O caos estava instaurado naquela fazenda. Havia um cavalo fujão, uma mulher que não parava de gritar e dois homens com os braços erguidos, tentando encurralar o animal descontrolado. Cabia a Sara faze-lo parar, mas não importava o quanto os homens lhe dessem a instrução, por que ela não sabia o que fazer. O animal driblou os dois rapazes em desespero por que também estava se sentindo intimidado e correu para longe. O Cesare foi atrás do seu cavalo, e talvez desse tempo de evitar uma tragédia, mas talvez não. A Madison não pensou muito antes de agir. Ela apenas estendeu a sua mão para o Cesare que conseguiu subir rapidamente. Ela acelerou mais rápido que o vento e em pouco tempo, conseguiu alcançar a irmã. O Cesare tentou segurar nas rédeas do animal para para-lo, mas a Sara não conseguiu se controlar e segurou no pulso do homem. Aquilo estava fadado a uma catástrofe desde o início. Mas quando o Cesare finalmente conseguiu se soltar das mãos da mulher histérica antes que caísse, a
Elas escutaram o som do automóvel de longe, e a Sara só teve tempo para se jogar no chão de uma forma muito brusca. O seu olhar dizia tudo. Ela sabia que a sua irmã tinha um segredo sobre ela, e não queria que fosse dito, mas assim como ela é temperamental, ninguém conseguia controlar a gana pela sinceridade da Madison Reese. O homem desceu do carro e estranhou o por que da Sara estar em um lugar diferente de onde ele havia deixado. Mas talvez a Madison tenha resolvido ajuda-la. – Vamos? A mulher olhou para o amante como se o problema na sua perna fosse a maior dor que já havia sentido, e embora aquilo parecesse tão falso quanto os seios naturais e avantajados da Sara, o Cesare não desconfiou de nada. Ele apenas andou até ela e a pegou no colo. Antes de entrar no carro, ele olhou para a Madison, e ela viu algo de diferente naqueles olhos. Ele também parecia preocupado com ela, especialmente por que o tempo estava fechando novamente, e ela estava doente, mas ainda assim, não aceit
A Madison Reese passeou inocentemente pela casa em uma total escuridão, enquanto pensou que todas as pessoas estavam dormindo. Ela usava apenas um vestido leve e um chale jogado por cima dos ombros quando deixou a casa na ponta dos pés. A noite estava tão fria, mas ela continuou a caminhar pela fazenda dos diamantes. E mesmo sabendo que seria bem mais rápido levar aquela cesta ao seu destino montada no cavalo, ela não queria fazer barulho, e por isso preferiu seguir o seu caminho a pé. Que mal um pouco de exercício poderia fazer, mesmo que fosse em uma noite tão chuvosa como aquela? Ela estava mais sorridente e feliz que o normal quando abriu a porta da sala e entrou tentando não fazer muito barulho. Mas o seu corpo paralisou num canto, enquanto uma silhueta saiu em meio a escuridão e avançou nela com toda ferocidade de um animal faminto. Ela gritou. – Porque você está tão assustada, querida? Ela olhou as próprias mãos tremulas que estavam presas em uma única posição acima da sua
A Madison Reese terminou de se vestir e saiu do quarto. O clima do lado de fora estava tão pesado que quase a fez recuar e se isolar lá dentro novamente. Mas ela não podia ficar presa dentro de um cômodo a vida inteira, esperando pela atmosfera perfeita para sair de casa. Ela precisava ser livre. – Bom dia! O homem continuou em silêncio, enquanto lia o jornal, mas a Sara a encarou como se estivesse julgando-a pelos seus pecados ocultos. Como se pudesse prever algo que a Madison sequer havia feito ainda. – Bom dia, irmãzinha... Uma movimentação estranha surgiu do lado de fora da mansão, e o Cesare se levantou e saiu sem dizer uma única palavra. As mulheres se olharam por alguns segundos, e a Madison perdeu aquela pequena batalha silenciosa. Ela girou os seus delicados pés em direção a porta de saída. O coração da Sara acelerou instantaneamente. Aquilo fazia parte de algum tipo de código para que o casal pudesse se encontrar? Ela temeu que esse pensamento fosse uma verdade. – Par
Os ombros a mostra, o pescoço com a marca que provavelmente ficaria ainda mais escura em algumas horas. Tudo isso não podia traduzir o espanto e pavor que a Madison sentiu enquanto o homem a atacava, rasgando as suas roupas. Ela já estava praticamente nua quando escutou os passos vindos de longe. O som do disparo ecoou ao mesmo tempo em que os pássaros voaram espantados pelo barulho repentino. O homem caiu no chão, escorregando, enquanto as mãos rígidas ainda insistiam em tocar nela pelos últimos segundos de vida que esvaiam do corpo do agressor. O Cesare correu até ela, ainda com a arma de cano longo nas mãos. E quando ele tentou toca-la, A Madison Reese se encolheu de tão apavorada que estava. Os olhos dele percorreram a semi nudez e ele não hesitou em ficar sem camisa para cobri-la daquela exposição. Ele não precisou perguntar se algo havia acontecido por que a conhecia o suficiente para saber que ela preferiria a morte a permitir que algo como aquilo acontecesse, mas isso não
– Eu não sei se tenho o direito de esperar algo de você, mas eu sei o que eu desejo. E se eu pudesse voltar atrás e fazer tudo diferente, só pela remota possibilidade de fazer você ficar ao meu lado, eu não hesitaria. – Eu não sei se posso acreditar em você. Eu nunca sei quando você esta sendo sincero...– Eu sei. Eu mereço isso. Eu mereço qualquer castigo que você quiser me dar, mas não me deixe... – Você ficou louco? Você tem a...– Eu deixo a Sara. Eu termino tudo hoje, agora, se você quiser. A lágrima caiu do rosto da Madison Reese direto no chão. Ela se sentiu tentada em aceitar, mas como saber que ele não estava mentindo outra vez? Como saber que ele não tentou seduzi-la como fez antes por puro capricho, ou por que ela o rejeitou. – Eu não...– Você não quer?– Cesare, eu não posso. Eu não sei se posso viver ao lado de alguém em quem não confio mais. O homem sente o seu coração ser apunhalado várias vezes seguidas ainda dentro do peito, mas como ele podia se defender naquel
Depois de tanto chorar mais uma vez, a Madison Reese se levantou da cama e olhou no espelho. Ela precisava ir embora dali, mas não sabia como. Ela ainda se perguntava como pôde confiar seu coração a ele novamente, se magoa-la era tudo que ele sabia fazer. Era como se ela fosse o seu esporte favorito. Um passa tempo que ele procurava todas as vezes em que passava por algum momento difícil na vida. Ela deixou o quarto e passou pela sala, apenas para ver como o Cesare estava cheio de cuidados quanto a Sara. Ela não quis ouvi-lo depois daquilo, e nem precisava. Era óbvio que ele não deixaria uma mulher e um bebê para ficar com ela, e tampouco ela desejava aquilo. O aniversário da Sara se aproximava, e o Cesare esperava que as pessoas pudessem comparecer a maldita festa, mas a Madison não estava disposta a participar daquele circo. O que ele estava disposto a fazer para agradar a amante grávida? Não havia mais motivos para manter aquela fachada, então porque ela ainda tinha que viver s
A Madison Reese colocou um capuz e mais uma vez estava saindo escondida da casa. Ela até poderia chamar o Cesare como havia prometido, mas para quê? Ela não tinha que provar mais nada a ele. Ela não pretendia ficar naquela casa depois das festas, mesmo que custasse a fazenda do pai que nunca gostou dela. Ele não valia tanto sacrifício. Enquanto caminhava pelo campo aberto, ela notou uma sombra atrás dela, e no mesmo instante ela soube de quem se tratava. O seu coração se encheu de ódio. Porque ele precisava segui-la? Ele não tinha o direito de existir nada dela. Ela se virou, mas a silhueta escura desapareceu. Ela, no entanto, não estava preocupada. Ela sabia muito bem que o Cesare Santorini seria imbecil o bastante para segui-la por que sua palavra jamais seria o suficiente para ele. Quando o homem finalmente saiu de trás de uma arbusto que havia encontrado para se esconder, ele olhou ao redor e não viu ninguém. A mulher tinha desaparecido completamente. Ele coçou a cabeça. O pul