molhadas do falso casal a sua frente. – Onde vocês passaram a noite? A Madison não ousou responder. Pareceu irônico como ele era marido dela, mas ainda se sentia uma traidora por ter feito a irmã se sentir exatamente do mesmo modo como ela tem se sentido desde o dia do casamento. Por que, para alguém com tanto caráter como ela, fazer alguém sofrer tanto quanto el
Já havia anoitecido quando a Madison finalmente abriu os seus olhos. Por alguma razão, ela se sentiu segura e confortável ao descansar por algumas horas naquele quarto. Ela olhou ao redor e viu o bordado com sua inicial no travesseiro branco de babados. Aquilo pertencia ao seu enxoval, não havia duvidas. E quando ela finalmente percebeu onde estava, tentou se levantar bruscamente. Foi quando a dor de cabeça a atingiu com tanta violência que ela se deitou lentamente, gemendo baixinho. O homem apareceu no quarto, levando até ela uma bandeja, e a Madison Reese fez uma careta sincera de descontentamento. Ela nunca precisou que ninguém cuidasse dela, e não se tornaria dependente agora. – Você esta melhor?E quando ela abriu a boca para responder um sonoro sim, espirrou novamente. – Por que eu estou aqui, Cesare? – Eu preciso cuidar de você. – Você não precisa fazer nada! – É a minha obrigação. Eu sou o seu marido. – Você sabe que nada disso é verdade. E eu não quero ninguém cuidand
Ele tocou no rosto da doce mulher de olhos meigos e nariz avermelhado que estava sentada em uma cama que até uma semana atrás, era de outra mulher. Suas mãos sentiram como aquele corpo estava quente, e ela talvez estivesse com febre. Então, ele pensou que ela talvez precisasse de um médico. E se ele fosse bom o bastante, faria aquilo, mas ele não podia pensar em mais nada além de tê-la. Ele buscou as mãos ainda envoltas em luvas novas e secas, e talvez a sua funcionaria soubesse o por quê dela sempre estar usando aquilo, mas não era nesse fato que ele queria focar no momento. Ela tentou esconder a camisa o quanto pode, mas ele a fez mostrar o que ela estava escondendo. E com os olhos que pareciam estar grudados um ao outro, nada no mundo conseguiria desconectar aquela ligação. Ela não protestou pela primeira vez. Ele aproximou os lábios dos dela e o mordeu levemente. As ondas de calor invadiram o corpo da Madison imediatamente. A forma como ela o encarou parecia tão confuso. Ela
O Cesare até podia ter se esquecido de quem estava no andar de baixo, mas a Sara havia escutado absolutamente tudo que tinha acontecido no andar de cima naquela noite. E ainda deitada de bruços naquela cama precária, com uma camisola completamente vulgar e sem senso de moda, ela permaneceu pensativa. Como havia feito com o seu primeiro marido, ela sabia que protestar não estava resolvendo nada. Alguns homens gostavam de mulheres geniosas e de personalidade forte, mas o Cesare Santorini definitivamente não era um deles. Ele sempre gostou mais de liderar tudo. Nos negócios ou na cama, ele ainda se comportava com a mesma dominação.Se ele gostava de mulheres delicadas, então ela também se tornaria uma. Pelo menos por enquanto, até que pudesse reconquista-lo. Por que aquele homem sempre foi o seu sonho. E não era simplesmente por ele ser lindo e atraente como um demônio do prazer. Ele também sempre foi o homem mais rico da região. Na verdade, ele era mais rico que ela já tinha ouvido fa
Cesare sentiu o seu corpo ser abraçado e ele sabia que não era quem ele queria que estivesse fazendo aquilo. Ainda assim, ele sorriu pelo carinho por que sua carência já havia chegado ao topo do limite, e ele só precisava de algum contato humano. A Sara sorriu como costumava fazer antigamente, e as memórias daquele tempo surgiram quase imediatamente na mente do homem alto na varanda da mansão. – Você está bem? Parece muito pensativo. – Eu estou ótimo. – Eu andei pensando em como eu sinto a sua falta... – Sim...– E eu tenho sido uma boa mulher, não é? – Tem... Você tem sido sim. – Então eu andei pensando se talvez eu poderia voltar para o nosso quarto. Eu sinto a sua falta... – Tudo bem! – Mesmo? – Mesmo! – Ótimo. Eu vou pedir que as empregadas levem as minhas coisas de volta. – Não! Você vai fazer isso! A mulher arregalou os olhos raivosos, mas ele não podia ver. Por que ele estava sento tão hostil com ela ultimamente? Ela respirou fundo, tentando se acalmar. – Claro...
O caos estava instaurado naquela fazenda. Havia um cavalo fujão, uma mulher que não parava de gritar e dois homens com os braços erguidos, tentando encurralar o animal descontrolado. Cabia a Sara faze-lo parar, mas não importava o quanto os homens lhe dessem a instrução, por que ela não sabia o que fazer. O animal driblou os dois rapazes em desespero por que também estava se sentindo intimidado e correu para longe. O Cesare foi atrás do seu cavalo, e talvez desse tempo de evitar uma tragédia, mas talvez não. A Madison não pensou muito antes de agir. Ela apenas estendeu a sua mão para o Cesare que conseguiu subir rapidamente. Ela acelerou mais rápido que o vento e em pouco tempo, conseguiu alcançar a irmã. O Cesare tentou segurar nas rédeas do animal para para-lo, mas a Sara não conseguiu se controlar e segurou no pulso do homem. Aquilo estava fadado a uma catástrofe desde o início. Mas quando o Cesare finalmente conseguiu se soltar das mãos da mulher histérica antes que caísse, a